VOZ NO DESERTO!
Mateus • Sermon • Submitted
0 ratings
· 3 viewsNotes
Transcript
Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia e dizia:
Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.
Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
Usava João vestes de pelos de camelo e um cinto de couro; a sua alimentação eram gafanhotos e mel silvestre.
Então, saíam a ter com ele Jerusalém, toda a Judeia e toda a circunvizinhança do Jordão;
e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.
Vendo ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;
e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.
DEUS FALA NO DESERTO!
Mateus indroduz nesse texto uma figura importantíssima na história da redenção do povo de Deus. A figura de João Batista.
Primo de segundo grau de Jesus e alguns meses mais velho, aparece no deserto da Judeia com uma pregação absolutamente diferente dos religiosos de sua época.
Nos dias de João Batista, esperava-se ouvir a voz de Deus no templo de Jerusalém. Aquele templo que havia sido ampliado por Herodes, suntuoso, com grandes pedras, centro religioso judaico, era compreendido como o centro do universo pelos próprios judeus. O lugar mais importante da terra, o lugar mais santo.
O problema é que a religião naqueles dias estava fermentada com regras e com imposições que não eram absolutamente nada comandadas por Deus.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!
Os fariseus eram um grupo religioso que havia surgido após o exílio babilônico, cujo propósito era o exame minuncioso da Lei para guardar a santidade do povo e não cair mais nos pecados que levaram Israel àquela terrível condição. Todavia nem tudo que começa bem termina bem. Os fariseus, à época de João e Jesus, produziram inúmeras regras e regras sobre regras, um fardo pesadíssimo, e admoestavam o povo nas sinagogas produzindo um peso muito maior do que se podia suportar.
No templo, os cambistas enchiam o pátio, extorquindo os judeus que vinham oferecer sacrifício a Deus com a venda de animais a preços abusivos. A religião se tornou um desfile de pompa, importância vazia e falso moralismo.
Na mente dos judeus, o templo, o sinédrio, a liderança, o sacerdócio, toda aquela religiosidade cujo centro era Jerusalém, representavam fidedignamente a presença de Deus, e toda a esperança messiânica passava por encontrar aprovação por aquelas pessoas.
Para aqueles que eram piedosos e tinham discernimento, a situação era absolutamente alarmante e desesperadora. Para aqueles que não tinham compreensão, era uma falsa esperança pois certamente Deus não compactua com esse falso moralismo e ritualismo vazio.
Mas surge João Batista, no deserto na judeia. O texto nos dá a certeza de que a pregação de João era divinamente inspirada. Primeiro Mateus nos apresenta que João aparece no deserto pregando, depois, no verso 3, Mateus nos confirma que ele era o cumprimento de uma antiga profecia Mateus 3.3 cita Isaías 40.3
Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
MAteus nos aponta de que esse homem no deserto era o cumprimento da profecia que encontramos em Isaías 40.3
Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.
Vamos parar um pouco para pensar nessas implicações:
A voz de Deus fala onde não esperamos. A voz de Deus ecoa nos lugares inóspitos, geográficos ou não. Todos esperavam que a voz de Deus viesse através daqueles que se propunham a ser a voz de Deus. Mas João Batista, cheio do Espírito Santo, simplesmente não se encaixava naquela lógica. Porque a voz de Deus não pode ecoar por gargantas hipócritas.
O estilo, o Jeitão de João Batista, um homem que vivia com pelos de camelo, cinto de couro, sua dieta diferenciada, expressava a vida de um homem que vivia na mais absoluta dependência de Deus, e dele, o próprio Jesus dá testemunho. Em Lucas, Jesus dá testemunho dele quando diz:
E eu vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João; mas o menor no reino de Deus é maior do que ele.
Esse estilo de vida de João era uma afronta aos fariseus e aos saduceus que vinham interrogá-los
Não ache que você vai ouvir a voz de Deus na suntuosidade; Não se deixe levar pelas grandes estruturas. A voz de Deus quebra toda a lógica da expectativa humana. Ela ecoa através de seus servos que dependem dEle, como João, e ela fala trazendo consolo nos lugares mais inóspitos em nossas vidas.
É justamente de onde menos esperamos que o Senhor se encontra conosco. O Espírito Santo é livre.
João escreveu:
O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.
Foi assim com Moisés, pastoreando seu rebanho num deserto. Foi assim com Israel, no deserto da disciplina. Foi assim com Elias, no deserto da fuga. Foi assim com Jeremias, no deserto do lamento. Foi assim com João, no deserto da dependência. É assim comigo e com você em cada lugar de nossas vidas. Deus está fazendo sua obra fora dos nossos palcos, fora dos nossos centros, fora daquilo que humanamente é esperado.
Enquanto a atenção se voltava para o deserto, nesse momento, o Salvador do mundo ainda aguardava seu tempo numa carpintaria em Nazaré. Deus está fazendo a sua obra e nossa frustração muitas vezes está em não ver o resultado naquilo que esperamos, mas paciência. A voz clama no deserto. O caminho do Senhor está preparado. Ele veio nos salvar, ele voltará para nos buscar. Ele é Deus conosco.
2. DEUS EXIGE ARREPENDIMENTO
A mensagem de João é simples: ARREPENDAM-SE POIS É CHEGADO O REINO DE DEUS
A necessidade do arrependimento é EXPRESSA E URGENTE e nos mostra a natureza daquele que participa do reino de Deus. João estava anunciando que Jesus, o Cristo, estava próximo e sua missão não era a afirmação pessoal de ninguém, nao era a exaltação da performance religiosa, mas era uma transformação, um novo nascimento, que é só é possível de quem se arrepende da sua vida pregressa. Você entende isso?
