SOMENTE A DEUS A GLÓRIA

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Romanos 11.33-36

Quando notamos uma paisagem, quando notamos quão lindo é o céu, o que dizemos: que céu lindo, que céu maravilhoso, que cor linda, e ainda mais, se estiver alguém ao nosso redor, nós começamos a chamar a atenção das pessoas para que elas assim como nós, contemplem o céu, contemplem a natureza. Por que fazemos isso? porque nós temos razão, somos seres que pensam e que entende as coisas, logo, quando nós nos deparamos com a beleza da criação, nós somos chamados atenção, e nós reconhecemos a sua beleza, sua imensidão, e assim, nós atribuímos a criação valor, quando a valorizamos dessa forma, e atribuímos a ela, dignidade, estamos dando ao céu a honra, a glória, a dignidade, reconhecendo como ele é belo. Contudo, isso não deve ser feito assim. Devemos dar honra a quem fez, a quem a criou, a quem a formou e a quem a sustenta. Somente a Deus toda glória.
Paulo está aqui neste texto falando sobre isso, sobre a glória de nossa salvação.
Depois que Paulo nos ensina que nós somos todos pecadores e que merecemos a condenação e que por isso estamos todos debaixo da ira de Deus. Ele continua e nos ensina ainda, que Deus sendo bondoso, rico em misericórdia, Ele enviou o segundo Adão que se chama Jesus Cristo, e Jesus veio para mudar a nossa condição. Nós salvando da condenação, Ele nos defende, paga a nossa dívida, e nos dá a salvação por meio da absolvição diante do nosso Supremo Juiz.
Finaliza aqui essa parte de ensinos, e finaliza da melhor forma, respondendo a pergunta que muitas vezes é feita após terminarmos uma obra que fizemos, após terminarmos um trabalho de escola, o tcc na faculdade, ou mesmo terminamos de arrumar alguma coisa que estava desorganizado. Nós damos a glória a alguém. E nos perguntamos, quem é o responsável por isso tudo?
Por exemplo, um homem chamado Mário, engenheiro, ele fez um projeto de construção de uma casa, e esse projeto ficou muito bom, e o projeto foi feito, cumprido e executado pelos mestres de obras, pedreiros, eletricistas, pintores e etc. E por fim, veio o dono da casa, e gostou muito do que viu, cada detalhe daquela casa.
E ele assim elogiou o trabalho do engenheiro, pois, entendeu que era ele, o engenheiro, responsável por deixar sua casa linda.
Então, respondeu o engenheiro: obrigado, mas, isso é o meu trabalho e o trabalho da equipe que construiu sua casa. E eu fiz isso para glória de Deus. Pois, no fim das contas, tudo é feito dele, por Ele e para Ele.
Foi Deus que deu sabedoria recursos ao senhor para poder comprar os materiais para fazer esse trabalho, foi Deus quem trouxe engenheiro, pedreiro, marceneiro, ajudantes, mestre de obras e todos os profissionais que vieram aqui prestar algum serviço. Foi Deus quem os manteve com saúde, deu força para que eles pudessem carregar os materiais, fazer o cimento no ponto certo. Foi Deus quem fez com que durante esses dias não chovesse, para que a obra não parasse e os materiais de construção não se perdessem com a chuva. Tudo é Deus, Ele controla tudo, d’Ele é tudo.
E por fim, o dono da construção disse: você crer em Deus?
O engenheiro respondeu: Eu não somente creio em Deus, mas eu vivo d’Ele, por Ele e para Ele.
É sobre isso que vamos falar hoje, o 5° Sola da Reforma Protestante, o Somente a Deus a Glória.
Veja, em meados do século 16, a Igreja Católica tinha sido corrompida, e levada pelo engano de satanás.
A Igreja foi feita por Jesus com a missão de adorar a Deus somente e levar a mensagem da cruz para todos os povos, tribos, línguas e nações do mundo, para que Deus fosse adorado entre todo o planeta terra.
