PERCEVERANDO NA UNIDADE DO ESPÍRITO!

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Tema central  - A nova sociedade de Deus criou em Cristo – a igreja.
Efésios é pura eclesiologia.
Essa carta é uma combinação da doutrina cristã (capítulos 1 a 3) com o dever cristão (capítulos 4 a 6).
É a demonstração do que Deus fez por intermédio de Cristo e o que devemos fazer em consequência disso.
Podemos dividir Efésios em duas partes.
Capítulos 1-3: Doutrina – o que Deus fez (teologia).
Capítulos 4-6: Prática – o que devemos fazer (vida cristã).
O Tema está relacionado a parte mais prática da carta.
O apóstolo inicia o capítulo dizendo: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor” (Ef 4.1).
A expressão “Rogo-vos” é uma espécie de convite, “convido-vos”, “peço-vos”, embora tenha sempre o sentido de apelar.
- Isso quer dizer que o que Paulo vai dizer é de suma importância para a vida cristã, por isso, é um apelo. “Andar de modo digno” significa viver de acordo com o chamado, corresponder ao chamado, e, sobretudo atender Àquele que nos chamou, que nos vocacionou.
Como é essa “dignidade”?
Duas palavras resumem: “unidade e santidade.”
VAMOS TRATAR AQUI A QUESTÃO DA “UNIDADE” ATÉ O VERSO 16
“SANTIDADE” É A PARTIR DO VERSO 17
I. A unidade cristã depende da nossa vida cristã (Ef 4.2-3)
Paulo é muito claro ao escrever que a vida digna é caracterizada por estas virtudes: humildade, mansidão, longanimidade, (SUPORTANDO-VOS UNS AOS OUTRS) tolerância mútua e amor.
Relembra-nos que é por aqui que todo propósito de unidade cristã deve começar. Isto é, se quisermos unidade na igreja local, é bom termos certeza de que nunca dependerá de cargos, estatutos, etc.
Há pessoas que começam com estruturas, mas o apóstolo começa com qualidades morais, virtudes cristãs (Stott, p.104).
E isso explica por que muitos projetos da igreja e na igreja não dão certo.
As pessoas dizem que querem trabalhar, que “amam” ao Senhor, que estão dispostas, mas quando começam os relacionamentos interpessoais, nota-se a ausência dessas virtudes; tudo termina em divisão.
Divergência nos ministérios...
1. Humildade
Cremos que essa é uma das palavras mais mal-entendidas na igreja evangélica.
Muitos confundem humildade com roupa rasgada, casa velha, ausência de conhecimento, etc. Nada disso!
Cremos que três coisas caracterizam a humildade cristã.
a.  Não pensar de si mesmo além do que é:
Veja bem, você pode pensar de você, falar de você, mas não além do que você realmente é.
Romans 12:3 NVI
Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.
Philippians 2:5–8 “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!”
b.  Considerar os outros (Fp 2.3). Alguém disse: “Você sabe tudo o que sabe, mas não sabe tudo o que os outros sabem”.
c.  Disposição para servir (Mc 10.43-45). As palavras de Jesus dizem tudo.
2. Mansidão.
William Barclay a definiu como “o meio-termo entre ser irado demais e nunca ficar irado de modo algum”.
Ao contrário do que se pensa, mansidão não é sinônimo de fraqueza, mas é a “suavidade dos fortes”.
É a qualidade de uma personalidade forte que é, mesmo assim, senhora de si mesma e serva de outras pessoas.
A mansidão forma um par ideal com a humildade, porque “o homem manso pensa bem pouco nas suas reivindicações pessoais, assim como o homem humilde pensa bem pouco nos seus méritos pessoais” (R.W. Dale). Jesus Cristo foi esse homem (Matthew 11:29 “Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.”
3. Longanimidade
Quando a Bíblia diz que Deus é longânimo, significa que Ele é “grande de rosto”, “lento para a ira”.
A longanimidade é a capacidade de aguentar, com paci- ência, pessoas provocantes, tal como em Cristo Deus foi longânimo conosco - 1 Timoteo 1:16 “Mas por isso mesmo alcancei misericórdia, para que em mim, o pior dos pecadores, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza da sua paciência, usando-me como um exemplo para aqueles que nele haveriam de crer para a vida eterna.”
4. Tolerância mútua
Suportar uns aos outros fala daquela mútua tole- rância sem a qual nenhum grupo de seres humanos consegue conviver em paz. O autor aos Hebreus nos informa que Jesus suportou a cruz e a oposição dos pecadores contra Si mesmo (Hb 12.2-3).
5. Amor
E novamente lembramos que o amor é a atitude que visa o bem-estar do próximo. Jo 13.34
John 13:34 NVI
“Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros.
6. Paz
Preservando “a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4.3). “Façam tudo para conservar, por meio da paz que une vocês, a união que o Espírito dá” (Ef 4.3 NTLH). Paulo coloca sobre os nossos ombros essa responsabilidade.