Nos dias de João, o batismo, a imersão em águas era já um ritual conhecido dos judeus. Aqueles que eram prosélitos, ou seja, nasceeram gentios e se convertiam ao judaísmo, passavam por um ritual batismal. Eram imersos na água como sinal de mudança de vida e de sistema religioso. Judeus, por sua vez, não eram batizados.
João chamava ao batismo todos os que escutavam a sua mensagem, pois seu batismo era um sinal de arrependimento e absolutamente todos eram convocados, pois não há exceção. Todos necessitamos nos arrepender dos nossos pecados.
O arrependimento em grego implicava tradicionalmente uma mudança de mente ou atitude, mas sob a influência do Antigo Testamento, ele assumiu o sentido de uma mudança de ação também. Esta combinação significa que João estava pedindo a seus ouvintes que "mudassem seu modo de vida como resultado de uma completa mudança de pensamento e atitude com relação ao pecado e à retidão". Arrependimento bíblico é a compreensão de que aquilo que fazemos fazemos contra Deus e uma mudança completa de atitude. João não diz “sintam-se arrependidos”. João diz “produzam frutos de arrpendimento”. O arrependimento verdadeiro é o completo abandono de um estilo de vida e adoção de outro. Não à toa, João teve seus discípulos. E muitos dos discípulos de Jesus eram oriundos dos discípulos de joão.
Deve-se arrepender pois o reino de Deus irrompeu entre nós. Jesus estava chegando e o seu ministério é o da reconciliação de pecadores com Deus, e da separação do mundo em duas classes: arrependidos e não arrependidos.
Na minha viagem ano passado à bonito de Santa fé, eu e o missionário menilson fomos ao velório de uma senhora de 96 anos. A música dizia: no céu entrará aquele que tiver feito o bem, aquele que tiver dado aos pobres, aquele que tiver feito ou sido....
A mensagem de João é clara; No reino de Deus entram arrependidos. O que os arrependidos fazem depois é outra história. Mas a mensagem aqui é clara:
Mais uma vez, João disse:
Vendo ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;
e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.
Fariseus e saduceus se encontravam com João para averigua-lo e eram confrontados pois apoiavam-se em sua religiosidade, sua origem, seu pedigree.
A novidade aqui é que João diz que seu batismo prefigurava outros dois batismos.
O batismo no espírito Santo e o batismo no fogo
A imagem que João usa é de que Jesus tem uma pá, e ele recolhe o trigo no celeiro, mas joga a palha no fogo para a destruição. Esse batismo com fogo não é nada mais nada menos que a própria destruição eterna de quem não for arrependido. Jesus não tem nenhum compromisso com quem não se arrepende, com quem ouve sua palavra e não se volta para ele. Ele está próximo e ele lancará os ímpios na destruição.
Em paralelo a isso temos a imagem de que Jesu s guarda o trigo no celeiro, ou seja, se a palha é destruída, o trigo é salvo. O batismo no Espírito Santo biblicamente falando não é nada além de ser “imerso no Espírito”, ou receber o Espírito Santo, o que acontece na nossa salvação, de maneira plena e permanente.
Isso fica claro quando observamos que Mateus havia identificado João como essa voz que clama no deserto, profetizada por Isaías. Quando vamos a Isaías e lemos a profecia inteira, temos o seguinte:
Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus.
Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniquidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do Senhor por todos os seus pecados.
Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.
Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados.
A glória do Senhor se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do Senhor o disse.
João estava anunciando o consolo de Deus, o perdão de Deus, a manifestação da glória de Deus que viria por Jesus. E Jesus, por sua obra de morte e ressurreição é quem tem a autoridade de nos batizar com o Espírito Santo e nos fazer novas criaturas que amam a Deus, e que de fato mudam a sua vida. O batismo no Espírito Santo ocorre quando uma alma se arrepende e clama por salvação no nome de Jesus e assim percebemos que Deus não habita em templo algum, Deus não habita em sistema religioso algum, Deus habita nos salvos, na sua Igreja, no seu corpo.
Sem arrependimento, não há batismo com o Espírito, haverá apenas o batismo com fogo e por isso você precisa tomar uma decisão hoje a noite!
O Reino de Deus é o um reino de arrependidos.
Todos os que cruzaram o caminho de Jesus tem uma história de mudança, tem uma história de transformaçao. Pedro foi de aquele que o negou para um dos maiores pregadores do evangelho, em Jerusalém, o maior. Mateus foi de cobrador de impostos, traidor dos seus companheiros, a aquele que entregou o evangelho do rei. João foi de filho de trovão ao discípulo amado e amoroso. Zaqueu foi de avarento a generoso. Maria, uma mulher temente a Deus desde pequena, encontrou salvação naquele que carregou no ventre. E você?
E pra você que o conhece: siga-o não o busque na suntuosidade, siga-o. João não apontava para si. Fuja de todo líder, pastor, denominação, pregador, que se aponta como o caminho. Jesus é suficiente.
Pedro disse
Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude,
Talvez você esteja buscando uma benção secundária e não entendeu que você é habitação do Espírito, e mesmo se você estiver no deserto, a voz dele te traz consolo e a lembrança de que a sua iniquidade está perdoada e nossos caminhos serão aplainados perante ele. Confie no seu supremo pastor