Juízes 1-2.5

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Elementos da continuidade da aliança

A primazia de Judá
O primeiro elemento de continuidade da aliança é a primazia de Judá. Essa primazia é destacada pra lembrar ao povo de Israel de que o rei não deveria vir a outra tribo que não fosse Judá. Isso está de acordo com a benção de Jacó as tribos:
Gênesis 49.10-11 “O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos. Ele amarrará o seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta, à videira mais excelente; lavará as suas vestes no vinho e a sua capa, em sangue de uvas.”
O cetro é correspondente ao instrumento real. Assim, o Rei deveria vir da tribo de Judá.
A primazia de Judá também é destacada pela junção com Simeão. Esta tribo foi profundamente esquecida. Seu território ficou dentro do território de Judá. Conforme a benão de Jacó em Gênesis 49, não há tanto destaque a ele e a Levi, ambos que participaram do massacre contra siquém. No caso de Levi há a questão de ser uma tribo sem herança por ser consagrada ao SENHOR; ele seria a sua herança. Mas em Simeão há herança, porém, houve pouco destaque a esta tribo na continuidade da história de Israel. Isso também está conforme a benção proferida por Jacó:
Gênesis 49. 5-6 “Simeão e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violência. No seu conselho, não entre minha alma; com o seu agrupamento, minha glória não se ajunte; porque no seu furor mataram homens, e na sua vontade perversa jarretaram touros.”
Assim, vemos que a primazia de Judá se dá até mesmo com a absorção de outras tribos. Posteriormente, Judá acaba por absorver a tribo de Benajmin (tribo de Saul), demonstrando assim a sua primazia.
Continuando outros elementos de continuidade, vejamos sobra a estrutura do livro. O livro dispõe de um ciclo de 12 juízes. Cada um deles é de uma tribo de Israel. Quem foi o primeiro Juíz? Otniel. E a qual tribo pertencia Otniel? Da tribo de Judá. Esta é a tribo que detém a primazia.
No livro do Juízes, o povo busca ao SENHOR em duas ocasiões. A primeira no início do livro (a passagem que estamos lendo neste momento). Ao consultarem sobre quem deveria subir primeiro para conquistar as terras, a resposta de Deus é “Judá”.
Na segunda vez que o povo consulta ao SENHOR é no final do livro. No capítulo 20.18, o povo de Israel pergunta quem deve subir primeiro contra Benjamin. E a resposta do SENHOR é: “Judá”. Do começo ao fim do livro, a ênfase está em retratar a primazia de Judá como aquele que deve deter o cetro.
Aplicação:
a. A primazia deve ser daquele que é o Leão de Judá, a raiz de Davi. Como temos enfatizado ao longo das últimas mensagens, a igreja deve ocupar de promover a primazia de Cristo sobre todas as coisas. Tentar ocupar a primazia que é de Cristo corresponde a pecado grave que deve ser corrigido (3 João). A falta de correção deste pecado pode causar a destruição do povo de Deus (Números 12).
2. A conquista das tribos
Do v. 3 ao v. 26 do capítulo 1, são retratadas as conquistas das tribos. O foco se dá na tribo de Judá. Isso é notável dos v. 10-15 mostrando as vitórias de Calebe e Otniel. É interessante aqui destacarmos alguns fatos:
a. Calebe era quenezeu, não era um judeu puro sangue, mas fazia parte da tribo de Judá. O elemento missional se encontra presente aqui.
b. Diferente do relato em Josué 15. 17-19 temos aqui a informação que Otniel é o irmão mais novo de Calebe. Este acréscimo para trazer mais identificação entre a tribo de Judá e o Rei Davi. Afinal, Davi era o mais novo entre os seus irmãos.