Recado semelhante está na carta aos Romanos: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18).
Efésios para hoje Como praticar o convite de Paulo: “andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados” (Ef 4.1)? Das seis virtudes que são a base da unidade cristã, qual é a mais difícil de ser praticada?
Por quê?
II. A unidade cristã surge da unidade do nosso Deus.
(Ef 4.4-6)
Nestes três versículos encontramos sete vezes a palavra “um”. Três vezes faz referência à Trindade (um só Espírito, um só Senhor Jesus, e um só Deus e Pai de todos); e as outras quatro vezes dizem respeito à nossa experiência cristã, que, evidentemente, está diretamente relacionada às três pessoas da Trindade. Vamos resumir assim:
1. há um só corpo porque há um só Espírito;
2. há uma só esperança, uma só fé e um só batismo porque há um só Senhor;
3. há uma só família cristã, que abrange a todos, porque há um só Deus e Pai, “o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos”. “A unidade cristã tem a sua origem em possuirmos um só Pai, um só Salvador, e um só Espírito que habita em nós” (Stott).
Com isso, concluímos que não é possível obter unidade se negarmos a Trin- dade; até porque os três são um (1Jo 5.7).
- (VERSOS 7-12) PAULO FALA DOS DONS - QUE CONTRIBUI PARA UNIDADE DA IGREJA - Ef 4:12 “com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado,” VERSO 13 ELE DIZ: “ATÉ QUE TODOS CHEGUEMOS À UNIDADE DA FÉ…
IV. A unidade cristã exige a maturidade do nosso crescimento (Ef 4.13-16)
Os dons ministeriais ou de liderança (Ef 4.11) devem levar a igreja à maturidade que, nesses versículos, têm as seguintes características.
1. Conhecer o Filho de Deus (Ef 4.13) Conhecer melhor o Filho de Deus e tê-Lo como exemplo de homem perfeito. Ninguém atingirá o “pleno conhecimento do Filho de Deus” se ouvir sempre as mesmas coisas acerca de Jesus.
Conhecer plenamente o Senhor significa saber tudo o que a Escritura diz sobre que Ele é e faz, ou melhor, Sua doutrina, Sua pessoa e Seu poder.
 Há muitas religiões que pregam um Jesus fraco, incompleto, imperfeito.
Mas esse não é o Jesus pleno, o Jesus verdadeiro.
Se você perguntar ao Pai celeste a quem deve imitar, certamente Ele dirá: “O meu Filho amado” (cf. Mt 17.5; 1Co 11.1). 
2. Ter cuidado com os “ventos de doutrina” (Ef 4.14)
Ter cuidado com os “ventos de doutrina”. Há crentes que estão sempre seguindo a última “moda” evangélica:
o último livro da moda, o último pregador, o último cantor, etc. Cuidado!
Nem sempre a última “moda” é o último mover do Espírito de Deus.
CUIDADO COM ESSAS MENSAGENS MOTIVACIONAIS…
Esse versículo nos ensina que agir assim é comportar-se como “meninos, agitados de um lado para outro”. E quem vive de um lado para outro está, na maioria das vezes, sendo enganado pela “arti- manha de homens” astutos. Portanto, melhor é firmar-se nas “mesmas coisas” da doutrina, desde que estejam corretas, completas e aprofundadas.
3. Seguir a verdade (Ef 4.15-16)
Seguir a verdade em amor e cooperar uns com os outros (Ef 4.15-16)
a.  Seguir a verdade em amor (Ef 4.15) .
O significado literal é “sendo verdadeiro  em amor”, no sentido de “viver” e “praticar” a verdade. Mas há um detalhe muito importante: “em amor”.
Muitos falam a verdade, mas não têm amor. Outros têm amor, mas, em nome desse amor, abrem mão da verdade.
Como escreveu Stott, “a verdade se torna ríspida se não for equilibrada pelo amor; o amor torna-se frou- xidão se não for fortalecido pela verdade”.
b.  Cooperar uns com os outros (Ef 4.16) .
Aqui Paulo revela um dos segredos do crescimento da igreja:
- Quando todo o corpo está “bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte”.
Significa que a maturidade espiritual da igreja depende de quanto cada membro está fazendo sua parte, no sentido fazer, pelo menos, três coisas:
(1) aperfeiçoando outros para o serviço;
(2) conhecendo melhor o “varão perfeito”, que é Jesus; e
(3) tendo cuidado com os “ventos de doutrina”.
PROPOSIÇÃO - Em síntese com o tema PROPOSTO e texto Bíblico podemos dizer que: Perceverar na Unidade do Espírito é a resposta prática que NÓS damos a nova vida que obtemos em Cristo Jesus...
Conclusão:
Para o apóstolo Paulo, uma igreja sadia e madura é caracterizada por unidade, serviço com diversidade e crescimento pela cooperação de todos.
John 17:22–23 “Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste.”
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