Esperança Revigorada: Maranata e o renascimento dos vínculos (2)

Maranata: Renovando Vínculos  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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O sermão trata da renascimento do vínculo entre o Pai e o Filho pródigo. Trata da necessidade de aproximação de nossa aproximação de Deus.

Notes
Transcript

Introdução

1- QUEBRA - GELO
Boa noite queridos e queridas. Como vocês estão? Se você se sente bem diga um amém!! Amém!! Pra você que está nos assistindo pelos canais virtuais da Igreja. Como você está? Se sente bem diga um amém também aí onde você está!! Estou muito feliz de estar com vocês. Você é jovem? Melhor, você se sente jovem? Vi sorrissos daqui. Se você se sente jovem ou não, a série que estamos começando hoje é para você!! Durante este mês de março toda a programação da Igreja é destinado a você que é jovem e que se sente jovem ou não.
2- MARANATA
O tema Jovem deste ano é “MARANATA”. Esta palavra tem sua origem no Aramaico e aparece em 1 Coríntios 16:22 sendo citada por Paulo. Ela é uma junção de duas palavras da língua aramaica: “Marana” que significa “Senhor” e “Tha” que significa “vem” ou “venha”. Por este motivo “MARANATA” significa “Senhor vem” ou “senhor venha”. É uma expressão utilizada pelos primeiros crsitãos como uma invocação para a segunda vinda de Jesus Cristo.
Ilustração
Como você foi na infãncia? Uma criança mais obediente ou mais de romper limites? Se é que me entende!!
O local onde eu cresci, era sítio como vocês bem sabem. Nós não tínhamos veículo em casa. Na verdade a família de meu Pai e da minha Mãe nunca valorizaram veículos, não que eles não o tivessem, mas para eles não fazia diferença em ter ou não ter. Como lá era e é até hoje uma zona rural, naquela época as pessoas usavam na sua grande maioria animais para se locomoverem. Mas sempre tinha um o outro que tinham F1000, D20, F250, como na época a fiscalização não era como hoje e no local como aquele, as pessoas subiam na carroceria sem a parte da cobertura da mesma, totalmente descoberta, viajavam.
Meu pai um dia me aconselhou, se você pegar alguma carona com alguém, ali na carroderia o ideal é que sente no chão da mesma e jamais saia dali em movimento. E quando for sair bata no teto da cabine e espere o motorista parar o veículo e aí você desce. Beleza!
Um dia voltando do futebol com a galera, estávamos lá na carroceria de uma f1000. Claro, ninguém estava sentado no chão. Alguns de pé e outros sentados nos painés laterais. Eu estava sentado no painel lateral de trás, no esquema para sair da li. Isso, ali mais ou menos umas 21h da noite, estava escuro. Falei com os colegas para avisarem para o motorista parar a caminhote, eles meio que avisaram, nem lembro mais, pecebi que a caminhonete baixou a velocidade. Só lembro que pensei, cara, deve estar a 10 Km por hora. Pulei dela.
Advinha? Quando meus pés tocaram no chão, só senti que não tinha forças para sustentar o meu corpo, por causa da velocidade da caminhote, vivi uma cena de filme. KKkk, caí rolando. Mas o agravante, a estrada era recapada de pedregulho, cheia de pedras, estas pedras que ficam soltas por cima da terra na estrada de terra. Bom, só senti a hora que parei de rolar, dor nas costas e dor no joelho, quando me dei conta, estava com as costas ralada e com o joelho. Foi nesse momento que pensei, o que eu vou falar para os meus pais? Resolvi não seguir o conselho deles e me dei mal. E agora como seria?
