JUDAS, O PERDEDOR (Parte 1) Mateus 26.47-56

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O discipulado é um processo de andarmos com Jesus a ponto de sermos como Jesus.

Notes
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Grande ideia: O discipulado é um processo de andarmos com Jesus a ponto de sermos como Jesus.
Estrutura: o beijo da traição (vv. 47-50), a reação exagerada (vv. 51-56).
Judas do Beijo Vencedores Por Cristo
Beijos Beijos Beijos Beijos nem sempre são O que parecem Beijando-lhe o rosto Fingindo-se amigo Judas a Cristo traiu Beijando-lhe o rosto Fingindo-se amigo Judas a Cristo traiu
João 6.71 NAA
Ele se referia a Judas, filho de Simão Iscariotes, porque este, sendo um dos doze, era quem o haveria de trair.
Josué 15.25 NAA
Hazor-Hadata, Queriote-Hezrom, que é Hazor,
João 12.4–6 NAA
Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que estava para trair Jesus, disse: — Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e o valor não foi dado aos pobres? Ele disse isso não porque se preocupava com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa do dinheiro, tirava o que era colocado nela.
João 6.70 NAA
Então Jesus lhes disse: — Não é fato que eu escolhi vocês, os doze? Mas um de vocês é um diabo.
Mateus 26.25 NAA
Então Judas, que o traía, perguntou: — Por acaso sou eu, Mestre? Jesus respondeu: — Você acabou de dizer isso.
Aramis de Barros:
A participação ativa de Judas Iscariotes nas ações apostólicas é, por fim, atestada no sermão que Pedro introduziu a escolha de Matias para o posto do discípulo ausente, conforme Atos 1.17.
Atos dos Apóstolos 1.17 NAA
Ele era um dos nossos e teve parte neste ministério.
Afinal, que poder das trevas ou que profundeza pecaminosa da alma humana podem arrastar a um desejo tão vil e mesquinho, um indivíduo que saboreou, por algum tempo, tão sublime graça, fazendo-o desprezar, em função de um reles prêmio terreno, as bem-aventuranças eternas de uma vida com Deus? Essa mesma indagação levou, certa vez, um comentarista católico a registrar:
A queda de Judas representa para nós uma advertência. Causa vertigem pensar que um homem bom, escolhido e preparado por Deus para realizar uma grande missão, um homem que conviveu intimamente com o próprio Jesus, e que tinha todas as condições para ser fiel até o fim e muito santo, tenha caído tão fundo.
Essa advertência torna-se ainda mais forte, se nos lembrarmos de que não foi só Judas que traiu. Os outros apóstolos também traíram o Senhor, embora de outro modo, e até o próprio Pedro (…) negou covardemente o Senhor.
Judas e Pedro. Duas histórias que nos colocam diante do mistério do mal, dos abismos de maldade que existem no coração de todo ser humano.
Russel Shedd:
Quando esse discípulo finalmente percebeu que Jesus não tencionava lutar contra seus inimigos nem liderar qualquer movimento que o estabelecesse no poder, ficou profundamente decepcionado. Se o Senhor não assumiria o domínio político, para que todo aquele sacrifício e perigo? Justificou a traição com base na atitude generalizada: um movimento que não tem condições de prosperar não merece suor nem sangue. Ao contrário, ‘é justo’ tirar alguma vantagem enquanto há tempo.
Mateus 26.24 NAA
O Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito; mas ai daquele por quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor seria para ele se nunca tivesse nascido!
O beijo da traição. (vv. 47-50).
(a) Era um grupo de arruaceiros, inflamados pelos religiosos (sacerdotes e anciãos): “espadas e porretes”.
Tim Keller:
O problema não está no fato de Judas ser íntimo de Jesus. A intimidade com Jesus sempre é o beijo da vida, nunca o beijo da morte. O problema de Judas encontrava-se no fato de que ele tinha intimidade com espadas e pedaços de pau.
(b) Judas havia combinado: o sinal será o beijo.
Warren Wiersbe:
É triste ver como Judas degradava tudo o que tocava. Seu nome significa “louvor” (Gn 29.35), mas quem pensaria em dar a seu filho o nome de Judas hoje em dia. Usou o beijo como arma, não como sinal de afeição. Naquele tempo, era costume os discípulos beijarem seu mestre. Nesse caso, porém, não foi um gesto de submissão nem de respeito. Os verbos em grego indicam que Judas o beijou repetidamente.
(c) E Jesus ainda o chama de “amigo”.

