SIGA O MESTRE (2)

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VIDEO INTRODUTÓRIO

https://www.youtube.com/watch?v=9DC3QAWcLac
A PARTIR DE 00:15

TEXTO BASE

Mark 2:14 ARA
14 Quando ia passando, viu a Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.
Matthew 9:9 ARA
9 Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.
Matthew 4:18–22 ARA
18 Caminhando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. 19 E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. 20 Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. 21 Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; e chamou-os. 22 Então, eles, no mesmo instante, deixando o barco e seu pai, o seguiram.
Mark 1:14–20 ARA
14 Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galileia, pregando o evangelho de Deus, 15 dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho. 16 Caminhando junto ao mar da Galileia, viu os irmãos Simão e André, que lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. 17 Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. 18 Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. 19 Pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes. 20 E logo os chamou. Deixando eles no barco a seu pai Zebedeu com os empregados, seguiram após Jesus.

INTRODUÇÃO

Discipulo aparece muitas vezes (262x no NT) e é um termo mais especifico e não religioso.
mathētḗs
Em geral, no contexto cristão, a palvra “discipulado” tem dois sentidos. Um refere-se ao ato de seguir Jesus (imitar a Cristo); o outro, ao ato de ajudar alguém a seguir Jesus (ajudar outros na imitação de Cristo).
Há uma relação entre os dois sentidos de discipulado. Ou seja, um pressopõe o outro: o ato de ajuda alguém a seguir Jesus pressupõe o ato de seguir Jesus. Isso quer dizer que quem não segue Jesus não pode ajudar pessoas a seguirem Jesus.
O chamado é feito e, de imediato, aquele que o ouviu obedece. A resposta do discípulo não é uma confissão oral da fé em Jesus, mas um ato de obediência.
Como é possível ocorrer essa obediência imediatamente após o chamado?
Pode-se até levantar uma questão boba e perguntar se o publicano já não conhecia Jesus antes de ser chamado por ele e, portanto, já não estava predisposto a segui-lo.
A esse respeito o texto nada revela, optando por enfatizar exatamente a sequência imediata da ação após o chamado. Não lhe interessa encontrar justificativas psicológicas para as decisões piedosas do indivíduo. Por que não? Porque para essa sequência de chamado e ação só existe uma justificativa válida: o próprio Jesus Cristo. É ele quem chama e, por isso, o publicano o segue.
Nesse encontro pode-se testemunhar a autoridade de Jesus, incondicional, imediata e que não demanda explicações.
Nada é mais importante que o chamado, e nada ocorre além da imediata obediência daquele que foi chamado.
O fato de Jesus ser o Cristo confere-lhe total poder para chamar e exigir obediência à sua palavra.
Jesus chama ao discipulado, não como mestre sábio e exemplo de vida, mas sendo Cristo, o Filho de Deus. Assim, nessa breve passagem, anuncia-se Jesus Cristo e o que ele requer do ser humano, e nada mais.
