Numa manhã de domingo

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Era uma manhã de domingo parecida com essa quando uma pergunta ecoou mudando o destino da humanidade: por que vocês procuram entre os mortos aquele que vive?
Essa história será mais fácil de compreender se voltarmos dois dias no tempo, para a sexta-feira, quando o Senhor foi crucificado e os discípulos ainda estavam tomados de tristeza, decepção e frustração. Não era pra menos, já que aquele que havia sido enviado por Deus para salvá-los agora estava morto.
A esperança dessa salvação, que havia crescido neles, estava sendo sufocada pela dura realidade do corpo morto de Jesus, prestes a ser colocado no sepulcro emprestado por Arimatéia.
A realidade da vida pode ser avassaladora. Já aconteceu com você? Sabe aquela situação em que parecia que a vida ia numa direção maravilhosa, mas de repente começou a dar errado e você mais para onde ir?
Naquela mesma sexta-feira, as mulheres que acompanharam Jesus desde a Galiléia até Jerusalém, compraram e prepararam perfumes e especiarias aromáticas para ungir o corpo.
Passado o sábado de descanso, antes do nascer do sol, as mulheres saíram em direção ao local onde Jesus havia sido sepultado.
Desde a eternidade o Senhor sabia que aquela manhã de domingo seria especial: um presente para a humanidade. Mas ali, enquanto o sol nascia, elas ainda não se davam conta de que Deus havia ressuscitando Jesus dos mortos.
Não é difícil imaginar que elas começaram seu caminho silenciosas, talvez pensando no que fariam depois de cumprir essa última obrigação. Como voltar para as rotinas da vida sem a companhia daquele com quem elas experimentaram um pouco da vida em sua plenitude?
Vejam só meus irmãos, se não é exatamente assim que algumas vezes nos encontramos: despercebidos daquilo que Deus está realizando ao nosso lado. Levantamos pela manhã nos sentindo desamparados, e buscamos algum conforto em nossas obrigações, sem nos darmos conta de que Deus é o maior especialista em transformar o cheiro da morte em aroma suave de vida.
As mulheres ainda estavam a caminho e conversavam entre si amenidade e coisas sem importância. Foi então que eventos extraordinários se desenrolaram diante delas. Coisas que elas nunca tinham visto aconteceram. A vida delas nunca mais seria a mesma.
Um grande tremor de terra foi sentido quando um anjo do Senhor desceu dos céus e retirou a pedra que fechava a entrada do sepulcro, sentando de forma majestosa e simples sobre ela. Era impossível não ver aquela figura brilhante, vestida de banco, sentada ali.
Minha irmã, coisas que você nunca viu podem estar prestes a acontecer e mudar para sempre sua vida. Talvez você não seja visitado por um anjo, mas pode ser que muito em breve o Espírito do Senhor faça tremer o chão sob os pés da sua alma.
Pode ser que as conversas amenas e desimportantes sejam interrompidas por uma convicção profunda de pecado não confessado ou talvez pela lembrança persistente de um um perdão que você reteve e precisa ser liberado; pode ser que você encontre forças e alegria em Deus mesmo tendo dito que desistia ou se veja inexplicavelmente sustentado em suas mãos poderosas em meio a dor e ao sofrimento. E sua vida nunca mais será a mesma.
Os soldados que guardavam a entrada do sepulcro desmaiaram de medo diante da presença luminosa do anjo; mas a mulheres não.
O anjo se dirigiu a elas com o propósito de tranquiliza-las: não tenham medo, ele disse. Eu sei porque vocês vieram aqui. Vocês procuram por Jesus.
O Senhor sabe que você procura por ele. Mesmo quando você disfarça e diz pra todo mundo que essas coisas de igreja e religião não são a sua praia, pra afastar uma pouco os inconvenientes, Ele sabe que você está procurando por alguém que seja capaz de salvá-lo de si mesmo, de aquietar seu coração ansioso e de renovar sua esperança na vida.
