SERMÃO - APOC 3.1-6 - Est. 09 - SARDES - A Igreja Fraca

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Apocalipse 2.18-29SARDES – O Perigo de Viver de Aparências
©Rev. Saulo Pereira de Carvalho - 18.04.2021 - (Barclay/Hendricksen/Kistemaker/Ladd/Lopes/Pohl/Simeon/Vieira/Wiersbe/Wilcock/LOGOS)
Introdução
Estudo anterior: Aos que gostam de “ventos de doutrinas”/ Aos que cederam aos Valores do Mundo / Aos que “abusam” da paciência de Deus
Sardes era uma cidade localizada numa montanha, protegida por um grande penhasco. Sua confiança de ser bem protegida fez com que um soldado não vigiasse, e um grupo de inimigos subiu pelo penhasco e entrou na cidade, causando sua derrota. Isso aconteceu por duas vezes em sua história.... um soldado só seria suficiente para vigiar...
Esta igreja tinha a reputação de que estava viva, mas na verdade estava morta. Os astrônomos nos dizem que a luz da estrela polar leva anos para chegar à Terra. O que isso significa é que a estrela poderia ter morrido anos atrás e sua luz ainda estaria derramando na terra. Estaria brilhando no céu esta noite tão brilhantemente como se nada tivesse acontecido. Pode ser uma estrela morta, mas não saberíamos que estava morta... Assim era essa igreja...
V. 1 – Os sete espíritos de Deus = descrevem a plenitude do Espírito Santo que Jesus envia da parte do Pai
As sete estrelas ocorre também na carta à igreja de Éfeso (2.1), mas lá os crentes haviam perdido seu primeiro amor; aqui, eles são declarados espiritualmente mortos, o que é muito pior.
Ele tem as sete estrelas na sua mão direita (1.16), pois elas são seus mensageiros designados para proclamar a Palavra de Deus que gera vida nova dentro da igreja. É isso que a igreja precisa: uma nova vida – um REAVIVAMENTO...
QUANDO É QUE O CRENTE PRECISA SER REAVIVADO:
Quando ele só têm o nome no rol da igreja, mas ainda está morto espiritualmente (3:1).
A igreja de Sardes vivia de aparências.
A igreja tinha adquirido um nome. A fama da igreja era notável. A igreja gozava de grande reputação na cidade. Nenhuma falsa doutrina estava prosperando na comunidade. Não se ouve de balaamitas, nem dos nicolaítas, nem mesmo dos falsos ensinos de Jezabel.
William Barclay diz que a igreja de Sardes não era molestada por ataques externos, pois quando uma igreja perde sua vitalidade espiritual, já não vale a pena atacá-la.
Aos olhos dos observadores parecia ser uma igreja viva e dinâmica. Tudo na igreja sugeria vida e vigor, mas a igreja estava morta. Era uma espiritualidade apenas de rótulo, de aparência.
O diabo não precisou perseguir essa igreja de fora para dentro, ela já estava derrotada pelos seus próprios pecados.
A igreja de Sardes parecia mais um cemitério espiritual, do que um jardim cheio de vida.
A fé exercida pela igreja era apenas nominal. O cristianismo da igreja era apenas nominal. Seus membros pertenciam a Cristo apenas de nome, porém não de coração.
Quando ele está em adiantado estado de enfermidade espiritual (3:2).
Na igreja havia crentes espiritualmente em estado terminal. A maioria dos crentes apenas tinha seus nomes no rol da igreja, mas não no Livro da Vida.
Mas havia também crentes doentes, fracos, em fase terminal. O mundanismo adoece a igreja. O pecado mata a vontade de buscar as coisas de Deus e depois a consciência cauteriza.
Quando ele, embora esteja em atividade na igreja, leva uma vida sem integridade (3:2).
Aqueles crentes viviam uma vida dupla. Suas obras não eram íntegras. Eles trabalhavam, mas apenas sob as luzes da ribalta. Eles promoviam seus próprios nomes e não o de Cristo. Buscavam a sua própria glória e não a de Cristo.
Honravam a Deus com os lábios, mas o coração estava longe do Senhor (Is 29:13). Os cultos eram solenes, mas sem vida, vazios de sentido. A vida dos seus membros estava manchada pelo pecado.
Esses crentes eram como os hipócritas. Davam esmolas, oravam, jejuavam, entregavam o dízimo, com o fim da ganhar a reputação de serem bons religiosos. Eles eram como sepulcros caiados. Só ostentavam aparência de piedade.
Esses crentes viviam um simulacro da fé, uma faz-de-conta da religião. Cantavam hinos de adoração, mas a mente estava longe de Deus.
Quando ele se contaminou abertamente com o mundanismo (3:4).
A causa da morte da igreja de Sardes não era a perseguição, nem a heresia, mas o mundanismo.
A maioria dos crentes estava contaminando as suas vestiduras. Isso é um símbolo da corrupção. O pecado tinha se infiltrado na igreja. Por baixo da aparência piedosa daquela respeitável congregação havia impureza escondida na vida de seus membros.
Aqueles crentes também viviam uma vida moralmente frouxa. O mundo estava entrando dentro da igreja. A igreja estava se tornando amiga do mundo, amando o mundo e se conformando com ele.