Entretanto, também nota-se que dos v. 22-26 há um destaque para a casa de José. O fato de estar casa de José e não os nomes das tribos dessa casa, a saber, Manassés e Efraim, demonstra uma vinculação da casa de José com as bençãos dadas pelo SENHOR por intermédio de Jacó em sua benção pactual:
Gênesis 49.22-26 “José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus galhos se estendem sobre o muro. Os flecheiros lhe dão amargura, atiram contra ele e o aborrecem. O seu arco, porém, permanece firme, e os seus braços são feitos ativos pelas mãos do Poderoso de Jacó, sim, pelo Pastor e pela Pedra de Israel, pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos das profundezas, com bênçãos dos seios e da madre. As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de meus pais até ao cimo dos montes eternos; estejam elas sobre a cabeça de José e sobre o alto da cabeça do que foi distinguido entre seus irmãos.”
Olhando para a benção dada por Jacó, nota-se que a casa de José seria plenamente abençoada. Isso se liga com o relato bem sucedido de sua conquista em Juízes 1.22-26.
Como ponto fora da curva da nessa passagem temos o v. 21 com a menção a Benjamin. Eles não expulsaram os jebuseus de Jebus (que virou Jerusalém). Observem que nos versículos anteriores é dito que a tribo de Judá consegue conquistar Jerusalém. Já no relato do livro de Josué é dito que “os filhos de Judá não conseguem expulsar os jebuseus.” O objetivo dessa menção é marcar um contraste entre Judá e Benjamin: esta falha em seu propósito assim como Saul falhou em dar uma capital para o povo de Israel; Já Judá conseguiu destruir os jebuseus. Por meio de Davi, descedente de Judá que Jebus virou Jerusalém.
Dessa forma, tendo uma menção a conquista das tribos como sinal da aliança, e no meio desse relato a descrição de uma tribo que não deu cumprimento a primazia, temos um fator que demonstra a continuidade da aliança. Deus abençoou o povo na medida em que foi obediente e se prontificou em conquistar a terra prometida. Conforme pactuado em Deuteronômio 28.1-14, a obediência ao SENHOR é acompanhada por suas bençãos.
Aplicação
O povo de Deus é abençoado quando obedece. Esta verdade é registrada na Palavra de Deus e confirmada por meio da vida da igreja. Seja em qual momento da história for, a igreja sempre foi abençoada quando obedeceu. Trata-se de uma verdade que foi distorcida por causa da teologia da prosperidade porque esta fez da causa a consequência. Na verdade, as bençãos de Deus não devem ser a motivação da obediência e sim o resultado. Não deve ser “Eu tenho que obedecer para ser abençoado”, mas “Eu obedeço e, por isso, sou abençoado.” Por isso, tenhamos esta motivação em obedecer ao SENHOR sabendo que, em Cristo Jesus, ele nos abençoa com toda sorte de bençãos. A primeira e a mais preciosa é a salvação.
É necessário notar que este entendimento é plenamente estabelecido somente a luz do Evangelho. Se não olharmos essa passagem com os olhos da cruz, temos a tendência de fazer uma leitura plenamente condicional (benção se obedecermos, maldição se não obedecermos). Ocorre que nós sabemos um fato: nós somos incapazes de obedecer porque somos pecadores. Diante disso, qual a solução pra este problema: aceitar o fato de que somos amaldiçoados eternamente? Simplesmente esquecer isso e apenas afirmar que somos amados incondicionalmente por Deus? Não. Há uma resposta melhor, e esta resposta é dada pelo evangelho.
No evangelho, nós somos abençoados independentemente do que fazemos. No evangelho Cristo faz o que deveríamos fazer. Ele é o servo por meio de quem obtemos a salvação. Ele vence a morte para que tenhamos vida. É a partir da transformação efetuada pelo Espírito Santo, que aplica a obra de Cristo em nós, somos transformados para um desejo: obedecer a Deus, seguir os passos de Jesus, buscar mais do seu Santo Espírito.
Quando isso acontece, obedecer não é mais um esforço em busca de bençãos, mas um exercício prazeroso de viver deleitando-se no SENHOR. As bençãos são as consquências de uma vida piedosa. Sim, ainda vacilamos. Mas mesmo quando pecamos, Deus em Cristo Jesus nos abençoa.
Assim, é no evangelho que esta tensão entre condicional de benção e maldição se resolve.
