REVELAÇÃO ESPECIAL
A maneira primária pela qual Deus se comunicou com o povo de Israel foi por meio dos profetas, que chamamos “agentes de revelação”. Os profetas eram seres humanos como nós. Usavam linguagem humana, mas, porque recebiam informação da parte de Deus, suas palavras funcionavam como instrumentos e canais da revelação divina.
No Novo Testamento, os apóstolos eram a contraparte dos profetas. Os profetas e os apóstolos formavam juntos o fundamento da igreja (Ef 2.20). A principal marca de um apóstolo era que ele tinha recebido um chamado direto de Cristo. O vocábulo apóstolo se refere a alguém que é enviado ou comissionado com a autoridade daquele que o envia.
Por intermédio tanto dos profetas do Antigo Testamento quanto dos apóstolos do Novo Testamento, recebemos um relato escrito de revelação especial. Veio até nós por meio dos agentes de Cristo, seus agentes autorizados de revelação. Jesus não deixou nenhum manuscrito que portava a sua assinatura; ele não foi autor de nenhum livro. Tudo que sabemos a respeito dele está contido no registro do Novo Testamento que veio até nós por meio da obra dos apóstolos. Eles são os emissários de Cristo, que receberam dele autoridade para falar em seu favor.
Aquele que incorpora a própria Palavra de Deus é Jesus mesmo, como declara o autor de Hebreus: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual fez também o universo” (Hb 1.1–2).
O principal de todos os apóstolos, aquele que Deus escolheu como seu instrumento supremo de autorrevelação, é o próprio Cristo. Em Cristo, conhecemos a plenitude da revelação do Pai, e é somente por meio da Escritura que conhecemos a Cristo.