As mulheres foram procurar Jesus onde elas achavam que ele estava: sepultado no sepulcro de Arimatéia. O anjo sabia que isso parecia razoável para elas, já que dois dias atrás elas havia visto Jesus dar seu último suspiro e observavam enquanto seu corpo era retirado da cruz e colocado em uma tumba cavada na pedra. Por isso, ele se apressa em esclarecer: ele não está aqui! Ressuscitou!
Procurar Jesus no lugar errado é frustrante. Há quem procure nos ritos religiosos, no cumprimento rigoroso dos mandamentos, no ativismo social ou político, nos eventos sobrenaturais ou até nas coisas da natureza. Mas o Senhor não precisa desses recursos para se fazer presente. Ele vem ao nosso encontro no nosso próprio caminho, como aconteceu com a mulheres da nossa história.
Quando anjo falou elas estava prestes a voltar frustradas e decepcionadas por não encontrar o corpo de Cristo, que elas queriam ungir com perfumes e especiarias. Ele foi legal: levou-as ao sepulcro, mostrou a tumba vazia, disse que ele tinha ressuscitado e deu a elas uma missão: vão depressa e digam aos discípulos que Ele ressuscitou dos mortos, como havia dito.
As mulheres saíram de lá confusas. O coração ainda batia forte por causa do medo que tiveram diante daquela figura angelical, mas o peito estava novamente cheio de esperança e alegria com a notícia que receberam. Ele ressuscitou! A morte não pode detê-lo!
Precisamos parar de procurar o Senhor onde ele não está. É um esforço em vão buscá-lo nos sepulcros do esforço humano, seja na religiosidade ou no ativismo de qualquer natureza. Precisamos ouvir a voz da Palavra de Deus a nos dizer: ele está indo em direção a vocês.
A verdade é que diante do túmulo vazio, as mulheres acreditaram. Elas creram que Jesus havia vencido a morte, mesmo sem vê-lo face a face. Isso é muito importante, porque essa é a base do relacionamento que Deus quer desenvolver com a gente: confiança.
Elas saíram dali correndo para dizer aos discípulos que Jesus estava vivo. Essa é uma das grandes verdades do Cristianismo: Cristo vive! A morte não o segurou!
O apóstolo Paulo, anos depois, falou que a ressurreição de Cristo é tão importante que sem ela nossa fé não teria qualquer valor, porque estaríamos confiando em um líder como outro qualquer. As mulheres confiaram no Cristo ressuscitado e correram para compartilhar a boa notícia.
Sua confiança em Jesus não pode contornar a ressurreição. Ou você crer de todo coração que Cristo foi ressuscitado dos mortos pelo poder de Deus Pai, ou você vai caminhar por essa vida o procurando pelos sepulcros.
As mulheres ainda estavam correndo, ofegantes e maravilhadas, quando o próprio Jesus lhes apareceu. É difícil descrever como aquele momento deve ter sido. O Senhor fez uma saudação e elas pararam abruptamente. Quando reconheceram que era Ele, elas foram na direção dele e se jogaram aos seus pés. Abraçadas a ele, elas o adoraram.
Essa é a recompensa preparada para aqueles que confiam nele mesmo sem vê-lo face a face: Ele se revela a eles de forma gentil e carinhosa. Aqueles que viverem suas vidas em exercício de confiança no filho de Deus terão o privilégio de se jogarem aos seus pés, abraçá-lo a adorá-lo.
Jesus então falou com elas e confirmou a orientação do anjo: avisem que estou vivo e que quero me encontrar com eles. Simples e sem rodeios. Esse é o pedido dele também para nós: sigam pela vida dizendo que estou vivo e quero me encontrar com eles.
Enche-nos de coragem e intrepidez, Senhor. Que saia de nós a palavra, o testemunho o conselho, o serviço e a amizade que conduzem para aquele que é o caminho, a verdade e vida.
Ele ressuscitou! O Senhor vive!
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