Deus chama os seus

Redescobrindo o caminho  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Transcript

Introdução

Olhem para as pessoas que estão ao seu lado. Talvez vc conheça algumas delas. Talvez esteja vendo pela primeira vez. Talvez tenha falado pouco com ela, talvez seja alguém de sua família ou alguém próximo.
Garanto que ela é diferente de você em muitos aspectos: profissão, time de futebol, talvez sexo, história de vida, local em que estudou ou estuda e muito mais.
Provavelmente você conheceu a pessoa que está ao seu lado na igreja. Nesta ou em outra. E se conheceu fora da igreja, hoje estão juntos na mesma igreja, adorando ao mesmo Deus, lendo Sua palavra, cantando os mesmos cânticos.
Mas somos tão diferentes… O que nos torna uma comunidade?
Porque comunidade é isso: é ter algo em comum com um grupo e compartilhar o que é diferente para podermos viver em comunhão. Em comum união.

Texto

Acts 13:1–3 ARA
Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram.

Deus chama pessoas diferentes para uma só missão

Deus levanta homens diferentes para Sua obra

Antioquia era uma cidade entre a Síria e a Turquia, no encontro entre rotas comerciais que vinham do Egito para onde hoje é a Turquia, por isso tinha uma população multi-cultural, com judeus de influência grega e muitos outros povos.
Depois do exílio, muitos judeus, ao invés de retornarem a Israel, foram se espalhando pela região em torno do Mediterrâneo.
Uma das cidades mais importantes desse período, que recebeu muitos destes judeus, foi Antioquia.
Muitos destes judeus foram a Jerusalém para a festa do Pentecostes onde houve o derramamento do Espírito Santo descrito em Atos 2, quando mais de 3000 foram batizados.
Retornando a Antioquia, os convertidos começaram um movimento embrionário de plantação de igrejas, que como disse, funcionava nas casas das pessoas.
Mas eles precisavam de quem os ensinasse.
Por isso, os apóstolos em Jerusalém enviaram missionários a Antioquia.
Estes eram os profetas, que proclamavam a palavra de Deus, e mestres, que ensinavam o que Deus queria dizer, conforme lemos no texto de Atos 13.
Simeão, um nigeriano, que talvez tivesse sido um judeu convertido, antes de tornar-se cristão. Lúcio, vindo de Cirene, a cidade do homem que ajudou Jesus a carregar sua cruz. Menaém, amigo de infância, e segundo alguns, irmão adotivo de Herodes, provavelmente nascido em Jerusalém, criado no palácio de Herodes em Cesaréia; Barnabé, um judeu, nascido em Chipre que já tinha aparecido no início da igreja em Jerusalém, quando vendeu um de seus campos, dando o dinheiro para ser distribuído entre os membros da igreja recém-nascido. E, por fim, Saulo. Judeu, natural de Tarso, onde hoje fica a Turquia, educado como fariseu, convertido no caminho para Damasco, quando ia para lá perseguir os cristãos daquela cidade.
Pessoas diferentes. Histórias diferentes. Nacionalidades e culturas diferentes. Apenas uma coisa em comum entre eles: todos, cristãos.
Como cristãos, confessam a Jesus como Senhor e Salvador. Como cristãos, pregam o Evangelho do Reino de Deus. Como cristãos, conforme o versículo 2
Acts 13:2 ARA
E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Ouvem a voz do Espírito Santo, chamando a Saulo e Barnabé para uma outra obra.
Como cristãos, jejuando e orando, impõem as mãos sobre Paulo e Barnabé, pedindo a bênção de Deus sobre eles que vão embora para o que será a primeira viagem missionária.
Porque o Evangelho tem que alcançar os outros povos. Tem que alcançar aqueles que não são judeus. Outras terras, países, continentes.
Porque o Evangelho não é da igreja. O Evangelho vem de Deus para aqueles a quem Ele escolhe.
E Deus usa um homem criado no norte da África, uma pessoa do povo, uma outra que cresceu no palácio do Rei, um cipriota rico e um fariseu (e se era fariseu era intelectual) da Ásia Menor.
Cada um com o seu dom, cada um com sua particularidade, para a mesma obra, o mesmo serviço, a mesma missão, do mesmo Senhor!
Porque Deus chama pessoas diferentes para uma só grande obra!

A igreja é perseguida

Pouco antes disso, a Igreja se vê alvo de uma forte perseguição. Em Jerusalém, os judeus matam a Estevão, um dos primeiros diáconos, prendem muitos outros, dando início à primeira grande perseguição.
O que antes era só a proibição para que os apóstolos não falassem em Jesus, logo se transforma em atrocidades contra seus seguidores.
Tiago, irmão de João é morto pelos guardas de Herodes, outros são presos, inclusive Pedro.
A ação diante de uma perseguição é uma só: a fuga. Ninguém quer ficar lá, esperando ser preso e morto.
Não é só questão de martírio. O Evangelho precisa ser pregado e se todos morrerem, ele não será pregado.
Por isso, muitos saem de Jerusalém, indo para outros locais onde pregam o Evangelho. Felipe vai para Samaria, e, como vimos, Saulo e Barnabé, para Antioquia, junto com Simeão, Lúcio e Menaém.
Porque a reação à perseguição, mais do que fuga, é a forma que Deus encontra para espalhar seus servos e continuarem a pregar o Evangelho por cidades, países e culturas que nunca tinham ouvido falar de Deus. São o que a Bíblia chama de gentios, os não-judeus.
Em um mundo dominado pela cultura greco-romana, com grande progresso intelectual e científico, mas com uma enorme decadência moral e espiritual.
Os filósofos gregos e romanos ensinam e estimulam a idolatria, onde o povo tem que deixar os deuses contentes para receberem o que desejam e não serem trucidados por eles.
E quando se fala em deuses, incluímos o próprio imperador, visto como um filho dos deuses, com domínio sobre a maior parte do mundo conhecido.
Jogos de gladiadores, prostituição cultual nos templos, guerras de conquista, opressão, atrocidades.
E no caso dos cristãos, a vista-grossa diante da perseguição dos judeus.
Mas Deus não é deus somente nos momentos felizes. Ele nos faz atravessar o temporal.
A tristeza pode durar toda uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer. Ele é o Deus que nos consola com a vara e o bordão quando atravessamos o vale da sombra da morte.
E o que parece ser maldição, é transformado em bênção para a expansão do reino de Deus na terra, através da pregação do Evangelho.
E caminhando pelo livro de Atos, vemos que o Evangelho chega em Roma, e daí para o resto do mundo.
Porque Deus converte a perseguição em oportunidade para Seu Reino se expandir.

