Glorificando a Deus com a sua Família

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Texto base: 1Co 10.31-33 e 1Pe 4.11

Almeida Revista e Atualizada (Capítulo 10)
31 Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. 32 Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus, 33 assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos
Almeida Revista e Atualizada (Capítulo 4)
11 Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!
Ilustração: Vamos imaginar um homem verdadeiramente crente, casado, bem sucedido, com uma bela família. Tudo vai bem na vida desse homem até que ele se descuida e comete adultério. Daquele momento em diante sua vida começa a desmoronar. Para encobrir seu pecado, ele comete vários outros: mentiras, ciladas e até assassinato. Mais desgraças ocorrem em sua família (incesto, morte, assassinato), até seu filho se volta contra ele e acaba morrendo. Quem é esse homem? Ninguém menos que o rei Davi (2Sm 11-18). Qual o seu grande erro? Descuidou-se, desobedeceu a Deus e pecou, mesmo sabendo perfeitamente que estava pecando.
Lição da ilustração: O que podemos aprender com essa história? O pastor Marcos ministrou 3 estudos nos cultos de 5ª feira, sobre nossa vitória ser certa, porque Jesus já conquistou isso para nós. Como crentes, somos mais que vencedores. Mas no segundo desses estudos, nosso pastor explicou, com base na história do rei Uzias (2Cr 26), que há 3 coisas que podem nos impedir de alcançar essa vitória e uma leva à outra: a) a soberba/orgulho; b) a desobediência; e c) a apostasia. Foi o que aconteceu com Uzias e também com Davi. Seu lar não mais glorificava a Deus e ele amargou graves consequências em razão disso.
Davi se tornou soberbo e não mais ia a guerra com os soldados, ficando ocioso em seu palácio. Com isso, teve tempo de ver Bate-Seba tomando banho e a desejou, consumando o adultério apesar da resistência inicial da mulher (afinal, ele era o rei). Como um abismo atrai outro abismo, Bate-Seba engravidou; Davi acabou tramando a morte de seu leal servo Urias; casou-se com Bate-Seba para encobrir o pecado; mesmo tendo se arrependido, perdeu o filho do adultério, como disciplina de Deus; Davi viu um incesto em sua casa (Amnon e Tamar); esse incesto terminou na infelicidade da filha e no assassinato de Amnon por Absalão; Davi continuou pecando e não puniu Absalão com a morte, como determinava a lei, e Absalã depois se voltou contra o pai, tentou usurpar o trono e acabou morrendo. Ou seja, Davi, o homem segundo o coração de Deus, amargou duras consequências em razão do seu pecado, em razão de não ter uma família que refletisse a glória de Deus.
O que fazer para evitar esses infortúnios em nossa casa? O antídoto para isso tudo está exatamente em ter atitudes opostas a essas que tiveram Uzias e Davi: em lugar da soberba, a humildade (dependência de Deus); em lugar da desobediência, a obediência; e em lugar da apostasia, a fidelidade.
Muito bem. Voltando para os nossos textos-base, a ordem, no caso, é GLORIFICAR A DEUS EM TODAS AS COISAS. Ao comer, ao beber, ao fazer qualquer outra coisa, inclusive, portanto, na família.
Mas como glorificamos a Deus? Essa é a pergunta. Vejamos esse tema em termos gerais, para depois aplicá-lo à família.
Voltemos então ao nosso texto-base.
Contexto da carta aos Coríntios: endereçada a uma igreja nova, agraciada com muitos dons, mas localizada em uma cidade conhecida por sua devassidão, e onde os problemas logo começaram a aparecer, especialmente heresias, divisões e condescendência com o pecado, que mereceram forte repreensão do apóstolo, que também deu muitas instruções para vida prática, sobre as quais havia sido consultado em carta recebida daquela igreja.
Os versículos lidos dão boas pistas sobre como glorificar a Deus. Em 1Co 10.31-33 (“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus, assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos.” ) temos dois princípios para vida cristã: o da glória de Deus e o do bem do semelhante.
Portanto:
1) De acordo com o primeiro princípio, devemos fazer absolutamente TUDO para glória de Deus e, exemplificativamente, o apóstolo Paulo cita como:
a) ao comer;
b) ao beber;
c) em qualquer outra coisa.
