Panorama Bíblico: Daniel

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Um chamado à firmeza - Panorama Bíblico de Daniel

Pré - Você gosta de assuntos como política, conflitos e intrigas, visões proféticas e lições para todas as eras. Com certeza Daniel é um livro para você. O Livro de Daniel é um maravilhoso convite para que nós percebamos a grandiosa soberania de Deus.
Leitura Bíblica - Daniel 1
Pós - Se você é alguém que se interessa por questões políticas, visões misteriosas, causas sociais e o futuro do mundo. Então o livro de Daniel é uma jornada que você não pode perder. Imagine-se em um cenário de intrigas na corte de um rei, sonhos enigmáticos desafiando os homens mais sábios e até mesmo a sobrevivência está em jogo… Daniel, um jovem judeu, cativo na Babilônia, experimenta um turbilhão de acontecimentos que ultrapassam a sua própria vida.
O jovem interpreta sonhos, enfrenta leões famintos e traz profecias que nos impactaram até os dias de hoje. Sim, Daniel é uma aventura fantástica, mas acima de tudo é uma demonstração da soberania de Deus sobre toda a terra.
Daniel em uma frase: O nosso Deus é soberano sobre todo o mundo e sobre toda a história, então devemos permanecer firmes a Ele!
Informações Básicas:
Autor - Daniel (Deus é meu Juiz)
Data - Aproximadamente 535 anos a. C. (O LIVRO COMEÇA EM 605 a.C.)
Local - Babilônia
Alvo - Israelitas exilados e reis babilônicos.
Versículo-Chave - Daniel 1.8 “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se.”
Palavra-Chave - Firmeza.
Contexto:
Daniel 1.1–2 ARA
No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou. O Senhor lhe entregou nas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e alguns dos utensílios da Casa de Deus; a estes, levou-os para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e os pôs na casa do tesouro do seu deus.
Quando olhamos para o início do livro de Daniel percebemos que precisamos fazer uma retrospectiva histórica. O pastor Hernandes Dias Lopes nos ajuda nisso:
Deus chamou a Abraão. Ele constituiu uma família. A família tornou-se uma nação. Esta desceu ao Egito, onde permaneceu quatrocentos anos. Deus tirou Israel do cativeiro com mão forte e poderosa. Dez pragas vieram sobre o Egito, desbancando as divindades do maior império do mundo. Israel perambulou no deserto quarenta anos sob a liderança de Moisés. Durante sete anos conquistou a terra, sob a liderança de Josué.
Surge a Teocracia no período dos juízes. Esse tempo durou cerca de trezentos anos, quando Israel oscilou entre pecado, juízo, arrependimento e restauração.
Depois da Teocracia veio a Monarquia. Cento e vinte anos de Reino Unido sob Saul, Davi e Salomão. Com a morte de Salomão em 931 a.C., sob o governo de seu filho Roboão, o reino se dividiu em: reino do Norte e Reino do Sul.
O Reino do Norte, formado por dez tribos teve dezenove reis, com 8 dinastias e nenhum rei piedoso. Por causa de sua obstinação e desobediência foram levados cativos em 722 a.C., pela Assíria, e jamais foram restaurados.
O Reino do Sul, formado pelas tribos de Judá e Benjamim, procedia da dinastia davídica. Esse reino teve vinte reis e experimentou altos e baixos, momentos de glória e tempos de calamidade, reis piedosos no trono e reis perversos e maus. Esse reino alternou momentos de volta para Deus e momentos de rebeldia.
Porque o povo abandonou a Deus e não quis ouvir sua Palavra, Deus enviou seu juízo sobre a nação. Os caldeus vieram contra eles, e Deus os entregou nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia.
Nos anos 608 a 597 a.C., reinava em Jerusalém Jeoaquim, que havia sido empossado por Neco, faraó do Egito (2Rs 23.34). Naqueles dias, duas nações lutavam pelo domínio da região: a Assíria e o Egito. Neco, rei do Egito, subira para batalhar contra o rei da Assíria (2Rs 23.29). Josias, rei de Judá, temendo pela segurança de seu reino, achou melhor atacar o exército egípcio, mas morreu na batalha de Carquemis, em 608 a.C. Neco, que agora estava com todos os trunfos na mão, destituiu a Jeoacaz, filho de Josias, quando este havia reinado apenas três meses, impôs pesado tributo a Judá, e constituiu rei a Jeoaquim, irmão do deposto Jeoacaz (2Rs 23.31–35). O castigo de Deus foi retardado, mas não evitado (2Rs 23.26,27).
Jeoaquim foi um rei ímpio. Seu pai Josias rasgou suas roupas em sinal de contrição e arrependimento. Ao contrário, Jeoaquim rasgou e queimou o rolo da Palavra de Deus que continha as mensagens do profeta Jeremias e mandou prender o mensageiro (Jr 36.20–26).
Jeoaquim era também assassino. Porque as mensagens do profeta Urias eram contrárias aos seus interesses, ele mandou matá-lo. Urias fugiu para o Egito, mas Jeoaquim mandou seqüestrá-lo. Ele foi trazido à sua presença e morto à espada (Jr 26.20–23).