Três respostas a uma murmuração
A história do filho pródigo, assim como a da ovelha perdida e da dracma perdida, foram contadas por causa da murmuração dos fariseus e escribas que diziam ao ver Jesus com os publicanos e pecadores: “Este recebe pecadores e come com eles” (Lucas 15:2)
A teologia atrás da murmuração dos fariseus era a seguinte:
“O pensamento do judaísmo regido pela “lei” vivia na idéia da retaliação. Do destino da pessoa pode ser depreendido sua devoção ou seu pecado. Do devoto Deus se compraz, por isso vai bem na vida. Infortúnio, miséria e enfermidade, porém, são sinais de que um pecado especial provocou a ira de Deus e seu castigo.” (BOOR, WERNER. Evangelho de João, comentando João 9:2)
Em outras palavras, a teologia deles estava associada, com um pensamento legalista e de justiça própria. Não conseguiam ter um esilo de vida que voltasse a misericórdia. Hoje podemos estar fazeendo isso também. Mais ou menos assim: Deus sou fiel ao Senhor, portanto, você não pode deixar que eu tenho lutas, que eu tenho dificuldades. Não preciso perdoar, porque não erro. Não preciso ter misericórdia, porque, olha pra mim , faço tudo certo. Sou bom, sou uma pessoa que não gera dificuldade a ninguém. Sigo as regras e está tudo certo. Não tem como eu me perder.
Essas pessoas que acham que são boazinhas, pefeitas e etc, na verdade o que elas normamente fazem ao praticar uma religião legalista, é a tentantiva de enconbir seus pecados. Como faz, isso? Aponta o do outro e tenta se esconder nos pontos que está indo bem. Queridos, isso não funciona com Jesus. Ele lê nosso coração. Ele sabe quem somos realmente. A Bíblia nos diz que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” Romanos 3.23 .
Jesus viu o que eles estavam fazendo e pensando, por isso contou estas parábolas. Não vou me atentar para as duas primeiras parábolas. Irei direto a do filho pródigo.
O texto
Nova Almeida Atualizada (Capítulo 15)
11Jesus continuou:
— Certo homem tinha dois filhos. mais moço deles disse ao pai: “Pai, quero que o senhor me dê a parte dos bens que me cabe.” E o pai repartiu os bens entre eles.
13— Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá desperdiçou todos os seus bens, vivendo de forma desenfreada.
14— Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. 15 - Então foi pedir trabalho a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a fim de cuidar dos porcos. 16 Ali, ele desejava alimentar-se das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. 17 Então, caindo em si, disse: “Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui estou morrendo de fome! 18 Vou me arrumar, voltar para o meu pai e lhe dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e diante do senhor; 19 já não sou digno de ser chamado de seu filho; trate-me como um dos seus trabalhadores.’ ” 20 E, arrumando-se, foi para o seu pai.
— Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou. 21 E o filho lhe disse: “Pai, pequei contra Deus e diante do senhor; já não sou digno de ser chamado de seu filho.” 22 O pai, porém, disse aos servos: “Tragam depressa a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos pés. 23 Tragam e matem o bezerro gordo. Vamos comer e festejar, 24 porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” E começaram a festejar.
25— Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. 26 Chamou um dos empregados e perguntou o que era aquilo. 27 E ele informou: “O seu irmão voltou e, por tê-lo recuperado com saúde, o seu pai mandou matar o bezerro gordo.”
28— O filho mais velho se indignou e não queria entrar. Saindo, porém, o pai, procurava convencê-lo a entrar. 29 Mas ele respondeu ao seu pai: “Faz tantos anos que sirvo o senhor e nunca transgredi um mandamento seu. Mas o senhor nunca me deu um cabrito sequer para fazer uma festa com os meus amigos. 30 Mas, quando veio esse seu filho, que sumiu com os bens do senhor, gastando tudo com prostitutas, o senhor mandou matar o bezerro gordo para ele!”
31— Então o pai respondeu: “Meu filho, você está sempre comigo; tudo o que eu tenho é seu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-se, porque este seu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.”
Explicação do texto:
Aqui temos três personagens na história. Um pai e seus dois filhos.
O caçula pede a herança do pai antes dele morrer. O pai concede a herança a ele e a seu irmão.
O caçula pega 1/3 da herança e o primogênito 2/3 da herança. (Deuteronômio 21.17 “Mas ao filho da aborrecida reconhecerá por primogênito, dando-lhe dobrada porção de tudo quanto possuir, porquanto aquele é o primogênito do seu vigor; o direito da primogenitura é dele.” )
O caçula vai embora com a sua parte e consome tudo na sua vida promiscua.
