SERMÃO - APOC 1.4-6 - Est. 02 - A Graça de Jesus Cristo

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Apocalipse 1.4-6A Graça de Jesus Cristo
©Rev. Saulo Pereira de Carvalho - 07.02.2021 - (Barclay/Hendricksen/Kistemaker/Ladd/Lopes/Pohl/Simeon/Vieira/Wiersbe/Wilcock/LOGOS)
Introdução
Estudo passado: TEMA: A REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO: 1) É A PALAVRA DE DEUS A SEUS SERVOS – v. 1,2 / 2) É A PROMESSA DE BÊNÇÃOS DE DEUS A SEUS SERVOS – v. 3
V. 4Sete Igrejas - O Apocalipse é uma carta e este é seu cabeçalho. É endereçado às sete Igrejas que estão na Ásia. No Novo Testamento "a Ásia" não é o continente asiático mas sim a província romana da Ásia.
V. 11 - não eram as únicas Igrejas que havia na província romana da Ásia: Colossos (Col 1:2) e Hierápolis (Col 4:13);
Por que, então, João escolhe estas sete Igrejas, separando-as das demais? Pode haver várias razões.
1) Estas sete Igrejas talvez fossem os sete centros de distribuição postal da Igreja primitiva na Ásia;
2) O Simbolismo no número sete (54 vezes). Há sete candelabros, estrelas, lâmpadas, selos, trombetas, olhos, trovões, anjos, pragas e taças. O número 7 representa a totalidade... escrevendo à toda a Igreja, à sua totalidade.
3) enviou sua mensagem em primeiro lugar aos que o conheciam e o amavam melhor; logo, através deles, a todas as Igrejas e a todas as gerações de cristãos.
O autor começa enviando a seus leitores a bênção de Deus.
Graça = todo o esplendor dos imerecidos dons e o maravilhoso amor de Deus para com os homens.
Paz = "o restabelecimento da harmonia nas relações entre Deus e os homens". A paz que conhecemos é um resultado da graça que Deus nos deu.
Graça é o favor de Deus dado àqueles que não o merecem, perdoando seus pecados e conferindo-lhes a vida eterna.
Paz, o sorriso de Deus no coração do crente reconciliado com Deus por meio de Jesus Cristo, é o resultado da graça.
Graça e paz são providas pelo Pai, dispensadas pelo Espírito Santo e a nós atribuídas pelos méritos do Filho.
Dessa forma, todos os três são mencionados na saudação. Paz DE Deus Paz COM Deus
Tema: A Graça de Jesus Cristo
A Fonte da Graça: a Trindade Eterna – v. 4-5a
Deus PAI: da parte dAquele que era, que é e que há que vir. Este era um título comum para referir-se a Deus.
Em Êxodo 3:14: “EU SOU O QUE SOU”. = "Eu sou; ainda continuo sendo e no futuro ainda serei".
É esta fórmula a que, em Hebreus 13.8, transforma- se em “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e para sempre”
Deus ESPÍRITO
Em geral, falamos da Trindade como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Aqui, segundo João, temos a Deus o Pai, a Jesus Cristo, que é o Filho, e aos sete Espíritos que estão diante de seu trono.
Qual é a explicação desta estranha formulação e quem são esses sete Espíritos que estão diante do trono de Deus?
Os sete Espíritos são mencionados várias vezes no Apocalipse (3:1; 4:5; 5:6).
(1) Alguns sugeriram que estes "sete Espíritos" representam os sete arcanjos. MAS arcanjos eram seres criados. E não é da parte deles, mas de Deus somente, que os homens podem receber a bem- aventurança.
(2) relaciona os "sete Espíritos" com a famosa passagem de Isaías 11:2... O Espírito é um só, mas sétuplo em suas virtudes. Os sete dons do Espírito são a origem desta imagem dos sete espíritos que estão diante do trono de Deus.
(3) A terceira explicação possível estabelece um elo entre os sete Espíritos e as sete Igrejas. A idéia, então, seria que os sete Espíritos representam aqui a participação que Deus deu em seu Espírito a cada uma das sete Igrejas. Significaria que não há comunidade ou assembléia cristã que seja deixada sem a visitação e presença do poder e a luz do Espírito Santo.
Deus FILHO - Nesta passagem se atribuem três grandes títulos a Jesus.
1) É a Testemunha em quem podemos ter confiança.
Uma testemunha é acima de tudo, uma pessoa que fala a partir de seu conhecimento direto e em primeira mão. É uma pessoa que fala do que seus olhos viram e seus ouvidos ouviram. É por isso que Jesus é a testemunha de Deus.
Porque veio de Deus, porque se identificou com a vontade de Deus, está capacitado a falar em primeira mão a respeito de Deus e sua verdade, tal como nenhum outro pode fazê-lo no mundo. Jesus é o único que possui um conhecimento direto de Deus.
