Estudo 643- A Doutrina de Deus - A Gloria e o Carater de Deus I

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DOUTRINA i - A Doutrina de Deus
A Glória e o Caráter de Deus
ESTUDO 643
Romanos 11:33-36 (ARC)
Romains 11.33–36 NAA
33 Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão inexplicáveis são os seus juízos, e quão insondáveis são os seus caminhos! 34 “Pois quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? 35 Ou quem primeiro deu alguma coisa a Deus para que isso lhe seja restituído?” 36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre. Amém!

INTRODUÇÃO

Começamos hoje a falar da Glória e do Caráter de Deus
isso é maravilhoso pois nos ajuda a conhecer mais profundamente a natureza de Deus que amamos
ele é a causa da nossa existência, esperança e salvação.
Além disso, compreender a glória de Deus nos incentiva a adorá-lo e a viver de acordo com sua vontade.
A Bíblia diz que Deus é santo e digno de louvor e que todas as coisas foram criadas para sua glória (Isaías 43:7, Colossenses 1:16).
Ao falarmos da glória e do caráter de Deus, estamos reconhecendo e celebrando essas verdades e ensinando-as a outros.
Quando queremos viver na presença de Deus, somos desafiados a viver integralmente como o Senhor deseja na nossa vida diária e fazê-lo parte de todos os aspectos.
Deus quer que nos aproximemos Dele através de uma vida de adoração, tanto cotidiana quanto em relações com outras pessoas.
Como fazer isso de maneira efetiva?
Como expressar a Glória e o Caráter de Deus se tantas vezes não entendemos o que isso significa?
Você pode até se perguntar “por que estamos falando da glória e do caráter de Deus?”
Bem, a verdade é que eles são dois aspectos muito importantes de nossa fé.
E não são apenas para pastores ou teólogos - eles são para todos nós.
Dentro desse aspecto mora toda a motivação (no sentido de razão de ser e ação) da pessoa de Deus ser quem Ele é.
Precisamos experimentar a glória de Deus em nossas vidas todos os dias e precisamos conhecer Seu caráter para confiar Nele.
O intuito de nosso estudo não é dar argumento demasiadamente teológico para esses dois assuntos, mas levar a você uma relação simples dentro de um fundamento sólido baseado em uma doutrina saudável de como é possível viver para a Glória de Deus e confiar em Seu Caráter perfeito e Sua Pessoa imutável.
Nessa semana vamos nos debruçar no assunto da Glória de Deus, desde o assunto central do que isso significa, sua relação com a natureza e a Bíblia Sagrada, sua manifestação em Cristo e nossa relação pessoal com ela. Na semana que vem vamos falar sobre o Caráter de Deus.Portanto, se você está pronto para ir mais fundo no coração de Deus eu o convido a juntar-se a nós nesta jornada de adoração e descoberta. Com certeza será uma experiência inesquecível!
Job 26.14 NAA
14 Eis que isto são apenas as bordas dos seus caminhos! Dele temos ouvido apenas um leve sussurro! Mas o trovão do seu poder, quem o entenderá?”
Desfrute!

I. A GLÓRIA DE DEUS

Mas o que é a Glória e mais precisamente a Glória de Deus?
A "Glória" pode ter vários significados dependendo do contexto.
Em geral, a palavra "glória" pode se referir a uma sensação de orgulho ou satisfação pela realização de algo importante ou admirável;
a reputação ou fama alcançada por alguém ou algo;
ou a exibição pública de honra ou triunfo.
Em religião ou na fé, "glória" pode ser usada para se referir ao esplendor divino ou à majestade de Deus.
A "Glória de Deus" é o aspecto divino da presença e da majestade de Deus, expressa como um brilho ou resplendor.