O fermento do mundanismo estava se espalhando na massa e contaminando a maioria dos crentes. Os crentes não tinham coragem de ser diferentes.
Como se busca esse reavivamento?
Uma volta urgente à Palavra de Deus (3:3).
O que é que eles ouviram e deviam lembrar, guardar e voltar? A Palavra de Deus! A igreja tinha se apartado da pureza da Palavra. O reavivamento é resultado dessa lembrança dos tempos do primeiro amor e dessa volta à Palavra.
Uma igreja pode ser reavivada quando volta ao passado e lembra dos tempos antigos, do seu fervor, do seu entusiasmo, da sua devoção a Jesus.
Deixemos que a história passada nos desafie no presente a voltemo-nos para a Palavra de Deus. Quando uma igreja experimenta um reavivamento passa a ter fome da Palavra.
O primeiro sinal do reavivamento é a volta do povo de Deus à Palavra. Os crentes passam a ter fome de Deus e da sua Palavra. Começam a se dedicar ao estudo das Escrituras. Abandonam o descaso e a negligência com a Palavra.
O verdadeiro avivamento é fundamentado na Palavra, orientado e limitado por ela. Ele tem na Bíblia a sua base, sua fonte, sua motivação, seu limite e seus propósitos.
Avivamento não pode ser confundido com liturgia animada, com culto festivo, inovações litúrgicas, obras abundantes, dons carismáticos, milagres extraordinários. O reavivamento é bíblico ou não vem de Deus.
Uma volta à vigilância espiritual (3:2).
Sardes caiu porque não vigiou. A cidade de Sardes era inexpugnável que nunca fora conquistada em ataque direto; mas duas vezes na história da cidade ela foi tomada de surpresa por falta de vigilância da parte dos defensores.
Jesus alerta a igreja que se ela não vigiar, se ela não acordar, Ele virá a ela como o ladrão de noite, inesperadamente.
Para aqueles que pensam que estão salvos, mas ainda não se converteram, aquele dia será dia de trevas e não de luz (Mt 7:21–23). A igreja precisa ser vigilante contra as ciladas de Satanás, contra a tentação do pecado.
Os crentes devem fugir de lugares, situações e pessoas que podem ser um laço para os seus pés.
Alguns membros da igreja estavam sonolentos e não mortos. E Jesus os exorta a se levantarem desse sono letárgico.
Há crentes que estão dormindo espiritualmente. São acomodados, indiferentes às coisas de Deus. Não têm apetite espiritual. Não vibram com as coisas celestiais.
Os crentes fiéis precisam fortalecer os que estão com um pé na cova e socorrer aqueles que estão se contaminando com o mundo. Precisamos vigiar não apenas a nós mesmos, mas os outros também.
Uma minoria ativa pode chamar de volta a maioria da morte espiritual. Um remanescente robusto pode fortalecer o que resta e que estava para morrer (Ap 3:4).
Precisamos vigiar e orar. Os tempos são maus. As pressões são muitas. Os perigos são sutis. O diabo não atacou a igreja de Sardes com perseguição nem com heresia, mas a minou com o mundanismo. Os crentes não estão sendo mortos pela espada do mundo, mas pela amizade com o mundo.
Uma volta à santidade (3:4).
O torpor espiritual em Sardes não tinha atingido a todos. Ainda havia algumas pessoas que permaneciam fiéis a Cristo. Embora a igreja estivesse cheia, havia apenas uns poucos que eram crentes verdadeiros e que não haviam se contaminado com o mundo.
A maioria dos crentes estava vivendo com vestes manchadas, e não tendo obras íntegras diante de Deus. As vestes sujas falam de pecado, de impureza, de mundanismo.
Obras sem integridade falam de caráter distorcido, de motivações erradas, de ausência de santidade.
CONCLUSÃO e APLICAÇÃO
Aos que estão vivendo uma vida cristã de aparência – esse é o tempo de Deus para seu arrependimento v.3
Aos poucos que não se contaminaram – Ap. 3.4
O que pode sustentar uma igreja diante de situações como estas? “UMAS POUCAS PESSOAS...” (Ap. 3.4)
A igreja continua firme com estes “poucos”. Eles são a esperança da igreja. Um pequeno grupo de guerreiros, intercessores, gente fiel, apaixonada por Jesus, que não mede esforços para sustentar a obra do Senhor.
A igreja é sustentada sempre por estes poucos. Deus está procurando estes poucos fiéis e seus olhos estão sobre eles
Como quando Elias estava desanimado, e ainda haviam 7.000 que não se curvaram a baal...
Os prêmios prometidos no Verso 5: 1) Serão vestidos de roupas brancas - símbolo de festa, pureza, felicidade e vitória. Sem vida com Deus aqui, não haverá vida com Deus no céu. Sem santidade na terra não há glória no céu.
2) Seus nomes serão mantidos no livro da Vida - Nosso nome pode constar do registro de uma igreja sem estar no registro de Deus. Importa que o nosso nome esteja no Livro da Vida.
3) Jesus os confessará diante do Pai e dos Anjos
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