O tribunal! | Miqueias 6.1-8

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Transcript

Introdução!

O texto de hoje me chamou atenção. Me mostrou qual é o lugar de quem não tem Jesus.
Ler o texto: Miqueias 6.1-8.
O ministério profético de Miqueias durou por volta de 730 a 690 a.C.
A sua caminhada se sobrepôs ao profeta Isaias.
Os líderes da época se lembraram na profecia de Miqueias. A reforma religiosa do tempo de Ezequias é um exemplo (Jeremias 26.17-19).
Mas existe muitos ensinamentos para nós nas profecias de Miqueias.
Esse texto me fez olhar de um angulo que eu ainda não tinha me atentado.
Um texto onde mostra Deus fazendo um julgamento para aquele povo.
Um tribunal! O tribunal de Deus. Com os componentes necessários para tal.
Aqui nós temos o JUIZ, as testemunhas e o réu.
Juiz é o Senhor Deus; as testemunhas ele relata nos primeiros versículos: montes e colinas; e o réu é o povo.
Também temos as partes. Nesses versículos conseguimos ver as acusações que existem. A defesa fala e depois o profeta indica aquilo que Deus exige.
Aqui Deus está trazendo um julgamento para um povo em uma época.
Como sabemos que toda a palavra de Deus aponta para Jesus Cristo, quero convidar a olhar para o tribunal de Deus.
Somos convidados a olhar para a nossa história de vida.
Olhar para como estamos vivendo.
O povo tinha se corrompido. Estavam buscando a riqueza de qualquer jeito a qualquer custo.
Prejudicar alguém não fazia mais diferença. Corações ficando duros e foram ficando cada vez mais distantes de Deus.
Quero trazer alguns detalhes desse tribunal e fazer com que possamos enxergar a nossa vida.
Um olhar para esses detalhes vão nos fazer entender esse Deus de amor que nós estamos adorando.

A transgressão! v.3

Como estamos encarando esse texto podemos ver que Deus ocupa o papel da vítima e do juiz.
A pergunta que é feita por Deus mexeu com o meu coração.
Aqui não consigo ver um juiz brabo e com raiva da transgressão, mas vejo um pai amoroso tentando fazer o filho voltar para a direção correta.
Imagino o tom de voz e a sua atitude.
“Meu povo, o que foi que eu lhe fiz?”
Uma pergunta que traz revelações sinceras.
Primeiro é o carinho de Pai. Mesmo o povo se rebelando, indo para longe, se vendendo o Senhor ainda entende que o povo é dEle. MEU POVO.
Mesmo triste com o que o povo está fazendo, no seu momento de advertência ele não deixa de reforçar que o povo é dEle.
Ele não diz meu ex-povo, mas ele diz Meu povo.
Totalmente disposto a dar uma vida digna, a única coisa que o povo deveria fazer era se voltar para Ele.
Depois de chamar o povo de MEU, ele diz: o que eu lhe fiz?
Realmente o coração fica doído quando escuta isso.
O que o Senhor fez para alcançar a ingratidão, as costas viradas, a sua traição?
Deus não tinha feito nada de errado, pelo contrário: Deus abençoava o povo sem medida, o povo de Deus sempre tinham as melhores coisas.
Deus escolheu aquele povo para ser sua propriedade.
O Senhor faz a indagação: o que eu te fiz? Como o levei a ficar cansado?
O povo estava agindo como se estivesse cansado e saturado de Deus.
Jeremias 2.2 vai nos mostrar que aquele povo tinha perdido o primeiro amor.
Tinham trocado Deus por Baal. Eles estavam cansados de adorar a Deus.
Eles até traziam as ofertas, sacrifícios, mas a sua vida estava totalmente separada dessas ofertas e sacrifícios.
Hernandes Dias Lopes diz que o culto deles tinha pompa mas estava morto.
Aquele povo já não queria mais obedecer a Deus.
Aqui Deus tinha iniciado o processo de fazer o povo se lembrar o porque estavam cansados de Deus.
Deus estava fazendo o exercício de leva-los a pensar o porque estavam distantes do Senhor se Deus sempre tinha feito tudo por Eles.
No v.4 Ele completa as lembranças.
Trouxe a memória daquele povo o que tinha acontecido.
Tantos livramentos, tanto cuidado, tanta provisão, tanto sustento, tantas belezas, tantas e tantas coisas oferecidas pelo Senhor.
Porque essa rebeldia?
Deus estava dizendo: Eu tirei vocês da casa da escravidão.
Tirou o SEU povo do Egito, daquele tempo de escravidão e os levou até a terra prometida.
Deus estava levando o povo a refletir o porque estarem cansados e o porque da desobediência.
Olha para a nossa vida fica também a pergunta. Porque está longe do Senhor? Qual foi o mal que Ele fez?
Posso te afirmar, o Senhor não fez nenhum mal a você. Pelo contrário, as expressões de Deus para a sua vida são de amor.
Ele é amor. Não faça como aquele povo que se afastou de Deus.
Não temos motivos e nunca teremos.
Nós que somos os transgressores, nós que erramos, nós que falhamos contra Ele… e Ele na sua infinita bondade e misericórdia nos perdoa.
Qual tem sido a transgressão? Deus está te fazendo lembrar de onde você caiu e dando a oportunidade de se voltar para Ele.
Não perca essa chance. Não perca essa oportunidade.

