Para Cumprir a Missão É Preciso Ser Como Jesus (Fp 3.1-11)

Pequenos Homens com uma Grande Missão  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Notes
Transcript

Introdução

a. Sobre Filipos.

A igreja de Filipos: a maravilhosa história de plantação da primeira igreja na Europa. 2a viagem missionária. Antiga Macedônia, norte da Grécia.
Lídia.
Muitos dias depois: a libertação da jovem com espírito adivinhador.
Prisão de Paulo e Silas (Silvano).
Conversão do carcereiro e de sua família.
As autoridades locais pedem que Paulo e Silas fossem embora (cidadãos romanos).
Paulo exige que eles façam o pedido em pessoa.
Depois de um tempo, despedem-se dos irmãos na casa de Lídia e vão embora.

b. Contexto geral da carta.

Uma das maiores virtudes: generosidade (2Co 8). Enviaram uma oferta abundante ao apóstolo na prisão através de Epafrodito.
Dez anos depois de sua temporada em Filipos, Paulo escreve essa carta.
Cap. 1: tranquiliza quanto a sua situação;
Cap. 2: apelo à unidade cristã, o exemplo de Cristo Jesus, o retorno de Epafrodito a Filipos e o plano de enviar-lhes Timóteo;
Cap. 3: alerta contra os falsos mestres;
Cap. 4: motivo principal: agradecer aos filipenses.

c. Em Fp 2.5-11, Paulo escreve nessa passagem “a história de Cristo”.

d. “Tenham o mesmo modo de pensar de Cristo Jesus” (v. 5).

Vamos entender melhor as expressões desse verso:
O foco está em “o mesmo modo de pensar de Cristo Jesus”: disposição interior/ ”espírito”/ sentimento (ARA)/ atitude(NVT).
“Tenham”: uma exortação.
“Entre vocês”: deve ser uma prática comunitária. Mas, para isso, é preciso ser uma verdade abraçada individualmente. Paulo tem em mente aqui a unidade da igreja. Veja parte da ideia anterior:
Philippians 2:2 NAA
2 então completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, tendo o mesmo amor e sendo unidos de alma e mente.
Como a igreja, mesmo tendo pessoas tão diferentes, pode ser unida? Imitando o exemplo supremo de Jesus. Devemos ter o mesmo espírito, a mesma disposição, a mesma alma que Jesus.
Nessa passagem lemos a história resumida de Jesus: Ele se humilhou (vv. 6-8), e Ele foi exaltado pelo Pai (vv. 9-11). Meditemos nessas duas partes:

1. A humilhação de Jesus Cristo (vv. 6-8).

a. Jesus abriu mão do Seu direito (v. 6).

Na primeira parte desse versículo, vemos duas coisas importantes: a preexistência e a natureza divina de Jesus.

V. 6a - “mesmo existindo na forma de Deus”: Jesus já existia como Deus. Ele já preexistia porque é Deus. Nunca houve um tempo em que Jesus não existisse. Mesmo na criação, Ele já estava lá como Executor ativo da criação:
John 1:1–3 NAA
1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por ele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
“na forma de Deus”: Contraste com v. 7: “forma de servo (semelhante aos seres humanos)”. A ideia não é que Jesus “parecia” com Deus, mas que, antes de Sua encarnação, Jesus já existia, já era Deus. “Forma” aqui não significa uma aparência externa, mas atributos essenciais da natureza de Jesus.

Na segunda parte: renúncia.

