Um Salvador Soberano - Mc 4.35-41.

Encontros com Jesus  •  Sermon  •  Submitted
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Introdução

Eu gosto muito do tempo em que vivemos, pois nós temos uma facilidade em adquirir conhecimento, em um clique podemos saber sobre termos teológicos difíceis, e isso se aplica ao tema da soberania de Deus.
Sabemos que Deus é soberano, usamos a verdade da soberania de Deus para consolar as pessoas quando algo adverso acontece e dizemos:
Deus é soberano, ele sabe de todas as coisas.
A pergunta é:
Como agimos quando o Deus soberano nos coloca em situações de adversidade que vai contra a nossa vontade e nos deixa vulneráveis?
É isto que veremos na passagem que estudaremos agora.
Mas adianto, que talvez este relato não esteja aqui para nos ensinar como devemos reagir nas tempestades da vida, é fácil aplicarmos assim.
Creio que esta passagem está aqui para nos mostrar algo sobre Jesus, e como devemos reagir a Jesus quando estamos em meio de qualquer tipo de perigo e aflição.
Marcos ressalta que este incidente ocorreu no mesmo dia em que Jesus passou o dia todo a ensinar, já era noite quando eles tomaram o barco para a outra margem, Jesus estava muito cansado e queria ir as cidades do outro lado.
O Mar da Galiléia era, na verdade, um lago de água doce de 20 km de cumprimento e 13 km de largura, eles provavelmente atravessaram a menor parte.
Era rápida a travessia, o problema é que naquele lugar repentinamente se produzia fortes tempestades.
O lago se encontra 200 metros abaixo do nível do mar, é o lago mais baixo do mundo.
Quando as correntes frias que descem das colinas que rodeiam o lago se chocam com as correntes de ventos quentes, podem produzir tormentas tão grandes que atemoriza os mais experientes pescadores.
Para entendermos melhor este texto, podemos dividir este relato em 3 cenas.

1 – Uma tormenta repentina e um salvador exausto – v.37

A palavra usada para definir a tempestade é “mega”, ou seja, foi uma megatempestade, por isso em minutos o barco estava prestes a naufragar, era uma seção de ondas gigantes que surrava o barco.
Os discípulos sabiam que o problema era sério, numa grande tempestade como essa era quase impossível que alguém sobrevivesse fora do barco, nem o melhor nadador sairia ileso.
Como se não bastasse a grande tormenta, Jesus está na polpa do barco, dormindo profundamente um daqueles sonos que dizemos que pode cair o mundo que não acordamos, dormia feito uma pedra.
Eles estão quase morrendo, e o Senhor, parece estar alheio a situação, ele estava extremamente cansado, era para os discípulos a única solução, mas Jesus estava como o “Superman rodeado de criptonita”.
Nada o despertava, e Marcos faz questão de nos lembrar que Jesus era homem completo, igual a nós, porém sem pecados. Ele não estava fazendo uma pegadinha com os discípulos.
Nesta situação nem o mais prodigioso pescador poderia se livrar, e os discípulos sabiam disso.
Aparentemente eles não contavam com Jesus, se nada o acordava, o fim deles estava próximo.
Era uma situação profundamente desesperadora.
Tu já te sentiste assim? Estar em meio a um “mega” problema, um problema daqueles, quando as capacidades de resolver se foram, e o Senhor parece fazer outra coisa, tu te sentes inútil e desamparado?
O pior é que não foi iniciativa deles a travessia do lago, Jesus era o único responsável por essa situação.
Isso nos ensina que a tempestade não foi apenas o conjunto de ações climáticas.
Tem aquelas pessoas que diante de tragédias, situações de desastres querem encontrar justificativas para “defender a Deus”, como se ele não tivesse nada de ver com as tragédias que acontecem no seu mundo.
Isso não é o que a Palavra diz, ele é responsável pelos fortes ventos e grandes tormentas.
Vejamos:
Psalm 107:23–25 NAA
23 Os que, tomando navios, descem aos mares, os que fazem comércio na imensidade das águas, 24 esses veem as obras do Senhor e as suas maravilhas nas profundezas do abismo. 25 Pois Deus falou e fez levantar o vento tempestuoso, que elevou as ondas do mar.
Não foi a mãe natureza, as situações climáticas autônomas, mas o decreto soberano do Senhor.
