Providência de Deus - CFB1689

Confissão Batista de 1689  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Estudo bíblico Dominical sobre a Confissão Batista de 1689

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Psalm 136 NAA
Deem graças ao Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre. Deem graças ao Deus dos deuses, porque a sua misericórdia dura para sempre. Deem graças ao Senhor dos senhores, porque a sua misericórdia dura para sempre. Ao único que opera grandes maravilhas, porque a sua misericórdia dura para sempre. Àquele que com entendimento fez os céus, porque a sua misericórdia dura para sempre. Àquele que estendeu a terra sobre as águas, porque a sua misericórdia dura para sempre. Àquele que fez os grandes luzeiros, porque a sua misericórdia dura para sempre. Fez o sol para presidir o dia, porque a sua misericórdia dura para sempre. Fez a lua e as estrelas para presidirem a noite, porque a sua misericórdia dura para sempre. Àquele que matou os primogênitos do Egito, porque a sua misericórdia dura para sempre. E tirou Israel do meio deles, porque a sua misericórdia dura para sempre. Ele os tirou com mão poderosa e braço estendido, porque a sua misericórdia dura para sempre. Àquele que dividiu o mar Vermelho em duas partes, porque a sua misericórdia dura para sempre. E fez Israel passar pelo meio dele, porque a sua misericórdia dura para sempre. Mas lançou Faraó e o seu exército no mar Vermelho, porque a sua misericórdia dura para sempre. Àquele que conduziu o seu povo pelo deserto, porque a sua misericórdia dura para sempre. Àquele que matou reis poderosos, porque a sua misericórdia dura para sempre. E tirou a vida de reis famosos, porque a sua misericórdia dura para sempre. Matou Seom, rei dos amorreus, porque a sua misericórdia dura para sempre. E matou Ogue, rei de Basã, porque a sua misericórdia dura para sempre. E deu a terra deles em herança, porque a sua misericórdia dura para sempre. Em herança a Israel, seu servo, porque a sua misericórdia dura para sempre. Àquele que se lembrou de nós em nosso abatimento, porque a sua misericórdia dura para sempre. E nos libertou dos nossos inimigos, porque a sua misericórdia dura para sempre. Ele dá alimento a todos os seres vivos, porque a sua misericórdia dura para sempre. Deem louvores ao Deus dos céus, porque a sua misericórdia dura para sempre.

1. Deus, o bom Criador de todas as coisas, em seu infinito poder e sabedoria, sustenta, dirige, dispõe e governa todas as criaturas e coisas, desde a maior até a menor,2 por sua mui sábia e santa providência, para o fim para o qual foram criadas, segundo a sua infalível presciência, e o livre e imutável conselho de sua própria vontade, para o louvor da glória de sua sabedoria, poder, justiça, infinita bondade e misericórdia.

2. Embora em relação à presciência e ao decreto de Deus, a causa primeira, todas as coisas acontecem imutável e infalivelmente, de forma que nada acontece por acaso, ou sem a sua providência;5 contudo, pela mesma providência, ele ordena que elas aconteçam de acordo com a natureza das causas secundárias, seja necessária, livre ou contingentemente.

3. Deus, em sua providência ordinária, faz o uso de meios, ainda assim, é livre para operar sem,8 acima e contra eles,10 como lhe aprouver.

4. A onipotência, a sabedoria inescrutável e a infinita bondade de Deus, tanto manifestam-se em sua providência, que seu conselho determinado se estende mesmo até a primeira queda, e a todas as outras ações pecaminosas tanto de anjos quanto de ho-mens; e não é por meio de mera permissão que ele mui sábia e poderosamente delimita, e de forma variada ordena e go-verna, em uma multiforme dispensação para os seus próprios santos fins;13 ainda assim, de forma que a pecaminosidade desses atos procede apenas da criatura, e não de Deus, que sendo santíssimo e justíssimo, não é nem pode ser o autor ou aprovador do pecado.

