A fé do centurião e a cura do seu servo

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Notes
Transcript

Introdução

O evangelho de João declara que, se todos os milagres e coisas que Jesus fez fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos. (Jo 21.25). O que João está dizendo é que houve uma seleção dos muitos milagres de Jesus e o Espírito Santo, movendo aqueles que Ele inspirou para escrever a Escritura, trouxe uma seleção daquilo que era principal e que Deus queria comunicar. Entre esses incontáveis milagres, está o relato da cura do servo de um centurião, sobre o qual dedicaremos nossa atenção hoje.

Texto Bíblico

Matthew 8:5–13 ARA
5 Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando: 6 Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. 7 Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. 8 Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. 9 Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. 10 Ouvindo isto, admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta. 11 Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. 12 Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes. 13 Então, disse Jesus ao centurião: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E, naquela mesma hora, o servo foi curado.

Desenvolvimento

Nessa altura do campeonato, Jesus estava retornando à aldeia de Cafarnaum. Mateus nos conta em seu evangelho (Mt 4.12-13) que, depois de Jesus ter ouvido sobre a prisão de João Batista, Jesus foi morar em Cafarnaum e, a partir de então, passou pregar e a dizer “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 4.17). Dali, caminhando junto ao mar da Galileia, começou a chamar seus discípulos e a torná-los “pescadores de homens” - uma figura de linguagem muito fácil de entender para aqueles homens. A Galileia era uma região conhecida por sua indústria de pesca, sendo a pesca a principal fonte de renda para os galileus pela abundância de peixes que havia ali. Os peixes salgados e em conserva da Galileia eram vendidos em todo o país e os pescadores de Cafarnaum foram os primeiros a se tornarem seguidores de Jesus. Em Mt 4.23 é dito que Jesus percorria toda a Galileia - e, para termos uma noção de grandeza, a Galileia era uma região composta por 10 cidades - ensinado nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. Isso resultou no fato de que “da Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam” (Mt 4.25).
Em seguida temos o famoso e maravilhoso sermão do monte (Mt 5-7). Jesus desce do monte, tem grandes multidões diante dele, cura um leproso que se aproximou e O adorou (Mt 8.1-4) e, em seguida, retorna à Cafarnaum. Quando, então, um centurião o aborda.

Um pedido cheio de fé - o clamor do centurião

Jesus entra na aldeia de Cafarnaum e o centurião o aborda implorando: “— Senhor, o meu servo está na minha casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente.” (Mt 8.6). O fato de Lucas narrar a cena de um jeito um pouco diferente - dizendo que o centurião não se apresentou a Jesus, mas, sim, que enviou “alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo” (Lc 7.3) - não muda em nada o fato de que, pessoalmente ou por intermédio de outras pessoas, o pedido de ajuda daquele centurião em favor do seu servo chegou até Jesus.
Quando Lucas registra esse mesmo episódio no seu evangelho (Lc 7.1-10), destaca que os líderes de Israel chegam até Jesus e se manifestam a favor da causa desse homem. Mesmo ele não se considerando digno de receber Jesus em sua casa, eles o consideravam um homem digno da atenção de Jesus, uma vez que ele mesmo, com recursos próprios, havia construído a sinagoga de Cafarnaum. Jesus, ao ouvir a súplica do centurião, resolve imediatamente atender seu pedido.
Eis uma verdade característica a respeito de Jesus: Ele nunca despreza um coração quebrantado. Aqueles que se achegam a Ele com humildade jamais são despedidos de mãos vazias.
Spurgeon diz que não é o mérito, mas a miséria, que deve ser a nossa alegação para com o salvador.
Não é a voz de alguém confiante nas posses que tem, ou num cargo que possui que é atendida pelo Senhor, mas a voz daquele que reconhece que nada do que possui se compara à grandeza e ao poder de Jesus.

Uma resposta desejada, mas inesperada: “Eu vou lá curá-lo!”

A resposta de Jesus àquele homem foi tudo que alguém poderia desejar e muito além do que o centurião poderia esperar. A resposta não foi “Por que você não falou antes?”. Nem “Vou ver o que posso fazer!”. Muito menos: “Me manda sua solicitação por e-mail e vejo isso depois pra você”.
Jesus, de um jeito simples, porém, surpreendente; objetivo e, ao mesmo tempo, tão profundo, diz: “Eu vou lá curá-lo!” (Mt 8.7). Isso é maravilhoso!
Pedir por milagres e pela intervenção de Deus tem se tornado um assunto delicado para os crentes da nossa geração. São tantos abusos, tanta mentira, tanta exploração desonesta da fé das pessoas que o povo de Deus às vezes usa a razão para justificar a sua incredulidade. Muitos de nós pensamos “Jesus é maravilhoso, mas Ele não vai realizar milagres como antes”, outros pensam “a salvação é mais importante do que o milagre, logo, não devo ou não preciso clamar por milagres”. Quão grande é o abismo em que nos encontramos quando chegamos a essas conclusões, meus irmãos. Nem Jesus e nem a Palavra de Deus nunca disseram “não clame a mim por cura ou por milagres”, pelo contrário:
Tg 5.14,16 “16 Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”
3Jo 1.2 2 Amado, oro para que você tenha boa saúde e tudo lhe corra bem, assim como vai bem a sua alma.
Embora a Palavra de Deus não nos dê certeza de que todas nossas doenças serão curadas aqui e agora, essa incerteza nunca deve servir de argumento para não pedirmos ao Senhor por cura. Agir assim revela nossa falta de entendimento e incredulidade.
Portanto, cuidado com a incredulidade.