Ele colocou os discípulos nesta megatempestade, pois ele queria ensinar os discípulos que ele é um Salvador Soberano.
Interessante é que no capítulo 4 de Marcos encontramos as únicas 4 parábolas deste evangelho, e todas giram em torno de ensinos do reino de Deus, mas, imediatamente depois das parábolas, temos 4 histórias que narram sobre o poder, soberania e autoridade de Jesus.
A soberania sobre os elementos da natureza, mais a frente, sobre os demônios, 5.1-20, depois, poder, soberania e autoridade sobre as enfermidades 5.21-34 e por último 5.35-41 sua soberania sobre a morte.
Os discípulos haviam recebido instruções verbais a cerca do reino, agora, eles tem oportunidade de ver Jesus em ação, eles tem oportunidade de demonstrar se eles realmente estavam dispostos a confiar em Jesus, o Salvador soberano.
Em outras palavras, a classe de teologia encerrou, e agora era a hora de pôr em prática o que aprenderam.
Esta tempestade foi cuidadosamente desenhada por Deus, para dar oportunidade aos discípulos de agirem de acordo com a teologia que aprenderam de Jesus.
Deus espera exatamente o mesmo de nós.
Talvez aqui temos 3 tipos de pessoas: aquelas que acabaram de passar por uma tormenta, ou estão passando por uma tormenta, ou passarão por uma tormenta.
Deus nos leva a atravessar por furacões em nossas vidas, e são nestes momentos que somos tentados a pensar que Deus não nos ama.
Que Deus está nos castigando por algum mal que fizemos, nestes momentos chegamos a duvidar que ele está mesmo regendo o universo sentado em seu trono.
Nosso Deus é o Deus das grandes e pequenas tormentas, e ele não exime ninguém de passar por elas, nem mesmo os cristãos.
Essa é a única maneira que podemos aprender verdadeiramente teologia e fortalecer nossa fé em Jesus.
Qual a melhor maneira de aprender a jogar futebol, lendo as regras do jogo ou jogando?
Podes ler tudo sobre futebol, aprender todas as regras, mas a melhor forma de aprender é jogando futebol, e o mesmo ocorre com a vida cristã, Deus quer que o conheçamos íntima e pessoalmente.
Tem aqueles que dizem que conhecimento bíblico é algo para teólogos da academia, pra um tipo especial de gente, mas se teologia é o estudo e conhecimento de Deus, então todo o cristão precisa fazer teologia, precisa estudar a Bíblia, precisa desejar conhecer a Deus.
Aliás, todo cristão tem uma teologia, e muitos a tem de forma errada, conhecem a Deus de forma torta e equivocada, por isso reagem de forma errada diante de tormentas, porque precisam conhecer o Salvador Soberano por meio das escrituras.
Deus quer que o conheçamos intima e pessoalmente, Deus quer que confiemos nele, mas não como teoria, mas com uma convicção profunda do coração.
Devemos fazer isso por meio do estudo da Bíblia, e esse conhecimento se torna útil e verdadeiro, quando aplicamos em meio as diversas tormentas da vida.
Isso nos leva a segunda cena deste relato.

2 – Um grupo de crentes em pânico, incredulidade e insolência – v.38

Esse é um exato momento quando a incredulidade nubla os olhos da fé e nos leva a atuar com insolência, eles se deixaram controlar pelo medo e perderam a perspectiva por completo sobre quem Cristo é.
Por um lado, eles o chamam de mestre, mostrando uma espécie de reverência e respeito, porém, de outro modo, eles o acusam de forma insolente dizendo que Jesus não tem nenhum tipo de cuidado por eles.
Mestre, não te importas que pereçamos!
Em vez de mostrar uma fé submissa e esperar na ação poderosa do Salvador soberano, a frustração e medo levaram os discípulos a repreender Jesus porque não se sentiam cuidados e amados.
Sabe, quando você diz que não aceita a situação que está acontecendo em sua vida, quando você questiona Deus por conduzir a história da sua vidas, e te colocar em meio a dificuldades.
Você diz que isso não deveria estar acontecendo com você, isso é incredulidade, insolência (orgulho).
Estes discípulos, são os mesmos que viram Jesus sarar todo o tipo de doenças, a expelir legiões de demônios, eles estavam conscientes de seu poder, de sua compaixão, mas deixaram que o medo controlasse suas vidas, e neste momento perderam a teologia e sua fé.