No local onde ele se encontra há uma grande seca e com isso a miséria. Ele então implora a um homem que o deixe trabalhar cuidando de porcos. Depois de tanto persistir o homem concordou, porém não o deixava comer da comida dos porcos.
Nesta situação, lembrou da casa do Pai e lembrou que seus empregados eram bem tratados e com isso criou até mesmo um discurso para o Pai, desejando pelo menos ser seu empregado.
Ele então vai para a casa do Pai.
O Pai todos os dias olha para a estrada esperando avistar seu filho retornando a casa.
Ele avista o filho, sem hesitar, vai até ele ainda ao longe no caminho e o abraça. O filho começa o discurso, dizendo da sua condição de pecador, mas o Pai o interrompe dizendo ao empregado, que deve colocar nele uma roupa nova, um anel e uma sandália.
Evangelho de Lucas (Lucas 15.24)
Ao vesti-lo com a túnica branca, ele reconduz o filho à condição de um judeu distinto (cf. Mc 12:38). O anel de sinete e os calçados são sinal de que ele agora voltou a ser um homem livre. Em conseqüência, os três objetos que o pai concede constituem uma prova tríplice da restauração da condição de filho. Uma explicação sóbria do texto precisa contentar-se com isso.  Fritz Rienecker, Comentário Esperança, Evangelho de Lucas (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2005), 325–326).
 
Logo em seguida, pede para matar um novilho, festejar e alegrar, “pois este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”(Lucas 15:24)
De imediato Jesus insere na parábola o filho primogênito que estava no campo. Ao chegar ele avista uma festa na casa e chama um dos empregados e pergunta o que está acontecendo. O mesmo diz que o seu irmão estava ali e foi recuperado com saúde. Ele fica indignado ao ponto do Pai sair da casa para o persuadir a entrar.
Todavia, o mais velho dizia ao Pai que era um filho obediente e nunca ele dera uma festa para ele se alegrar com os amigos em reconhecimento da sua obediência, já o seu irmão, fora negligente, impuro, gastou todos os recursos com pecados e agora tinha uma festa para ele.
O Pai com amor responde ao primogênito que tudo o que é dele é seu e que sempre está com ele, já o seu irmão estava longe e sozinho. E por fim, cita mais uma vez a seguinte frase: Lucas 15.32 “Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.”
Ponte:
Pergunta: O que podemos aprender do comportamento do filho caçula, o primogênito e do Pai?
Filhos
O caçula
1- Audácia/atrevimento (no sentido negativo)
Sabe, quando penso nesta história, acho que o filho mais jovem foi atrevido. Vejo que ele de fato passou dos limites. Atrevido pelo fato de pedir a herança ao pai em vida. É claro que a história tem todo um significado por trás. Mas veja, tem gente que as vezes são deste tipo. São atrevidos, pedem coisas para você que, você para e pensa. Cara, não acredito que esta pessoa está pedindo isso? Que ousadia é essa? Não compreendem seu lugar. Não percebem que apesar de você ser amigo delas, não significa que elas possuem liberdade para fazerem o que quiserem de você.
Ao mesmo tempo, penso, será que sou este tipo de pessoa? Será que também não sei o meu limite? Será que estou sendo audacioso/aproveitador com as pessoas em que me relaciono? Por que eu e você devemos saber o nosso lugar na relação com o outro. Não é porque somos irmãos, que agora podemos fazer o que bem entendermos na nossa relação com o próximo. Mas há uma tendência nossa de olharmos só para com o que estão fazendo conosco e não o que estamos fazendo com o outro. Por isso, olhe como você tem lidado com as pessoas a sua volta. Jesus disse certa vez para cristãos: “faça ao outro aquilo que você quer que faça a você” (Mt 7:12) Será que queremos o melhor para nós ou o pior, na verdade queremos que é bom. Por que sempre queremos dar o pior a outras pessoas?
