Deus reina sobre os humildes de espíritos
Eu só quero é ser feliz • Sermon • Submitted • Presented
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Texto
Texto
Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Introdução
Introdução
Felicidade é algo que o homem busca desde o princípio do mundo. E em alguns momentos, em sua busca, errou profundamente. Desde o Gênesis, Adão e Eva pecaram porque, seguindo a tentação de Satanás queriam ser iguais a Deus, para atingir um tipo de felicidade que não conheciam, sem necessidade, pois já eram felizes o suficiente.
Da mesma forma que a busca da felicidade é inerente ao homem, a insatisfação com o que se tem ou o que se é também faz parte de nosso DNA.
Homens com famílias estruturadas, mulher, companheira de todas as horas e filhos, larga tudo por uma aventura, às vezes por mulheres com a metade da idade, em relações sem futuro, buscando algo que nem se sabe o que é.
Pessoas que fazem dívidas para comprar carros mais novos quando o atual não tem nem 20000 km rodados! Os aparelhos de celular, mal se compra um modelo, já anunciam o próximo. E tem gente que compra o modelo novo, já de olho no próximo, que será lançado 6 meses depois!
É a sociedade consumista em que vivemos que diz que a nossa felicidade pode ser adquirida. É só pagar. Se não der certo, descarta-se e espera a próxima coisa que vai te trazer felicidade.
O padrão de personalidade realizada no mundo ocidental é do indivíduo decidido, que consegue tudo no grito ou na esperteza, conquista uma posição superior e ganha sempre!
É o vencedor! E não pode ficar em segundo lugar, afinal, vice é o primeiro entre os perdedores.
Empoderamento feminino, masculino, das minorias, sejam elas raciais, sociais ou, até mesmo de gênero. Todos buscando e querendo a felicidade!
Acompanhamos há alguns dias alguns milionários, que não tinham nada melhor para fazer, entrarem em submarino experimental guiado por joystick de video-game e descerem até 3500 m no fundo do mar para ver o Titanic afundado. Resultado: tiveram o mesmo fim do Titanic. A busca por felicidade deu ruim!
Outros ficam pagando viagens caríssimas de vôos sub-orbitais, onde 3 milionários loucos competem entre si quem vai levar mais milionários como eles para o espaço sideral.
Enquanto isso, no vazio existencial e psicológico que toma conta da sociedade, vemos uma enorme quantidade de casos de depressão, ansiedade e os consultórios de psicólogos enchem, quando não os de psiquiatras!
Tudo para conseguirem se manter adaptados neste mundo em que tudo acontece cada vez mais rapidamente e se alguém atinge um estágio de felicidade, passa mais rapidamente do que chegou!
Mas para nós que conhecemos a Deus, nosso padrão é outro.
Explicação Exegética
Explicação Exegética
Jesus está com seus discípulos e uma multidão no alto de um monte, na Galiléia e começa a ensinar sobre uma série de assuntos, referentes ao Reino dos Céus.
O povo nos tempos de Jesus tem sua identidade calcada na obediência à Lei, no Templo e no Monoteísmo, onde o único deus é Yahweh.
Explicando: A felicidade deles é o resultado de uma vida de obediência à Lei que estabelece sua relação com o único Deus que deve ser cultuado no Templo, onde são apresentados os sacrifícios.
A busca de felicidade do judeu, nos tempos de Jesus, é assim.
Porém a vida dos judeus não é tão feliz assim. Vivem sob domínio do Império Romano, depois de padecerem sob o domínio dos Sírios. Antes deles, um longo exílio em uma terra estranha, com seu próprio território arrasado, produzindo um cenário político e sócio-econômico de total desesperança.
A nação, estava dividida em 4 grandes territórios. Herodes que reinava sobre a região em que morava Jesus não era judeu e ao mesmo tempo que respeitava os costumes judaicos, também ajudava na construção de templos romanos, monumentos e cidades dedicadas ao imperador. É o clássico caso de acender uma vela para Deus e outra para...
O povo vive sob uma pressão entre o I.R. que exerce domínio político, econômico e militar, o grupo dos fariseus, que cobra uma obediência rígida à Lei e os sacerdotes, em geral corruptos, que vivem em Jerusalém e dominam de fato o país.