Ao discípulo não cabe elogios ou aplausos por seu cristianismo decidido. O olhar não deve recair sobre ele, mas somente sobre aquele que chama e sobre todo o seu poder. Tampouco se trata de indicar o caminho para a fé, para o discipulado, pois não há qualquer outro caminho para a fé senão o da obediência ao chamado de Jesus.
O que sabemos sobre o conteúdo do discipulado?
“Segue-me! Vinde após mim!” Isso é tudo. Segui-lo parece algo sem conteúdo. Não é algo que de fato pode ser visto como programa de vida cuja realização faça sentido. Não é, igualmente, um objetivo ou um ideal a ser alcançado. Para os padrões humanos, não é algo que mereça sacrifício ou pela qual valha a pena investir a vida.
E o que ocorre? O indivíduo que foi chamado deixa para trás tudo que possui não com o intuito de fazer algo especial, mas simplesmente por causa do chamado de Jesus, pois de outro modo não pode seguir seus passos. A esse ato não se atribui valor algum. É completamente sem sentido, insignificante. Pontes foram destruídas, e simplesmente segue-se em frente.
Uma vez chamado, o ser humano tem de abandonar a existência que levava até então. Sua única tarefa passa a ser “existir”, no sentido estrito do termo. Tem de abrir mão de tudo que viveu; o que é velho deverá ficar para trás.
O discípulo deixa sua relativa segurança de vida e segue para a completa insegurança (isto é, na realidade, para a absoluta segurança e proteção da comunhão com Jesus); deixa uma situação aparentemente previsível e calculável (mas, na verdade, muito imprevisível) para a imprevisibilidade, para o acaso total (quer dizer, para a única coisa que é necessária e previsível); deixa o domínio das possibilidades limitadas (isto é, de fato, das possibilidades infinitas) para o domínio das possibilidades infinitas (ou seja, para a única realidade libertadora).
Novamente, não se trata de uma lei de caráter geral, e sim da subversão de todo legalismo. Novamente, nada mais é senão a pura ligação com Jesus, ou seja, exatamente o oposto de todo programa preestabelecido, de todo idealismo ou legalismo. Porque Jesus é o único conteúdo, não pode haver qualquer outro. Ao lado dele não existem outros conteúdos. Ele próprio é o único.
Portanto, o chamado ao discipulado é o compromisso exclusivo com a pessoa de Jesus Cristo, a subversão de todo legalismo por meio da graça daquele que chama. É o chamado da graça, e também o mandamento da graça. Cristo chama, o discípulo simplesmente o segue. Isso é graça e mandamento unidos em uma coisa só.
O discipulado é compromisso com Cristo; porque Cristo existe, tem de haver discipulado.
Cristianismo sem Jesus Cristo vivo permanece um cristianismo sem discipulado, e cristianismo sem discipulado é sempre um cristianismo sem Jesus Cristo; é apenas uma ideia, um mito.
Um cristianismo em que exista apenas Deus Pai, mas não Cristo como seu Filho vivo, anula por completo o discipulado; nele existe a fé em Deus, mas não o discipulado.
Somente porque o Filho de Deus se fez humano, e por ser Mediador, é que o discipulado se torna o relacionamento correto com ele. O discipulado está comprometido com o Mediador, e, onde quer que se fale adequadamente do discipulado, fala-se do Mediador Jesus Cristo, o Filho de Deus. Somente o Mediador, Deus que se fez humano, pode chamar ao discipulado.

