A centralidade da pregação expositiva no culto público.

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DEFESA À EXPOSIÇÃO BÍBLICA
Exposição Bíblica:
Luke 24:25–27 NAA
Então ele lhes disse: — Como vocês são insensatos e demoram para crer em tudo o que os profetas disseram! Não é verdade que o Cristo tinha de sofrer e entrar na sua glória? E, começando por Moisés e todos os Profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras.
Algumas forças que desafiam a Exposição eficaz das Escrituras:
1. Desestruturação da autoridade.
“As filosofias do subjetivismo caminham de mãos dadas com os céticos da verdade transcendente para forjarem um clima cultural antagônico a qualquer forma de autoridade.” (Bryan Chapell)
Paulo trata isso como um repúdio aos padrões bíblicos, que leva as pessoas a procurarem ouvir aquilo que não contradiz seu estilo de vida. Não suportam a sã doutrina porque são escravas de suas próprias paixões e vítimas do seu egoísmo.
Falamos no contexto de igreja e não de mundo, o que seria óbvio.
Não há mais ouvintes para o sermão rigorosamente bíblico.
Não há mais auditório para um culto onde a Palavra de Deus ocupe o espaço nobre na liturgia.
Se você insistir nisso fica sem auditório porque seu vizinho tem uma banda espetacular que já gravou CD e que “ministra” por quase uma hora e depois tem uma breve meditação.
A “palavra” faz os ouvintes sentirem-se vencedores e super homens para quem Deus deve bênçãos.
FATOS:
O mundo está dilacerado pela perda crescente de autoridade.
As igrejas nem sempre têm oferecido a mensagem de boas novas através de seus pregadores.
Algumas igrejas sucumbiram ao esforço de tornarem-se relevante através da Palavra.
Atitudes adotadas por algumas igrejas:
Abandonaram a esperança de encontrar uma fonte de autoridade.
Evitaram a autoridade para não confrontar com uma sociedade avessa a qualquer tipo de restrição de comportamento.
Mudaram o foco ministerial para curas.
Através de uma readaptação do aconselhamento.
Administração de teorias de cunho religioso.
Mudaram a pregação para um discurso antropocêntrico, onde Deus é o coadjuvante.
2. Desespero honesto dos Pregadores.
É um efeito secundário indesejável da constatação da primeira verdade.
O PREGADOR:
Tendo consciência de que seu auditório está errando em ir atrás dessas falsas mensagens;
Vendo o pecado bater à porta do seu rebanho;
Vendo que a cultura secular tem deformado o caráter cristão;
Reage fazendo da instrução moral e da crítica à cultura.
O FOCO DA SUA MENSAGEM.
Na mais absoluta sinceridade ele vai na contra mão da mensagem do evangelho e tenta, ele, pelo que conhece da Bíblia, mudar o caráter humano e contra atacar a invasão do secularismo.
A Bíblia não diz que nós podemos melhorar a nós mesmos ou aos outros. Somos absolutamente dependentes da graça e do poder a Palavra.
Conselho de Paulo: Prega a Palavra. O poder de correção, instrução admoestação edificação está na Palavra (2 Tm 3.16,17)
3. Desmotivação pela sensação de Inutilidade.
O terceiro inimigo que desmotiva o investimento em pregar a palavra genuína é o sucesso dos que não o fazem;
Não é inveja, é sensação de inutilidade e desânimo de ver que parece que não vale a pena se manter fiel a pregação bíblica.
Nem passa pela nossa cabeça imitá-los para ter seus resultados, mas os pregadores se entristecem por ver a honestidade e a dedicação “aparentemente” serem estéreis.
Era o caso de Timóteo. Os que pregavam heresias estavam aumentando seus seguidores e Timóteo estava ficando sem auditório (2 Tm 3. 6, 8, 12, 13)
Outras forças que desafiam a Exposição eficaz das Escrituras:
1. A Nobreza da Pregação.
As riquezas da Palavra de Deus não são tesouros privativos de ninguém, portanto, compartilhá-la é participar dos seus mais altos propósitos.
Qualquer disciplina bíblica atinge o propósito mais elevado quando propaga o evangelho e não apenas dilata a mente.
A tarefa de pregar é maior que o pregador.
Nosso alvo são pessoas reais, dotadas de almas imortais equilibrando-se entre o céu e inferno.
2. O Poder na Palavra:
“A pregação cumpre seus objetivos espirituais, não por causa das habilidades do pregador, mas por causa do poder da Escritura proclamada.” (Brayan Chappell)
Os pregadores exercerão seu ministério com zelo, confiança e liberdade quando compreenderem que Deus retirou de suas costas as artimanhas da manipulação espiritual.
Deus infunde poder numa mensagem preparada e entregue no Espírito com preocupação profética (o que Deus quer dizer) e não na segurança intelectual.
