A Missão de Jesus Estendida aos Discípulos - parte A (Mc 6.6b-13)

Exaltando Jesus em Marcos  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Instrução para os doze, morte de João Batista

Notes
Transcript
O ideal é fazer junto vv. 6b-30.

Introdução

Por que Marcos nos deixou esse registro? Mostra pelo menos 6 coisas:
O primeiro treinamento prático na pregação sem a presença de Jesus. Os discípulos estavam se tornando o que foram chamados para ser: pescadores de gente. Até esse momento, os Doze eram expectadores e auxiliares; aprendiam com os ensinos e as obras do Mestre, além de auxiliar em questões secundárias, como sempre ter pronto um barco na margem do mar da Galileia. Agora, eles foram enviados a pregar.
O prenúncio da pregação apostólica.
A rejeição do evangelho por parte de muitos.
A relação entre o ministério de João Batista e de Jesus com os Doze.
O conflito de valores entre o reino de Deus e o mundo perdido.
Nossa missão: de pregar e libertar os cativos, mas também de sofrer injustiças por causa do evangelho que pregamos. O caso de João Batista nos fornece um exemplo extremo.
Meditemos no envio dos Doze.

1. O propósito do envio.

Parece algo prematuro.
Sentido imediato: pregar o evangelho nas aldeias da Galileia; treinar os discípulos para se tornarem efetivamente pescadores de homens.
Sentido profético: Jesus falou em parábolas, mas também representou parábolas com atitudes. Como os profetas do AT. Quase tudo que Jesus fez tem esse sentido profético: a escolha dos Doze, os banquetes com os pecadores, a multiplicação dos pães, a entrada em Jerusalém montado em um jumento e, principalmente, a última ceia. Cada momento desses tinha um sentido futuro, além do imediato, que se cumpriu depois ou ainda vai se cumprir. Assim, o sentido profético desse momento é a pregação do evangelho a todos os povos, que começaria com os apóstolos e continuaria com a igreja no decorrer dos séculos.

2. O chamado (v. 7).

“[Jesus] Chamou”. Cf. Mc 3.14. O chamado é um ato soberano de Jesus. Ele é quem comissiona e quem dá autoridade para proclamar.
“os doze”: literalmente os doze. Esses homens seriam os investidos
“Passou a enviá-los”. Passou = começou. Dá uma ideia de que o envio começou, mas não terminou aqui. Essa era uma missão preliminar: depois viria a pregação a todos Israel e, em seguida, aos quatro cantos da terra.

3. A forma com que foram enviados (vv. 7-11).

“de dois em dois”: dois motivos:
Apoio mútuo - companheirismo;
Principal motivo: Para legitimar o testemunho. Dt 19.15: “Uma só testemunha não poderá se levantar contra alguém por qualquer iniquidade ou por qualquer pecado, seja qual for que cometer; pelo depoimento de duas ou três testemunhas se estabelecerá o fato.” Comparar com Jo 8.17: “Também na Lei de vocês está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro.” De forma geral, o princípio era usado não apenas em crimes.
“ordenou-lhes… não usassem duas túnicas”: deveriam levar o essencial e confiar em Deus para suprir as necessidades. Mt 6.33: “Mas busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas.” Outro ponto: essas condições não os obrigavam a mendigar, mas a suprir suas necessidades pelo caminho. Era permitido colher grãos ou uvas nos campos (Mc 2.23).
“Duas túnicas”: os ricos podiam usar até doze túnicas, uma por cima da outra. Esses eram visados pelos assaltantes. Resumindo: os enviados devem ser modestos, equilibrados: nem mendigos (sem sandálias), nem ricos. Uma ou outra situação poderiam tirar o foco do evangelho.
V. 10: A hospitalidade era comum e necessária e tida em grande estima. Havia regras específicas na tradição para o hospedeiro e o hóspede. O hóspede não poderia trocar sua hospedagem por um lugar melhor. Os discípulos deveriam manter esse bom costume, mostrando ser pessoas educadas e respeitosas com os que os recebiam.
V. 11: ao andar por território gentio, os judeus costumavam sacudir o pó das sandálias e das roupas antes de voltar à Terra Santa. Se não, poderiam ser considerados impuros. Ideia de Jesus: quem rejeita o evangelho é impuro e deve ser tratado assim.

4. A autoridade com que foram enviados (vv. 8,12,13).

“dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos” (v. 8). Para que o Reino de Deus se expanda, é necessário ocupar o espaço do reino das trevas. Os discípulos são embaixadores do Reino de Deus: agem e falam em nome de Jesus.
V. 12: Compare com Mc 1.15: “Ele dizia: — O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo; arrependam-se e creiam no evangelho.” O evangelho de Jesus é o evangelho de Seus discípulos.
V. 13: “curavam enfermos”: o tríplice ministério de Jesus (ensino, expulsão e curas) agora estava sendo praticado pelos próprios discípulos. Claramente eles foi dada autoridade de Jesus. Eles claramente eram embaixadores com autoridade delegada do próprio Deus - Jesus Cristo.
“unção com óleo”: óleo tinha vários usos: medicinal e até mesmo para exorcismos judaicos. Nem Jesus nem no livro de Atos vemos a unção regular para cura de doentes. Uma exceção. Provavelmente ao mesmo tempo agente curativo e sinal da graça de Deus.

Considerações finais

O primeiro envio dos Doze representa o envio da igreja ao mundo inteiro.
Os discípulos enviados devem colocar sempre o Reino em primeiro lugar e depender de Deus para suprir as necessidades.
Os discípulos enviados têm autoridade dada pelo próprio Senhor Jesus.

Perguntas para discussão

Quais são as vantagens de trabalhar como uma equipe na obra missionária? Quais são os perigos de ir ao campo sozinho?
Como as restrições feitas por Jesus aos discípulos nos vv. 8-10 se aplicam a nós hoje?
Como você definiria o que é arrependimento para quem nunca foi à igreja?
Como podemos perceber o sucesso numa obra missionária? E a falha?
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