AFIRMAÇÃO TEOLOGICA:

Somente Deus nos chama!

Ninguém pode chamar a si mesmo.
“quando é o próprio Jesus que chama, ele contrói a ponte que transpõe o abismo mais profundo” BONHOEFFER

SENTENÇA DE TRANSIÇÃO: POR DOIS MOTIVOS O CHAMADO É FEITO POR DEUS

Primeiro, “Ele viu a Levi”

VIU = perceber, prestar atenção, notar, descobrir, olhar, voltar os olhos, dar atenção a algo.

Eleição incondicional

ELEIÇÃO INCONDICIONAL

A eleição de Deus é um ato incondicional da graça livre, dada por meio de seu filho Jesus, antes de o mundo existir. Por meio deste ato, Deus escolheu, antes da fundação do mundo, aqueles que seriam libertos da escravidão ao pecado e levados ao arrependimento e à fé salvadora em Jesus.

Ephesians 1:3–6 ARA
3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, 4 assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor 5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, 6 para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,
2 Thessalonians 2:13–14 ARA
13 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.
Retomando um ponto importante
Devido ao pecado de Adão, seus descendentes entram no mundo como pecadores culpados e perdidos. Como criaturas caídas, eles não têm desejo de ter comunhão com o seu Criador.
Romans 3:10–17 ARA
10 como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da paz.
Ele é santo, justo e bom, ao passo que eles são pecaminosos, perversos e corruptos. Deixados à própria escolha, eles inevitavelmente seguem o deus deste século (Ef 2:1) e fazem a vontade do seu pai, o diabo.
Consequentemente, os homens têm se desligado do Senhor dos céus e têm perdido todos os direitos de Seu amor e favor. Teria sido perfeitamente justo para Deus ter deixado todos os homens em seus pecados e miséria e não ter demonstrado misericórdia a que que seja.
É neste contexto que a bíblia apresenta a doutrina da eleição.
De forma geral...
A escolha divina de certos indivíduos para a salvação, antes da fundação do mundo, repousou tão somente na Sua soberana vontade. É INCONDICIONAL.
A escolha de determinados pecadores feita por Deus não foi baseada em qualquer resposta ou obediência prevista da parte destes, tal como fé ou arrependimento. Pelo contrário, é Deus quem dá a fé e o arrependimento a cada pessoa a quem Ele escolheu. Esses atos são o resultado e não a causa da escolha divina.
A eleição, portanto, não foi determinada nem condicionada por qualquer qualidade ou ato previsto no homem.
Aqueles a quem Deus soberanamente elegeu, ele os traz, através do poder do espirito, a uma voluntaria aceitação de Cristo.
Desta forma, a causa última da salvação não é a escolha que o pecador faz de Cristo, mas a escolha que Deus faz do pecador.
O significado bíblico de ‘eleito’ e ‘escolha’
Convém um entendimento da terminologia que Deus usa pela Bíblia no tratamento desta doutrina. Existe a palavra ‘eleito’ tanto no Velho Testamento (# 972, 4 vezes somente: Isa 42:1; 45:4; 65:9,22) e no Novo Testamento (# 1588 com raiz em #1586, 27 vezes junto com as suas variações: eleição, elegido). Não obstante onde a palavra ‘eleito’ é usada, tanto no Velho Testamento quanto no Novo Testamento, a palavra ‘eleito’ significa a mesma coisa: escolhido, um preferido, elegido - por Deus (Strong’s, Online Bible). As vezes, essa palavra hebraica traduzida na maioria dos casos por ‘eleito’ em português é também traduzida, em português, umas quatro vezes, por ‘escolhido’ (I Crôn 16:13; Sal 89:3; 105:6; 106:23). A palavra em grego traduzida por ‘eleito’ no Novo Testamento (#1588, 27 vezes) é também traduzida ‘escolhido’, com a suas variações, não menos que trinta vezes (#1586, Mat. 20:16; Mar 13:20, “eleitos que escolheu”; João 13:18; I Cor 1:27; Efés. 1:4, etc).
Somente por um olhar ao significado desta palavra ‘eleito’, como ela é usada pelas Escrituras Sagradas, podemos entender que a eleição é uma escolha, uma escolha feita por Deus.
A palavra ‘eleito’ em português significa como adjetivo: 1. Escolhido, preferido. Como substantivo significa: Indivíduo eleito (Dicionário Aurélio Eletrônico).