As ofertas!

Agora é dada a oportunidade de se defender.
Após ser acusado, o réu tem a oportunidade de se defender.
Como podemos ver a resposta do réu nos v.6-7 vemos que Eles ainda não entenderam o que Deus estava pedindo a eles.
Eles refletiram diante das palavras de Deus.
Até porque não tinha como não refletir. Olhar para a vida e entender que estavam traindo aquele que fez tudo por eles.
O que Deus fez foi apresentar as provas incontestáveis da sua benção sobre o povo.
Diante disso o povo tenta buscar o favor de Deus. Tenta acertar as contas, mas parecia que não tinham aprendido.
Em vez de tomar o caminho do arrependimento, da mudança, da transformação… o que aconteceu foi eles preenchendo espaço com atividades religiosas.
O povo procura disfarçar o seu pecado com um ritual religioso.
Isaias 1.5-6 vai no dizer que a galera lá estava quite com as atividades religiosas, mas Deus nao estava aceitando aqueles cultos por causa da vida longe de Deus.
A primeira ideia que tiveram para se apresentar diante de Deus era com Holocaustos e bezerros de um ano.
Como disse, a questão não era a formalidade, mas o coração.
Não adiantava fazer holocaustos e apresentar o bezerro de 1 ano se o coração estava distante.
Desde esses tempos Deus está mostrando que o que Ele quer é o coração e não sacrifícios.
Já fazendo trazendo a ideia que o sacrifício ele iria providenciar, o que Ele exige é o arrependimento.
A forma de como se defende nos da a entender que queriam dar um preço e um valor para Deus parar de reclamar.
Como dizendo assim: o problema é sacrifício? Então toma aqui holocausto e 1 bezerro de um ano.
O povo vai continuar com a proposta dos sacrifícios, agora ostentando.
O v.7 o povo diz: Será que Deus se agrada com MILHARES de carneiros e 10 mil ribeiros de azeite?
Ainda nesse campo de oferecer algo como pedido de desculpa.
Aqui vemos que não é quantidade.
Não adianta vir com sacrifício se a vida não mudar.
Não adianta vir com MUITOS sacrifícios que se a vida não mudar.
O problema não é a quantidade é o coração.
Não adianta ostentar se não tiver o coração voltado para se arrepender.
Não adianta levantar a mão no momento de louvor se quando sai daqui não vive os ensinos de Jesus.
Não adianta dar uma OFERTA de 500 mil reais como forma de comprar Deus.
Não tem jeito, o que Deus mais quer de nós é o coração.
É a forma como se oferece o sacrifício.
Deus ficaria satisfeito e feliz com aquele povo se eles oferecessem 1 carneiro e 100 ml de azeite, se fosse de coração.
Precisa ter quebrantamento. Precisa ser de coração.
A nossa resposta para Deus diante das nossas transgressões deve ser um coração arrependido.
O que Deus quer de nós é a obediência.
O que Ele quer é um coração arrependido.