Nabucodonosor fez três incursões sobre Jerusalém: em 606 a.C., levou os nobres (dentre eles Daniel) e os vasos do templo. Em 597 a.C., noutra incursão, levou mais cativos. O rei Jeoaquim rendeu-se sem resistência. Nesse tempo, também, foi ao cativeiro o profeta Ezequiel (2Rs 24.8). Em 586 a.C., após dezoito meses de sítio, os exércitos do rei da Babilônia saquearam a cidade de Jerusalém. Arrasaram-na totalmente, destruindo também o templo. O rei Zedequias foi capturado quando tentava fugir e levado à presença de Nabucodonosor. Seus filhos foram mortos em sua presença, seus olhos foram vazados, e ele levado cativo para a Babilônia com o seu povo (2Rs 25).
Em vez de haver quebrantamento, arrependimento e volta para Deus, o rei, os sacerdotes e o povo se endureceram ainda mais. Contudo o rei: “… endureceu a sua cerviz e se obstinou no seu coração, para não voltar ao Senhor, Deus de Israel” (2Cr 36.13). Diz ainda a Palavra de Deus que: “… todos os chefes dos sacerdotes e o povo aumentavam cada vez mais a sua infidelidade, seguindo todas as abominações dos gentios; e profanaram a casa do Senhor, que ele tinha santificado para si em Jerusalém” (2Cr 36.14).
A Babilônia tornou-se o maior império do mundo. Pensava que era senhora do universo. O reinado de Nabucodonozor abarcou um período de 43 anos. Durante seu reinado, a cidade de Babilônia foi embelezada. As muralhas da cidade eram inexpugnáveis, com trinta metros de altura e dava para três carros aparelhados, com mais de 1.200 torres. Ali havia uma das sete maravilhas do mundo antigo, os jardins suspensos da Babilônia.
O povo de Judá foi arrancado da cidade santa, e o templo destruído. O cerco trouxe morte e desespero. As crianças morriam de fome, os velhos eram pisados, e as jovens forçadas. Isso trouxe dor e lágrimas ao jovem profeta Jeremias. Ele chega a dizer que mais felizes foram os que foram mortos à espada que aqueles que morreram pela fome (Lm 4.9). O povo levado ao cativeiro se assenta, chora, curte a sua dor, dependura as harpas e sonha com uma vingança sangrenta (Sl 137.1–9).
Deus disciplina o seu povo quando este deixa de obedecer a sua Palavra.
Deus disciplina seu povo quando este substitui a obediência a sua Palavra por uma fé mística.
Deus disciplina seu povo para mostrar-lhe que Ele está no controle de todas as coisas.
Principais Personagens:
Daniel - Na babilônia recebeu o nome de Beltessazar; israelita cativo que se tornou conselheiro real (1.1-12.13).
Nabucodonosor - Grande rei da Babilônia; ficou louco por não reconhecer a posição soberana de Deus (1.1-4-37).
Sadraque - Também chamado de Hananias; exilado judeu colocado como responsável pela província da Babilônia; foi salvo por Deus da fornalha ardente (1.7; 2.49; 3.8-30).
Mesaque - Também chamado de Misael; exilado judeu colocado como responsável pela província da Babilônia; foi salvo por Deus da fornalha ardente (1.7; 2.49; 3.8-30).
Abede-Nego - Também chamado de Azarias; exilado judeu colocado como responsável pela província da Babilônia; foi salvo por Deus da fornalha ardente (1.7; 2.49; 3.8-30).
Belsazar - Sucessor de Nabucodonosor como rei da Babilônia; também usou Daniel como intérprete (5.1-30).
Dario - Sucessor de Belsazar como governante da Babilônia; seus conselheiros o pressionaram para que jogasse Daniel na cova dos leões (5.31-6.28).
Esboço do Livro:
I. Os antecedentes pessoais de Daniel (1:1-21)
A. A conquista de Jerusalém (1:1-2)
B. O alistamento de judeus para serem treinados (1:3-7)
C. A coragem dos quatro homens na provação (1:8-16)
D. A escolha dos quatro homens para cargos reais (1:17-21)
II. Profecias a respeito da dominação dos gentios (2:1—7:28)
A. Os dilemas de Nabucodonosor (2:1—4:37)
B. A humilhação e queda de Belsazar (5:1-31)
C. A libertação de Daniel (6:1-28)
D. O sonho de Daniel (7:1-28)
III. Profecias acerca do destino de Israel (8:1—12:13)
A. A profecia do cordeiro e do bode (8:1-27)
B. A profecia das setenta semanas (9:1-27)
C. A profecia da humilhação e da restauração de Israel (10:1— 12:13)
Quem foi Daniel?