Mas, a idolatria entrou na Igreja, e seus fieis através dos ensinos que não encontramos na Bíblia, mas, em ensinos de homens, líderes da igreja, começaram a orar, confiar, pedir intercessão de Maria, dos Santos e dos Sacerdotes, e assim, naturalmente começaram a orar a ele, confiar neles e agradecer a eles.
E sendo assim, a idolatria tomou conta dos fieis, e Maria, os Santos e até mesmo os anjos, começaram a ter glória de homens, a ser adorados, venerados, cultuados pelos fieis da igreja.
A Reforma então veio com Martinho Lutero e os outros reformadores, e eles combateram essas mentiras de satanás. Dizendo, Soli Deo Glória. A glória deve ser dada somente a Deus.
Paulo aqui, fala sobre isso também, depois dele explicar todo o plano de salvação que Deus fez através da obra e do sacrifício de Jesus. Paulo não poderia finalizar isso de outra forma que não fosse em forma de louvor.
Paulo contempla esses 11 capítulos, e então, Ele afirma:
V. 33 Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
Paulo após se deparar com tudo isso, Ele demostra sua admiração a Deus com um louvor.
V.33 - Profundidade tem o sentido de algo que é inesgotável. Ou seja, As riquezas, a sabedoria e o conhecimento de Deus são inesgotáveis.
Deus é rico em amor, bondade, misericórdia, e em graça. Deus é rico em sabedoria, em conhecimento.
Ó profundidade da sabedoria e do conhecimento de Deus.
Ele é rico em sabedoria, e essa sabedoria é a capacidade que Deus tem de resolver o nosso problema. Ele usa essa capacidade de sabedoria para nos salvar, pois, mesmo sendo impossível salvar-nos, Ele fez possível, pois, Ele usou a profundidade de sua sabedoria. Ele não economizou conosco, mas, se utilizou dessa sabedoria para nos libertar da escravidão, para nos livrar de sua ira, nos livrar da cegueira espiritual, e nos livrou da condenação em Adão e nos salvou pela fé que Ele mesmo nos deu em Jesus.
Ele é tão rico em conhecimento, que apesar de conhecer o nosso coração humano, pecaminoso, cheio de imperfeições, cheios de problemas, o Senhor, mesmo assim, nos dá o seu Filho como oferta de amor e sacrifício por nós, para nos perdoar e nos absolver da condenação.
Ó profundidade da sabedoria e do conhecimento de Deus.
Seus juízos são insondáveis. Aqui ele está falando sobre as decisões de Deus, como é insondável, como nós humanos não conseguimos sondar, pois, Deus é infinito, como compreender Aquele que é infinito.
Mesmo na eternidade, quando estivermos na presença de Deus, no paraíso, nós não poderemos conhecer tudo sobre Deus e sobre suas obras. Mas, o que se pode conhecer de Deus, Ele já revelou em sua Palavra, de tal modo, que assim como Paulo, quando nós lemos a Bíblia e entendemos a mensagem que ela nos traz, nós, não temos outra atitude, a não ser adorar a esse Deus,e louvá-lo.
Nas partes mais profundas do oceano, a água se torna escura. E embora não possamos ver, alguns peixes sobrevivem no fundo do oceano, onde a luz do sol nunca chega. Assim, a nossa visão em relação ao oceano está limitada à superfície da água. E o mesmo aconteceu com Paulo, e acontece comigo e com Você, estamos contemplando não a superfície de Deus, mas a infinita profundidade de seu ser. É por isso que suspiramos e dizemos: “Ó profundidade da riqueza tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus, Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
Os caminhos de Deus são inescrutáveis. Além de não conhecermos e compreendermos por completo e em sua profundidade as decisões de Deus,.
Romanos Doxologia (11.33–36)

A adição “e inescrutáveis seus caminhos” provavelmente indique: “e quão impossível é traçar ou rastrear os meios que Deus usa para pôr suas decisões em execução”.

