Igreja, uma Família que Compartilha o Evangelho 1Pe 3.13-17

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Introdução

Todos os membros da nossa igreja têm um sonho: ver nossa igreja independente, cheia de irmãos em Cristo verdadeiros e frutíferos...
Muitas igrejas estão determinadas a melhorar a experiência de culto: iluminação adequada, banda muito bem ensaiada, ar condicionado, cadeiras confortáveis, uma boa acústica, pastores modernos... Porém nada disso tem real valor.
Quase sempre, quando alguém visita a igreja, é porque foi levado por algum membro. Quase nenhum deles pensa: “nossa, aquela igreja tem uma pregação bíblica, quero muito ir lá”. Eles pensam assim: “eu vou aceitar o convite do fulano para acompanhá-lo à igreja. Eles têm algo diferente na forma de viver… Quero ouvir mais sobre isso”.
Como membros da igreja, cada um de nós tem a responsabilidade de falar do evangelho para as pessoas à nossa volta.
Por que alguns não evangelizam? Alguns desses já até leram livros sobre evangelização e até decoraram alguns métodos. Muitas vezes, o que falta é vontade para isso.
Já viu alguém se declarando ao futuro cônjuge na cerimônia de casamento? Seus olhos brilham.
Quando uma jovem recebe o anel de noivado, ela não se contém: mostra pra todos, fica empolgada, fala nisso todos os dias…
A verdade é que nós não falamos do que amamos à força ou obrigados pelo dever. Falamos do que amamos porque temos um desejo sincero de falar. A culpa não é capaz de motivar, mas a beleza, o amor, a esperança sim. Nós falamos daquilo que realmente amamos e valorizamos.
É isso que o apóstolo Pedro está falando no texto que lemos. Veja que o foco está no interior do cristão. Quando Cristo é santificado em nosso coração, nossos interesses e assuntos mudarão. Quando valorizarmos Jesus como nosso tesouro mais precioso, então iremos compartilhar da nossa esperança com os outros.
O contexto dos leitores da carta de Pedro era de hostilidade ao evangelho. Ele escreveu a cristãos perseguidos na região da atual Turquia - irmãos que eram caluniados, perseguidos, excluídos e que sofreram até violência física.
Aqui em nosso contexto temos relativa liberdade de viver nossa fé e de pregar o evangelho. Os timotenses não são hostis ao evangelho, mas muitos são endurecidos a ele e satisfeitos sem ele. Há em nossa região muitos que nunca foram membros de uma igreja evangélica. Há ainda muitos que já foram igrejados, mas que perderam o hábito.
A grande pergunta a fazer é: como podemos alcançar essas pessoas? Como podemos cultivar o amor por compartilhar o evangelho com elas?
Apesar de o contexto de Pedro ser bem diferente do nosso, encontramos em suas palavras três elementos de um poderoso testemunho que podemos dar ao mundo perdido: bondade prática, coragem e preparação. Se praticarmos esses três elementos veremos as pessoas serem alcançadas à nossa volta.

1. Bondade prática (v. 13).

Nosso testemunho envolve muito mais do que boas obras, mas com certeza inclui boas obras.
O grande mandamento (amar a Deus e ao próximo) e a Grande Comissão (pregar o evangelho ao mundo inteiro) não são contraditórios ou rivais. Eles se complementam, pois nós devemos proclamar as boas-novas e praticar boas obras.
Em nosso tempo, as pessoas querem se posicionar sobre todo tipo de assunto: política, religião, esporte etc. Contudo, Pedro não está nos mandando debater, mas nos incentivando a viver um estilo de vida que demonstre o fruto do evangelho. Não significa que não podemos ter opiniões sobre questões polêmicas da vida. Mas não é esse o foco. Devemos viver uma vida de boas obras, e não ter uma posição sobre tudo que está acontecendo hoje no mundo.
É essa vida de boas obras o coração do evangelismo. É sendo uma testemunha fiel com nossas atitudes que vamos alcançar as pessoas à nossa volta.
O apóstolo está nos encorajando a viver de tal forma que provoque as pessoas a nos perguntar: “o que faz você ser tão diferente das outras pessoas?” Essa é a fórmula que Pedro está nos ensinando: abençoe as pessoas, faça o bem a elas, tudo isso sendo fiel ao Senhor.
A bondade prática provoca perguntas sobre Jesus.