Alguma vez tu te viu, ou te vez agora reagindo exatamente desta forma?
Eu me lembro de diversas vezes que reagi assim, mais do que eu queria me lembrar.
Sabemos que o Senhor é bom, sabemos que ele é todo poderoso, sabemos que ele é criador, sabemos que ele é soberano.
Nós temos um conhecimento mais amplo do que os discípulos tinham naquele momento.
E sabemos que por amor a nós Jesus deu sua vida para satisfazer a justiça perfeita de Deus e assim poder conceder o perdão de todos os nossos pecados. Isso ainda não havia acontecido aqui.
Cristo foi desamparado por Deus para que nenhum de seus filhos tenha que experimentar esse tipo de desamparo, em nenhum momento, em nenhuma situação.
Mas quantas vezes reagimos desta mesma forma, com pânico, incredulidade, insolência diante das provações?
Talvez não dizemos com palavras, mas de forma sutil e silenciosa a incredulidade está escondida em nosso descontentamento e dúvida.
“As vezes pensamos: as escrituras até falam sobre proteção, cuidado, amor e promessas, mas talvez sejam pra alguns em especial, mas não para mim em particular, eu não me sinto cuidado por ti Deus.
É verdade, não falamos isso, cuidamos muito pra não dizer, por isso o que implica diante de Deus são as inclinações de nosso coração, eu posso invariavelmente dizer algo com a boca, e meu coração sentir algo totalmente diferente.
Tu não te importas, estamos morrendo, e tu não se importa. Essa era a fala dos discípulos.
Stenio Marcius, na música um prelúdio para o Deus homem, ele diz que essa história narra duas tormentas, uma no mar e outra no coração. A do coração era pior que a do mar, profundamente pior.
Preciso fazer uma digressão aqui, quando estamos no meio das tormentas não é ilegítimo nem pecaminoso sermos tomados de medo ou tristeza.
Jesus no Getsêmani sentiu tristeza, não quero criar um problema de consciência, esse não é meu objetivo.
A tristeza em si mesma não é pecaminosa, mas sim o que tu fazes com ela, é como tu fazes teu diálogo interior.
Em meio as tormentas estamos vulneráveis, estamos frágeis, e o pecado nos rodeia, nos sonda, talvez o melhor caminho seja a incredulidade, abraçar o medo, agarrar-se na dúvida, a teologia parece não resolver, pois muitas vezes é errada e inconsistente.
Mas o Senhor é tão bom e paciente que em vez de exigir respeito, reverência e como se dissesse, só vou fazer algo se me pedirem por favor.
Ele decide resolver o problema. E isso nos leva a terceira e última cena.

3 – Um milagre extraordinário e um temor maior ainda – v.39

O Senhor se levanta calmo e sereno, sem medo, sem pânico, nenhuma agitação, ele se levanta como quem é soberano, sem surpresas, e repreende o vento e mar e imediatamente.
Aqui encontramos pela segunda vez a palavra grega “mega”, Jesus produziu uma megacalma.
Quando acompanhamos uma tempestade, os ventos vão acalmando aos poucos, as ondas continuam aparecendo em tamanhos menores até que se acalmem um tempo depois.
Mas aqui, apenas pelo poder de sua palavra, Jesus falou e grande bonança se fez, imediatamente, do caos a ordem, da tempestade indomável, ondas e ventos fazem uma bela sinfonia silenciosa e solene sob a ordem de Jesus.
O Senhor do universo deu uma única ordem, o Senhor do universo foi quem criou os ventos e os mares, eles não tinham outra opção, senão obedecer.
Jesus era o Deus-Homem, 100% Deus, e 100% Homem, ali, diante dos discípulos, a segunda pessoa da trindade encarnada, duas naturezas, uma só pessoa, a humana e divina atuando em perfeita harmonia.
Neste sentido a incredulidade, o pânico e insolência dos discípulos era injustificável, por que o Rei dos reis, o criador do céus e terra, o salvador soberano, estava com eles no barco, e em nenhum momento tinha perdido o controle, mesmo enquanto dormia.
O grande problema dos discípulos não era a tormenta do mar, era a tormenta em seu coração, o grande problema deles era sua falta de fé.