De quebra, cobradores de impostos, odiados, os seguidores do rei, chamados de herodianos, e a própria divisão entre o povo entre judeus nascidos na terra e outros de fora, após o exílio.
A situação social não é das melhores: trabalha-se muito, ganha-se pouco, quase o suficiente para o sustento da família, sem que haja sobras.
Enquanto isso, acreditam que a felicidade vai chegar com o Messias que irá restaurar Israel à glória do tempo de Davi, expulsando todos os idólatras.
Alguns acham que podem conquistar a felicidade por si mesmo. Confiam no próprio poder de serem felizes.
Mas só Deus nos faz realmente felizes. É por isso que Jesus começa o sermão com as bem-aventuranças.
Bem-aventurança também conhecido como Beatitude é uma palavra que pode se traduzir por Felicidade. Assim, uma pessoa bem-aventurada é uma pessoa feliz.
Bem-aventurado tem o sentido de uma pessoa abençoada. Mas ninguém se abençoa a si mesmo.
A bênção vem de Deus. É Ele quem abençoa.
Seu padrão de felicidade é a felicidade que Ele nos dá, abençoando-nos neste mundo para vivermos no Seu Reino.
Tema: Deus reina sobre os humildes de espírito
Tema: Deus reina sobre os humildes de espírito
O Reino dos Céus é um reino de felicidade
O Reino dos Céus é um reino de felicidade
Não há lugar para verdadeira felicidade, ou bem-aventurança, fora do Reino dos Céus, também chamado Reino de Deus! É lá que você vai encontrar a real felicidade.
O judeu tem uma palavra que exprime este estado de felicidade e paz que vem de Deus. É um estado de harmonia completa, que provavelmente a humanidade só experimentou, em sua plenitude, no Éden.
A palavra é Sh’lom, ou Shalom. Nós traduzimos como Paz do Senhor. Que é diferente da Paz do mundo. Se a Paz é do Senhor, é Ele quem dá.
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
Esta é a paz que traz felicidade. Não é simplesmente ausência de conflitos, ou guerras. É a paz que estabelece harmonia entre todos e de nós todos com Deus.
Neste estado de paz e harmonia, existe felicidade. Bem-aventurança.
Mas o Reino do mundo não tem isso. O mundo faz guerras para acabar com todas as guerras. A partir do início do século XX as guerras tinham um enfoque civilizatório: guerras de independência, guerras de emancipação de colônias, guerras de países que queriam progresso contra países que, de forma “atrasada” insistiam em continuar as guerras de conquista. A 1a Grande Guerra foi por causa disso.
Foi um enorme conflito para terminar com todas as guerras e o homem finalmente viver em paz e felicidade. Gerou a 2a Guerra Mundial, que esta sim, seria a Guerra para acabar com todas as outras.
Morreram milhões de pessoas e gerou a guerra fria que tomou conta do mundo durante os próximos 40 anos. Durante este tempo, as duas maiores potências foram aumentando o seu armamento nuclear, para garantir a paz!
No ocidente, o sistema capitalista criou uma sociedade de consumo que não se contenta com nada e alimenta um sistema que vive da ganância e da exploração. No oriente, o sistema socialista prometeu a suprema felicidade, removendo todas as diferenças entre as classes sociais. Socializou a pobreza, espalhou a miséria, às custas de tanques e baionetas que calavam vozes discordantes, inclusive da igreja.
Este é o reino do mundo. Que não oferece paz, não oferece felicidade. Não tem bem-aventurança.
O Reino de Deus é o reino da paz de Deus com os homens e dos homens entre si. Onde lobo e ovelha pastarão juntos e o leão comerá palha com o boi!
O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor.
É onde os homens perdoam as ofensas um dos outros. Onde o paralítico anda, o cego enxerga, os leprosos são curados, os espíritos malignos são expulsos, porque o diabo não tem lugar neste reino e todos são reintegrados à sociedade.
É o reino onde não há morte! E Jesus deixa isso claro em sua pregação do Reino de Deus, pois como uma espécie de amostra grátis do que será o Reino em sua plenitude, Ele ressuscita a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim, Lázaro, quando já estava morto depois de 4 dias. E por fim, Ele mesmo venceu a morte! Porque Seu Reino é de vida, não de morte!