V. 6b - “não considerou o ser igual a Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo”.
Jesus já existia como Deus, e depois assumiu a forma de servo em sua encarnação.
Vivemos na época dos direitos. LGBT. Certidão de nascimento animal. Jesus, ao contrário, abriu mão de Seus direitos que tinha como Deus para cumprir a missão que o Pai lhe tinha dado e para nos servir.
A quem você agrada?
Romans 15:3 NAA
3 Porque também Cristo não agradou a si mesmo; pelo contrário, como está escrito: “Os insultos dos que te insultavam caíram sobre mim.”
Jesus é chamado na Bíblia de segundo Adão. (comparação por Daniel Akin e colegas).
Adão/ Jesus
imagem de Deus/ essência de Deus
quis ser como Deus/ tornou-Se homem
quis exaltar-se/ esvaziou-Se
rejeitou a ordem de Deus/ perfeitamente obediente ao Pai
cedeu à tentação/ venceu a tentação e esmagou o tentador
trouxe maldição ao mundo/ tirou a maldição do mundo
foi condenado por Deus/ foi exaltado pelo Pai
Aquele a quem queremos agradar acima de todos acaba se tornando nosso senhor. Não é possível servir a mais de um senhor. A quem você mais quer agradar? Pais? A você mesmo? A Jesus?
Assim como Jesus renunciou ao Seu lugar de direito, Paulo nos exorta a termos o mesmo espírito de Cristo para cumprirmos a nossa missão.

b. Jesus se esvaziou (v. 7)

V. 7a - “Jesus se esvaziou, assumindo a forma de servo”.

Abriu mão de Sua glória. Não deixou de ser Deus.
Tozer: “Ele ocultou Sua divindade, mas não a anulou”.
Evangelhos mostram que Ele continuava sendo Deus o tempo todo. Conhecia o coração dos homens. Recebeu adoração. Concedeu perdão e declarou pessoas como salvas.
Jesus deixou Sua posição de Deus para se tornar servo. Ele abriu mão de Seus direitos.

V. 7b - “tornando-se semelhante aos seres humanos”.

Jesus abriu mão de Sua posição de Deus, continuou sendo Deus, mas assumiu a natureza humana.
História contada por Bryan Chapell: chefe de uma região africana.
O chefe é o homem mais forte. Usa cocar e vestes cerimoniais.
Um dia, um homem foi buscar água num poço fundo e acabou caindo nele. Algumas pessoas o viram, mas ninguém conseguia tirá-lo de lá. Chamaram o chefe. Ele tirou seu cocar e suas vestes cerimoniais, desceu pisando nas fendas das paredes do poço até o fundo, pegou o homem ferido, o carregou e, com sua força extraordinária, trouxe o homem para fora do poço.
Aquele chefe deixou de ser chefe ao tirar seu cocas e suas vestes cerimoniais? Assim aconteceu com Jesus ao se encarnar.
Lembre-se: Paulo está nos dizendo que devemos ter o mesmo modo de pensar, a mesma atitude.
Qual é o sentido?
Martyn Lloyd-Jones: “Não poderemos ser cheios enquanto não formos primeiramente esvaziados”.

c. Jesus se humilhou até a morte (v. 8)

V. 8a - “ele se humilhou, tornando-se obediente até a morte”.

A vida de Jesus foi marcada pela humildade. Lembre-se das condições em que o Rei do Universo nasceu como homem: numa estrebaria em Belém.
Viveu por 30 anos no anonimato. Em Seu ministério terreno, amou os que as demais pessoas não queriam amar. Quando foi crucificado, estava ao lado de dois criminosos.
Quem matou Jesus? De certa forma, Pilatos. A multidão. Os líderes religiosos. Judas. Eu e você. Leiamos Jo 10.18:
John 10:18 NAA
18 Ninguém tira a minha vida; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para entregá-la e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.
Jesus Se humilhou voluntariamente. Assim também devemos nos humilhar. Deve partir de dentro de cada um, resultado da compreensão de como Jesus viveu e de que devemos viver como Ele, tendo o mesmo modo de pensar.
V. 8b: “e morte de cruz”.
A crucificação era a morte mais pesada da época. Alguns consideravam que quem morria assim tornava-se amaldiçoado.
De fato, Jesus carregou a nossa maldição. Ele levou sobre Si os nossos pecados, a ira de Deus e recebeu a justa punição pelos nossos pecados.
O caminho da humilhação é o caminho do Reino de Deus. Jesus ensinou no Sermão do Monte que o Reino de Deus é dos humildes de espírito.
Em certo sentido, devemos tomar parte na cruz.
Mark 8:34 NAA
34 Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, Jesus lhes disse: — Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
Jesus nos convida a subir nela. É por isso que devemos negar a nós mesmos. Quem não carrega sua cruz não pode seguir a Jesus.