A própria palavra ‘eleição’ significa em português: 1. Ato de eleger; escolha, opção (Dicionário Aurélio Eletrônico).
Como é claro pelo estudo das palavras usadas biblicamente para explicar a determinação de Deus, tanto em Hebraica, em grego ou em português a palavra ‘eleito’ e ‘escolha’, junto com a suas variações, significam a mesma coisa, ou seja, uma escolha de preferência.
O QUE NÃO É ELEIÇÃO:
Não significa que os homens são robôs, sem vontade e sem sentimento. Mas que Deus é bom e resolveu nos tirar de um lugar de morte;
Não significa que Deus traz alguém a força. Mas que por sua graça Ele transforma a nossa vontade para que que haja um desejo por Ele. (Fp 2:13)
Não significa que não devemos evangelizar. Mas que nós somos cooperadores com Deus na salvação do perdido; a fé vem pelo ouvir e o ouvir da pregação da Palavra de Deus;
Não significa que não devemos escolher a Deus. Sim nós o escolhemos em consequência à Sua escolha em nos amar. Nós o amamos porque ele nos amou primeiro;
R. C. Sproul “a teologia reformada não ensina que Deus traz os eleitos ‘chutando e gritando, contra suas vontades’, para dentro de seu reino. Ensina que Deus opera de tal modo nos corações dos eleitos de maneira a faze-los dispostos e felizes de vir a Cristo. Eles vêm a Cristo porque querem. Querem porque Deus já criou em seus corações um desejo por Cristo.”
A Natureza da Eleição
A eleição: origina-se com Deus
Pelo fato de serem dados a Cristo pelo Pai temos uma prova clara que existia a determinação primeiramente e essa determinação de Deus é a origem de qualquer ação positiva feita pelo homem para com Deus. Essa determinação não foi de homem mas de Deus (João 1:12-13; 6:37).
A eleição é: incondicional
Dizendo que a eleição é incondicional queremos entender que aquela escolha que Deus fez antes da fundação do mundo (Efés. 1:4), não foi baseada em algo que existia anterior ou poderia existir posteriormente no homem. Isto é, não há nada que originou-se no homem que poderia ser interpretada como sendo uma condição que induziu Deus primeiramente o preferir.
Romans 9:11–12 ARA
11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), 12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço.
Esse foi o princípio que Deus usou na escolha de Jacó e na nossa: a eleição se torna incondicional pois foi realizada antes mesmo de nascermos.
Romans 9:15–16 ARA
15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.
A eleição é anterior a fé por isso é incondicional (At 13:48; Jo 10:26; Jo 8:47, 18:37).
O texto diz (At 13:48) que todos os que creram (tiveram fé) já haviam sido destinados para a vida eterna e não o contrário. Portanto a eleição precede a fé e a torna possível.
Somente entendendo tudo sobre a vontade de Deus, algo que não podemos nunca atingir, entenderemos por completa por que Deus escolheria um homem tão depravado que não possuía nenhuma capacidade, e, portanto, nenhuma condição, para atrair-lhe a Deus. Mas, de fato, conforme a Bíblia, é isto que Deus fez.
A escolha de Deus de Israel revela essa atitude (Deut. 7:7) e a escolha de Deus para a salvação é da mesma natureza (João 1:12,13; Rom. 3:18-23; 9:15,16). Devemos resumir esta parte da natureza de eleição como Jesus resumiu-a: Sim, ó Pai, porque assim te aprouve (Mat. 11:26).
A eleição é: pessoal e individual
A escolha de Deus também é descrita biblicamente como sendo pessoal e individual (Rom. 9:15).
Quando dizemos que a natureza da escolha de Deus é pessoal queremos entender que a eleição de Deus foi por pessoas individualmente conhecidas por Ele antes da fundação do mundo (Efés. 1:4).
A eleição para salvação é para indivíduos e não pelas ações destes indivíduos.
Paulo, em carta aos Tessalonicenses, diz que a eleição pessoal e eterna é motivo dos salvos darem graças a Deus (II Tess 2:13, “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação ...”). Pela eleição pessoal e individual ser um motivo de gratidão por alguns podemos entender que a eleição é pela graça, e, assim sendo, não é, de maneira nenhuma, um direito dos pecadores nem uma obrigação na parte de Deus.
A eleição é: graciosa