2- Egoísmo
Ah outra coisa, o que me chama a atenção do filho mais jovem, é que ele demonstra o como era egoísta. Viveu com o Pai tanto anos e não percebeu o amor que Ele sentia. Tanto é que a palavra propriedade (que o pai repartiu) no grego é BION (definição: o tempo de existência de vida terrena de uma pessoa) que pode ser também traduzido por vida. Ele pediu a vida do Pai. Na verdade ele pediu a morte do Pai, para viver uma vida depravada, pois sentia infeliz com o estilo de vida que o Pai fornecia em sua casa. Ele não amava o Pai, mas, sim, suas ambições, seus desejos e etc. O egoísmo o levou a cegueira, sobre este amor real e verdadeiro, estava no paraíso e não percebeu. Estava em segurança, mas achava que era uma prisão.
Egoísmo, faz isso com a gente. As vezes temos do nosso lado pessoas, que são uma benção na nossa vida. Que trazem afago, ânimo, motivação, que se desdobram pra que sejamos felizes, mas infelizmente, muitas vezes com os nossos delírios de grandeza, nossos sonhos egoístas e materialistas, faz com que não percebemos que existe um tesouro a nossa volta, que somos abençoados e infelizmente, trocamos estas por coisas insignificantes e banais. E jogamos estas amizades, relacionamentos assertivos e construtivos, por estas coisas e por fim, estas mesmas nos traem e o que resta é darmos comida a porcos. Talvez eu e você precisamos abrir os olhos e perceber o Deus tem feito por nós ao colocar pessoas especiais a nossa volta. A pergunta que fica a nós é a seguinte: Nesta relação sou uma pessoa que ama ou sou uma pessoa egoísta. Quem eu sou? Como você tem tratado as pessoas que te amam e que estão a sua volta?
3- Abandono
Dos três itens, para mim este é o mais cruel. Umas das maneiras que você pode ferir alguém e que é tão terrível, é o abandono ou ausência. Ambas são feitas o corte na comunicação. O silêncio é cruel. As palavras ferem, elas machucam, mas ainda existe ligação, mesmo na dor. Por outro lado, o silêncio é uma arma, a frieza, a indiferença, são cruéis. Você que está sofrendo por ela, sente o desejo, a vontade de comunicar, mas não há do outro lado a resposta. Não há do outro lado a empatia. Não há do outro lado nem uma fagulha sequer de sensibilidade diante desta crueldade.
Vejo nesse filho, este corte de relacionamento. Vejo nesse filho a ausência e abandono deste Pai. Ele vai para uma terra distante, ou seja, toda a comunicação foi embora. A ultima imagem que esse Pai tem é da saída do filho. Ele não sabe se ele está bem. Ele não sabe se ele está feliz ou está sofrendo, para ele este filho pode estar vivo ou morto, na verdade morto.
O que sentimos quando alguém que amamos morre? Como ficamos quando alguém que amamos morre? Compreende. Isso é cruel. Talvez nos nossos relacionamentos, devamos pensar um pouco mais nisso. Talvez como cristãos, devamos ser mais comunicativos e amáveis. Quando penso na queda de Adão e Eva, penso que houve um rompimento de comunicação. O ser humano perdeu de vista a Deus. Perdeu de vista o outro. Perdeu de vista o prazer de comunicar com o outro. Veja, quantas pessoas vemos na rua todos os dias e não fazemos ideia de quem sejam. Quantas pessoas nos esbarramos e não temos ideia de qual é o nome delas. Mas o pior é quando praticamos isso com aquelas pessoas que nos amam. Quando a ignoramos, como se o seu valor fosse menos que um objeto inútil. O pior quando a fazemos de insignificantes.
Como lidar com isso? Do lado de cá pensamos, vou deixar para lá. Do lado de cá vou fazer a mesma coisa. Mas e aí como vai ser? Será que realmente vamos resolver isso? Na verdade o lado de cá está tentando esconder o machucado profundo que claro, não se fechará. A verdade é que precisamos do outro como o lado de lá também precisa.
O primogênito
1- Meritocracia/soberba
Quando penso no primogênito, vem a minha mente, meritocracia. Na verdade este e tão egoísta como o caçula. Pois a meritocracia na maioria das vezes leva a soberba. Não estou dizendo que a meritocracia seja algo de todo ruim, mas nas relações é péssima. No aspecto espiritual, pior ainda, pois a meritocracia, coloca a ideia de que todos são iguais e mais, eu mereço porque sou bom, a soberba tá aí. Você já esteve do lado de alguém soberbo. É horrível, não é mesmo. Só ele é bom. Só ele sabe. Só ele é o cara. Não é assim? Na verdade, é o seguinte, nós não sabemos de nada. O que a gente sabe é mínimo diante de tudo que precisamos saber para viver.