2. Coragem (v. 14).

Pode ser que venhamos a sofrer injustiças por causa de Jesus.
Vimos na EBD: JB morreu por sua fé. Injustiçado.
Mas não podemos ser tomados pelo medo. O medo nos paralisa, nos impede de pregar o evangelho. É por isso que Pedro diz: “não tenham medo”.
Proverbs 29:25 NAA
25 Quem tem medo dos outros cai numa armadilha, mas o que confia no Senhor está seguro.
Como podemos evitar esse medo paralisante? Pedro diz o segredo no v. 15: “pelo contrário, santifiquem a Cristo, como Senhor, no seu coração”. Ou seja, reverencie a Jesus mais do que qualquer outra coisa em sua vida. Leve Jesus mais a sério do que tudo. Dê maior valor e atenção a Ele.
Portanto, não tenha medo. Lembre-se da santidade e do poder de Jesus. Lembre-se também da necessidade que os pecadores têm de ouvir e receber o evangelho.
Viver o evangelho na prática significa viver não com medo, mas com confiança no Deus santo e amoroso que nos salvou.
Além disso, quando olhamos para a história, Pedro foi exatamente o apóstolo que, na descida do Espírito Santo, se encheu de coragem e pregou o evangelho a uma numerosa multidão no dia da festa de Pentecostes em Jerusalém. De onde veio aquela coragem? Do ES. É Ele quem capacita a igreja a testemunhar com ousadia, não temendo nenhuma retaliação e nenhum adversário.
Portanto, para não termos medo, devemos santificar a Jesus como Senhor em nosso coração, e devemos também estar cheios do ES. É com essa disposição que alcançaremos as pessoas à nossa volta.

3. Preparação (v. 15).

V. 15b: “Estando sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que vocês têm”. Duas palavras aqui mostram a abrangência da preparação: sempre e todo.
Pedro quer que estejamos sempre preparados para responder a todo tipo de perguntas sobre nossa fé.
Por isso, não há espaço para desculpas. Não há espaço para falhas: ou estamos desfrutando de um relacionamento verdadeiro com Jesus por causa do evangelho e saberemos falar dele para outras pessoas, ou algo está errado em nosso relacionamento com Deus. A verdade é que não existe um momento perfeito para evangelizar. Sempre poderemos arrumar desculpas: o dia está nublado; discuti com minha esposa; a poeira é demais; etc.
Devemos estar sempre prontos para falar da nossa esperança. Todo cristão pode evangelizar porque todo cristão possui uma esperança que é viva:
1 Peter 1:3 NAA
3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,
Qual é a sua esperança?
“[…] nos regenerou para uma vida esperança.”
Essa é a esperança que temos. Esperança cristão não é um pensamento positivo de que tudo vai dar certo. É uma confiança firme no futuro que nos foi prometido com Jesus. Essa esperança da eternidade nos dá força aqui e agora, especialmente em meio ao sofrimento. Nossa esperança não é algo que o mundo tenha. É rara. É por isso que, especialmente em momentos de sofrimento, algumas pessoas vão nos perguntar: “o que te dá esperança no sofrimento?”
Paulo fala a mesma coisa com outras palavras em Cl 4.5-6:
Colossians 4:5–6 NAA
5 Sejam sábios no modo de agir com os que são de fora e aproveitem bem o tempo. 6 Que a palavra dita por vocês seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibam como devem responder a cada um.
Deus nos dá oportunidades de ouro para testemunharmos. Devemos aproveitar cada uma delas. Quando essas oportunidades surgirem, converse com as pessoas com naturalidade. Não é preciso falar palavras chiques nem mudar o tom de voz. Converse de maneira informal, com naturalidade.
Nesse texto, a expressão “temperada com sal” é importante. David Garland, estudioso do NT, explicou essa expressão da seguinte forma:
“Temperada com sal” refere-se à fala descontraída, engraçada, inteligente e bem-humorada. Essa temperança lhes impedirá de serem ignorados como chatos e irrelevantes. Piedade não pode ser confundida com chatice. A apresentação da mensagem do evangelho deve ser temperada com uma saborosa combinação de inteligência e bom humor para se tornar palatável.
Não mude seu jeito para compartilhar o evangelho. Fale como você é.
Que tenhamos coragem para responder a todos os que pergutarem a razão da nossa esperança.

Considerações finais

Alcance pessoas em sua rede de relacionamentos. Cinco categorias: familiar, geográfica, vocacional, recreacional, comercial. Cinco tarefas:
Ore.
Convide. Para comer ou ir no culto.
Sirva. Identifique formas de abençoar essas pessoas.
Invista. Dê um livro, envie um link de uma pregação do youtube etc.
Compartilhe o evangelho. Todos estão compartilhando alguma boa-nova: suco detox, da estética, da bebida do momento, da última série, do crossfit, do novo livro etc. O evangelho é bom demais para deixarmos de compartilhá-lo! Se não compartilharmos o evangelho, daremos espaço para que outras pessoas compartilhem coisas menos importantes.
Aplicações:
1. Nunca deixe de orar.
2. Exercite sua fé com sabedoria.
3. Transmita o evangelho com graça. De forma natural, gentil. Pense em perguntar provocativas, estratégias para despertar o interesse.

Apelo

Você está disposto a lançar sua rede?
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