2. A exaltação de Jesus Cristo (vv. 9-11).

“Quem se humilha será exaltado”. Foi assim com Jesus e será assim conosco.

a. Jesus tem uma posição exaltada (v. 9).

“Por isso”, e não “todavia”.

“Portanto”, “por essa razão”.

“Deus o exaltou sobremaneira”.

ninguém foi exaltado pelo Pai como Jesus. Aquele que se humilhou da forma mais extrema morrendo na cruz maldita, mesmo sem pecado, agora foi exaltado da forma mais extrema pelo Pai. Ele está acima de todos.

“e lhe deu o nome que está acima de todo nome”.

Antes de Sua morte e ressurreição, Jesus não foi chamado com frequência de “Senhor”.
Pedro declara em sua primeira pregação:
Acts 2:36 NAA
36 — Portanto, toda a casa de Israel esteja absolutamente certa de que a este Jesus, que vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo.
Não é que Jesus não seja Senhor e Cristo antes da crucificação.
John Piper: Jesus não havia cumprido Sua missão de Messias até Sua morte e ressurreição. Para ser aclamado Senhor, o Filho de Deus tinha que vir, derrotar o inimigo e conduzir Seu povo para fora da escravidão em triunfo sobre o pecado, Satanás e a morte. Jesus, portanto, foi declarado Senhor - o Senhor vitorioso sobre todos os Seus inimigos, o Senhor que adquiriu um povo de toda tribo, língua e nação.
Por mais que não entendamos completamente, sabemos que Jesus foi exaltado pelo Pai acima de todos.
Esse é o nosso Senhor! Esse é o Jesus que conhecemos! Privilégio de todo que Nele crê. Esse é o Jesus que nos ama, o Senhor da glória. Esse é o Senhor que merece toda a nossa adoração.

b. Jesus será reconhecido por todos como Senhor (vv. 10-11).

Vv. 10-11a: “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho”.

Em resposta ao senhorio absoluto de Jesus sobre tudo, todos confessarão que Ele é Senhor.
“Jesus Cristo é Senhor”: a mais curta declaração de fé.
Vv. 10-11a: “nos céus, na terra e debaixo da terra”. A ideia é todo lugar possível onde haja seres pessoais - humanos, anjos, demônios.
Alguns se curvarão diante Dele em adoração e alegria; outros o farão em desespero e agonia. Todos de todas as eras reconhecerão essa verdade: Jesus Cristo é Senhor.
Hoje confessamos a Jesus como Senhor, mas haverá um dia em que todos reconhecerão Seu senhorio. Alguns confessarão essa verdade apenas no dia final. Após a morte será tarde demais. Se você ainda não confessou que Jesus é Senhor, você precisa fazer isso agora! Quem não confessar isso de todo coração agora, será condenado por toda a eternidade, porque se rebelou contra o Filho de Deus. Para esses, não haverá esperança. Mas, para você, ainda não é tarde demais.

V. 11b - “para glória de Deus Pai”.

A vida, morte, ressurreição, ascensão e exaltação glorificam a Deus, o Pai. Não há rivalidade entre Pai, Filho e ES; agem em harmonia. Jesus não mantém a glória para Si, mas rende glórias ao Pai. Aquele que, por amor, enviou Seu único filho, o Filho de Deus, para morrer pelos humanos rebeldes e pecadores. Glorificado e exaltado seja o nosso Deus por tão grande amor!
Lembre-se: Paulo nos exorta a ter o mesmo modo de pensar que Jesus. Essa passagem termina com a glória do Pai. Assim também deve ser o nosso coração: desejoso de render glórias a Deus, não a nós mesmos.

Aplicações práticas

Creia nessa passagem.
Siga o estilo de vida de Jesus.
Anuncie ao mundo a história de Jesus.

Apelo

Tenha o mesmo espírito que Jesus - Ele se humilhou para cumprir a missão do Pai.
Faça como Jesus. Abra mão do sucesso terreno. Tenha como propósito supremo cumprir a missão de Deus para sua vida.
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