Pense aí, antes de você, muita gente teve que ralar para que você tivesse a vida que tem. Vou dar um exemplo: quantos sapatos você tem em seu guarda-roupa, top né? Se você tivesse que fazê-los para usar, como seria? Ah, pense nos seus móveis, se dependesse de você para serem produzidos, como seria? Nós vivemos num coletivo, precisamos das habilidades e dons dos outros. Não podemos ser soberbos. A Bíblia nos diz que a humildade é a nobreza do céu. Jesus foi humilde, e quem é Ele? O Criador, mantenedor de todas as coisas.
Nós precisamos uns dos outros. Este filho achava por obedecer ao Pai. Por seguir as regras, o Pai seria injusto em receber seu irmão. Isso me faz pensar na parábola dos trabalhadores da vinha. Na pergunta do dono da vinha aos seus contratados que reclamaram: “Porventura, não é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque Eu sou bom?” Aqui está expresso a intenção por de trás daquele filho. A sua intenção é a seguinte: Eu segui a regras e tenho que receber, se eu soubesse que violar as regras ainda receberia sim, por que eu não violei também? Sabe, o que mostra nesta perspectiva é que ele nunca amou ao seu Pai. Nunca verdadeiramente quis o seu Pai, mas como o seu irmão, amava as coisas do seu Pai, Foi por isso que ele pegou 2/3 das coisas do seu Pai junto com o seu irmão e ainda sim não estava infeliz.
2- Ingratidão
Isso me leva pensar no seguinte item. A ingratidão. A pessoa ingrata é como um poço sem fundo, quanto mais você coloca água nela, quanto mais você aumenta o volume menos resultado dá. Nunca enche. O ingrato é assim. Tudo para ele é o dever do outro. O ingrato acredita que ele só por ter nascido no mundo merece ser bajulado, ser reverenciado e acima de tudo, atendido no seu tempo. Ele não consegue reconhecer que ele não é merecedor de toda a dádiva. Ele não consegue ver que o outro está o presenteando. Não consegue dizer, obrigado. Na verdade, o ingrato, não consegue ser feliz na felicidade do outro. Isso é triste. Talvez um exemplo claro para o nosso contexto, é quando alguém é batizado e chega todo disposto a ajudar e o crente ingrato, não está feliz com o que está fazendo na igreja, mesmo a igreja o atendendo e pensa: “lá vem este cara aqui para tentar tirar o meu lugar”. Este individuo deveria ler mais vezes o que João disse quando Jesus estava assumindo seu lugar: “Importa que Ele cresça e eu diminua” O problema do filho mais velho era a sua falta de alegria na alegria do Pai, isso porque era ingrato, ele estava recebendo todas as dadivas de estar na tutela do Pai e sua cegueira não o deixava ver.
3- Individualismo
Por fim, vejo no mais velho o individualismo. O crente individualista só pensa nele. O sermão é para mim, o atendimento da igreja é para mim, o evangelho é somente para mim. O céu é somente para mim. Diante se Deus estará somente eu, por quê? Jesus é só para mim. Já conviveu com pessoas assim. Não é fácil. É o individuo só pensa nele. Numa relação, não tem como você viver só pensando em você. Numa relação, é necessário repartir. Você não pode fazer somente a sua vontade. Você vai ter que abdicar dos seus desejos para satisfazer os desejos do outro. Pois numa relação existe cumplicidade, existe compartilhamento, existe abnegação. Há uma frase por aí que diz: “Se um não quer dois não brigam”, penso que ela é meia verdade. Pensa você, uma pessoa quer brigar contigo e você não quer brigar, se acha mesmo que não vai ter briga? Cara, se ela quer brigar, mesmo que você não queira, vai acabar brigando, sabe por quê? Porque ela vai te socar de qualquer maneira, pois ela deseja isso. A não ser que você desapareça da frente dela. Para que os dois não briguem e necessário que os dois não queiram. Cumplicidade, é assim que os relacionamentos perduram. Os Arautos do Rei já cantavam: o eu ou Jesus, quem vai ocupar seu coração? Jesus na cruz teve que fazer uma escolha Ele ou nós. Quem foi que Ele escolheu?