Jovem promissor: Daniel nasceu em uma família nobre, e muito cedo foi levado como cativo para a Babilônia para a “Academia Real” de Nabucodonosor. Era um homem de oração e integridade, ocupou altos postos no governo de três reis muito importantes, Nabucodonosor, Belsazar e Dario, mas o poder não afetou sua integridade e fidelidade ao Senhor. Seu ministério durou cerca de 60 anos. Deus revelou a ele muito do futuro e deu habilidade de interpretação.
Amigos promissores: Daniel 1 conta a história de Hananias, Misael e Azarias (Daniel 1.6“Entre eles, se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias.”) e de como eles buscaram forças em Deus para resistir à tentação de comer alimentos oferecidos aos deuses babilônicos. Os quatro amigos permaneceram firmes em Deus.
Perguntas importantes sobre o Livro de Daniel:
Quem era a quarta pessoa na fornalha em chamas de Daniel 3.19-25?
Daniel 3.19–25 ARA
Então, Nabucodonosor se encheu de fúria e, transtornado o aspecto do seu rosto contra Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, ordenou que se acendesse a fornalha sete vezes mais do que se costumava. Ordenou aos homens mais poderosos que estavam no seu exército que atassem a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e os lançassem na fornalha de fogo ardente. Então, estes homens foram atados com os seus mantos, suas túnicas e chapéus e suas outras roupas e foram lançados na fornalha sobremaneira acesa. Porque a palavra do rei era urgente e a fornalha estava sobremaneira acesa, as chamas do fogo mataram os homens que lançaram de cima para dentro a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Estes três homens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, caíram atados dentro da fornalha sobremaneira acesa. Então, o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa, e disse aos seus conselheiros: Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo? Responderam ao rei: É verdade, ó rei. Tornou ele e disse: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses.
O livramento de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego das chamas foi um evento miraculoso impressionante. A fornalha era real. Os soldados que levaram os jovens para dentro da fornalha morreram. Por que complicar esse milagre com uma quarta pessoa na fornalha? Porque o próprio rei percebeu a discrepância entre o número de homens lançados na fornalha e o número de homens que ele viu andando pelo fogo. A verdade geralmente inclui complicações inesperadas.
O rei concluiu que a quarta pessoa era um ser celeste. Ele identificou o visitante de duas formas diferentes: “parece com um filho dos deuses” (3:25) e “anjo” (3:28). Quando ele ordenou que os três amigos saíssem da fornalha, o rei não estendeu o convite ao servo especial de Deus.
Visto a partir do contexto de toda a Escritura, a quarta pessoa poderia ser a segunda pessoa da Trindade (Jesus Cristo) numa aparição pré-encarnada. Para outros exemplos semelhantes do AT, veja Êxodo 3:2, Josué 5:13-15 e Juízes 6:11 em diante. Embora o termo “anjo” seja usado nesses relatos, a pessoa tinha uma ligação especial com o Senhor; não era simplesmente um anjo qualquer, mas sim o Anjo do Senhor. Sua presença pode ser surpreendente, mas ele não tem a aparência deslumbrante de um anjo que provoca uma reação de espanto. O rei viu quatro homens na fornalha. Aquele que apareceu miraculosamente ele identificou como “um filho dos deuses”. Talvez essa tenha sido uma exclamação inspirada.
Por que o Livro de Daniel é muitas vezes chamado de “Apocalipse do Antigo Testamento”?
Os livros de Daniel e de Apocalipse complementam um ao outro em vários aspectos. Escritos com um intervalo de cerca de seiscentos anos, ambos tratam do plano de Deus na história. Os dois livros tratam em parte de acontecimentos finais e oferecem visões proféticas paralelas dos últimos dias do universo original e do projeto de Deus dos novos céus, terra e reino.
Apocalipse confirma o entendimento da profecia que sugere que o cumprimento pode muitas vezes ocorrer em etapas ou em ondas. Por exemplo, muitas profecias reveladas a Daniel foram cumpridas até certo ponto nos eventos históricos que precedem a vida de Cristo, mas serão cumpridas definitiva e plenamente nos eventos finais da história.
3. O Livro de Daniel fala sobre Jesus Cristo?
Sim, Daniel retrata Jesus Cristo como uma pedra que “tornou-se uma montanha e encheu a terra toda” (2.35). As profecias de Daniel também descrevem o reino de Cristo como “um reino que jamais será destruído e que … destruirá todos os outros reinos” (2.44). Cristo é chamado de o Ungido que será morto (9.25, 26). Daniel também descreve Cristo como “alguém semelhante a um filho do homem” (7.13) - esse título foi usado pelo próprio Cristo (Mt 16.26, 19.28, 26.64) e demonstra a humanidade de Jesus. No entanto, Daniel descreve o Filho do Homem como aquele que se aproxima do Deus todo-poderoso e recebe autoridade universal.
Conclusão:
Daniel é um livro histórico e profético. Olha para o passado, interpreta o presente e fala sobre o futuro. Nada escapa ao controle de Deus, mesmo quando Sua presença ou Sua providência parecem não ser vistas na terra. As rédeas da história não estão nas mãos dos poderosos deste mundo, mas nas mãos daquele que está assentado no alto e sublime trono.
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