O poder de Deus é inerente a Palavra. Não sabemos exatamente como Deus usa a palavra que falamos para transformar vidas, mas sabemos que ele o faz quando pregamos a Sua palavra e não a nossa.
A Palavra de Deus:
Cria: “Disse Deus haja luz e houve luz” (Gn 1.3) “ Pois Ele falou e tudo se fez, ele ordenou e tudo passou a existir” (Sl 33.9) A Palavra de Deus cria quando é a Palavra de Deus e não quando recitamos a sua palavra. (orar a Palavra não tem suporte bíblico)
Persuade: “...mas aquele em quem está a minha palavra, fale a minha palavra com verdade... diz o Senhor. Não é a minha Palavra fogo, diz o Senhor e martelo que esmiúça a penha?” (Jr 23. 28,29)
Cumpre seus propósitos: “ porque assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que reguem a terra.... assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo que eu designei” (Is 55.10,11)
Anula os motivos humanos: Na prisão Paulo se regozijava porque quando outros pregavam mal intencionados, mesmo assim a obra de Deus seguir adiante (Fp 1.18). Jonas pregou visando a condenação e não o arrependimento, mas o povo se arrependeu.
A descrição bíblica do poder que há na Palavra nos desafia a lembrar sempre que a palavra pregada cumpre os propósitos do céu mesmo antes da pregação. O poder está na Palavra não na pregação.
3. O Poder da Palavra: Manifestado em Cristo. Aplicado à Pregação.
Em Jo 1.1. Deus revela que Cristo e sua Palavra se tornam inseparáveis. A mensagem e a pessoa se fundem.
A Palavra de Deus é poderosa porque Ele está presente nela e opera por meio dela através de Cristo.
O poder redentor de Cristo e o poder da sua Palavra unem-se ao Novo Testamento com Logos (a encarnação de Deus) e Logos (a mensagem acerca de Deus)
Da mesma forma que a criação procede da Palavra de Deus, a redenção vem pela palavra viva de Deus.(2 Tm 2. 8 -13)
Paulo quando exorta Timóteo a não desistir de pregar a palavra ele o faz baseado na sua própria experiência. Ela é o poder de Deus para a salvação daquele que crê (Rm 1.16).
A força do evangelho transcende as habilidades do pregador. Na palavra pregada manifesta o poder de Cristo, este sim capaz de transformar.
É no mínimo ridículo achar que nossa habilidade de explicar um texto escrito há 3000 anos possa fazer diferença entre o céu e o inferno para uma pessoa.
Por isso Paulo elogia a loucura da pregação (1 Co 1.21)
O fato de que o poder de Deus para a transformação espiritual baseia-se na palavra de Deus, a exposição pura da palavra de Deus é suficiente para que a transformação ocorra.
A exposição bíblica liga o pregador e as pessoas à única fonte de transformação espiritual verdadeira.
O interesse do pregador expositivo deve ser a verdade de Deus proclamada de tal maneira que as pessoas possam ver que os conceitos emanam das escrituras e aplicam-se à vida de cada um.
Neste sentido Paulo estimula Timóteo a manejar bem a palavra da verdade. (2 Tm 2.14 –19)
A exposição bíblica apresenta a autoridade da Palavra – o expositor da palavra se empenha em descobrir e propagar o significado preciso da Palavra.
A Palavra domina o que os pregadores pregam, eles só esclarecem o que ela diz. A MENSAGEM DO SERMÃO É O SIGNIFICADO DA PASSAGEM.
A exposição bíblica, também, demonstra a operação do Espírito Santo.
Se os expositores legitimamente bíblicos reconhecem não estar na sua eloqüência a persuasão e transformação, reconhece, também, que sua exposição deve ser apenas o instrumento para que o Espírito Santo faça sua obra. (2 Tm 2. 24-26)
A exposição bíblica apresenta a autoridade da Palavra – o expositor da palavra se empenha em descobrir e propagar o significado preciso da Palavra.
A Palavra domina o que os pregadores pregam, eles só esclarecem o que ela diz. A MENSAGEM DO SERMÃO É O SIGNIFICADO DA PASSAGEM.
A exposição bíblica, também, demonstra a operação do Espírito Santo.
Se os expositores legitimamente bíblicos reconhecem não estar na sua eloqüência a persuasão e transformação, reconhece, também, que sua exposição deve ser apenas o instrumento para que o Espírito Santo faça sua obra. (2 Tm 2. 24-26)
Recomendações para Exposição Bíblica:
“Não confunda loucura da Pregação com Pregação Maluca”
Ter atitude honesta e não abusiva quanto ao poder inerente à Palavra e o poder da Palavra pregada.
Revelar integridade ao expor a Palavra.
Mudar Paradigmas na Relação Palavra - Pregador.