5. O Deus mui sábio, justo e gracioso, frequentemente deixa, por algum tempo, seus próprios filhos em diversas tentações e na corrupção dos seus próprios corações, para castigá-los pelos seus pecados anteriores ou fazer-lhes conhecer o poder oculto da corrupção e engano de seus corações, para que eles sejam humilhados; e para elevá-los a uma dependência mais íntima e constante de seu próprio auxílio, e para tornálos mais vigilantes contra todas as futuras ocasiões de pecado, e para outros santos e justos fins. De forma que seja o que for que ocorra com todos os seus eleitos é por sua designação, para a sua glória e para o bem deles.16

6. Quanto àqueles homens perversos e ímpios, a quem Deus, como o justo juiz, por pecados anteriores, cega e endurece; deles, ele não apenas retém a sua graça, pela qual eles poderiam ser iluminados em seus entendimentos e forjados em seus corações;18 mas às vezes também retira os dons que eles tinham; e os expõe a tais coisas que a corrupção deles torna em ocasiões de pecado; e, além disso, entrega-lhes às suas próprias concupiscências, às tentações do mundo e ao poder de Satanás;21 de maneira que eles se endurecem sob aqueles meios que Deus usa para o quebrantamento de outros.

7. Assim como a providência de Deus, em geral, atinge todas as criaturas, assim também, de uma forma mui especial, ele cuida de sua Igreja, e dispõe de todas as coisas para o bem dela.

Estamos estudando a Confissão Batista de 1689.
Estudar a Confissão auxilia a igreja em diversos fatores.
Vou listar 4.
Senso de comunidade, pertencimento - quando estudamos as doutrinas que cremos, nossos pensamentos, opiniões convergem em pontos em comum, isso nos liga, estreita laços de amizades.
Também podemos ter comunhão, paz e nos fortalecermos mutuamente.
Provar os ministros - Ou seja, se confessamos certas doutrinas, é esperado que os ensinos dos ministros, pastores, professores estejam embasados, pautados naquilo que cremos e confessamos.
Seja quem for a pessoa que desempenhe uma função de ensino, em qualquer área da igreja (ensinando adultos, jovens, adolescentes ou crianças) todos eles devem estar em conformidade com as crenças e doutrinas da Igreja.
Qualquer outro ensinamento público na igreja contrário ao que confessamos pode causar prejuízos enormes.
Senso de continuidade histórica - O mundo não começou hoje.
As doutrinas, os estudos sobre a Palavra de Deus ocorrem há milênios.. muita água passou até chegarmos onde estamos hoje.
Devemos ter ciência de que as nossas doutrinas não são fruto de uma cabeça que sonhou e escreveu, mas que são fruto de trabalho árduo, forçoso, piedoso… de apóstolos, pais da igreja, teólogos, filósofos, monges, puritanos, pastores, etc..
Isso nos conecta em unidade.
Nos conecta à Noiva de Cristo que vem adentrando no Altar da História.
Apologética - Declaração e defesa pública da verdade. Neste compilado de palavras, de proposições.. estão presentes verdades.
Verdades que de tempos em tempos são atacadas no decorrer da história.
Mas esse compilado de artigos nos remete à versículos bíblicos que são a Palavra de Deus.
E, por Deus e Verdade estarem intrinsicamente conectados e serem inseparáveis, as Escrituras, a Bíblia fala da Verdade..
Verdades como o que é o Ser? O que é o Movimento? O que é a Vida?
Na semana passada vimos a verdade bíblica da Cosmogonia.
Quem criou o universo? Deus Pai, Filho e Espírito Santo (elohim).
Como Deus criou? Pela sua Palavra (ex nihilo), do nada, se fez.
O que Ele criou? Céu, Mar, Terra, peixes, aves, animais domésticos, selvagens.. homem e mulher.
Em quantos dias Ele criou? (PIADA)
Tão importante quanto defendermos a Criação, obra de Deus, é também considerarmos a importância da Providência.
Para tanto, vamos ao texto:
“Deus, o bom Criador de todas as coisas, em seu infinito poder e sabedoria, sustenta, dirige, dispõe e governa todas as criaturas e coisas, desde a maior até a menor, por sua mui sábia e santa providência, para o fim para o qual foram criadas, segundo a sua infalível presciência, e o livre e imutável conselho de sua própria vontade, para o louvor da glória de sua sabedoria, poder, justiça, infinita bondade e misericórdia.”
O AUTOR DA PROVIDÊNCIA
De início, o autor nos apresenta o “bom Criador de todas as coisas”.
Não é a toa que o capítulo da Providência de Deus esteja após o da Criação e dos Decretos de Deus.
Só é possível entender o que é Providência, se conectarmos com os Decretos e a Criação.
O decreto de Deus é o projeto ou o plano de Deus. Algo que foi elaborado antes da fundação do mundo, antes da Criação, no conselho da sua vontade.
A Providência executa efetivamente o plano de Deus no curso da história.
O plano de Deus ocorreu na eternidade.
A Providencia ocorre na História.
Aquilo que Deus planejou, predestinou na Eternidade no “beneplácito da Sua vontade”, agora, é executado momento após momento, dia após dia, até a consumação dos tempos.
Por outro lado, Criação e Providência são duas faces da mesma moeda.
Deus não apenas criou o universo, mas o mantém e direciona segundo seus propósitos.
Sem a Criação não haveria Providência, mas a Criação dificilmente poderia se sustentar sozinha se não fosse Deus mantendo esse ato de “criar”.
Em Gn.1.1 “No princípio, Deus criou os céus e a terra.”
Essa palavra “criou” no hebraico é bara.
Sugere um trabalho que continua, continua, continua..
Que nos dá a essencia da doutrina da Providência.
Porque em primeira instancia, a doutrina da Providencia afirma que Deus sustenta tudo o que Ele faz.
Todas as obras de Deus, que são subseqüentes à criação, são obras de sua providência.
Herman Bavinck
Imediatamente associada ao evento da criação está a ação da providência.
Herman Bavinck
São conectadas uma a outra.