3. O juízo sobre os cananeus
Um terceiro elemento de continuidade da aliança presente neste texto se dá através dos juízos sobre os cananeus. A ordem do SENHOR era clara: o povo de Israel não deveria poupar ninguém do povo. Assim, quando o povo obedecia neste aspecto demonstrava um zelo pelo SENHOR.
A vitória sobre Adoni-Bezeque representa muito bem isso. Adoni-Bezeque: “O Senhor de Bezeque” - Adonai. Este rei é uma representação de alguém poderoso e que se coloca na posição de “Adoni” de Adonai, isto é, como se fosse um deus. Sua derrota representa a vitória do povo de Deus contra a idolatria vã. Tal elemento de juízo é confirmado pelo próprio Adoni-Bezeque, conforme Juízes 1.7 “Então, disse Adoni-Bezeque: Setenta reis, a quem haviam sido cortados os polegares das mãos e dos pés, apanhavam migalhas debaixo da minha mesa; assim como eu fiz, assim Deus me pagou. E o levaram a Jerusalém, e morreu ali.”
Agora e os polegares? Por que o povo fez questão de cortar os polegares das mãos e dos pés? A resposta: para demonstrar a fraqueza da religião idólatra. Os polegares eram elementos cruciais no ritual do sacerdócio. Observe os seguintes textos:
Êxodo 29.20 “Imolarás o carneiro, e tomarás do seu sangue, e o porás sobre a ponta da orelha direita de Arão e sobre a ponta da orelha direita de seus filhos, como também sobre o polegar da sua mão direita e sobre o polegar do seu pé direito; o restante do sangue jogarás sobre o altar ao redor.”
Levítico 8.23 “E Moisés o imolou, e tomou do seu sangue, e o pôs sobre a ponta da orelha direita de Arão, e sobre o polegar da sua mão direita, e sobre o polegar do seu pé direito.”
Assim, ao se retirar os polegares retira-se a forma de receber o sangue do carneiro enquanto sacerdote. A vitória contra Adoni-Bezeque não é uma simples batalha militar, mas a vitória que anuncia a derrocada final da idolatria e o estabelecimento de uma adoração piedosa e esperançosa diante do Senhor.
Infelizmente, o contrário também aparece nessa passagem. Se o capítulo terminasse no v. 18, tudo estaria bem e a visão que teríamos do restante do livro seria promissora. Mas como mostra o v. 19, nem todos os povos foram conquistados.
Juízes 1.19 “Esteve o Senhor com Judá, e este despovoou as montanhas; porém não expulsou os moradores do vale, porquanto tinham carros de ferro.”
E não é só Judá, a tribo da primazia que falha no cumprimento pactual. Dos v. 27-34, temos não uma continuidade, mas uma descontinuidade da aliança por parte do povo de Israel. O povo tinha um mandamento: conquistar a terra, derrotar os inimigos e estabelecer a adoração ao Deus verdadeiro. O que o povo de Israel faz? Não conquista toda a terra, faz acordos com alguns povos cananeus - até forçando-os como servos. Em outros casos, como o de Dã, estes foram forçados a ficar na região montanhosa.
De todo o modo, o povo não confiou no Senhor, não obedeceu aos termos da aliança e, assim,cai em pecado. Assim, como a vitória sobre Adoni-Bezeque tinha aspectos espirituais, assim também ocorre com a permanência dos povos pagãos na terra prometida. Não era uma questão pura e simplesmente militar. Era uma questão da aliança: era uma questão de vida e morte diante de Deus.
Por isso, a fala do anjo do SENHOR é tão forte no começo do capítulo 2:
Juízes 2. 1-5 “Subiu o Anjo do Senhor de Gilgal a Boquim e disse: Do Egito vos fiz subir e vos trouxe à terra que, sob juramento, havia prometido a vossos pais. Eu disse: nunca invalidarei a minha aliança convosco.Vós, porém, não fareis aliança com os moradores desta terra; antes, derribareis os seus altares; contudo, não obedecestes à minha voz. Que é isso que fizestes?Pelo que também eu disse: não os expulsarei de diante de vós; antes, vos serão por adversários, e os seus deuses vos serão laços.Sucedeu que, falando o Anjo do Senhor estas palavras a todos os filhos de Israel, levantou o povo a sua voz e chorou.Daí, chamarem a esse lugar Boquim; e sacrificaram ali ao Senhor.”