Uma resposta surpreendente - o centurião nega a visita de Jesus

Naquela época, os gentios eram chamados de cachorros pelos judeus. Para os judeus: pecadores, prostitutas, traidores da pátria, criminosos e gentios estavam todos no mesmo nível. Alguns rabinos exigiam que as pessoas aborrecessem os gentios. Se fosse preciso, era permitido até que judeus jurassem falsamente para enganar gentios. A ideia predominante daquela época era: “os gentios são inimigos de Deus, Israel é amigo de Deus!”. A um gentio não se deve indicar um caminho. Era expressamente permitido dizer palavrões contra algum ídolo na presença de gentios. Era proibido hospedar animais judeus numa estalagem gentílica. A judia não pode prestar ajuda no parto de uma gentia etc. Poderíamos trazer milhares de exemplos como esses. Jamais houve um ódio tão fanático entre dois povos como entre os judeus e os gentios de então!
Sabendo de toda essa rincha entre eles, fica fácil para nós compreender o quanto aquele centurião ficou receoso em receber Jesus em sua casa ao ponto de rejeitar sua visita. Entrar na casa de um gentio era visto como uma contaminação pelos judeus. Com essa informação compreendemos a resposta humilde do centurião: “Senhor, não sou digno de que entres em minha casa” (Mt 8.8a).
Embora a recusa do centurião seja tão surpreendente para nós - que tanto adoraríamos receber uma visita de Jesus em nossa casa - não foi isso que surpreendeu Jesus. Ele sabia da situação entre gentios e judeus.

Um improvável que teve fé

Mt 8.8-9 “(…) Senhor, (…) apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. 9 Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz.”
O centurião não era um judeu. Era romano. Não foi criado e educado segundo as verdades da Torá, como um hebreu. Um centurião era um capitão de cem homens que, embora não tivesse uma patente (posição) oficial do exército romano - como um subtenente - tinha responsabilidades semelhantes a de um oficial. A Bíblia diz que este centurião teve fé em Cristo. Como isso é possível? Como alguém de fora do povo judeu - qual tinha e até cria nas profecias a respeito do Messias - poderia crer na autoridade de alguém do qual nunca ouviu falar antes? Não é estranho?!
Nós gostamos de relacionar o conhecimento teórico a respeito de Deus ao tamanho e profundidade da fé. Pensamos “quanto eu mais souber, mais vou crer!”. Ilusão nossa! Mateus faz questão de identificar este homem como um centurião e de relatar que este teve fé na autoridade superior de Jesus e na Palavra de Cristo.
Cristo em Cafarnaum no capítulo 8 trata-se do seu retorno àquela aldeia, mas seu ministério por lá - e por toda a região da Galileia - teve início em Mt 4.12-17. Em Mt 4.23 é dito que Jesus percorria toda a Galileia ensinado nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. A Bíblia diz que a fama de Jesus correu por toda a Síria. A Bíblia também diz que a autoridade com que Jesus pregava e ensinava maravilhava as multidões que O seguiam (Mt 7.28-29).
Sendo este centurião um capitão daquela região e tendo em vista que Jesus já vinha percorrendo, não só a aldeia de Cafarnaum, mas toda a Galileia, ensinado, pregando e curando as doenças e enfermidades do povo, é fácil de imaginar que este centurião obteve a fé e teve seus olhos descortinados pelo Espírito Santo ao ouvir Jesus e ao vê-Lo realizando tantas maravilhas.
Embora o centurião use uma comparação para justificar sua fé - ele diz: “também tenho autoridade” - ele não ousa comparar o poder de sua autoridade militar com a autoridade de Jesus. Na verdade, é como se o centurião dissesse “se eu, que não sou digno, digo àqueles sobre os quais eu tenho autoridade “vão” e eles vão, que dirá o Senhor, que tem toda a autoridade. Basta uma palavra Sua, Senhor!
A conclusão em que o centurião chega é a de que Jesus é capitão, é comandante no domínio dos poderes de cura. Se Ele disser uma palavra, tem que acontecer. Quem pode lhe resistir? Se o Senhor Jesus ordena à doença e fraqueza: “Sai!” então ela sai; e se Ele diz à saúde e à força: “Venham!” então elas vêm. E o poder da morte precisa ceder.

