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LIÇÃO 06
O APOCALIPSE DE ISAÍAS
OBJETIVO: Ajudar o estudante da Bíblia a refletir que Deus não deixará impune a maldade dos ímpios. Do mesmo modo, propiciará aos salvos o privilégio de prestar-lhe louvor e a desfrutar de pleno triunfo.
TEXTO BASE: Naquele dia este cântico será entoado em Judá: Temos uma cidade forte; Deus estabelece a salvação como muros e trincheiras. (Is 26:1)
INTRODUÇÃO
Diante de um tempo de incertezas ante as ameaças inimigas e declínio espiritual do povo de Deus, o profeta Isaías é inspirado a proclamar a profecia divina sobre importantes acontecimentos que ocorrerão no final dos tempos. Não à toa o trecho a ser analisado neste estudo, a saber, os capítulos 24 a 27, é chamado de Apocalipse de Isaías, por conter ecos do Apocalipse do Novo Testamento, em suas visões escatológicas. O que nos diz o Senhor em sua mensagem? Veremos a seguir.
I. “ASSIM DIZ O SENHOR”
Deus não age por meio do chamado “politicamente correto”. Sua mensagem não atua para massagear o nosso ego, mas para nos conduzir à verdade. Por isso, há, na profecia proclamada por Isaías, um prenúncio de ruína e caos. Contudo, há também nessa profecia, uma mensagem de regozijo e esperança. Três importantes aspectos dessa profecia merecem destaque:
1. O pecado julgado: A mensagem de juízo é nítida. Deus julgará o mundo e o SENHOR vai arrasar a terra e devasta-la; arruinará sua superfície e espalhará seus habitantes (Is 24:1). Quem poderá escapar do julgamento divino? O ímpio ficará impune ao julgamento? De modo algum. Prestígio, poder e riqueza não são proteção contra a ira de Deus[1](cf. vv.3,4).
O prenúncio de juízo não ocorre sem motivo. O pecado dos habitantes da terra fez com que as coisas chegassem a esse ponto: A terra está contaminada pelos seus habitantes, porque desobedeceram às leis, violaram os decretos e quebraram a aliança eterna (v.5). O pecado provoca separação entre nós e Deus. Não devemos ignorar a sua periculosidade. Deus o repudia com veemência.
Deus julgará aos transgressores, que ignoraram as leis divinas e não levaram a sério a aliança eterna – provavelmente uma alusão à aliança de Deus com Noé, que abrangeu toda a humanidade e, em particular, a proibição de matar outros seres humanos (Gn 9).[2]Somente os remanescentes fiéis, que confiam em Deus, serão salvos (Is 24:14-16).
Satanás e seus anjos também serão alvos do juízo de Deus: Naquele dia o SENHOR castigará os poderes em cima nos céus ... (v.21). A expressão “os poderes em cima nos céus”, que algumas versões trazem como “hostes celestes”, mui provavelmente é uma referência aos anjos caídos. Eles serão julgados juntamente com os ímpios. Ou seja, todos aqueles que amam e praticam o pecado jamais escaparão ao juízo de Deus.
2. O louvor oferecido: A profecia proclamada pelo profeta Isaías não se limita à mensagem de juízo. Ela também sugere regozijo, festa, louvor. É oportuno e coerente afirmar que o capítulo 25 do livro é um cântico de louvor ao Senhor entoado pelo remanescente fiel que ele preservou no “Dia do SENHOR”.[3]Há bons motivos que levam o povo de Deus a se regozijar em louvor.
Em primeiro lugar, a perfeição: pois com grande perfeição tens feito maravilhas, coisas há muito planejadas (Is 25:1b). Deus não age de maneira aleatória, sem propósito. Os ímpios põem em prática suas estratégias ardilosas, porém, elas não podem superar os planos do Senhor. Em segundo lugar, o refúgio: Tens sido refúgio para os pobres... (v.4). Naquele tempo, as grandes cidades não representavam apenas poder e riqueza, mas também proteção. Entre os seus muros, as pessoas se sentiam seguras das invertidas inimigas.
Diante da ação julgadora de Deus, essas grandes cidades não poderão oferecer refúgio. Em conexão com esse raciocínio, o texto de Apocalipse 16:19b, observa: e as cidades das nações se desmoronaram. Haverá, entretanto, proteção e segurança para os que depositarem sua confiança no Senhor. Em terceiro lugar, a alegria: destruirá a morte para sempre. O Soberano, o Senhor, enxugará as lágrimas de todo rosto... (Is 25:8). Em Apocalipse, a mesma promessa é destacada (21:4).
Em quarto lugar, a salvação: Este é o nosso Deus; nós confiamos nele, e ele nos salvou(Is 25:9a). Deus salva o seu povo da opressão de seus adversários e do domínio do pecado. Isso é motivo de grande alegria. Em quinto lugar, o juízo: ... Moabe será pisoteado [...] como a palha é pisoteada na esterqueira(v.10b). Moabe representa o mundo altivo e hostil a Deus. Por essa razão, precisa sofrer o julgamento de Deus.[4]Os inimigos de Deus pagarão um alto preço por suas maldades.