Uma questão interessante aqui é: porque Gilgal? Para entender isso, é necessário retornar no livro de Josué:
Josué 5.9 “Disse mais o Senhor a Josué: Hoje, removi de vós o opróbrio do Egito; pelo que o nome daquele lugar se chamou Gilgal até o dia de hoje.”
Gilgal singnifica “remover”. Quando o anjo sobe de Gilgal ele está lembrando o povo de Deus que a salvação quem concede é o SENHOR. Foi ele que libertou o povo da escravidão do Egito. Foi ele que conduziu o povo até a terra prometida. Ora, se esse Deus fez tudo isso, porque ele não poderia remover os cananeus da terra?
Essa menção faz com que quaisquer tentativas de desculpas por parte do povo sejam refutadas. Eles podiam alegar que alguns tinham carros de ferro, outros eram gigantes, outros eram muito fortes. Mas se Deus foi capaz de remover o opróbrio do Egito, ele também removeria todos os cananeus. A questão é que o povo desobedeceu e deixou de confiar no SENHOR.
Continuando, Deus está dizendo por meio do seu Anjo: Eu cumpri a aliança. Eu dei continuidade a ela. Mas vocês não deram. E agora os deuses desses povos serão um laço, uma armadilha pra vocês. Se Deuteronômio 28 começava com as bençãos da obediência, esta mesma passagem traz as consequências da desobediência. O que se percebe ao longo de todo o livro de Juízes é a consequência da desobediência.
O v. 5 mostra o arrependimento do povo. Eles choraram e o nome do local leva o nome que representa esta atitude. Boquim significa “chorões/aqueles que choram”. O povo sentiu que ao não fazer as conquistas militares, deixou de cumprir a missão de Deus de aplicar juízo sobre os povos cananeus.
Portanto, a vitória sobre Adoni-Bezeque não é apenas a vitória militar sobre um rei, mas a derrubada de um sistema idólatra e o levantamento de um sacerdócio real. De forma contrária, a tolerância para com os cananeus e os seus deuses vão mais além do que um acordo político, mas são o sinal da derrocada espiritual do povo de Israel.
Aplicação:
Precisamos ter atenção sobre o sacerdócio estabelecido por Deus ao seu povo. Por meio de Cristo, temos um sumo sacerdote que se compadece de nossas fraquezas e que entrou no santo dos santos de uma vez por todas. Agora, estamos em uma posição de obediência diante do sacerdócio de Cristo. O Apóstolo Pedro descreve exatamente o que o povo de Deus deve fazer diante da aliança firmada em Cristo Jesus:
1Pedro 2.9 “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;”
O que devemos fazer? Como o povo de Israel tinha a função de estabelecer uma adoração sólida na terra prometida, nós agora temos uma missão: proclamar as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Quando deixamos de lado esta missão nós passamos a ser tolerantes com todo o principado e potestade que está ao nosso redor. Logo, ficamos conivente com toda adoração que não é ao SENHOR. O pecado da idolatria continua nos assediando. Mas é colocando em prática nossa missão como igreja que proclamamos o sacerdócio de Cristo Jesus e anunciamos o juízo de Deus a toda terra.
Conclusão:
Vimos, então, neste texto alguns elementos de continuidade da aliança. São eles: 1) A Primazia de Judá; 2) A Conquista das tribos; 3) O juízo de Deus sobre os povos cananeus.
Aplicações:
a. adoração domina sobre todo o nosso ser.
O fato de Judá ter a primazia, o fato da conquista das tribos ser benção da obediência do SENHOR e o fato de que o Juízo sobre os inimigos representava o estabelecimento da presença divina no meio do seu povo, nos mostra que a adoração não é apenas um elemento na nossa vida, mas toda a nossa vida. Temos a tendência de querer colocar a nossa vida em compartimentos. Nossa vida com Deus acaba por ser um departamento dentre outros na nossa vida. Temos a tendência religiosa de encarar a semana como cidadãos comuns e, no domingo, em determinado horário, vestirmos a nossa roupa de crente e ir a igreja.