Jesus fica admirado

Chegar a essa conclusão grandiosa só era possível mediante a fé. Uma fé conectada a uma humildade igualmente grande. Fé tão grande que causa espanto no próprio Senhor Jesus, de modo que ele afirma, se dirigindo aos seus seguidores: Mt 8.10 “(…) Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta.”.
Jesus não perde uma oportunidade de ensinar. Embora muitas narrativas do NT sejam capazes de quase nos colocar numa sala de TV totalmente hermética (fechada e isolada) com um pacote de pipoca nas mãos e a gente fica ali, contemplando os movimentos de Jesus, das pessoas que ele salva, cura e transforma, no verso 10 somos chacoalhados e lembrados que não há somente Jesus e o centurião nessa cena.
Jesus vê a fé daquele centurião e não perde a oportunidade de ensinar uma verdade valiosíssima àquela multidão de gente que O seguia. E essa verdade é valiosíssima para nós também.
Jesus diz Mt 8.11-12 “11 Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. 12 Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.”

Um amor para além das fronteiras de Israel

Jesus vê uma nova linha divisória atravessando a humanidade. Até então, apenas o povo eleito de Israel tinha a declaração favorável de Deus de que tinha sido escolhido como “Seu povo”, com base na sua escolha por graça. O pacto foi feito com Israel e foi a eles que o Senhor disse Is 41:8 “8 Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo,”. Como “filhos do reino”, no sentido de “sacerdotes”, os judeus eram destinados a se assentar no reino dos céus com Abraão, Isaque e Jacó. Eles estavam “dentro” e os gentios “fora” (Sl 147:13,20; At 14:16). Os judeus eram os “próximos” e os gentios os “distantes”. Israel estava “nas alianças da promessa” – os gentios ficavam “separados da cidadania de Israel” (Ef 2:12).
Agora, porém, chegou o Messias com sua mensagem: “O reino dos céus está próximo” (Mt 4:17), reivindicando que se tenha fé (Mt 9:28; Mc 4:40; 11:22; Lc 5:20; Jo 10:37s). Nesse ponto os “filhos do reino” fracassam (Jo 5:37s; 8:45s).
Por um lado, fariseus e escribas e, enganadas por eles, as multidões rejeitaram fortemente a Jesus e sua reivindicação de ser o Messias! Foi uma rejeição que se expressou fortemente no grito de “Crucifica-o!”. Em contrapartida, Cristo encontra fé entre os gentios: entre os samaritanos semi-gentílicos (Jo 4:42), nesse centurião, na mulher cananéia (Mt 15:28). O samaritano dentre os dez leprosos (Lc 17:15–19).
A partir de então, a divisão não correrá mais entre judeus e gentios, com base em aspectos geográficos/patriotas, mas entre crentes e descrentes. É uma linha divisória que passará no meio dos judeus e dos gentios.
Por isso acontecerá que do Oriente e Ocidente virão muitos gentios (como Is 49:12 profetizou), para assentar-se como crentes ao lado dos pais da fé Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Agora, os gentios são “salvos por causa da graça mediante a fé” (Ef 2:8) – mas os judeus passaram, por causa da sua falta de fé, para a posição dos gentios (Ef 2:2), tornaram-se “filhos da desobediência”. Desse modo os “filhos do reino” tornaram-se “filhos da desobediência”, razão pela qual são expulsos para a escuridão, que fica “do lado de fora”. Lá haverá lamento e ranger de dentes: o lugar do horror!
Evangelho de Mateus contém um amplo propósito missionário. A evangelização de todas as nações é um de seus grandes objetivos. Essa passagem do centurião se encaixa nesse propósito. O fato de que muitos viriam do Oriente e do Ocidente, isto é, de todas as partes do mundo, desfrutando das bênçãos da salvação com os patriarcas – em outras palavras, que a igreja se estenderia entre os gentios –, foi predito pelos profetas. É por isso, inclusive, que o Evangelho de Mateus termina com uma grande comissão:
Mt 28.18-20 “18 (…) Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. 19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”
Concordo com Spurgeon quando ele diz que o céu será preenchido. Se os prováveis não virão, os improváveis virão. Que inversão! O mais próximo é lançado fora, e o mais distante é aproximado. O centurião vem do campo até Cristo, e o israelita vai da sinagoga para o inferno. A prostituta se curva aos pés de Jesus em arrependimento, enquanto o fariseu hipócrita rejeita a grande salvação.
As palavras dos versículos 10–12 se destinaram não só ao centurião, mas a todos – o centurião, seus amigos, toda a multidão que o acompanhava –, a fim de que todos pudessem fixar sua atenção num ponto muito mais importante do que a cura física, a saber, em ser salvo e em viver para a glória de Deus.