3. A vitória alcançada: Os que confiam no Senhor e a ele se mantêm leais, não serão derrotados. Eles podem até ser perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos (2Co 4:9 ). De acordo com as palavras do profeta: Naquele dia este cântico será entoado em Judá: Temos uma cidade forte (Is 26:1). A cidade de Jerusalém foi invadida por diversas vezes ao longo da história. Os babilônios a invadiram e levaram cativos parte de seus habitantes. Grande vergonha se abateu sobre Jerusalém nessa ocasião.
A profecia, entretanto, aponta para uma cidade forte, que jamais será abalada. Jerusalém não mais sucumbirá diante de seus adversários. Ao contrário, ela triunfará. Na visão apocalíptica de João, a nova Jerusalém descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido (Ap 21:2). Os seus habitantes não mais se voltarão para outros deuses; serão fiéis ao único e verdadeiro Deus.
As grandes potências mundiais, representadas simbolicamente por monstros marinhos (cf. Is 27:1), serão castigadas pelo juízo de Deus. Os poderes mundiais que ao longo da história têm agido com intolerância e hostilidade frente a Deus e a seu povo, serão humilhados e abatidos pelo poder do Deus invencível.
A festa pela vitória do povo de Deus será notável e gloriosa: E naquele dia soará uma grande trombeta (Is 27:13a). A trombeta anunciará a vitória de Deus sobre seus adversários.[5] O povo de Deus será ajuntado para adorá-lo no monte santo, em Jerusalém(v.13b). A festa pela vitória será interminável. O pranto será totalmente ofuscado pela alegria. Em Deus, somos vitoriosos!
A mensagem do trecho denominado Apocalipse de Isaías, nos ajuda a refletir sobre três verdades importantes: Deus julgará a humanidade por causa de seus pecados; o remanescente fiel sempre se alegrará em prestar louvor a Deus e, apesar dos sofrimentos, o povo de Deus terá garantido o triunfo sobre o mal. Diante do conteúdo estudado até aqui, é necessário assumirmos alguns compromissos, conforme veremos nas aplicações a seguir.
01. Em que consiste o juízo de Deus prenunciado pelo profeta Isaías? Responda com base em Is 24:1 e no item 1.
02. Qual o motivo do julgamento divino? Comente com base em Is 24:5 e no item 1.
03. Cite as razões que, segundo a profecia, sugerem louvor a Deus. Recorra ao texto de Is 25:1-12 e ao item 2.
04. Como se dará a vitória do povo de Deus no tempo do fim? Comente com base em Is 26:1, 27:1, 13a; Ap 21:2 e no item 3.
II. ASSUMINDO COMPROMISSOS
1. Sejamos comprometidos com a santificação.
É certo que Deus julgará os habitantes da terra pelo seguinte motivo: ... desobedeceram às leis, violaram os decretos e quebraram a aliança eterna (Is 24:5). Deus se importa com a santificação dos seus filhos. Levemos a sério os princípios ensinados por Ele em Sua palavra. Não permitamos que os ídolos desse tempo nos tirem o foco de Cristo. O nosso compromisso é com ele!
05. De que maneira podemos demonstrar comprometimento com a santificação no dia a dia? Dê exemplos práticos.
2. Sejamos comprometidos com a adoração.
A profecia de Isaías sugere que o remanescente fiel louvará a Deus (cf. Is 25:1). Motivos para adorar ao Senhor não faltam: a perfeição, o refúgio, a alegria, a salvação, o juízo. Adoremos a Deus em todo tempo. Façamos da nossa vida e do nosso lar um altar de adoração ao Senhor. Imitemos o salmista, que declarou: Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome (Sl 103:1).
06. Em termos práticos, de que maneira o princípio da adoração tem exercido influência na sua vida?
DESAFIO DA SEMANA
O estudo desta lição nos instiga a um importante desafio: a confiança em Deus. Quando o medo e a insegurança se abatem sobre nós em meio às terríveis circunstâncias, a confiança em Deus se torna um caminho difícil de ser percorrido. A confiança em Deus deve ser um exercício do dia a dia do cristão. Nesta semana, coloquemos em ação a nossa fé, diante de alguma crise que tenhamos de enfrentar. Creiamos nas palavras expressas pelo salmista: Os que confiam no Senhor, são como o monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre (Sl 125:1).
REFERÊNCIAS
RIDDERBOS, J. Isaías: introdução e comentário. 2 ed., São Paulo: Vida Nova, 1995.
WIERSBE, Warren W. Comentário bíblico expositivo: Antigo Testamento. Vol. IV, Santo André: Geográfica Editora, 2006.
[1] Wiersbe (2006:33). [2] Ridderbos (1995:199). [3] Wiersbe (2006:34). [4] Ridderbos (1995:203). [5] Wiersbe (2006:37).
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