A - No Cristianismo

No Cristianismo, a Glória de Deus é descrita como a manifestação da sua presença e poder e é, frequentemente, associada à ideia de santidade e perfeição.
A Glória de Deus é vista como algo que transcende a compreensão humana e é algo que só pode ser experimentado e compreendido de maneira limitada.
A busca pela Glória de Deus é uma parte importante da fé e da espiritualidade para muitos crentes.

B - No Antigo Testamento

No Antigo Testamento esse tema está ligado com os grandes feitos e manifestação de Deus na natureza (Gn. 1:1-27; Sl 19; Jó 38-40), com os milagres e intervenções no mundo e na vida das pessoas (Ex. 3, 12, 33; Jz. 6; Jó 42; 1Rs. 17-2Rs. 4; Is. 6; Ez. 1) ou simplesmente nos detalhes que marcam seu caráter (Dn. 9; Nm. 1; Js. 5).

1 - "Kavod"

A palavra hebraica "Kavod" é usada para descrever a glória de Deus no hebraico nesse período vetero testamentário. A raiz etimológica da palavra "Kavod" é "k-v-d", que significa "peso" ou "honra".
A expressão "Kavod" pode se referir a vários aspectos da glória de Deus, incluindo sua majestade, sua grandeza, sua dignidade e sua presença real.
A "Kavod" de Deus é uma manifestação da sua natureza santa e poderosa, e é a expressão de sua presença real no mundo.
Além disso, a expressão "Kavod" também pode se referir ao respeito e à honra que é devida a Deus.
A Bíblia ensina que todas as coisas devem ser feitas para a "Kavod" de Deus e que devemos dar a ele todo o louvor e honra devidos ao seu nome.
Em resumo, a palavra "Kavod" é usada para descrever a glória de Deus no hebraico e se refere a sua majestade, grandeza, dignidade, presença real e à honra e respeito devidos a ele.

C - Novo Testamento

Já no Novo Testamento a Glória de Deus está também relacionada com essas questões macro de sua manifestação (natureza, milagres, aparições exuberantes e maravilhas) porém é maiormente marcada pela manifestação do caráter de Deus na vida e ministério de Jesus através de sua vida, morte e ressurreição.
João 1:14 ; João 17:5; Filipenses 2: 9-10 ; Colossenses 1:15-20 ; Hebreus 1:3
João 1.14 NAA
14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
João 17.5 NAA
5 E agora, ó Pai, glorifica-me contigo mesmo com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.
Filipenses 2.9–10 NAA
9 Por isso também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra,
Colossenses 1.15–20 NAA
15 Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. 16 Pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17 Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste. 18 Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja. Ele é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para ter a primazia em todas as coisas. 19 Porque Deus achou por bem que, nele, residisse toda a plenitude 20 e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.
Hebreus 1.3 NAA
3 O Filho, que é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela sua palavra poderosa, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,

1 - "doxa"

A palavra grega usada para traduzir "Kavod" do hebraico no AT e apresentada no NT é "doxa".
A palavra "doxa" é amplamente utilizada na Septuaginta, que é a versão grega do Antigo Testamento, e é usada para traduzir várias palavras hebraicas, incluindo "Kavod".
A palavra "doxa" tem uma ampla gama de significados, incluindo a glória, a majestade, a opinião, a honra, a beleza e a nobreza.
Na Bíblia, a "doxa" de Deus é frequentemente descrita como uma manifestação da sua presença e poder, e é vista como uma expressão da sua santidade e da sua grandeza.