O mundo vive em decadência moral

Nosso mundo não é muito diferente do que era no primeiro século.
O ser humano hoje tem conhecimento sobre um mundo de coisas.
Desde os confins do universo através de telescópios colocados no espaço até átomos invisíveis que hoje enxergamos graças a pontentes microscópios.
Coisas que há uns 30 anos víamos somente no cinema, hoje fazem parte de nossa vida:
Viagens espaciais por simples turismo, carros que se dirigem sozinhos. Daqui a pouco teremos carros que voam!
Tudo controlado por computadores altamente potentes.
Doenças que antes eram sentença de morte, e hoje já têm cura...
E por aí, vai.
A mente humana produziu grandes avanços ao longo de relativamente pouco tempo.
Mas...
Continuamos vivendo em meio a guerras, aviões se jogando em prédios, terremotos, furacões, tufões e tsunamis e outros desastres naturais ainda varrem cidades. Ainda vemos gente morrendo de fome, frio, calor, miséria, pandemia.
Parece que quanto mais avançamos no progresso, mais regredimos em nossas relações interpessoais e com o próprio planeta.
É comprovado que o calor que sentimos nestes dias é por causa da falta de cuidado que temos com a natureza que o próprio Deus nos colocou para cuidar.
Trabalhos cada vez mais cansativos que pagam cada vez menos.
Um monte de conceitos sobre o que antes achávamos certo, e agora, parecem errados.
E vice-versa.
“Igrejas” que pregam que quanto mais você der, mais vai receber, prometendo sonhos de prosperidade, cura e felicidade, vendendo sonhos do tipo Organizações Tabajara “Seus problemas terminaram”!
Cada vez mais você ouve em depressão, ansiedade, desespero.
E no meio disso, estamos nós, Igreja do Senhor com uma tarefa a cumprir.

Deus nos chama para realizar Sua obra

Nós, porque assim como Deus fez no primeiro século, faz agora.
Deus tem a grande missão de reconciliar a humanidade com Ele.
Enviou seu filho para morrer na cruz com esta finalidade.
O que Saulo, depois chamado Paulo, Barnabé, Lücio de Cirene, Menaém e Simeão sabiam na época, nós sabemos hoje:
Há salvação para este mundo!
E a salvação é Jesus!
A morte de Jesus na cruz deu a possibilidade de que tudo o que há de pior no ser humano, fruto do pecado, fique para trás!
Sua ressurreição trouxe uma nova vida!
E essa vida é para nós! É para quem crê em Jesus!
E para isso, Deus levanta pessoas para trabalhar em Sua obra.
Pessoas diferentes!
Um canta, outro toca, outro ensina, outro prega.
Um é advogado, outro é médico, uma é professora, outra é engenheira.
Ou talvez um pedreiro, ou dona-de-casa.
Alguns bons em números, outros em idiomas. Uns sabem ouvir e aconselhar. Outros, preferem botar a mão na massa.
Esta é a igreja de Jesus.
Cada um com o seu dom. Alguns profetas, outros mestres, alguns presbíteros, outros diáconos, outros cantores.
Todos diferentes, mas todos servos!
Todos com o único objetivo de servir a Deus para a Sua glória, enquanto proclamam ao mundo perdido a mensagem libertadora e regeneradora do Evangelho:
Deus mandou o Seu filho para sofrer e morrer pelo meu pecado e me deu nova vida!
Isso é o que nos faz comuns uns com os outros.
Romans 10:9–10 ARA
Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.
Olhem novamente para a pessoa que está ao seu lado.
Jesus morreu por mim! Ele ressuscitou! Ele é Senhor!
Apesar da particularidade de cada um, vocês são um em Jesus!
Era isso que unia os cinco homens em Antioquia. É o que nos une hoje!
Nele somos um!
E como um podemos nos unir a Ele em Sua missão!
De fazer brilhar no mundo a Luz!

Conclusão

Acts 2:42–47 ARA
E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.
Para termos unidade, vivendo na comunidade da fé, basta olharmos para o passado, como vivia a igreja em seu início:
Perseveravam na doutrina (leitura e estudo da Palavra);
Perseveravam na comunhão (cuidavam uns dos outros, das necessidades, no partir do pão, chorando com quem chora e se alegrando com quem está alegre);
Perseveravam no Templo (reuniam-se para adorar em conjunto).
A igreja, comunidade da fé precisa buscar isso. Toda a diferença que temos uns dos outros, ao invés de nos separar, irá nos unir, porque somos todos alvos do amor de Deus.
Acts 4:32–35 ARA
Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.
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