Pai
1- Respeito
Quando penso no Pai. Vejo respeito na escolha do filho. Ele reparte. Ele poderia não fazê-lo. Por quê? Porque ele é dono de tudo. Mas com o coração ferido, sentindo abandonado, respeitou o desejo do filho. Concedeu-lhe liberdade. Como Paulo diz sobre o verdadeiro amor em 1 Coríntios 13: “Ele não arde em ciúmes ... não se conduz inconvenientemente”. O verdadeiro, amor respeita as escolhas do outro. Respeita a decisão do outro. Respeita o limite do outro. Respeita a integridade do outro. Respeita a visão de mundo do outro. Ele não obriga, não machuca, não força, não oprime e tampouco não desrespeita.
É assim que Deus age conosco. Sabe esta história tem dois personagens. Os filhos representam a humanidade e o Pai, Deus. Mas o objetivo desta história, é fazer-nos olhar para o Pai e desejar ser como Ele.
Pedro disse: Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus e honrem o rei. Aqui está três esferas que merecem nosso respeito: os irmãos da fé, Deus e o civil.
Deus espera de nós que respeitemos como Ele nos repeita. Quer ser bem-sucedido na presença de Deus? Pratique o respeito.
2- Esperança
O segundo item que vejo no Pai. É a sua fé. Ele acreditava que o filho voltaria. João diz: “No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor” (1 João 4:18). É claro que aquele Pai estava com o coração ferido. É claro que a aquele Pai estava sofrendo. Mas mesmo assim, Ele tinha fé, Ele tinha esperança que seu filho voltaria. Não é a toa que Ele deu sua vida aos seus filhos, pois os seus bens não eram mais importantes que seus filhos. Outra coisa, Ele espera o caçula todos os dias.
Sabe, o problema de muitos relacionamentos é que as pessoas querem as coisas para ontem, não sabem esperar, não possuem fé em Deus e tampouco naqueles que a cercam. Não esperam a semente brotar. Não esperam a semente, crescer, granar e frutificar. E para que isso ocorra é necessário tempo. Nos relacionamentos é assim.
Entre nós é assim. Tem alguns que são maduros espiritualmente, outros ainda, são bebês. Olhe para a sua vida. Você é maduro espiritualmente? Se é maduro espiritualmente, logo você não possui medo. Logo, suas expectativas não são materialistas, mas espirituais. Você tem fé naquela pessoa que rejeitou você? Você tem fé naquela pessoa que foi egoísta com você? Você tem fé que ela vai voltar? Quantas vezes você é capaz de perdoar?
3- Abnegação
Outro elemento que me chama a atenção neste Pai, é sua abnegação. Jesus disse: “Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, acha-la-à” (Mt 16:25) Sabe, isso é difícil. Isso exige abnegação. Isso exige de nós o desprendimento de nossa visão egoísta e egocêntrica. Isso exige de nós uma luta interna, minha vontade Vs vontade de Deus.
Mas nada do que Jesus pede, Ele pede sem ter Ele mesmo feito. Esse Pai, foi capaz de desprender da sua vida para seus filhos, mesmo sabendo dos seus desejos egoístas. Isso é amor. Talvez você pense: Acho que esse Pai não estava bem. Lembre-se, o verdadeiro amor vai além da compreensão humana. O que Jesus fez, por nós, não há nesse mundo alguém que consiga compreender. E claro ele espera que “amemos uns aos outros como Ele nos amou”. Compreende?
