Jesus restaura nossa fé

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Transcript

Introdução

Às vezes o que produz um ponto-cego em nossas vidas é uma coisa chamada convicção.
Convicção é uma certeza inabalável.
Dizemos que alguém está convicto de alguma coisa quando ela está convencida desta mesma coisa.
Convencida pelos seus próprios sentidos, ou pelo senso comum, ou pelo que entende como natural.
Independente se é verdade ou não.
Porque para quem está convicto ou convencido, é sempre verdade.
Inspetor Javert em Os Miseráveis.
Os 11 discípulos de Jesus tinham a convicção de que Jesus estava morto.
E esta convicção era baseada no que sabiam que vinha do que podiam sentir e, principalmente, ver.
Um deles, em especial, tinha uma convicção tão forte, que desafiou os que viram Jesus dizer que Ele tinha ressuscitado.

Texto

Jesus aparece a Tomé
24Um dos Doze, Tomé, apelidado de Gêmeo, não estava com os outros quando Jesus surgiu no meio deles. 25Eles lhe disseram: “Vimos o Senhor!”.
Ele, porém, respondeu: “Não acreditarei se não vir as marcas dos pregos em suas mãos e não puser meus dedos nelas e minha mão na marca em seu lado”.
26Oito dias depois, os discípulos estavam juntos novamente e, dessa vez, Tomé estava com eles. As portas estavam trancadas, mas, de repente, como antes, Jesus surgiu no meio deles. “Paz seja com vocês!”, disse ele. 27Então, disse a Tomé: “Ponha seu dedo aqui, e veja minhas mãos. Ponha sua mão na marca em meu lado. Não seja incrédulo. Creia!”.
28“Meu Senhor e meu Deus!”, disse Tomé.
29Então Jesus lhe disse: “Você crê porque me viu. Felizes são aqueles que creem sem ver”.

Desenvolvimento

Tomé se afasta e perde a fé

Essa história fala de Tomé, um discípulo corajoso, fiel e com fé, mas pessimista e um tanto limitado. (Jn 11:16)
John 11:16 (ARA)
Tomé, apelidado de Gêmeo, disse aos outros discípulos: “Vamos até lá também para morrer com Jesus”.
Estava disposto a ir com Jesus até Betânia, nem que fosse para morrer com Ele.
Em outro momento, disse a Jesus que não sabia para onde ele ia, mesmo Jesus tendo falado. Jn 14:1-2
John 14:1–2 (ARA)
“Não deixem que seu coração fique aflito. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar lugar para vocês
Mas ainda demonstrando que estava disposto a ir onde Jesus fosse Jn 14:3-6
John 14:3–6 (ARA)
e, quando tudo estiver pronto, virei buscá-los, para que estejam sempre comigo, onde eu estiver.
4Vocês conhecem o caminho para onde vou.”
5“Não sabemos para onde o Senhor vai”, disse Tomé. “Como podemos conhecer o caminho?”
6Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém pode vir ao Pai senão por mim.
Alguém pode dizer que Ele já tinha visto inúmeros sinais de Jesus, mas para Ele, Jesus ressuscitar a si mesmo, era demais.
Porque Jesus, que fez todos estes milagres, estava morto. E para Tomé isso era o fim.
Então, ele afastou-se do grupo, conforme v. 24.
John 20:24 (ARA)
Um dos Doze, Tomé, apelidado de Gêmeo, não estava com os outros quando Jesus surgiu no meio deles.
Triste, deprimido, sentindo-se abandonado.
Sem forças para retomar sua vida.
Na realidade, nem sabe o que fará depois dos últimos 3 anos.
Com isso, longe dos outros 10 discípulos, sua fé se esvai.
Tudo o que consegue ver e entender é que Jesus morreu e a vida segue.
Ao ver Jesus morto, além do medo, tornou-se “um dos mais infelizes de todos os homens” (I Co 15:19)
1 Corinthians 15:19 ARA
Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.
Esta infelicidade afeta sua fé e destrói a esperança.
E muda a convicção que tinha de seguir a Jesus na convicção de que tudo acabou.

