O Messias Sofrerá, e Seus Discípulos Também (Mc 8.31-9.1)

Exaltando Jesus em Marcos  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Assim como Jesus morreu, Seus discípulos também devem morrer.

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INTRODUÇÃO

No início do seu evangelho, Marcos declarou que Jesus era o Cristo (1.1).
No texto anterior, Pedro declarou que Jesus era o Cristo (v. 29).
Contudo, esse tema ficou escondido até agora. Daqui em diante, esse tema será tratado com clareza (v. 32).

1. O Sofrimento de Jesus (vv. 31-33).

a. A predição de Jesus (vv. 31-32a).

“Jesus começou a ensinar-lhes”. A partir de agora, Jesus vai falar sobre o grande plano de salvação de Deus que será executado em Sua morte e ressurreição.
Sobre a predição de Sua morte e ressurreição:

i. Era necessária.

Os discípulos, através de Pedro, criam que Jesus é “o Cristo”. Agora era necessário que eles aprendessem o que significava ser o Cristo. Era necessária Sua morte.

ii. Era surpreendente.

Três motivos:
O Filho do Homem (Messias) teria que morrer! Ele vai sofrer e ser rejeitado.
O Filho do Homem morreria por Sua própria vontade (Jo 10.18).
O Filho do Homem, depois de morrer, ressuscitará depois de três dias. Ele vencerá a morte! Porém os discípulos parecem não ter ouvido isso.

iii. Era reveladora.

Os líderes religiosos matarão o próprio Messias!

iv. Era clara.

Até então, Jesus falara de forma implícita (Mc 2.20). Agora, fala abertamente.

b. A repreensão de Pedro (vv. 32b-33).

A ideia de Pedro sobre o Cristo era incompatível com a Sua rejeição e morte.
Andreas J. Köstenberger: Não havia um conceito único de Messias no judaísmo antigo:
Era messiânica em vez de um Messias (Is 2.1-5; Mq 4.1-5);
Ser misterioso que desce dos céus (Dn 7.13);
Samaritanos: um mestre (Jo 4.25);
Messias “sacerdotal” (comunidade de Qumran - rejeição do sumo sacerdócio corrupto em séc. 2 a.C.) - Ele realizaria sinais e maravilhas como Moisés no êxodo;
Mais comum: profeta (Jo 6.14);
Mais comum ainda: rei da linhagem de Davi.
John 7:40–43 NAA
40 Quando ouviram essas palavras, alguns do meio do povo diziam: — Este é verdadeiramente o profeta. 41 Outros diziam: — Ele é o Cristo. Outros, porém, perguntavam: — Por acaso o Cristo virá da Galileia? 42 Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi e da aldeia de Belém, de onde era Davi? 43 Assim, houve divisão entre o povo por causa dele.
Todos esses conceitos estavam parcialmente corretos. Nenhum abrangia toda a riqueza de quem era o Cristo e do Seu ministério sofredor e salvador.
Pedro, então, conversou com Jesus à parte. Mesmo assim, houve um forte confronto de ideias: Pedro repreendeu a Jesus (v. 32) e Jesus O repreendeu (v. 33). O mesmo verbo grego é usado no v. 30. Isso mostra que o posicionamento de Pedro refletia também o dos discípulos. Fica evidente no v. 33: Jesus voltou e viu Seus discípulos.
Jesus disse “Satanás”! Termo judaico familiar para o diabo. Mas Jesus falou para Pedro! Por quê?
Pedro não tinha sua mente nas coisas de Deus. Sua visão era humana. E a ausência da visão de Deus mostrava um pensamento mundano, influenciado por Satanás. Jesus estava sendo tentado a deixar Sua missão através de um grande amigo! 1Co 1.18
1 Corinthians 1:18 NAA
18 Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, ela é poder de Deus.

2. O Sofrimento dos Discípulos (vv. 34-9.1).

A quem Jesus chamou?
A todos: aqueles que já eram Seus discípulos, mas também toda a multidão.
Ser discípulo é para todos os que quiserem seguir a Jesus.

a. Condições para ser discípulo (v. 34):

i. Negue a si mesmo.

Abrir mão do seu próprio jeito de viver.

ii. Tome sua cruz.

Primeira vez que Marcos usa “cruz”, e única até o cap. 15. A ideia da crucificação foi usada por Jesus para chocar a audiência que conhecia os horrores da crucificação romana.
Cruz não é apenas uma carga pesada; é instrumento de morte. Jesus não está falando para aceitarmos os problemas da vida; é para estarmos prontos a morrer por Ele. Lembre-se dos leitores originais (romanos).

iii. Siga-me.

Viver para Cristo. Obediência amorosa, sincera e sacrificial a Ele.
Se falharmos nesses três pontos, falharemos como discípulos de Jesus. Haverá momentos de manifestação do nosso orgulho e do nosso senhorio.

b. Explicações do mandamento de ser discípulo (vv. 35-38).

i. V. 35: Quem quer salvar a vida presente, deixando de se comprometer inteira e profundamente a Jesus, perderá a eternidade.

Esse se agarra à sua vida pecaminosa. Ajunta tesouros na terra pensando que isso lhe trará verdadeira satisfação. É como o rico louco.

ii. V. 36: Ganhar tudo que o mundo oferece não tem valor se perder a eternidade.

Tesouros, bens, prestígio, prazer - tudo é temporário.

iii. V. 37: A perda da alma é algo irreparável.

iv. V. 38: Que ninguém rejeite esse apelo.

Envergonhar-se de Jesus significa ser orgulhoso a ponto de não segui-Lo nos termos Dele.
A vergonha aqui é um pequeno preço a ser pago para ganhar a honra na eternidade.

v. 9.1: Alguns iriam ver a poderosa revelação do Reino de Deus ainda em vida.

Eles veriam a ressurreição, a descida do ES e Sua ascensão à destra do Pai. Eles veriam o início da era igreja e sua expansão.
Essa vinda do Reino de Deus “com poder” é pré-figurada na transfiguração, descrita na passagem seguinte.
Fontes:
https://pt.ligonier.org/artigos/a-esperanca-messianica-judaica/
Comentários R.T. France, William Lane, Hendriksen.
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