D - Cartas paulinas

Por fim, as cartas de Paulo tratam da glória de Deus em Cristo (a qual vamos ver mais à frente) em vários aspectos.
Em Romanos 8.30,
Romanos 8.30 NAA
30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.
Paulo afirma que os escolhidos de Deus são justificados por sua graça e que serão glorificados com Cristo.
Em 2Coríntios 4.6, Paulo menciona que Deus usou a fraqueza dos apóstolos para revelar a sua glória.
A ressurreição de Cristo é apresentada como a manifestação plena da glória de Deus em João 11.40.
Além disso, a carta aos Filipenses descreve a humilhação e exaltação de Cristo, demonstrando a sua glória como o Filho de Deus (Fil 2.6-11).
E - Os crentes compartilharão a glória
Finalmente, 1Pedro 5.4 e Apocalipse 21.23 afirmam que os crentes compartilharão a glória escatológica de Cristo na ressurreição, quando serão transformados e livres da natureza pecadora.
1Pedro 5.4 NAA
4 E, quando o Supremo Pastor se manifestar, vocês receberão a coroa da glória, que nunca perde o seu brilho.
Apocalipse 21.23 NAA
23 A cidade não precisa do sol nem da lua para lhe dar claridade, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada.

II. REVELANDO A GLÓRIA DE DEUS

A - A revelação da glória

A revelação da glória de Deus é progressiva, ou seja, ela vai se desenvolvendo e se tornando cada vez mais evidente ao longo do tempo.
Desde a criação, a glória de Deus foi sendo revelada através da sua obra na natureza.
No entanto, a chegada de Jesus Cristo marcou um ponto de virada na revelação da glória de Deus, pois ele é a plenitude da revelação divina (Colossenses 1:19).
Colossenses 1.19 NAA
19 Porque Deus achou por bem que, nele, residisse toda a plenitude
Ao viver uma vida perfeita, sem pecado, e entregar sua vida na cruz para redimir a humanidade, Jesus revelou ao mundo o amor, a graça e a misericórdia de Deus.
Além disso, ao ressuscitar dentre os mortos e ascender ao céu, Jesus estabeleceu sua posição como Senhor e Cristo, revelando ainda mais a glória de Deus.
E por fim, ao enviar o Espírito Santo aos seus seguidores, Jesus nos capacitou a viver uma vida cheia do Espírito, manifestando a glória de Deus ao mundo.
Em resumo, a revelação da glória de Deus tem o seu ponto máximo em Jesus Cristo e continua a ser revelada através da vida dos seus seguidores até o dia glorioso da Sua vinda quando seremos transformados com Ele e todo olho verá e toda língua confessará, Sua real e verdadeira natureza e glória.

B - A perspectiva pentecostal

Na perspectiva pentecostal, a revelação da glória de Deus pode ser experimentada como uma manifestação poderosa do Espírito Santo, que transforma a vida dos crentes e produz frutos evidentes, como curas, libertações, renovação de mentes e avivamento.
Isso acontece por meio da ação do Espírito Santo, que é o testemunho da presença de Deus em nossas vidas e traz uma atmosfera de poder, paz e unidade aos que estão reunidos em adoração.
Esse poder transformador não está restrito a um momento ou lugar específico, mas pode ser experimentado em qualquer lugar e a qualquer momento pelos que estão dispostos a recebê-lo.

C - um “já” e um “ainda não”

A revelação da glória de Deus também é experienciada e entendida em um “já” e um “ainda não”,
pois, por um lado, experimentamos sua presença e poder transformador em nossas vidas,
mas ainda há uma dimensão futura de plena realização da glória, quando veremos a Deus face a face e estaremos totalmente transformados em sua imagem (1Coríntios 13:12; Apocalipse 21:23).
Enquanto aguardamos esse momento, continuamos a buscar a revelação da glória de Deus em nossas vidas e na vida da igreja, para que possamos ser moldados em sua imagem e ser instrumentos de transformação na Terra.