A natureza da eleição que Deus faz é também descrita biblicamente como sendo graciosa.
A definição da palavra graça em português é: 1. Favor dispensado ou recebido; mercê, benefício, dádiva. 2. Benevolência, estima, boa vontade (Dicionário Aurélio Eletrônico). Em grego, a palavra ‘graça’ significa: a influência divina no coração e a sua evidência na vida (#5485, Strongs).
Muitas pensam que Deus foi influenciado na sua escolha por algo que o homem fez, faz ou faria. A verdade é que a eleição para a salvação não é baseada em nenhuma obra boa prevista do homem (pois no homem não habita bem algum, Rom. 7:18; Sal 14:1,2; Rom 3:23). A escolha de Deus do pecador para a salvação é somente pelo favor desmerecido e imerecido de Deus.
Deus olhou pelos séculos sobre todos os condenados, e, em amor e graça, entre todos que não procuravam Ele, colocou a sua influência divina (João 15:16; I João 4:19, “Nós o amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro.”) Deus não viu nada mais atrativo ou bom nos que Ele escolheu.
A eleição, tanto quanto a salvação, é puramente pela graça: um favor divino desmerecido e imerecido pelo homem (Rom. 11:5,6; Efés. 2:8,9).
O Tempo da Eleição: a eternidade
Quando é que Deus decidiu exatamente que iria expor a Sua influência graciosa que não era segundo a capacidade nem à ação do pecador? Não obstante no que as pessoas podem descordar com o que já foi estudado até neste ponto, nisso quase todos são unanimes: a eleição foi determinada na eternidade passada, sim, até “antes da fundação do mundo” (Efés. 1:4).
Uma observação: A eleição é da eternidade, mas a salvação da alma está feita em tempo (II Tim 1:9,10). A eleição não é salvação, mas para a salvação. Fomos elegidos “desde o princípio para a salvação” (II Tess 2:13), mas, pela operação do Espírito Santo no coração o elegido é trazido por Deus a ter fé na verdade que é declarada pela pregação em tempo (II Tess 2:14; Tiago 1:18).
Antes que o eleito seja salvo ele era entre os mortos em pecados pois estava sem a salvação (Efés. 2:1-3) mesmo sendo elegido. Aquele que foi escolhido na eternidade por Deus soberanamente será propositadamente operado pela responsabilidade do homem em tempo em resposta à Palavra de Deus (Atos 18:10; Rom. 10:13-17; João 15:16; Efés. 2:10).
A base da eleição – O Amor de Deus
Para os salvos, é uma benção tremenda saber que mesmo que amaram o Senhor Deus por Cristo em tempo, o eterno Deus os amou na eternidade. Esse amor eterno também é um estímulo para os que ainda não são salvos. Estes são animados ao procurarem esse grande amor e misericórdia que ultrapassa a impiedade dos seus pecados (Rom. 5:20, “onde o pecado abundou, superabundou a graça”; Mat. 11:28; Isa 55:7).
O Cristão reage ao amor de Deus e não o é inverso que acontece. O salvo tem um relacionamento amoroso com Deus justamente por causa do amor de Deus que agiu primeiro. Por isso o apóstolo João declara: “Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro.” (I João 4:19).
PARA FINALIZAR, com John Piper
“Se você é um crente em Cristo, é amado por Deus desde toda a eternidade. Ele colocou seu favor sobre você antes da criação do mundo. Ele o escolheu quando o viu em sua condição desesperadora. Ele o escolheu incondicionalmente para si mesmo. Não podemos nos vangloriar de nossa eleição. Isso seria uma profunda incompreensão do significado de incondicionalidade. Quando não tínhamos nada, de maneira alguma, a nos recomendar para com Deus, ele colocou espontaneamente o seu favor sobre nós.
Deuteronomy 7:7–8 ARA
7 Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, 8 mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito.
Leia com atenção: ele o ama porque o ama. Ele resolveu fazer isso na eternidade. E, porque o seu amor por você nunca teve um começo, não pode ter fim. O que estamos estudando [...] é apenas a maneira como Deus realiza este amor eterno na história, para salvar o seu povo próprio e trazer-nos ao gozo eterno dele mesmo. Que Deus o conduza à experiência cada vez mais profunda desta graça soberana e maravilhosa!