Nós nos afastamos e perdemos a fé

Como Tomé, quando nos afastamos da Igreja, ou seja, da comunhão, aos poucos nossa fé vai diminuindo.
É como uma tora de madeira que quando é retirada da fogueira vai se apagando e acaba esfriando.
Quando a Igreja foi criada, nós deveríamos estar sempre em comunhão uns com os outros
Compartilhando nossa fé e suportando um ao outro Eph 4:2
Ephesians 4:2 ARA
com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
Até o mundo sabe que um grupo unido é mais forte:
A União faz a força
Uma andorinha, só, não faz verão
O povo unido jamais será vencido, etc.
A Igreja é o lugar onde junto com outros irmãos podemos compartilhar nossas experiências de fé e nossos conhecimentos para crescermos juntos.
Quando nos afastamos da igreja, acabamos nos afastando de Deus.
Longe de Deus, nossa fé esfria.

Jesus leva os discípulos a Tomé

O que fazem os discípulos no v. 25? Eles vão até Tomé para dizer a ele que viram Jesus.
John 20:25 (ARA)
Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor.
Incomoda a eles que Tomé não estivesse com eles para ver algo que faria certamente mudar o ânimo de Tomé.
Viveram juntos por 3 anos, na companhia de Jesus.
É importante dizer a Tomé que Jesus estava vivo.
Este ato de ir até Tomé não pode ser encarado como um ato só dos discípulos.
Eles não fariam isso se não tivessem sido impactados pela presença de Jesus vivo entre eles.
Deve ter incomodado a eles a ausência de Tomé num momento tão sublime.
Pode-se dizer que os discípulos foram levados por Jesus a Tomé.

Deus usa pessoas para nos buscar de volta

Da mesma forma, pessoas são usadas para nos levar de volta à comunhão.
Quantas vezes quando estivemos afastados, uma carta, um telefonema ou até uma visita não nos moveu a ponto de, no mínimo, levantar uma curiosidade.
São pessoas usadas por Deus, que no momento certo surgem e dizem o que gostaríamos de ouvir: “Estamos sentindo a sua falta”
Da mesma forma, nós podemos ser usados por Deus para buscar tantos que conhecemos e que sabemos que estão afastados da Igreja e de Deus.
Jesus é o pastor que deixa as 99 ovelhas no pasto para buscar a que se perdeu.
Se deixarmos eles afastados sem fazermos nada, a fé deles esfriará.
E nós deixaremos de manifestar o amor de nosso Deus por essas pessoas.

Tomé não acredita que Jesus está vivo

Mas o que faz Tomé? Seu foco estava tão centrado na perda de Jesus, que não acreditou no que os discípulos disseram.
Tomé era um sujeito pessimista.
E o pessimista não consegue enxergar coisas boas nem nas boas notícias.
Para ele, Jesus está morto. E ponto final.
Diante desta boa notícia, que é o que ele mais gostaria de ouvir, ele cria uma condição para acreditar.
E sua convicção de que alguém não pode retornar do mundo dos mortos é tão grande, que não é suficiente apenas ver Jesus.
Ele quer ver as marcas nos pés e nas mãos.
Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei.
Talvez o pessimismo de Tomé seja tão grande que mesmo se ver Jesus, ele ainda ache que é apenas alguém se passando por ele.
Um sósia, alguém muito parecido.
Ele quer ver as marcas.
Vendo as marcas, ele vai ter certeza de que é o mesmo Jesus que viu sendo crucificado.

Buscamos os nossos próprios sentidos para ver Deus

Nós também procuramos as marcas de Deus.
Muitas vezes, buscamos sensações para estar em contato com Deus.
Pode ser uma emoção, um arrepio, um choro convulsivo.
Se não acontecer, Deus não falou.
Em nosso mundo, buscamos experiências sensoriais.
Precisamos tocar, ver, cheirar, saborear ou ouvir para perceber e identificar certas coisas.
Mas com Deus nem sempre é assim.
Porque não somos chamados para sentir, mas para crer.
A fé nem sempre resulta em sensações.
Ou pelo menos, não as que queremos.
E com isso, tem gente que fica pulando de igreja em igreja, esperando sentir alguma coisa.
Há gente que busca quebrantamento em toda reunião de oração.
Que canta de olhos fechados, buscando sentir alguma descarga elétrica.
Nada disso está errado.
Mas isso não pode ser o objetivo em nossa vida espiritual.
Nosso objetivo tem que ser viver de acordo com a vontade de Deus, expressa em sua palavra.
E para isso, não precisamos sentir.
Precisamos crer.