A cura do servo

Jesus não para na contemplação da fé do centurião, mas ainda a coloca como meio para curar o servo. O ponto é que a fé daquele homem não estava depositada na crença positiva de que, se ele demonstrasse acreditar que a cura pudesse acontecer, de fato aconteceria. Não está nisso a sua fé! A fé do centurião foi depositada na autoridade de Jesus e foi essa a fé que formou o milagre que ele viveu.
Isso significa que Cristo só cura aqueles que têm fé em sua autoridade? Não, pois Ele curou dez leprosos e só um creu.
Isso significa que basta ter fé na autoridade de Jesus e nossas orações serão sempre atendidas como queremos? Também não.
Mas isso significa que, ainda que não recebamos a cura ou o milagre que pedimos - e podemos clamar por eles - teremos a mais valiosa convicção desta vida: a de que Jesus tem toda autoridade nos céus e na terra.
Cl 1.15-17 “[Ele] é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; 16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17 Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.”
Rm 11.36 “36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”

Aplicações

Penso em três verdades reveladas por esse texto, nas quais podemos nos agarrar a partir de hoje:
Como é grande o poder do nosso Senhor Jesus Cristo. Curar uma pessoa da paralisia, sem ao menos tê-la visto, apenas dizendo uma palavra, é fazer algo que nossas mentes nem mesmo podem imaginar direito. Ainda assim, Jesus ordenou, e a cura se deu imediatamente.
Agarre-se nessa verdade! Você não serve um Deus limitado, mas Todo-Poderoso. Você não serve um Deus subordinado, mas que tem toda a autoridade nos céus e na terra. É a esse Deus que você ora quando ora.
E, se você não tem orado regularmente porque se sente indigno, injusto, impuro, lembre-se desse centurião, lembre-se do publicano Zaqueu. De fato, eles eram e nós somos indignos, mas é aos indignos que o Senhor amou e se inclinou graciosamente. Servimos a um Deus grande em poder e em misericórdia!
Nós somos parte do cumprimento dessa revelação profética que Jesus fez. Você, crente, cristão salvo do século XXI em Jacareí; você será um desses que o Senhor falou que tomará lugar e se assentará à mesa com Abraão, Isaque e Jacó!
Já agradeceu hoje pela sua salvação no Senhor? Crer no poder de Cristo e fazer uso prático dessa nossa fé é um dom raro e precioso. Devemos sempre estar agradecidos por termos esse dom. Estar disposto a vir a Jesus não tendo outra esperança, e reconhecendo sua condição de pecador perdido, entregando sua alma em Suas mãos, é um grande privilégio. Sempre devemos dar graças ao Senhor por essa disposição, pois é um dom de Deus. Essa fé é melhor do que todos os demais dons ou conhecimentos neste mundo!
Recebemos uma grande benção que também carrega uma grande responsabilidade. Jesus quebrou, lançou por terra o muro de limitação geográfica do reino.
Hoje, nós, que estamos aqui, já pertencemos ao grupo do gentios, dos excluídos da graça. Antes, éramos considerados inimigos de Deus por não termos nascido em Israel. Mas o muro foi destruído por Cristo!
Então, por que nós, de maneira orgulhosa e pecaminosa, insistimos em construir outros muros? Insistimos em olhar para as pessoas a nossa volta e pensamos “essa pessoa não tem perfil para ser cristão”; “Ih, fulano de tal?! aquele ali só um milagre. Vai ser crente não!”.
Quando pensamos e agimos assim, cometemos um erro terrível, pois estamos nos esquecendo de que, em um momento da história, éramos nós os improváveis, os distantes, os inimigos de Deus e hoje estamos aqui.
Precisamos pedir perdão a Deus por esse egoísmo religioso e pedir também o desejo por sermos usados como instrumentos na expansão, na ampliação, da família do Reino. Precisamos trabalhar para manter os muros que Jesus derrubou no chão, enquanto muitos querem construir barreiras baseadas em mera aparência externa.

Conclusão

Portanto, vá para sua casa ruminando esta Palavra.
Lembre-se de desfrutar da benção da oração e ore com fé em Cristo, confiando na autoridade d’Ele e em sua misericórdia e compaixão.
Acima disso, agradeça e louve ao Senhor porque você pode fazer parte do cumprimento da profecia de que, mesmo fazendo parte do povo de Israel, você poderá tomar o seu lugar à mesa com Abraão, Isaque e Jacó e o próprio Cristo.
Por consequência disso, não deixe de levar essa boa notícia do Evangelho de Jesus a outras pessoas, por mais improváveis que elas pareçam. Você também era um improvável e está aqui. Faça discípulos e ensine-os a guardar todas as coisas que Jesus ordenou.
Vamos orar!
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