III. A GLÓRIA DE DEUS NA NATUREZA E NA SUA PALAVRA

Matthew Henry (1662-1714) foi um comentarista bíblico inglês que escreveu o famoso "Comentário Expositivo de Toda a Bíblia".
Ele entendia a glória de Deus como a manifestação da sua presença, poder e majestade.
Ele via a glória de Deus como algo que se revela em sua criação (Universo e Natureza), em suas ações na história da salvação, e em sua pessoa.
Henry citava vários textos bíblicos para descrever a glória de Deus, incluindo Êxodo 33:18-23, onde Moisés pede a Deus que se revele a ele e Deus responde dizendo que sua glória passará diante dele; Salmo 19:1, que diz que "os céus proclamam a glória de Deus"; e Isaías 6:3, que descreve a glória de Deus como o que "enchia o templo".
Ravi Zacharias
enfatizava que a glória de Deus é a expressão máxima da verdade, bondade, beleza e significado juntos. Ele acreditava que a glória de Deus é a fonte de todas as coisas boas e é o objetivo final de nossas vidas. De acordo com Zacharias, ao contemplarmos a glória de Deus, encontramos a verdade absoluta, a moralidade perfeita, a beleza eterna e o propósito da vida.
Charles Haddon Spurgeon,
conhecido como o "Príncipe dos Pregadores", pregou muito sobre a glória de Deus ao longo de sua carreira.
Ele via a revelação da glória de Deus como a presença de Deus que brilha através de Sua Palavra e de Seu mundo criado.
Em relação ao Salmo 19, Spurgeon destacou a glória de Deus que é revelada nos dois "livros" que Deus escreveu: a natureza e a lei.
A natureza, com seu vasto céu e as maravilhas cósmicas, mostram a glória de Deus como Criador.
A lei, ou a Palavra de Deus, revela a glória de Deus como Santo e Justo.
Assim, ele via a revelação da glória de Deus como um convite para a adoração e para a obediência.
Dentro deste escopo vamos rapidamente meditar nesses 3 personagens: Jó, Moisés e Isaías, e os seus respectivos vislumbres da Glória de Deus.

A. A história de Jó

É frequentemente citada como um exemplo de fé e perseverança na presença da adversidade. Na Bíblia, Jó é retratado como um homem justo e reto que sofre muitas perdas e tribulações, incluindo a perda de sua riqueza, saúde e todos os seus filhos. No entanto, ele não se desvia de sua fé em Deus, mesmo diante de todas essas dificuldades.
Na conversa com seus amigos, Jó afirma sua crença na justiça e bondade de Deus, e reconhece a soberania divina sobre tudo o que acontece na vida dele. Ele também reconhece a limitação humana em compreender plenamente as decisões de Deus, e que ele é "santo" (kadosh, em hebraico) e inescrutável.
Jó teve um encontro com a Glória de Deus ao longo de sua vida, particularmente durante seu sofrimento e provações. Em Jó 42:5-6, Jó reconhece a grandeza e majestade de Deus e reconhece que seus olhos já viram a Deus, mas agora entende que só podia ter visto uma pequena parte de sua glória. Jó percebe que a sua compreensão anterior de Deus estava limitada e que a verdadeira glória de Deus é indescritível. Esse encontro com a glória de Deus transformou Jó em uma pessoa mais humilde e submissa, e ele se arrependeu dos seus pecados. Assim, para Jó, ver a glória de Deus foi um momento de profunda humildade e transformação espiritual.

B. A história de Moisés

O príncipe do Egito acostumado com a alta corte foi acostumado a viver com o melhor que o mundo antigo poderia oferecer. Porém Moisés teve duas experiências distintas que o permitiram ver a glória de Deus, primeiramente, na sarça ardente e posteriormente, no Monte Sinai. Na sarça ardente, Deus se revelou a Moisés de uma forma íntima e pessoal, como o Deus que ouvia e respondia às suas orações (Êxodo 3:2-4). Já no Monte Sinai, Moisés teve uma visão mais ampla da glória de Deus, como o Soberano dos Exércitos celestes e o Senhor dos Dez Mandamentos (Êxodo 19:16-20).
Podemos entender essas duas experiências como um paralelo entre ver a glória de Deus no micro no e macro estado. A sarça ardente representa uma visão mais pessoal e íntima da glória de Deus, enquanto o Monte Sinai representa uma visão mais ampla e abrangente da glória divina. Ambas as experiências nos permitem ver a glória de Deus em diferentes aspectos e nos ajudam a entender a grandeza e o poder do nosso Deus.