Investir tempo e esforço para descobrir a mensagem intencional de Deus no texto.
Conferir a clareza, coerência, unidade e consistência com a mensagem intencional.
1. Ter atitude honesta e não abusiva quanto ao poder inerente à Palavra e o poder da Palavra pregada.
Compreender o poder da palavra, confiar na autoridade da palavra e depender da operação do Espírito Santo quando da exposição da palavra não significa isentar o pregador de responsabilidade.
Só saberemos o que Deus está dizendo se identificarmos a intenção aos leitores originais. É esta palavra que tem poder.
Sabemos que Deus é bom e pode trabalhar além das nossas fraquezas. Mas um bom sermão significa não atrapalhar Deus fazer o seu trabalho. Nosso papel é tornar a Palavra clara, compreensível e digna de crédito.
O que pregamos tem que ser a palavra de Deus e não a nossa, e isso exige trabalho e responsabilidade. (2 Tm 2. 14) obreiro aprovado que maneja bem a palavra.
2. Revelar integridade ao expor a Palavra.
Aristóteles, nas suas clássicas distinções retóricas, dá conselhos aos seus alunos que bem poderiam ser aproveitados para que pregadores não se tornem pedra de escândalo ao pregar. (2 Co 6.3)
Elementos da retórica clássica presentes na mensagem persuasiva de Aristóteles:
Logos – conteúdo verbal da mensagem incluindo sua arte e lógica.
Pathos – traços emotivos da mensagem, incluindo paixão, fervor e sentimento que o orador transmite e os ouvintes experimentam.
Ethos – o caráter percebido do orador; determinado mais significativamente pelo interesse expresso pelo em estar dos ouvintes. Aristóteles acreditava que o ethos era o componente mais poderoso da persuasão.
3. Mudar Paradigmas na Relação Palavra - Pregador.
Quando eu preparo e apresento um sermão eu não me sirvo do texto, eu sirvo ao texto e seus propósitos.
Meu trabalho como pregador é estar a serviço do texto bíblico para que ele comunique e transforme, porque o poder está na Palavra e meu papel é não atrapalhar sua ação quando a transmito. Por isso preciso manejá-la com destreza como servo fiel.
Quando eu estudo a bíblia para expor em forma de pregação eu não estou analisando um objeto para compreender bem e apresentá-lo.
Eu não investigo a Bíblia, ela me investiga. Eu não analiso a Bíblia, ela me analisa.
4. Investir tempo e esforço para descobrir a mensagem intencional de Deus no texto;
A teologia sistemática nos condicionou a ter respostas prontas sobre qualquer assunto usando versículos chaves. Desde o concílio, preferimos a Teologia Sistemática à Bíblica.
Quando pregamos a Palavra de Deus, se estamos a serviço da Palavra, temos que saber qual era a mensagem intencional ao auditório original, para podermos dizer com autoridade: “assim diz o Senhor”.
Conhecer os princípios hermenêuticos e as perguntas exegéticas aplicáveis ao texto e explorá-los.
Descobrir a Grande Ideia ou proposição do texto.
5. Conferir a clareza, coerência, unidade e consistência com a mensagem intencional.
Uma verdade bíblica não é obrigatoriamente um sermão.
Deve-se descobrir o fio condutor que mantém as declarações juntas.
Sem um claro objetivo em vista, os ouvintes não terão motivos para ouvir o sermão. O sermão precisa ter foco
Se o que foi dito não tem relevância para quem ouviu, não deveria ter sido dito. O ouvinte tem o direito de perguntar: Por que você me disse isso?
Uma verdade bíblica não é obrigatoriamente um sermão.
Deve-se descobrir o fio condutor que mantém as declarações juntas.
Sem um claro objetivo em vista, os ouvintes não terão motivos para ouvir o sermão. O sermão precisa ter foco
Se o que foi dito não tem relevância para quem ouviu, não deveria ter sido dito. O ouvinte tem o direito de perguntar: Por que você me disse isso?
Aplicações do “Ethos”:
1) Preserve seu caráter; 2) Ame a Graça; 3) Seja um excelente pregador;
“A consciência da capacitação de Deus deve estimular todos os pregadores (inclusive os principiantes) a se lançarem de todo coração ao seu chamado. Embora o grau de habilidade homilética possa variar, Deus promete cumprir seus propósitos por meio de todos quantos fielmente proclamam a verdade.... Pode ser que você jamais ouça elogios do mundo, ou seja pastor de uma igreja com milhares de membros, mas uma vida piedosa associada a uma clara explanação da graça salvadora e santificadora da Escritura garantem o poder do Espírito para a glória de Deus. Se seu alvo é a honra de Cristo, você pode ser um grande pregador pela fidelidade a Ele e à sua mensagem.” (Bryan Chapell)
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