Mark 4:40 NAA
40 Então Jesus lhes perguntou: — Por que vocês são tão medrosos? Como é que ainda não têm fé?
Eles não tinham conectado os pontos entre os milagres de Jesus e a situação que estavam passando.
Neste caso, não são as circunstâncias da vida, as tempestades que nos enchem de medo, de temor, mas a falta de fé, e a falta de fé é fruto de não conhecer o poder e autoridade de Jesus descritos nas escrituras sagradas.
Temos muita informação bíblica armazenada em nossa cabeça, sobre o amor, o poder, a autoridade de Jesus, sobre sua soberania.
Mas na hora das provações nosso diálogo interior nos traí, o momento de considerarmos estas verdades sobre Deus, nosso coração está cheio de medo, incredulidade e dúvidas.
O que sabemos muitas vezes e em especial nas provações não concordam com a forma como agimos e somos tomados de medo, incredulidade e dúvida.
Agora, nesta última cena, vemos algo muito estranho, qualquer um diria que os discípulos experimentaram um grande alívio em seu coração.
Já que tudo estava agora calmo e seguro, poderíamos dizer que eles agora tinham uma visão mais ampla sobre Jesus e sua soberania.
Mas não é o que acontece.
Se a tormenta os levou a ter medo, agora, diante deste que com uma palavra fez uma megabonança, os discípulos ficaram muito mais cheios de medo.
Mark 4:41 NAA
41 E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: — Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?
Outra vez a palavra “mega” aparece, e a palavra temor aqui, é diferente da palavra do versículo 40, aqui é a palavra “phobos”, fobia.
Eles haviam enfrentado uma megatormenta, viram Jesus fazer uma megacalma, e agora estavam experimentando um megatemor, o conjunto de todos os medos.
A palavra “phobos”, é uma espécie de temor reverente que nos afeta quando estamos diante de algo evidentemente sobrenatural.
O poder de Jesus era mais atemorizante para estes discípulos do que a tormenta, por isso a pergunta: quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?
Temos essa tendência de classificar as pessoas que conhecemos, com quem nos deparamos: esse é amoroso, aquele quieto, o fulano, muito sério.
Os discípulos estão buscando uma categoria para enquadrar e classificar a Jesus, mas não encontraram nenhuma, pois nunca tinham encontrado ninguém como Jesus.
Eles estavam enfrentando o que podemos chamar de xenofobia, o que conhecemos como temor a estrangeiros, temor a pessoas que são estranhas e diferentes.
Neste caso, Jesus entra numa categoria exclusiva a ele, não há ninguém como Jesus, ele é incomparavelmente único.
É incomodo demais estar diante de alguém assim, agora pensa como estariam estes discípulos diante de Jesus.
Tem um episódio nos evangelhos que nos mostra uma cena como esta.
Luke 5:5 NAA
5 Em resposta, Simão disse: — Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sob esta sua palavra, lançarei as redes.
Imagine Pedro, quem sabe dizendo a Jesus, senhor, já vi que tu sabes de teologia, mas eu sou o pescador aqui, com todo respeito.
Afinal, passaram uma noite inteira pescando, no momento certo, no tempo em que os peixes estavam mais vulneráveis a pesca, e ainda sim não pegaram nada.
E Jesus pede que eles repitam todo o trabalho, porém, numa hora menos apropriada, numa hora onde não tava dando peixe.
Não fazia sentido algum, mas Pedro diz, sob tua palavra nós faremos.
Luke 5:6–8 NAA
6 Fazendo isso, apanharam grande quantidade de peixes; e as redes deles começaram a se romper. 7 Então fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem ajudá-los. E foram e encheram ambos os barcos, a ponto de quase afundarem. 8 Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: — Senhor, afaste-se de mim, porque sou pecador.
Veja, Jesus não falou nada sobre pecado, ele não estava pregando sobre o pecado, mas sua presença soberana fez Pedro se sentir incomodado.
Talvez em seu diálogo interior Pedro pode ter pensado, se ele foi capaz de vez os peixes no fundo do mar e tem autoridade para ordenar que entrassem na rede, o que estará ele vendo no fundo do meu coração.
Pedro ficou tão amedrontado que pediu a Jesus para se apartar dele, ele estava profundamente incomodado com a soberania de Jesus.