A preservação é uma grande e gloriosa obra divina não menor que a criação das coisas a partir do nada. A criação traz à existência; a preservação é persistência em existência

Herman Bavinck
Deixe-me exemplificar: Não devo à Deus apenas a minha criação ou o início da minha existência.
Mas é a Providência de Deus que faz com que eu e você possamos continuar a existir, momento a momento.
Se Deus não sustentasse minha vida por 1 segundo, eu desapareceria da face da terra.
O que quer que exista, que Deus tenha criado, não é apenas feito por Ele, mas é mantido em existência pelo poder de sua Providência.
Independência é equivalente a não-existência. - Colocar na Aplicação. Não somos independentes.
O FUNDAMENTO DA PROVIDÊNCIA
O fundamento da Providência de Deus está em seu infinito poder e sabedoria.
Psalm 145:11 NAA
Falarão da glória do teu reino e confessarão o teu poder,
Proverbs 3:19 NAA
O Senhor com sabedoria lançou os fundamentos da terra; com inteligência estabeleceu os céus.
Através do poder e sabedoria, Deus controla todas as coisas: criaturas, o curso da natureza, acontecimentos da História, as vidas humanas, as livres decisões e até mesmo os pecados humanos.
SUSTENTA, DIRIGE, DISPÕE E GOVERNA
E aqui está a essência da Providência: Sustenta, dirige, dispõe e governa.
Sustentar, dirigir, dispor e governar estão intrinsicamente conectadas.
Por exemplo, no conceito de GOVERNO, podemos ser tentados a ter uma ideia política.
Mas há mais significado.
É um governo teleológico. Ou seja, Deus governa todos os acontecimentos com um propósito, um fim.
A própria palavra governo, no latim, traz a ideia de “governar uma embarcação”.
Dirigir o movimento de algo rumo a um objetivo.
Assim como os navios, os barcos, a natureza e a história também se movem.
Seguem uma direção, buscam um destino, e tudo coopera para … que esse fim seja alcançado.
Quando Hebreus 1.3 declara
Hb1.3 “O Filho, que é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela sua palavra poderosa…
Sustentando traz o significado de “suportando, transportando, carregando”.
Mas note, não é como se Cristo fosse uma espécie de Atlas, sustentando o mundo sobre seus ombros.
Mas sim uma imagem dinâmica representando a sua ação pela qual ele move o mundo de um ponto a outro no transcurso do tempo.
Há um destino, e o propósito de Cristo é conduzir o mundo até aquela meta, aquela conclusão, aquele desfecho.
Olha que interessante, isso faz com que o governo, sustento de Deus seja pessoal, relacional.
E não meramente mecânico ou causal.
Ou seja, a doutrina da Providência também nos mune contra qualquer tipo de deísmo.
Que afirma que Deus foi apenas o motor imóvel (Aristóteles) que deu inicio no big bang, mas que não se relaciona com o ser humano.
Que Ele está pescando estrelas em outras galaxias.
E virou as costas para a sua criação.
NÃO É ISSO! Deus é um Deus Presente. Que se relaciona, que se esvaziou, desceu a esse mundo, sofreu, foi humilhado e morreu para salvar os seus. Ele fala conosco diariamente.
E Ele nos fala seus propósitos repetidamente nas Escrituras:
Glorificar a Deus, derrotar o mal e redimir um povo para que lhe dê louvor eterno.
Essa é a promessa da consumação final.
OBJETOS DA PROVIDÊNCIA
Quais são os objetos dessa Providência?
Todas as criaturas e coisas, desde a maior até a menor.
Como vimos o governo de Deus move o mundo de um ponto a outro.
Enquanto o mundo, a criação, tudo o que existe, seja mineral, vegetal ou animal, não chegam ao destino que Deus quer, Ele os mantém em Preservação.
Há 4 maneiras pelas quais a obra Divina da Preservação é evidente:
Preservação Metafísica: É o ato de Deus pelo qual ele mantém o universo em existência.
Já falamos sobre: Sem Deus, nada viria à existência; essa é a doutrina da criação. Sem Deus, nada continuaria a existir; essa é a doutrina da preservação metafísica.