Segundo, “Ele chamou Levi”

Chamado Eficaz por meio da Graça Irresistível

O QUE É CHAMADO?
Romans 8:28–30 ARA
28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.
O chamado é aquele momento em que Deus chama o pecador através da pregação da Palavra e o Espírito Santo da uma condição interna para que o coração dessa pessoa e sua mente compreendam a mensagem do evangelho e se volte para Cristo em arrependimento e fé; é de fato o momento em que alguém é salvo e se torna discípulo de Jesus.
CHAMADO GERAL E CHAMADO EFICAZ
Jesus é EFICAZ NO SEU chamado ao discipulado.
Acts 16:14 ARA
14 Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia.
COMO ACONTECE: Pregação, Espírito Santo convence, o ouvinte obedece.
John 16:8–9 ARA
8 Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: 9 do pecado, porque não creem em mim;
O Espírito Santo é o único que pode nos convencer de forma eficaz;
Ele vem como advogado para orientar e defender crentes, com seu selo; mas age como promotor, condenando os ímpios.
Ele “dará ao mundo provas irrefutáveis de uma culpa, uma inocência e de um julgamento” (DBFC)
O chamado eficaz é o momento em que o Espírito Santo tira-lhe o coração de pedra e lhe da um coração de carne, renovando suas vontades e abrindo-lhe os olhos para olhar para a beleza de Cristo e de sua obra”
O Chamado Eficaz é realizado por meio do chamado geral; pregação do evangelho.
Westminster: “A chamada Eficaz como obra do Espírito de Deus, mediante a qual convence-nos dos nossos pecados e miséria, iluminando nossas mentes com o conhecimento de Cristo, e renovando nossas vontades, nos convence e capacita abraçar a Jesus Cristo, que nos é oferecido gratuitamente no evangelho”
Chamado Geral é pelo Ministério da Palavra (pregação do evangelho) e pelo Evangelho Eterno. Chamado Eficaz é pela graça irresistível de Deus tocando no ser humano
SOBRE A GRAÇA IRRESISTIVEL: O QUE NÃO SIGNIFICA?
Deus não nos traz a força
Ele toca em nossa vontade e o nosso interesse é mudado, em ir até Ele
É como romper a barreira de uma represa
Nós é que vamos até Ele, porém quando Ele vem até nós primeiro removendo toda morte do nosso coração e toda resistência
Não significa que não devemos responder a Ele e ao seu chamado
Quando Ele remove toda a resistência do nosso coração (Rm 3:10-18) nós temos a oportunidade de responder ao seu chamado (Rm 10:10)
Não significa que o homem não pode resistir temporariamente a Graça (já respondendo a questão: podemos ou não resistir à Sua graça derramada em nós para no salvar?)
Sobre isso John Piper diz: “a doutrina da graça irresistível não ensina que toda influencia do Espírito Santo não pode ser resistida. Mas que, o Espírito Santo, sempre que quer pode vencer toda a resistência e tornar a sua influência irresistível”
Essa resistência não contradiz a Soberania de Deus. Mas evidencia que Ele permite e vence sempre que quer.
Psalm 115:3 ARA
3 No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.
Job 42:2 ARA
2 Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.
A graça irresistível mostra que os homens não podem resistir a Deus para sempre; uma hora a resistência é vencida;
A GRAÇA É RESISTÍVEL, ATÉ NÃO SER MAIS!
NUNCA É CONTRA A NOSSA VONTADE
Deus não nos força ao arrependimento e a fé, mas Ele nos concede anulando toda resistência em nosso coração; o contrario seria uma hipocrisia, visto que o crer e o arrepender-se sempre são espontâneos e verdadeiros de nossa parte.
2 Coríntios 4:4-6 “...Das trevas resplandecerá a luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.”
O que acontece é que nosso coração é mudado, transformado, então toda resistência é tirada e então conseguimos olhar para Ele e ao olhar para Cristo sem nenhum tipo de resistência, pelo pecado, cremos nele e nos arrependemos, pois nos comparamos a Ele e vemos que somos totalmente pecadores e mesmo assim Ele escolheu nos amar com um amor imensurável e foi capaz de fazer tudo o que era impossível a nós visto que nossa carne não se dobra a Lei de Deus. Tem como resistir ao olhar para Ele?
A nossa resistência a Cruz foi vencida porque o chamado de Deus rompeu a cegueira espiritual e nos fez ver a cruz como sabedoria e poder de Deus (1 Co 1:23-24)
Quando olhamos para Ele sem resistência, sem resistência o amamos e o nosso coração diz: “é tudo o que sempre quis”
Paulo citando o Genesis quando a Terra estava em caos. E assim como naquele momento houve o mesmo em nosso caos, a Luz de Deus chegou
Hebreus 12:2 “...Jesus, o autor e consumador de nossa fé...”
POR FIM...
Deus realmente vence a nossa resistência, Ele nos atrai até Ele com cordas de amor. Ele transforma o nosso coração de modo que somos, assim, novas criaturas, nos concedendo o arrependimento e a fé, então recebemos a Cristo e nos tornamos Filhos. Ele resplandece a Sua luz em nossos corações.
2 Corinthians 4:4–6 ARA
4 nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.

CONCLUSÃO

Pela razão da eleição vir primeiramente de Deus, os cristãos têm forte razão de adorar e louvar a Deus eternamente. É isto que o Apóstolo Paulo enfatiza na sua carta aos Efésios (Efés. 1:3, 4).
A salvação é um ato soberano de iniciativa divina.
Por exemplo, Genesis 19:12-16 conta a história de Ló e de como o Senhor o tirou, quase que a força, de Sodoma antes de a destruir.
O que SABER? Deus nos ama!
O que EXPERIMENTAR? Sinta o maravilhoso amor de Deus capaz de transpor barreiras.
O que FAZER? (1) Se você já foi chamado, celebre. (2) Se você não foi chamado, OUÇA!
(levante-se e responda, confesse a Cristo, reconheça que Ele te chama HOJE)
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