Tem muita gente assim, que até admira a soberania de Jesus, mas quando essa soberania vem contra nossa vontade, nós o queremos o mais longe possível.
A história de Jesus não termina com essa cena no mar da Galiléia, quando seguimos a ler o texto dos evangelhos, vemos que Jesus, perfeito em santidade e poder, voluntariamente decide morrer assumindo nossa culpa na cruz do calvário.
O mesmo Jesus que tem poder e autoridade sobre os ventos e o mar se deixou ser castigado, julgado em um tribunal humano para que cada um de nós pudesse ser absolvido no tribunal de Deus.
Para que não tenhamos que pedir que Jesus se afaste, muito pelo contrário, por meio de Jesus podemos nos achegar a Deus com confiança, como filhos amados.
Pense nisso por um momento, a pessoa mais terrível, mais temível do universo, Jesus, o Soberano, decidiu te aceitar em sua presença ao te apresentares a ele em arrependimento e fé.
O Deus dos céus, aquele que faz irromper as mais terríveis tempestades te recebe em seu seio de amor, te perdoa, te cobre com seu manto de justiça, tudo isso por causa da morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Ainda sim, ele continua sendo digno de temor reverente, não mais aquele temor que nos leva ao medo e falta de fé.
Mas um temor confiante, pois quem nos defende, nos guarda em seus braços é o Senhor dos céus, o Deus criador, o Rei dos reis, o Salvador Soberano.
Vejamos o argumento de Paulo sobre isso:
Romans 8:14–16 NAA
14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15 Porque vocês não receberam um espírito de escravidão, para viverem outra vez atemorizados, mas receberam o Espírito de adoção, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai.” 16 O próprio Espírito confirma ao nosso espírito que somos filhos de Deus.
Do que Paulo está falando aqui?
Que quando chegamos a Cristo em arrependimento e fé, o Senhor envia seu Espírito a morar em nossos corações e ele nos guia.
Mas como o Espírito faz isso?
Substituindo em nossos corações um temor escravizador por um afeto filial.
Por isso em vez de servirmos a Deus como escravos que obedecem por causa do medo do castigo, o Espírito Santo nos faz confiar que fomos adotados como filhos de Deus, para que nossa obediência seja motivada pela fé, para que obedeçamos por um profundo afeto em nossos corações por amor a Deus.
Se o Deus todo poderoso nos amou de tal maneira que enviou Jesus a morrer em nosso lugar na cruz para poder nos adotar e nos tratar de agora em diante como trata a Jesus.
Que razões temos para temer, que razões temos para abraçar o medo, a incredulidade, a dúvida?
Paulo diz mais:
Romans 8:31–32 NAA
31 Que diremos, então, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou, será que não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?
Jesus não só acalmou a tempestade aquela noite, mas por amor a nós ele decidiu sofrer a mais terrível tormenta, quando recebeu na cruz todo o peso da ira de Deus que merecia nosso pecado, de modo que já fomos livrados da maior e mais terrível tormenta.
Agora, Deus apenas está nos moldando pelas tempestades da vida para sermos cada dia mais parecidos com nosso Senhor e Salvador Soberano, Jesus.
Que o Senhor nos ajude a conectar os pontos de nossa teologia, a reagirmos as tormentas da vida, não com medo, não com incredulidade, não com insolência, mas com fé no Salvador Soberano, Jesus.
No barco com os discípulos estava um Salvador Soberano, Ele prometeu estar conosco todos os dias até o fim, se estais agora em meio a uma terrível tormenta, Jesus está no barco, ele está porque prometeu.
Ele não disse que a viagem não teria contratempos, mas podemos ter segurança de chegar no outro lado, ele prometeu que não perderia nenhuma das suas ovelhas.
Quando a tormenta der o fruto desejado pelo Senhor, ele se levantará e dirá as tormentas, acalmem-se, sosseguem-se.
Neste caso, se cremos em Jesus não temos o que temer.
Agora, se chegaste aqui sem Cristo, ai sim, tens todas as razões do mundo para ter medo, seja qual for a tormenta que estais enfrentando, a pior está por chegar, que é prestar contas diante do Senhor, nenhum ser humano se livrará deste juízo, a menos que tenha se refugiado por arrependimento e fé em Jesus Cristo, o Salvador Soberano.
Somente em Jesus, chegaremos seguros ao céu, porque Jesus está no barco.
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