C. A experiência de Isaías

A Glória de Deus é descrita no seu livro, capítulo 6, onde o profeta vê o Senhor assentado no trono, rodeado de serafins, e ouve a voz destes seres a dizer: "Santo, Santo, Santo!" A experiência de Isaías foi marcante e transformadora, pois ele saiu da presença do Senhor com uma nova compreensão e consciência da santidade de Deus.
O momento parecia inapropriado para uma renovação de propósito, pois Isaías acabara de ouvir a notícia da morte do rei Uzias, um dos reis mais poderosos e bem-sucedidos de Judá. No entanto, ao invés de desanimar, a experiência com a Glória de Deus renovou o propósito de Isaías, que se tornou um profeta mais fervoroso e dedicado ao serviço do Senhor.
Esse exemplo mostra que, independentemente do momento ou das circunstâncias, a Glória de Deus pode ser revelada e experimentada, renovando e transformando nossos propósitos e vidas. De novo, a Glória de Deus é uma força poderosa que nos ajuda a superar as adversidades e nos mantém firmes em nossa fé, independentemente das circunstâncias que enfrentamos.
Jó, Moisés e Isaías foram personagens importantes na história da Bíblia que tiveram experiências únicas com a glória de Deus. Jó foi testado e, apesar das circunstâncias adversas que enfrentou, manteve a sua fé em Deus. Moisés viu a glória de Deus em forma de uma sarça ardente no deserto e viu ao Senhor com as miríades dos seus anjos. Isaías teve uma visão da glória de Deus no seu trono e foi recebido diante dos seres celestes para cumprir seu ministério. Essas experiências podem ser vistas como sinais da presença e do poder de Deus, e nos mostram a importância de estarmos atentos à glória de Deus em nossas vidas.
Mas a glória de Cristo é uma realidade ainda mais profunda e marcante, pois ele é a manifestação da plenitude da glória de Deus na Terra.

IV. A GLÓRIA DE DEUS EM CRISTO

Cristo é a revelação plena da natureza de Deus e, através de sua morte e ressurreição, restaurou a nossa relação com Deus e nos deu acesso à sua glória.
Portanto, a glória de Cristo é uma verdade essencial para compreendermos a nossa fé e o propósito de nossas vidas.
Cristo revela a glória de Deus em vários aspectos. Aqui estão algumas formas como Ele fez isso:

A. Seu nascimento:

O nascimento de Cristo foi um momento de revelação da glória de Deus, pois mostrou que Deus estava se tornando carne para salvar a humanidade (João 1:14).

B. Seu batismo:

Quando Jesus foi batizado no rio Jordão, a voz de Deus foi ouvida dizendo "Este é o meu filho amado, em quem eu me comprazo"(Mateus 3:17), revelando a divindade de Cristo e a glória de Deus.

C. Seu ministério:

Durante seu ministério terreno, Jesus curou enfermos, libertou os oprimidos e revelou a bondade e o amor de Deus (João 14:9).

D. Seu ensino:

Através de suas parábolas e ensinamentos, Jesus revelou a verdade sobre Deus e seu Reino, revelando a glória de Deus (João 8:32).

E. Sua morte:

Através de sua morte na cruz, Cristo pagou o preço pelos pecados da humanidade, revelando a justiça e a graça de Deus (Romanos 3:23-25).