εταιρος hetairos

de etes (membro de um clã); TDNT - 2:699,265; n m

1) camarada, companheiro, colega

Mateus 26.50 (Bíblia Sagrada: Nova Versão Transformadora)
50 Jesus disse: “Amigo, faça de uma vez o que veio fazer”. Então os outros agarraram Jesus e o prenderam.
(d) O relato de João é bem marcante:
João 6.70 NAA
Então Jesus lhes disse: — Não é fato que eu escolhi vocês, os doze? Mas um de vocês é um diabo.
João 18.3–8 NAA
Tendo, pois, Judas recebido a escolta e alguns guardas da parte dos principais sacerdotes e fariseus, chegou a esse lugar com lanternas, tochas e armas. Então Jesus, sabendo de tudo o que ia acontecer com ele, adiantou-se e perguntou-lhes: — A quem vocês estão procurando? Eles responderam: — A Jesus, o Nazareno. Então Jesus lhes disse: — Sou eu. Ora, Judas, o traidor, também estava com eles. Quando Jesus lhes disse: “Sou eu”, recuaram e caíram por terra. Jesus, de novo, lhes perguntou: — A quem vocês estão procurando? Responderam: — A Jesus, o Nazareno. Então Jesus disse: — Já lhes falei que sou eu. Se é a mim que vocês estão procurando, deixem que estes vão embora.
2. A reação exagerada. (vv. 51-56)
(a) Vamos falar brevemente desse ato de Pedro que de certo modo, contrasta com o de Judas.
(b) Por que um dos discípulos estava armado? Lucas explica:
Lucas 22.35–38 NAA
A seguir, Jesus perguntou aos discípulos: — Quando eu os enviei sem bolsa, sem sacola e sem sandálias, por acaso faltou-lhes alguma coisa? Eles responderam: — Não faltou nada! Então Jesus lhes disse: — Agora, porém, quem tem bolsa, pegue-a, e faça o mesmo com a sacola; e o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma. Pois eu lhes digo que é preciso que se cumpra em mim o que está escrito: “Ele foi contado com os malfeitores.” Pois o que a mim se refere está sendo cumprido. Então lhe disseram: — Senhor, aqui estão duas espadas! Jesus lhes respondeu: — Basta!
(b) Essa fala de Jesus é emblemática: “todos os que lançam mão da espada à espada perecerão”.
Mateus 26.52 (NVI)
52 Disse-lhe Jesus: “Guarde a espada! Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão.
N. T. Wright:
Mas, quando alguém puxa a espada no Getsêmani, no escuro, e a desfere em torno das oliveiras, achando que é uma obrigação conferida por Deus defender Jesus, este lhe diz para não fazer isso. Na verdade, ele lhe diz que, ao agir assim, a pessoa está procurando problema. As pessoas que vivem pela espada tendem a morrer pela espada. Jesus estava prestes a enfrentar uma longa noite de insultos, tortura, zombaria, cusparadas, maldição e vergonha, e, a não ser por algumas poucas palavras serenas, ele permanece em silêncio. Se algum de seus seguidores tivesse permanecido com ele e tentado defendê-lo, certamente ele diria o mesmo que disse no jardim.
(c) Jesus e seu Reino não precisam de defensores. Tudo ali estava de acordo com a providência de Deus na história.
Atos dos Apóstolos 2.22–24 NAA
— Israelitas, escutem o que vou dizer: Jesus, o Nazareno, homem aprovado por Deus diante de vocês com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou entre vocês por meio dele, como vocês mesmos sabem, a este, conforme o plano determinado e a presciência de Deus, vocês mataram, crucificando-o por meio de homens maus. Porém Deus o ressuscitou, livrando-o da agonia da morte, porque não era possível que fosse retido por ela.
(d) Não aconteceu nada naquela noite que não fosse parte de um plano maior:
N. T. Wright:
Mas o que nos salta à vista nessa imagem é o forte senso de que Jesus estava tomando parte em uma peça da vida real cujo enredo fora escrito- se alguém pudesse, ao menos, decodifica-lo adequadamente- na Bíblia, séculos antes. Os profetas e outros escritores bíblicos falaram da forma como o plano redentor de Deus para Israel passaria por uma tenebrosa noite de sofrimento e até mesmo de morte antes de irromper no glorioso novo dia do reino de Deus. Jesus viveu toda a sua vida em obediência consciente ao que acreditava ser o enredo bíblico, com o objetivo de ser aquele que o cumpriria.
(e) Temos de escolher: entre a espada (auto defesa) e o cálice (auto entrega).
João 18.10–11 NAA
Então Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: — Guarde a espada na bainha! Por acaso não beberei o cálice que o Pai me deu?
Warren Wiersbe:
Cada um de nós deve decidir: tomaremos a espada ou beberemos do cálice? Resistiremos à vontade de Deus ou nos sujeitaremos a ela? O cálice geralmente envolve sofrimento que nos conduz à glória. Não precisamos temer o cálice, pois foi preparado pelo Pai especialmente para nós. Ele sabe quanto podemos suportar, e o prepara com sabedoria e amor.
Tim Keller:
Mas Jesus está dizendo a Pedro e a todos nós: “Meu reino não é deste mundo. É completamente diferente. É deste modo que vou mudar as coisas: colocarei os outros em primeiro lugar, antes de mim mesmo. Amarei os meus inimigos. Servirei e me sacrificarei pelos outros. Não vou pagar o mal com o mal; vou vencer o mal com o bem. Abrirei mão de meu poder, de minha vida. Fragilidade, pobreza, sofrimento e rejeição passarão a figurar no topo da lista. Minha revolução será feita sem a espada; será a primeira revolução verdadeira”.
3. Outras aplicações:
(a) Devemos tomar muito cuidado com os que nos beijam. Isso não significa que devemos recusar o carinho afetuoso, mas não podemos ser reféns dele.
João 12.4–6 NAA
Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que estava para trair Jesus, disse: — Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e o valor não foi dado aos pobres? Ele disse isso não porque se preocupava com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa do dinheiro, tirava o que era colocado nela.
João 13.2 NAA
Durante a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse Jesus,
C. S. Lewis:
O prazer do orgulho não está em se ter algo, mas somente em se ter mais que a pessoa ao lado. Dizemos que uma pessoa é orgulhosa por ser rica, inteligente ou bonita, mas isso não é verdade. As pessoas são orgulhosas por serem mais ricas mais inteligentes e mais bonitas que as outras. Se todos fossem igualmente ricos, inteligentes e bonitos, não haveria do que se orgulhar. É a comparação que torna uma pessoa orgulhosa: o prazer de estar acima do restante dos seres. Eliminado o elemento de competição, o orgulho se vai.
A verdadeira prova de que estamos na presença de Deus é que nos esquecemos completamente de nós mesmos ou então nos vemos como objetos pequenos e sujos. O melhor é esquecer-nos de nós mesmos.
Se alguém quer adquirir a humildade, creio poder dizer-lhe qual é o primeiro passo: é reconhecer o próprio orgulho. Aliás, é um grande passo. O mínimo que se pode dizer é que, se ele não for dado, nada mais poderá ser feito. Se você acha que não é presunçoso, isso significa que você é presunçoso demais.
(b) Não há um caminho fácil no discipulado de Jesus. Viver com Cristo é estar à beira da morte o tempo todo.
Marcos 8.34–37 NAA
Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, Jesus lhes disse: — Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; e quem perder a vida por minha causa e por causa do evangelho, esse a salvará. De que adianta uma pessoa ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Que daria uma pessoa em troca de sua alma?
Ilustr.:
http://www.aguasvivas.ws/revista/70/03.htm
Quando nosso querido irmão Watchman Nee foi para a Inglaterra, conheceu um jovem que recém tinha se formado médico, e este jovem irmão estava indo para a Índia para servir como missionário e ele serviria com a irmã Amy Carmichael. Talvez já ouviram falar nesse nome. Ela foi uma dama que o Senhor utilizou para fundar um orfanato na Índia, e eu pude visitar esse lugar.
Aquele jovem irmão ia trabalhar como médico nesse lugar, e aconteceu que o irmão Nee esteve ali de visita, e eles estiveram juntos duas semanas, e este jovem perguntou ao nosso irmão: «Qual é o teu conselho para mim agora que vou ser um missionário?». E nosso irmão lhe respondeu: «Deve usar uma letra 'A' bem grande escrita em ti».
Não sei qual é o costume aqui, mas na Inglaterra, quando alguém está aprendendo a dirigir, deve usar uma grande letra 'A' (de Aprendiz) no automóvel. Assim, todos sabem que tal pessoa está aprendendo, e dirigem com cuidado.
Com frequência, sentimos que, depois de termos sido salvos, logo seremos mestres para ajudar às pessoas. Mas, vocês sabem que, quando estamos servindo ao Senhor, é o tempo de aprender? Temos que levar sobre nós essa grande letra 'A'.
Graças a Deus, somos aprendizes e nunca nos graduaremos nesta escola. Durante todo o tempo que você serve, você aprende, porque servimos a um grande Deus e temos muito que aprender.
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