4- Altruísmo
Talvez de todos os elementos que esse Pai nos apresenta, o mais nobre de todos seja esse: Altruísmo. Talvez ficamos com o senso de Justiça aguçado quando lemos que esse Pai entrega tudo sem se queixar, sem discutir, sem resmungar. Vemos um Pai servindo. Vemos um Pai se tornando servo diante dos filhos. Para o caçula, a sua aceitação. Para o mais velho o seu chamado. O Pai poderia não receber o filho caçula e se recebê-lo, coloca-lo como servo. Com o mais velho, vai até ele, o ouve reclamando dele como Pai e inda o convida a entrar. Veja o altruísmo desse Pai, Ele desce a altura de seus filhos e se brincar até um pouco mais abaixo. Agora, será que somos altruístas do mesmo modo. Quando alguém resmunga para nós, já enchemos o peito e dizemos o que achamos o que ele merece. Somos intolerantes. Somos dodóis. Somos cheios de 9 horas.
Tanto é que a própria Bíblia nos diz: Que Jesus se fez servo mesmo sendo o próprio Deus. Nos serviu, nos atendeu, nos socorreu, morreu nas nossas mãos (Filipenses 4:6-11)
5- Perdão
Vejo nesse Pai a capacidade de Perdoar. O segredo de todo relacionamento neste mundo de pecado é o perdão. A própria psicologia nos diz que o perdão é um beneficio para nós mesmos. Quem libera perdão é livre (livre da raiva, livre da angustia, livre dos maus pensamentos, livre de si mesmo). Quem pede perdão é feliz (feliz com sua auto-estima, feliz com sua consciência, feliz com a vida). Agora o perdão não é uma coisa nova. Não! Você sabe que o Perdão é divino e desde o jardim do Éden é ensinado. E para nós cristãos o perdão é enobrecedor. Nós fazemos o Pai nosso e na sua parte principal nos diz: “perdoa nos as nossas dívidas assim como já perdoamos nossos devedores” (Mt 6:12). Deixa eu te perguntar: Vai entrar no céu pessoas que não perdoaram aqui na terra? Claro que não. A parábola do credor incompassivo nos diz isso. O que Deus espera de nós: “Misericórdia quero e não holocaustos” (Mt 9:13) Se trocarmos holocaustos por culto, por louvor, por oração? Porque em outro lugar Jesus disse: “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mc7:6 e 7) Jesus quer a correlação entre teoria e pratica, ao ponto de dizer que se eu e você trouxermos nossa oferta a Deus e se lembrarmos que temos algum assunto a resolver como nosso irmão (isto é liberar ou pedir perdão) que deixemos a oferta de lado e vá depressa resolver o assunto e assim, podemos voltar e a ofertar, logo seremos abençoados. Percebe? Só cura quem foi curado e só fere quem já foi ferido.
6- Reconciliação
Sabe o último item que vejo no Pai é a reconciliação. Apesar de não queremos. Apesar de Deus não nos obrigar. Mas o que Ele espera de nós a reconciliação. Por quê? Porque Ele se entregou para nos reconciliar a Ele e entre nós. na história fica claro que Ele buscou reconciliar o primogênito ao caçula. A reconciliação exige de nós a capacidade de deixar de lado nossas ideias egocêntricas e egoístas. Exige de nós a capacidade de colocar o passado no lugar dele, que é o passado. A reconciliação exige de nós a capacidade de buscar confiar naquele que um dia confiamos. Pois a caminhada de fé é uma caminhada de confiança. A reconciliação é a capacidade de darmos ao outro e anos mesmo a oportunidade de recomeço.
Nunca se esqueça, O que o Pai ofereceu ao seus filhos foi algo que ele já havia experimentado e quando amamos alguém, a gente oferece ao outro aquilo que sabemos que é bom pra gente. E o que Deus nos confiou segundo Paulo? O ministério da reconciliação (2 Corín. 5:18-21). Que eu e você vivamos o ministério da reconciliação.
Conclusão
Deus espera que vivamos estes principios na vida cristã.
Por que? Por que Ele disse: meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei.
Por isso, ame com amor que Jesus te ama!!
Apelo:
Quantos de vocês prometem hoje para Deus:
1- Que se tiver alguma desavença com agum irmão teu irá resolver. Irá perdoar e reconciliar?
2- Quantos aqui, prometem a Deus que irão praticar os principios do Pai pródigo?
Deus seja louvado por tudo!!
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