Para A Glória de Deus
Efésios 3.20-21 “20 Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, 21a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!”
Introdução:
Uma exaltação a Deus (“doxologia”) é uma breve proclamação da magnitude de Deus
Paulo louva a Deus, “que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos”.
Deus é todo poderoso em agir a cima do que a gente imagina:
Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós,
Os v. 18s falaram de “compreender” e “entender” (o mistério de Deus, ou o amor de Cristo). A “súplica” foi a característica do trecho antecedente, Ef 3:14–17. Os pensamentos de Deus vão muito além de nossa compreensão humana (Is 40:13; 55:8s; Rm 11:33ss; Fp 4:7). Seus pensamentos, no entanto, também estão ligados à execução deles (cf. a continuação de Is 55:8s nos v. 9s): Ele é aquele que é “capaz de fazer”.
Para formular em palavras a diferença entre o pedir e pensar humano de um lado e o agir divino de outro, Paulo recorre a uma dupla intensificação. Por um lado ele afirma: Deus está em condições de agir acima de tudo que pedimos e entendemos. Por outro ele insere adicionalmente um advérbio que literalmente diz “totalmente além de todas as medidas”, “simplesmente em superação a” e expressa a “forma mais superlativa imaginável”.
Pela igreja cristã já se tornou evidente que Deus de fato é capaz de agir dessa forma sobreexcelente. A riqueza e a magnitude de seu poder demonstrado na ressurreição de Jesus mostraram-se eficazes nos que crêem (Ef 1:19s). Em conformidade com esse poder ele pode e também há de fortalecer os crentes no futuro e de ancorá-los em seu amor (cf. Ef 3:16s).
A Ele seja a Glória para Sempre
21 A esse Deus a doxa! A exclamação pode ser entendida como afirmação: “a ele pertence a glória”, ou como conclamação para lhe prestar veneração: “a ele seja dada a glória”. Isso acontece quando Deus é honrado “na igreja e em Jesus Cristo” em vista de seu agir. Porque naquilo que Deus faz ele se evidencia como o Constante e Fiel, como o Santo e Misericordioso, como o Poderoso e Sábio. A impacto de sua realidade imprime seu selo à igreja. No semblante de Jesus Cristo, o Crucificado, resplandece a luz da glória de Deus (2 Co 4:6), que por sua vez é o Pai da glória (Ef 1:17). Em toda a sua existência, ao crer, amar, ter esperança, louvar e pedir, a incumbência e o alvo da igreja consistem em ser expressão do louvor da glória de Deus (cf. Ef 1:6,12,14; 1 Co 6:20). De igual modo a vida, morte e exaltação de Jesus na perspectiva do evangelho de João aparecem consistentemente sob o denominador comum da glorificação de Deus (cf. Jo 13:31; 17:1,4).
A glória cabe a Deus “por todas as gerações de eternidade a eternidade”. Essas palavras referem-se às gerações futuras (cf. Ef 3:5), todas que ainda surgirão. Uma forma análoga de expressão ocorre em Êx 40:5 (literalmente segundo a LXX): “em eternidade em suas gerações”; Tobias 1:4: “para todas as gerações da eternidade”; Sl 106:31: “de geração em geração até a eternidade”; Dn 6:27: “para a geração das gerações até a eternidade.” O olhar para esse futuro, no qual a herança desde já assegurada também será apropriada de modo abrangente, havia sido descortinado em Ef 1:21 e 2:7.
O “Amém” aponta para a leitura da carta nos cultos das respectivas igrejas e assinala que neste momento os ouvintes confirmam o que ouviram, exclamando “Assim seja!”.