2) Jesus é o primogênito dentre os mortos. A palavra primogênito no grego pode ter dois significados.
a) Pode significar literalmente "primogênito". Se tiver este sentido a referência é à ressurreição. Jesus obteve uma vitória sobre a morte, na qual podem participar todos os que crêem nEle.
b) Visto que o primogênito era o filho que herdava os bens, a honra e o poder de seu pai, prototokos também significava "aquele que tem honra ou poder" ou "aquele que ocupa o primeiro lugar.".
Quando Paulo se refere a Jesus como o primogênito de toda a criação (Colossenses 1:15), quer dizer que Jesus é o Senhor da criação inteira; a Ele pertence o primeiro lugar na honra e glória.
significa que Jesus é o Senhor dos mortos do mesmo modo como é o Senhor dos vivos. Nada há neste universo ou em qualquer outro universo possível, entre os vivos ou entre os mortos, sobre o que Jesus Cristo não seja o Senhor. Portanto nada, na vida ou na morte, pode nos separar dEle.
3) É o Rei dos reis desta Terra. Há duas coisas que devem destacar-se aqui.
a) Esta é uma citação Salmo 89:27: portanto, ao qualificar a Jesus de Rei dos reis, está-se afirmando que Ele é o Messias prometido por Deus e tão longamente esperado.
b) Nas tentações o Diabo pretendia que todo o poder dos reinos deste mundo fora dado a ele (Lucas 4:6), e sua oferta a Jesus era dar-lhe uma participação nesse domínio se Ele se prostrasse para adora-lo.
O mais maravilhoso é que Jesus obtém o que o Diabo lhe tinha prometido, e nunca teria podido dar-lhe, mediante o sofrimento da Cruz e o poder da Ressurreição.
O Cristo ressuscitado é Senhor de todos os reis da Terra em virtude de sua cruz e de ter-se levantado dentre os mortos vitorioso: porque foi quando foi levantado na cruz que atraiu todos os homens a si mesmo (João 12:32).
Não é transigindo com o mal, mas sim mediante o amor e a lealdade inamovíveis, capazes de aceitar até a cruz, que Jesus obtém a titularidade da soberania universal.
O Motivo da Graça: o Soberano Amor – v. 5b
(1) Amou-nos e nos libertou de nossos pecados pelo preço de seu próprio sangue.
Amar está no tempo presente, o qual significa que o amor de Deus em Jesus Cristo é uma realidade atual e que está sempre à nossa disposição. O pai do FILHO PRÓDIGO...
A Ação da Graça: A Libertação dos pecados – v. 5b
O que Jesus fez, segundo João, é nos libertar de nossos pecados pelo preço de seu próprio sangue.
Isto é exatamente o mesmo que dirá mais adiante quando fala dos que foram redimidos para Deus pelo sangue do Cordeiro (5:9). E é o que afirma Paulo quando diz que fomos redimidos da maldição da Lei (Gálatas 3:13), ou quando falava de redimir os que estavam sob a maldição da Lei (Gálatas 4:5).
Libertou = pagar o preço da liberdade de um escravo para que fique liberto de seu amo. Jesus, com a oferta de sua vida, pagou o preço de nossa liberdade.
Libertou-nos, está no passado = uma ação realizada e completada no passado. Numa ação decisiva, na cruz, fomos libertados do pecado.
A Bênção da Graça: Reino e Sacerdotes para Deus – v. 6
Jesus nos constituiu reino e sacerdotes. Êxodo 19:6: “Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa...”
(a) Ele nos constituiu reis. Graças a ele podemos chegar a ser autênticos filhos de Deus; e se formos filhos do Rei dos reis, pertence-nos o Reino, por direito de sucessão. Nosso destino é o Reino.
(b) Ele nos constituiu sacerdotes. Somente o sacerdote tinha o direito de acesso a Deus. Quando um judeu entrava no Templo podia passar pelo pátio dos Gentios e o Pátio das Mulheres, mas devia deter-se no Pátio dos Israelitas; não podia entrar no Pátio dos Sacerdotes nem aproximar-se do Santíssimo.
“Mas vós sereis chamados sacerdotes do SENHOR...” (Isaías 61:6).
Isto mesmo é o que diz João: Graças à obra de Jesus Cristo, o acesso à presença de Deus já não está limitado aos sacerdotes no sentido mais estrito da palavra, mas sim está aberto a todos os homens. Todo homem é um sacerdote.
Há um sacerdócio de todos os crentes. Podemos nos apresentar com ousadia perante o trono divino (Hebreus 4:16), porque foi aberto a nós um novo caminho capaz de nos conduzir até sua presença (Hebreus 10:19-22).
Jesus nos constituiu reis ao nos transformar em filhos de Deus; Jesus nos deu o sacerdócio daqueles aos quais sempre está aberto o caminho rumo à presencia de Deus.
CONCLUSÃO: A Responsabilidade da Graça
O fato de sermos sacerdotes nos traz uma responsabilidade como tais: interceder pelos pecadores...
V. 6b: “A ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos”.
Somos reis e sacerdotes, mas não temos glória e domínio... isso pertence a ele, que não compartilha com ninguém.
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