Jesus aparece a Tomé

Jesus aparece a Tomé no domingo seguinte. v. 26
John 20:26 ARA
Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!
Da mesma forma que antes: as portas trancadas, os discípulos reunidos.
A diferença é que desta vez, movido por curiosidade, Tomé está com eles.
Jesus faz a mesma saudação: Paz seja convosco!
E o texto diz, que logo, ele mostra as marcas que Tomé tanto quer ver.
John 20:27 ARA
E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.
Para cada exigência de Tomé, Jesus responde com uma ordem
Imaginem que a esta altura, Tomé já deve estar assustado de ver que Jesus está ali mesmo.
Mais assustado ainda ao ver as marcas.
Jesus lhe dá uma bronca: Não seja incrédulo, mas crente!
Não duvide! Creia!
Você já viu de tudo! Veja de novo e Creia!
O susto se transforma em maravilhamento!
No reconhecimento do quanto ele é pequeno diante de Deus!
Na certeza de que está diante do próprio filho de Deus!
Porque o texto nem fala se Tomé colocou os dedos.
Ele apenas responde: Senhor meu e Deus meu!
Tomé entende que não precisava ver. Precisava apenas crer.
E a convicção que tinha, dá lugar à fé.
Porque quem vence a morte, é quem dá a vida eterna!!!
E quem dá a vida, é Deus!

Jesus se manifesta em nossa vida, pela fé

Mesmo diante de nossa falta de fé, nossa ânsia por sentir aquilo que precisamos crer, Ele se manifesta em nossa vida.
Pense em como vocês eram antes de Jesus entrar em suas vidas.
O que faziam, o que diziam, onde iam...
Jesus entrou na vida de cada um aqui e, tenho certeza, a vida mudou.
Para melhor!
Há quebrantamento.
Há avivamentos.
Há momentos em que a presença de Deus entre nós é tão forte, que quase O vemos.
Mesmo não precisando.
A fé é a certeza das coisas que se esperam. A convicção de fatos não vemos.
A convicção que Tomé tinha é a mesma que o mundo tem: Se não vemos, ouvimos, ou temos qualquer outro tipo de experiência, não existe. é mentira!
Mas a fé é estar convicto daquilo que não podemos ver.
Daquilo que não podemos sentir.
Mas sabemos.
Sabemos, porque cremos.
Isto é fé.
Os outros discípulos só acreditaram que Jesus estava vivo após o verem.
Tomé quis ver as marcas.
Mas todos os que vieram depois dos 40 dias que Jesus ficou por aqui acreditaram que Ele ressuscitou, sem vê-lo.
Inclusive nós.
Porque todas as vezes em que nossa fé fraqueja, Ele se manifesta, através do Espírito Santo.
E transforma a convicção que o mundo nos impõe na fé que Jesus nos dá pela graça.

Conclusão

Tomé era um homem afastado da comunhão e com a fé abalada.
Isso produziu nele a convicção de que Jesus estava morto, fazendo com que não acreditasse a menos que as condições que ele criou para acreditar fossem cumpridas.
Quando nós nos afastamos da comunhão, nossa fé esfria.
Começamos a pôr uma série de coisas em dúvida.
E acreditamos em nós mesmos, ou nem isso.
Jesus foi até Tomé e mostrou o que ele precisava para crer.
Jesus restaurou a fé de Tomé.
Ele vem até nós, pelo Espírito Santo que está dentro de nós e realiza coisas maravilhosas.
Lembre-se: a sua vida é um milagre. Você está aqui hoje porque Deus quer.
Assim como restaurou a fé de Tomé, ele restaura a nossa fé.
E ele quer restaurar a sua fé hoje.
Ele quer transformar a dúvida em certeza. A incerteza em convicção. A insegurança em segurança.
Ele quer transformar a sua dúvida em fé.
Sem que você precise sentir.
Basta crer.
Porque Jesus restaura a nossa fé.
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