A pergunta é: “Deus será glorificado? Antes de participar desta atividade, poderei curvar a cabeça e pedir que o Senhor seja engrandecido por meio daquilo que estou prestes a fazer?” (Comentário Bíblico Popular de Willian MacDonald).
A palavra grega utilizada para “glória” é doxa, que também tem o sentido de honra, divindade, majestade, esplendor, demonstração de grande poder.
2) Já de acordo com o segundo princípio, devemos buscar o bem do semelhante e para isso:
a) não devemos ser causa de tropeço para ninguém (crentes, não crentes e a igreja), o que está muito relacionado ao nosso testemunho (não devemos provocar escândalo);
b) pelo contrário, devemos ser agradáveis a todos e não buscar o próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos.
Vemos que o objetivo é a salvação de muitos, o que pode ser dificultado pelo mau comportamento de quem prega a Palavra e busca evangelizar. Nosso testemunho fala mais alto que as palavras (Agostinho).
Já em 1Pe 4.11 (“Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”) aprendemos que devemos:
a) falar segundo a Palavra de Deus nos ensina; e
b) servir na força que Deus supre (dependência).
Quanto ao falar segundo os oráculos de Deus, podemos nos orientar por Ef 4.29 e Ef 5.4, Ef 5.18-20, Cl 4.6 e Mt 12.34.
Quanto a servir na força que Deus supre, podemos citar Jr 17.5, 17.7, Sl 40.4, Pv 16.20, Sl 146.5.
Nos versículos anteriores, também há várias instruções acerca dos deveres dos crentes uns para com os outros, como vemos em 1Pe 4.7-10:
“Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações. Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados. Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração. Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.”.
Ora, as instruções bíblicas acerca do nosso comportamento geral aplicam-se em todos os contextos, inclusive (e principalmente) na família, que é nosso maior ministério.
Desse modo, se devemos glorificar a Deus em TUDO, também devemos glorificá-lo na família; e se glorificamos a Deus obedecendo, devemos conduzir a nossa família em obediência à Palavra de Deus. Simples assim.
A glória de Deus na família se manifesta quando a família anda de acordo com os mandamentos/ensinos e modelos bíblicos.
Na família, portanto, de acordo com os ensinos que vimos:
a) Não devemos ser causa de tropeço uns para os outros;
b) Devemos ser agradáveis e buscar os interesses dos demais membros em lugar dos nossos;
c) Precisamos dar bom testemunho para os nosso cônjuge e para nossos filhos;
d) Precisamos falar coisas que edificam e nos abster das palavras torpes;
e) Devemos nos aconselhar mutuamente, orar (juntos e uns pelos outros) e ter amor intenso uns para com os outros;
f) Precisamos, acima de tudo, confiar e depender de Deus, pois é Ele que nos sustenta física, emocional e espiritualmente.
Não é fácil manter uma família em harmonia e paz, nos caminhos do Senhor. Isso dá trabalho e precisamos pagar o preço.
O modelo, todos já conhecem (Ef 5.22-6.4):
a) Esposas virtuosas, submissas aos maridos e que edificam o seu lar;
b) Maridos que amam as suas esposas como Jesus amou a Igreja. Homens que exercem a liderança no lar, protegem a família, educam e disciplinam os filhos (sem levá-los à ira) e são sacerdotes zelosos, que não descuidam do ensino da Palavra e da oração;
c) Filhos que honram os pais e amam a sua instrução.
Por último, quero falar dos benefícios (bênçãos) de obedecer a Deus e ter uma família que o glorifica:
a) a obediência é prova de amor a Jesus (Deus) e quem O ama é amado por Ele (Jo 15.10, 14.21);
b) quem obedece é que entra no reino dos céus (Mt 7.21);
c) a família sustentada na rocha resiste a todas as tribulações (Mt 7.24-25);
d) Deus honra a quem obedece e serve (Jo 12.26);
e) Filhos obedientes aos pais, tem seus dias prolongados (Ef 6.2) e os crentes também (1Rs 3.14).
Aplicação:
a) Glorificar a Deus com a família - e em todas as coisas - é dever do cristão;
b) Glorificar a Deus com a família é obedecer aos ensinos e ao modelo bíblico que o Senhor estabeleceu para a família;
c) Glorificar a Deus com a família pode não ser fácil, dá muito trabalho, mas nos confere bênçãos maravilhosas.
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