Mas quando olhamos para a história do povo de Deus notamos que não é assim. Tudo o que o povo de Israel fazia tinha a ver com a adoração a Deus. O que era espiritual não era algo abstrato. O que era espiritual tinha a ver com elementos muito concretos da vida do povo. Sua missão, suas ações, a forma como lidaria com o que estava ao seu redor TUDO tinha a ver com a adoração ao SENHOR. E isso nos ensina sobre como nossa vida deve ser um culto ao SENHOR de maneira constante.
Deus não quer apenas o seu momento devocional. Deus não quer apenas 2 horas de culto. Deus não quer apenas programações da igreja as quais você possa servir. Deus te quer por inteiro. Se a sua vida não for inteiramente ao SENHOR ela não será do SENHOR.
b. Nossa vida com Deus é mais parecida com ciclos de altos e baixo do que com uma linha constante!
A história do povo de Deus é a nossa história. E ela nos mostra uma tendência que nós não gostamos de observar. Nossa vontade é de que a vida com Deus seguisse um padrão linear e progressivo. Quando lemos Paulo em Filipenses: “prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação...” temos a tendência de pensarmos em buscar a Deus continuamente e, a medida que o buscamos, vamos crescendo sem parar até atingir a perfeição. Seria muito bom se fosse assim.
Mas o que a história de juízes nos mostra é que a nossa vida com Deus é cheia de altos e baixos. Você passará por momentos bons e ruins. Você vai ter momentos de euforia e também de desânimo. A igreja terá tempos áureos e maravilhosos e também tempos áridos. Essa é a vida cristã. O que nos consola é saber que até nisso Deus trabalha em nós e usa estes momentos para tratar do nosso coração. Estes altos e baixos são importantes para o nosso aperfeiçoamento enquanto igreja.
Avivamentos acontecem após períodos tenebrosos. Foi assim no período dos Juízes. Foi assim na igreja primitiva. Porém, veja que, enquanto em Juízes os ciclos de avivamento vão levando o povo a um declínio constante, no livro de Atos os ciclos de avivamento vão levando a igreja a um progresso constante. Mesmo em altos e baixos, a igreja continua sendo aperfeiçoada pelo SENHOR.
Quando continuamos a olhar a história da igreja, percebemos que períodos de avivamento foram antecedidos por períodos difíceis. Foi assim, na Reforma Protestante. Foi assim no avivamento puritano. Foi assim no grande despertamento que fez Simonton vir ao Brasil. É bom saber que períodos de deserto tem um fim. É bom saber que Deus usa estes tempos para trazer dias de avivamento em sua igreja. Nós precisamos disso. E compreender esta realidade nos ajuda a ter uma melhor percepção como igreja.
c. Qual a sua desculpa
Assim como o povo de Israel, somos tentados com as mais plausíveis desculpas:
Não consigo perdoar
Não consigo falar a verdade
Não consigo deixar este pecado
Tudo o que podemos argumentar contra a desobediência a Deus é desculpa. E a nossa tentação é fazer o que o povo fez no v. 5: sacrifício! Pequei, mas vou dar uma oferta aqui pra amenizar. Pequei, mas vou dedicar mais tempo na obra do SENHOR. Pequei, mas não vou criticar a igreja nem falar que precisamos melhorar. Vou ficar na minha.
Só que Deus não quer sacríficio. Deus quer obediência. O povo chorou e sacrificou. Deus requer de nós choro e arrependimento. Deus requer que rasguemos os nossos corações e as nossas vestes.
“Sem o evangelho, viveremos em complacência ou esmagados por um fardo (Tim Keller)”
1. Em que áreas da sua vida ou especificamente do seu pensar você mais precisa ser lembrado de que Deus é o Deus da graça?
2. Em que áreas você está dizendo a Deus: Não consigo? Será que, na verdade, você não está dizendo: Não quero? Como mudar de atitude?
3. Como a cruz pode levar você a fazer essas mudanças?
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