Preservação Histórico-Redentora: É a preservação temporária do mundo do juízo final por Deus, para que Ele possa levar o seu povo à salvação.
Em Gn.2, Deus diz a Adão para não comer do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, pois no dia que dela comerdes, certamente morrerás.
Entretanto, quando Adão e Eva comem do fruto, eles não morrem imediatamente.
Mas a morte entra na História justamente aí.
Romans 5:12 NAA
Portanto, assim como por um só ser homano entrou o pecado no mundo, e pelo pecado veio a morte, assim também a morte passou a toda a humanidade, porque todos pecaram.
Pelos padrões de justiça de Deus, Adão e Eva deveriam ter morrido imediatamente.
O fato de Deus permitir que eles continuassem vivendo já é uma indicação da graça.
Deus estava abençoando aquele casal mais do que mereciam.
Deus estava pagando com vida, quando mereciam a morte.
E não apenas isso, a mulher sofreria dores de parto, mas teria filhos.
Ou seja, Deus dá descendentes. E mais, Ele promete Um Descendente que esmagaria a cabeça da serpente.
Caberia também ao homem trabalhar para seu sustento, enquanto espera a vinda de seu libertador.
Aí tem início a Preservação do mundo e da humanidade na História da Redenção.
Mas essa Preservação é limitada ao temporário.
A imagem bíblica dessa Preservação é a do Dilúvio.
Os descendentes de Caim abusam dessa preservação e caem mais profundamente no pecado.
Em gn4 vemos homens se alegrando no pecado e não demonstrando nenhum grau remorso.
Mas Deus continuou paciente.
Em gn 6, por conta de um pecado muito grave, Deus diminui o tempo de vida dos seres humanos.
Vivam mil anos, passariam a viver menos.
A paciencia de Deus estava chegando ao fim.
O homem deu atenção à essa advertencia? Obviamente que não.
A vida humana chegou no ápice da rebelião pecaminosa. Gn6.5
Genesis 6:5 NAA
O Senhor viu que a maldade das pessoas havia se multiplicado na terra e que todo desígnio do coração delas era continuamente mau.
Então Deus destruiu TUDO. Matou todos por meio do dilúvio, exceto uma família.
A família de Noé.
O diluvio nos mostra, mais do que qualquer outro acontecimento, a necessidade da ação de Deus em preservar a terra.
Após o dilúvio Deus faz uma aliança com Noé, uma aliança de Preservação.
Genesis 8:21–22 NAA
E o Senhor aspirou o aroma agradável e disse consigo mesmo: — Nunca mais vou amaldiçoar a terra por causa das pessoas, porque é mau o desígnio íntimo do ser humano desde a sua mocidade. Também nunca mais vou destruir todos os seres vivos, como fiz desta vez. Enquanto durar a terra, não deixará de haver semeadura e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.
Não é que o pecado do homem tenha sido eliminado com o Dilúvio.
Antes, o diluvio prova como juizos históricos não podem lidar com o pecado.
O pecado permaneceu na família de Noé, assim como estavam nas famílias das pessoas que morreram no dilúvio.
A família de Noé foi salva pela graça de Deus, não por sua bondade.
Mas o ponto é, Deus prometeu preservar a terra, as estações, o cosmos.
Mas a paciência de Deus é novamente limitada.
Ela não irá perdurar para sempre.
Um dia Cristo voltará e julgará o pecado.
A ira de Deus será derramada sobre as nações, povos e todas pessoas que não se arrependeram de seus pecados.
A obra da preservação natural é característica entre esses dois grandes juízos: Dilúvio e 2a vinda.
O tempo nesse ínterim, nesse momento que estamos é o tempo da Paciência de Deus.
Preservação Pactual: É a ação de Deus pela qual ele preserva os crentes e a igreja como parte da sua bênção pactual.
Deus não apenas preserva o universo, a criação.
Nem apenas é paciente com os pecados e pecadores.
Ele também preserva os seus filhos, a sua igreja.
Deus salva os seus filhos de doenças, livra de perigos, de opressão, da morte.
Deus é Jeovah Jiré, nosso Provedor.
Mas assim como a histórico-redentora, a preservação pactual também é limitada.