Deus usa os seus meios, e executa suas decisões, contudo, nós não sabemos, nem conseguimos rastrear as pegadas de Deus, ninguém sonda ao nosso Deus, somos criaturas, e o nosso Criador, ninguém pode conhecer mais do que Ele quer nos revelar sobre Ele mesmo.
Concluímos que não conseguimos navegar até a profundidade do oceano que é o conhecimento, a sabedoria e as obras de Deus na história.
V. 34-35 34 Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? 35 Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?
Aqui, Paulo faz a citação de dois versículos do Antigo Testamento. (Isaías 40.13 e Jó 41.11)
Nota-se aqui três perguntas que Paulo faz,
1° quem conhece a mente (pensamentos) do Senhor
2° Quem sabe o suficiente para aconselhar Deus?
3° Ou quem deu alguma coisa a Deus, para que ele precise depois retribuir?
E a resposta para essas perguntas é NINGUÉM!
Paulo aqui está nos dando uma aula de humildade. Onde, nós devemos reconhecer a grandeza de Deus e a nossa pequenez.
Nós não conseguimos nem mesmo sondar muitas vezes o que a outra pessoa está pensando. Muitas vezes até dizemos que sabíamos o que o outro estava pensando, e sondamos algo totalmente contrário ao que a outra pessoa estava pensando.
Ninguém conheceu a mente de Deus em sua plenitude.
Ninguém dá conselhos a Deus. Ele não precisa de conselhos, por que Ele não erra, Ele não necessita de alguém para saber o que é melhor ou não a ser feito. Ele faz tudo conforme sua soberana vontade, e sem precisar de nós, e tudo quanto Ele faz é muito bom.
E Ninguém, jamais deu algo a Deus.
Um Deus que É justo, bom, perfeito, infinito, dono do ouro e da prata, criador do universo, Ele nem mesmo precisa de nada. Nada que você e eu façamos, irá deixar Deus com dividas conosco. Ele não deve a ninguém.
Mas, nós, pelo contrário, devemos dar a Ele louvor, é tanto, que quando meditamos sobre o amor de Deus e a sua graça de nos salvar sem merecermos, nós caímos prostrados diante de Deus com vergonha de quem somos.
Existe um cântico de Charles Wesley que diz:
“Espantoso amor! Como é possível, meu Deus,Que quisesses morrer por mim?”
Assim, deve ser nossa atitude de tamanho amor e perdão em Jesus.
Portanto, Paulo conclui no versículo 36:
V.36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!
Deus é a fonte, origem de nossa salvação. Mas, não apenas isso.
Em grego, a palavra “dele” é uma preposição simples que pode ser traduzida tanto no sentido de posse como no sentido de origem. Uma diferença que pode ser feita entre esses dois usos. Os dois chamam a nossa atenção para uma profunda verdade sobre Deus.
1° Tudo é de Deus no sentido de ser sua possessão. Ele possui tudo no mundo. Este é o mundo do nosso Deus.
2° Ele é a fonte de tudo.
A primeira verdade sobre Deus na Bíblia é que ele é a fonte do universo: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1).
E Paulo fala em especial sobre a nossa salvação.
Deus é o meio pelo qual nós somos salvos, pois é mediante a sua graça e poder que somos salvos, e isso deve nos levar a dizer que nossa salvação foi feita e é feita para Ele. Portanto, que a Deus, e não aos homens, e não a Igreja, e não a Maria, e não aos santos, e não as penitencias, e não aos papas, e não as indulgências, mas, exclusivamente e unicamente a Deus seja a glória para todo sempre, Amém.
Deus é não apenas o início e o fim de tudo, mas, Ele é também o meio.
Somos por Ele criados, por Ele salvos, e para Ele somos levados por meio da fé, e isso, para louvarmos e darmos toda a glória unicamente ao nosso Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
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