É o Reino que não precisa de lutas de auto-afirmação ou empoderamentos, onde não há diferença se você é judeu, gentio, rico, pobre, homem, mulher, escravo ou liberto!
Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
Porque todos somos um em Cristo!
Jesus disse que o amor se esfriaria de quase todos. Mas em Seu Reino, o amor jamais acaba!
O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará;
Se no reino do mundo há tristeza, depressão e sofrimento, em Seu Reino, a alegria vem ao amanhecer. E Sempre há um amanhecer com Jesus. A história não termina no sofrimento. A história de Jesus não terminou na cruz!
E quando Jesus vier com Seu Reino em majestade e Glória, a alegria nunca mais nos será tirada!
Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar.
Este é o Reino de Deus, que já está entre nós, do qual podemos ter alguns vislumbres e que virá, definitivamente, com o Senhor, em toda Sua majestade e Glória!
Neste Reino, temos paz, temos felicidade, somos abençoados, somos bem-aventurados!
Temos que ter o nosso espírito humilde para fazer parte do Seu Reino!
Temos que ter o nosso espírito humilde para fazer parte do Seu Reino!
Parece algo muito bom! E é!
Mas fazer parte do Reino de Deus não é algo que dependa de nossa simples vontade.
Não é algo que dependa apenas de dizer “eu quero”.
Esta vontade tem que ser resultado do reconhecimento de que diante de Deus, nós somos muito pouco.
Dependemos Dele e tudo o que quisermos ter ou ser, virá Dele!
Então, dizer “eu quero”, significa, entregar-se a Jesus que entrará em sua vida, fazendo uma transformação completa.
Como Jesus morreu na cruz, venceu a morte e ressuscitou, quando nos entregamos a Jesus somos ressuscitados, porque quem está fora do Reino de Deus, pode até pensar que é muita coisa, mas está morto espiritualmente
Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;
Com Jesus, nosso próprio espírito é inibido, fraco e pobre. Porque o que rege nossa vida é mais forte do que nós: é o Espírito de Deus!
Portanto, para entrar no Reino de Deus e sermos bem-aventurados, felizes, precisamos ser pobres de espírito! Humildes do nosso espírito!
Entender que dependemos do Senhor!
Isso é diferente do que diz o mundo. Porque o mundo diz que temos que ser altivos, lutar para vencer e, se tiver alguém concorrendo com você, deixa ele pra trás, porque a vitória tem que ser sua!
No mundo não podemos ser humildes, temos que ser orgulhosos, independentes, fortes!
Não é lugar para fracos ou humildes.
E o resultado disso é uma porção de conflitos, muitas vezes até dentro de famílias! E nenhuma felicidade!
Ao contrário disso, Jesus prega que no reino de Deus o primeiro será o último e os últimos, primeiros.
Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos [porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos].
Ele é o Rei que se humilhou e lavou os pés dos discípulos! Que não considerou ser humilhante deixar sua glória para vir habitar conosco, passando fome, sede, sendo escarnecido, porque veio para nos salvar!
pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,
O Reino dos Céus de que Jesus fala é onde há pessoas que entendem que suas vidas não tem sentido sem Ele.
O reino com pessoas pobres de espírito humano, mas cheias do Espírito Santo! Ricas da Graça e da Misericórdia de Deus!
Conclusão
Conclusão
Em 1972, John Lennon, já fora dos Beatles lançou uma canção cuja letra dizia, em tradução livre:
Imagine que não há países,
Não é difícil de fazer.
Nenhuma razão para matar ou morrer,
...
Imagine todas as pessoas
Vivendo suas vidas em paz
...
Imagine que não há posses
Quero ver se você consegue...
Nenhuma necessidade de cobiça ou fome,
Uma irmandade de homens
...
Claro que ele se referia à realidade de um ateu. Pois a referência é este tempo, este mundo.
Mas nós sabemos que este mundo ideal, de Sh’lom e felicidade absoluta e verdadeira só existem com Deus, no Seu Reino.
Para entrarmos em Seu reino, precisamos nos dobrar e dizer que dependemos completamente de Deus.
Esvaziar-nos do nosso Espírito para que o Seu Santo Espírito enche a nossa vida.
E seremos humildes de espírito humano, mas cheios do Espírito Santo!
Então, faremos parte do Reino dos Céus, e seremos felizes, bem-aventurados!