Porque ainda morremos. Todos nós temos que passar pela morte.
Exceto alguns privilegiados como Enoque e Elias.
Portanto, o cumprimento 1 total da preservação pactual não é nesta vida, mas na próxima.
Assim como aconteceu com Jesus, Deus não nos abandona no túmulo nem nos deixará sofrer permanente decomposição.
O que nos leva ao ultimo ponto.
Preservação Eterna: É a salvação eterna do povo de Deus por ele realizada.
É a doutrina Reformada da Perseverança dos Santos.
Perseverança dos Santos não quer dizer que todo aquele que é batizado e faz confissão de fé está eternamente salvo.
A Bíblia é clara em dizer que muitos apostatam, abandonam a fé.
Judas mesmo.. expulsava demonios e curava enfermos, e depois fez o que fez.
Os que perseveram são aqueles em quem Deus começou uma obra da graça salvadora .
E eles perseveram, imperfeitamente é certo, na fé e na santidade, até que no céu são aperfeiçoados em Cristo.
CONCLUSÃO
Retomar alguns pontos:
A Providência de Deus se estende à toda criação.
Todos os seres vivos, toda a criação, dependem totalmente de Deus.
Independência é equivalente a não-existência.
Hoje em dia há um certo apelo à independencia em achar que tudo depende exclusivamente de quanto esforço a pessoa empreende.
Obviamente, Deus espera que nós nos esforcemos em concluir tarefas, em realizar tudo o que fazemos com excelência, coram deo.
Entretanto, muitas vezes, a Providencia de Deus nos conduz a momentos difíceis, tempestuosos.
Mas é bom ressaltar que, tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus.
O bem aqui não é riqueza, sucesso, bonança, mas sim, que tudo coopera para que esse excelente capitão guie o seu povo seguramente até o Santo Pier na consumação dos séculos.
PAUSA
APLICAÇÕES
Portanto, temos que ter em mente que:
O simples fato de estarmos vivos, respirando já é um motivo para rendermos graças a Deus por sua Providencia em nos manter existindo.
E sempre que passarmos por dificuldades, sejam elas físicas, espirituais, emocionais, financeiras, o que for…
Devemos ter em mente Deus está conosco, operando a boa obra.
Seja grato pela providência que o tornou pobre, ou doente, ou triste; pois com tudo isso Jesus opera a vida do seu espírito e o leva para Ele mesmo. - Charles Spurgeon.
Deus é o Senhor da História. E como um capitão governa seu navio a um local seguro, assim Deus governa, conduz o mundo a um local seguro, e não há nada que abale.
Não há surpresas de maremotos, tempestades, deriva..
Então, se o mundo aparente estar perdendo as estribeiras, ficando mais libertino, pecaminoso, hostil.
Devemos ter confiança, de que Deus continua governando, e que não há surpresas.
E no fim, tudo irá ocorrer da maneira Sabia e Poderosa.
A providência de Deus é como uma frase em hebraico – só pode ser lida de trás para a frente.
Podemos ter essa confiança de que o Senhor da História governa e é Soberano.
E. A natureza da providência: “por sua mui sábia e santa providência”.
F. A compatibilidade da providência (com a sua criação): “para o fim para o qual foram criadas”.
G. As causas determinantes da providência de Deus:
1. A mente de Deus: “segundo a sua infalível presciência”.
2. A vontade de Deus: “e o livre e imutável conselho de sua própria vontade”.
H. O objetivo da providência: “para o louvor da glória…”.
Parágrafos 2–7
II. As principais considerações sobre a doutrina
A. A relação da providência com o uso dos meios (parágrafos 2–3)
1. Uma concessão (parágrafo 2a)
2. Uma afirmação (parágrafo 2b)
3. Uma qualificação (parágrafo 3)
B. A relação da providência com a realidade do pecado (parágrafos 4–6)
1. O pecado em geral (parágrafo 4)
2. O pecado nos filhos de Deus (parágrafo 5)
3. O pecado no ímpio (parágrafo 6)
C. A relação da providência com o cuidado da igreja (parágrafo 7)
A Doutrina de Deus Causa Primária e Causa Secundária