Uma resposta de vida! v.8

A tentativa do povo de comprar o perdão do Juiz falha.
Eles não entenderam ainda como deve ser o culto. O culto não pode ser pela metade só com o sacrifício, mas o culto deve ser completo e para isso é necessário a motivação correta.
E no v.8 vemos o que o Juiz pede.
Eles já sabiam qual eram as exigências do Juiz.
Mas o profeta faz questão de dizer: Pratique a justiça; ame a misericórdia; e ande humildemente com o seu Deus.
As 2 primeiras falam de um relacionamento entre eles e a última de um relacionamento com Deus.
O que Deus está pedindo para o povo é uma mudança de mentalidade - arrependimento.
A liturgia dos rituais de sacrifício, que se transforme em prática de justiça e que transforme o culto em uma obediência.
O que Deus estava pedindo ao povo era uma conduta ética e moral. E ele seleciona que o povo deveria praticar a justiça.
A palavra hebraica aqui é definida de forma literal como: “o caminho prescrito, a ação correta ou o modo apropriado da vida.
Ou seja, não basta apenas conhecer a justiça, é necessário pratica-la.
Conhecer uma lei e transgredi-la é crime doloso quando se tem a intenção de fazer.
Eles estavam preocupados com os ritos do sacrifício e não estavam praticando a justiça.
Zabatiero (Pr. Presbiteriano) diz que o praticar justiça no contexto de Miqueias é relacionado com não acumular terras, não explorar as famílias, não distorcer a teologia, não falsificar a palavra de Deus, não construir Jerusalém com o sangue do povo.
Deus mostrou também que era necessário AMAR A MISERICÓRDIA.
Hernandes Dias Lopes vai dizer que a misericórdia é um passo além da justiça.
A misericórdia oferece mais do que a justiça requer.
A justiça entrega o que o direito requer, mas a misericórdia concede o que o amor exige.
Ser misericordioso é ter compaixão, bondade e amor.
Deus está dizendo para o povo amar a bondade, amar a compaixão e amar o amor.
A última coisa boa que é falada aqui é o ANDAR HUMILDEMENTE COM O SEU DEUS.
A palavra hebraica TSANÁ, que é traduzida por HUMILDEMENTE, traz a ideia de se curvar.
Devemos entender a necessidade que temos que andar com Deus, mas reconhecendo que Ele é o nosso Senhor.
Não podemos praticar a justiça e amar a misericórdia se não andarmos com Deus.
Andar com Deus é o que o povo estava precisando fazer.
Porque andar com Deus ensina a viver do modo que Ele quer.
Andar com Deus nos faz ter sensibilidade para ouvir as direções para onde se deve ir.
Andar com Deus nos faz querer buscar a vida em santidade.
A nossa real satisfação deve estar em andar com Deus.
O que é bom nessa vida: ANDAR COM DEUS, amar a misericórdia e praticar a justiça.

Conclusão!

E hoje no tribunal? Hoje se encontra o JUIZ - DEUS. A transgressão - o pecado. O réu - cada um de nós.
Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus - Romanos 3.23.
Somos pecadores… existe uma transgressão e essa é o pecado.
Mas a palavra de Deus nos afirma que nesse tribunal EXISTE UM ADVOGADO e o seu nome é JESUS - O JUSTO. - 1João 2.1.
Os nossos pecados são perdoados pelo nome de Jesus. - 1João 2.12.
Quer ser perdoado? Aceite a Jesus como seu advogado - como seu Senhor e Salvador.
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