F. Sua ressurreição:

A ressurreição de Cristo é a prova definitiva da divindade de Jesus e a glória de Deus, pois mostrou que ele é o Filho de Deus e tem o poder sobre a morte (Romanos 1:4).
Jesus é Deus encarnado e sua vida e obra revelam a glória de Deus a todos os que creem nele. Em Colossenses 2:9, lemos que nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento.
Em Cristo toda essa glória é inesgotável, imutável e eterna. Como Deus, Ele revelou a sua glória desde o seu nascimento, passando pelo seu batismo, ministério, ensino e culminando na sua morte vicária e ressurreição. A divindade de Cristo também é uma revelação da glória de Deus.
Por isso ainda há mais glória a ser revelada, pois na última hora veremos a glória de Cristo na sua plenitude, quando Ele voltar para estabelecer o seu reino eterno. É esse momento que é descrito na Escritura como sendo a "manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo" (Tito 2:13). Como crentes, destinados a glória eterna, aonde o maior valor não são as ruas de ouro, os fundamentos de pedras preciosas, as mansões os portões de pérola nem as miríades de anjos - o maior valor do céu é o próprio Deus, Ele é a nossa herança, Ele é a glória maior. Estamos em um caminho de eterna surpresa e revelação.
Da mesma forma que João viu a glória de Cristo quando Ele revelou sua divindade, nós também veremos essa glória, com nossos próprios olhos, quando Ele voltar.

V. A GLÓRIA DE DEUS EM NÓS (UMA VIDA NO ESPÍRITO SANTO)

Ainda, a glória de Deus é algo que há de ser revelado, quando Cristo voltar para estabelecer seu reino eterno. A Bíblia nos fala que veremos a sua glória, quando ele se apresentar na sua majestade e poder. Será um momento de triunfo e vitória, de júbilo e alegria, quando a glória de Deus será revelada plenamente e para sempre.
Mas, enquanto esperamos esse momento, temos a oportunidade de experimentar a glória de Deus em nossas vidas. Ela é um constante descobrimento, um “já” e “ainda não”, que nos leva a um caminho de crescimento e de transformação. A glória de Deus é a presença do Espírito Santo em nós, que nos conduz a viver resultados que trazem a sua glória através de nossas vidas.
Jesus disse:
João 17.22 NAA
22 Eu lhes transmiti a glória que me deste, para que sejam um, como nós o somos;
Cristo é a manifestação perfeita da glória de Deus, e através da obra do Espírito Santo, temos acesso a essa glória e somos transformados para sermos semelhantes a Cristo. A vida no Espírito Santo permite que experimentemos essa glória de maneira crescente, enquanto vamos refletindo a imagem de Cristo ao nosso redor. Ao viver essa vida, buscando a glória de Deus, estamos cumprindo o propósito para o qual fomos criados e levando a sua mensagem a todas as nações.
Veja essas 7 maneiras para viver uma vida para glória a Deus:

A. Conheça a Deus:

1João 4.10 NAA
10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
Comece conhecendo a Deus através da Sua palavra e da Sua presença, pois quanto mais conhecemos sobre Ele, mais facilmente poderemos viver em Sua glória.

B. Busque o Espírito Santo:

Mateus 4.4 NAA
4 Jesus, porém, respondeu: — Está escrito: “O ser humano não viverá só de pão, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.”
Busque o Espírito Santo para ter força e sabedoria para viver uma vida para a glória de Deus.

C. Siga a verdade:

João 3.21 NAA
21 Quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.
Seja fiel à verdade e viva uma vida de integridade, pois isso trará glória a Deus.

D. Viva uma vida de oração:

Mateus 21.22 NAA
22 E tudo o que pedirem em oração, crendo, vocês receberão.
Ore constantemente e confie em Deus para que Ele possa agir em sua vida e trazer a Sua glória.

E. Ame ao próximo:

João 13.35 NAA
35 Nisto todos conhecerão que vocês são meus discípulos: se tiverem amor uns aos outros.
Ame ao próximo e viva uma vida de amor e serviço, pois isso trará glória a Deus.

F. Testemunhe a fé:

Efésios 6.18–19 NAA
18 Orem em todo tempo no Espírito, com todo tipo de oração e súplica, e para isto vigiem com toda perseverança e súplica por todos os santos. 19 E orem também por mim, para que, no abrir da minha boca, me seja dada a palavra, para com ousadia tornar conhecido o mistério do evangelho,
Testemunhe sua fé e compartilhe o amor de Deus com aqueles ao seu redor, pois isso trará glória a Deus.