Causa primária e causa secundária. Estamos acostumados a pensar na natureza como uma complexa sequência de causas e efeitos, na qual a causa A produz o efeito B, que, por sua vez, serve como causa do efeito C, e assim por diante. Podemos representar essas relações com uma mesa de bilhar: o movimento de uma bola causa o movimento de uma segunda, e de uma terceira, e assim por diante. Às vezes, descrevemos A como a causa “primária” ou “remota” de C, e B como a causa “secundária” ou “próxima” de C.

Este modelo tem sido comum no pensamento reformado. Calvino defendeu Deus contra a acusação de ser o autor do pecado assinalando que Deus não é a causa próxima, mas apenas a causa remota do pecado humano. Muitos outros pensadores reformados seguiram essa linha.57 Mas acho que não é persuasivo defender a bondade de Deus meramente dizendo que o seu envolvimento com o pecado é indireto. Em contextos legais, declaramos um chefe de quadrilha culpado dos crimes que ele manda os seus subordinados cometerem, muito embora o chefe não os tenha cometido pessoalmente. Quanto a isso, podemos nos lembrar do infame caso de Charles Manson. Este princípio é escriturístico. Como vimos, o dono de um boi é responsável pelo dano causado pelo boi, apesar de o dono não ter causado pessoalmente o dano (Êx 21.28–36).

Além do mais, como vimos na nossa discussão sobre a providência, em alguns sentidos o envolvimento de Deus com a criação é sempre direto. Nem mesmo o menor movimento do menor objeto pode ocorrer sem o exercício do seu governo, de sua obra de preservação e da sua concorrência ou cooperação. Ele opera nas causas secundárias e com elas, como também por meio delas.

O modelo não está errado ao dizer que Deus frequentemente age por meio de causas secundárias. Porém está errado ao sugerir que Deus não trabalha também diretamente, em sua criação e com ela. Na medida em que comete esse erro, compromete-se com o conceito não bíblico de transcendência que mencionamos no capítulo 7.

Para a providência divina pareceu bom preparar-se no mundo vindouro para as boas coisas justas, das quais os injustos não desfrutarão; e para as ímpias coisas más, pelas quais os bons não serão atormentados. Mas quanto às coisas boas desta vida, e seus males, Deus quis que fossem comuns a ambos, para que não ambicionássemos ansiosamente as coisas que os homens ímpios desfrutam igualmente, nem nos encolhêssemos com um temor impróprio dos males que muitas vezes sofrem até os bons homens. Há, também, uma grande diferença no propósito servido, tanto por aqueles eventos que chamamos adversos quanto pelos chamados prósperos. Pois o homem bom não se exalta com as coisas boas do tempo, nem se abate com os seus males; mas o homem mau, porque está corrompido pela felicidade deste mundo, sente-se punido por sua infelicidade.
Agostinho de Hipona
No entendimento católico romano, a formação do cânon se fundamenta na autoridade da igreja, enquanto no entendimento protestante ele se fundamenta na providência de Deus.
R. C. Sproul
A Doutrina de Deus Revelação

A providência de Deus é como uma palavra hebraica – só pode ser lida de trás para a frente

O homem moderno não tem, basicamente, nenhum conceito de providência.
R. C. Sproul

Providência é o governante poder de Deus que supervisiona a sua criação e realiza os seus planos para isso.

A Doutrina de Deus Capítulo 14: Providência

…o permanente exercício da energia divina, pelo qual o Criador preserva todas as suas criaturas, opera em tudo o que acontece no mundo, e dirige todas as coisas para o seu determinado fim.

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