G. Busque a santidade:

1Pedro 1.16 NAA
16 porque está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo.”
Busque a santidade e viva uma vida consagrada a Deus, pois isso trará glória a Ele.
Em cada passo, lembre-se de que a glória de Deus é o objetivo final e faça tudo com esse propósito A esperança da salvação eterna é a coroa da Glória de Deus. A Bíblia nos diz que a criação louvava a Deus de júbilo porque entendeu que Sua Glória iria provar Seu Caráter para todas as gerações vindouras.
Por princípio, a criação da luz no livro de Gênesis é um exemplo perfeito da importância da luz como aferidor de medidas para que a glória de Deus possa ser manifestada. De acordo com a Bíblia, Deus criou a luz no primeiro dia e a separou das trevas (Gênesis 1:3-4). Essa luz é um símbolo da verdade e da justiça, e sua presença é fundamental para que a criação possa ser vista com clareza.
Da mesma forma, quando vivemos uma vida para a glória de Deus, a luz do Espírito Santo é a referência que nos guia e nos mostra o caminho. É através dessa luz que somos capacitados a manifestar o caráter e o amor de Deus em nossas vidas, e a produzir frutos que são reconhecidos como obras que manifestam desde a glória de Deus e para ela.
Assim como a luz do primeiro dia permitiu que a criação fosse vista com clareza, a luz do Espírito Santo permite que a glória de Deus seja vista em nós. É através dessa luz que nossas ações e decisões são guiadas, e que a glória de Deus é manifestada na terra. E quando vivemos uma vida assim, somos como a luz brilhante que ilumina a escuridão e imagem de Deus restaurada na Terra pelo Sangue de Jesus, e faz com que as pessoas deem glória a Deus.

CONCLUSÃO

A glória de Cristo é inalterável, eterna e imutável, e é a fonte da nossa esperança e alegria. Portanto, louvemos ao nosso Deus e Salvador, que é a fonte da glória eterna e imutável! Louvado seja o nome de Jesus, que é a glória de Deus revelada ao mundo! Em seu nome, proclamamos a vitória da graça sobre o pecado, da vida sobre a morte e da glória eterna sobre o tempo presente. Aleluia!
A glória de Deus é um tema central na Bíblia e é revelada através da natureza, da Palavra de Deus e especialmente em Cristo. Cristo é a plena revelação da glória de Deus, e através do Espírito Santo, podemos viver uma vida para a glória de Deus, permitindo que Ele seja visto através de nós.
Nós, como seguidores de Cristo, devemos buscar viver uma vida no Espírito Santo, permitindo que a glória de Deus seja manifestada através de nós. Isso inclui buscar a santificação, seguir o exemplo de Cristo e permitir que o Espírito Santo nos guie em nossas decisões e ações.
Para concluir, os versículos de 2Coríntios 3:18 e João 17:22 são uma ótima referência para a glória de Deus em nós:
2Coríntios 3:18; João 17:22
2Coríntios 3.18 NAA
18 E todos nós, com o rosto descoberto, contemplando a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, que é o Espírito.
João 17.22 NAA
22 Eu lhes transmiti a glória que me deste, para que sejam um, como nós o somos;
Esses versículos nos mostram que, como seguidores de Cristo, nós somos transformados pela glória de Deus e somos chamados a viver juntos em unidade, exibindo a glória de Deus para o mundo.
Em Cristo
Pr. Willian Gutnik
Los Angeles, CA
Fevereiro de 2023
BIBLIOGRAFIA
Bíblia Sagrada
Bonhoeffer – Ethics
Spurgeon – Treasure of David
Henry – Comentário Expositivo
Wycliffe – Dicionário Bíblico
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