A LEI E O CRENTE

Exposição do Evangelho de Mateus   •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Introdução

Mateus 5.17–20 (NVI)
17 “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. 18 Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra. 19 Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor no Reino dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino dos céus. 20 Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus.
John Newton, o comerciante de escravos convertido e autor do hino Amazing Grace [Maravilhosa Graça], foi, além de tudo, um correspondente excepcionalmente sábio; muitos contemporâneos buscavam seu conselho espiritual. Em uma de suas cartas, ele escreveu: “A base da maioria dos erros que cometemos na religião é o fato de que somos ignorantes acerca da natureza e do desígnio da lei [de Deus]”. Isso continua sendo verdade nos dias de hoje. O papel que a lei de Deus exerce sobre nossa vida talvez seja a maior causa de dúvidas para boa parte dos cristãos. E é por isso que as palavras de Jesus em Mateus 5.17–20 são tão importantes. Aqui, Ele nos explica o lugar que a lei deve ter na vida cristã.
O Sermão do Monte (Capítulo 7: Jesus, A Lei de Deus e o Cristão (Mateus 5.17–20))
O filósofo alemão Arthur Schoppenhauer descreve a vida de modo muito pessimista. Ele diz que a experiência humana se assemelha a um pêndulo que oscila entre a dor e o tédio.
Entre a dor causada pelo desejo de se obter as coisas e o tédio e o vazio de a possuirmos
Você quer algo, você se se esforça por algo, você empenha seu máximo nesse algo até que você possui. E quando você finalemnte tem o que quer, há somente o vazio e o tédio, que dará vazão a outros desejos, outras dores e outros tédios, mas nunca a satisfação, nunca a completude.
Embora seja uma maneira pessimista, nos oferece um quadro muito interessante que pode ser aplicado aos dos polos sobre os quais oscilam compreensões erradas sobre o papel da lei de Deus na cristã.
Vivemos num cenário evangélico confuso, e duas tendências equivocadas se lançam sobre o povo de Deus a respeito do papel da sua Lei expressa no Antigo Testamento: o LEGALISMO e o ANTINOMISMO

O LEGALISMO

Por Legalismo podemos definir a busca pela auto justificação, pela auto promoção, a busca por salvação através da obediência aos mandamentos de Deus. Pessoas que se valem da lei de Deus como méritos pessoais e separam o mundo em duas classes: aqueles que são bons como eu, e aqueles que não o são. Uma vida com base numa obediênca que não é píedosa, que não é condescendente, que não é humilde. O legalismo pertence àqueles que se apropriam da lei de Deus para se auto afirmar, e geralmente dele brota o pior dos moralismos. Pessoas duras, insensíveis, incapazes de compadecer dos que caem, que não conhecem a misericórdia e a graça, apenas o mérito e o desprezo
O legalismo é a postura que no NT é exemplificada com maestria pelo testemunho dos FARISEUS e ESCRIBAS: esses homens conheciam a lei de Deus, conheciam os mandamentos, conheciam os estatutos, porém se agarravam neles pra obtenção de méritos perante Deus e tornavam a vida pesada e completamente árida pois despreza a GRAÇA e a e a misericórdia de Deus, despreza os méritos de Cristo como nosso salvador e substituto perfeito.
O Legalismo rejeita a cruz, rejeita a compaixão, rejeita o amor de Deus e contra isso Paulo argumentou nas suas cartas com maestria, e podemos citar o refrão da reforma protestante:
Efésios 2.8–10 NVI
8 Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; 9 não por obras, para que ninguém se glorie. 10 Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos.
O legalista despreza a graça de Deus, pois advoga para si o mérito da salvação, tornando a morte de Cristo inútil e o favor de Deus a miseráveis pecadores

O ANTINOMISMO

Já por ANTINOMISMO é justamente a visão distorcida e equivocada de que o seguidor de Cristo Jesus está livre da lei de Deus, livre dos seus mandamentos, e que “rejeita a lei como tendo qualquer lugar na vida cristã, seja como instrutora ou como avaliadora” dos nossos caminhos.
O pecado é atenuado e tudo é justificado e não se pode recriminar em nome da própria consciência que não acusa e em nome da graça de Deus compreendida de maneira completamente equivocada. Em nome da graça de Deus, da experiência, vivemos numa geração que não se pode confrotnar, se vive uma espécie de relativismo gospel; eu falo de Jesus, eu falo de Deus, eu quero ter experiências com o Espírito Santo, mas da minha vida eu faço o que eu acho melhor, e o padrão é aquilo que eu decido.
Essas pessoas negam o horror da realidade do pecado, e que o próprio conceito de pecado dado pelo NT é justamente
1João 3.4 NVI
4 Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei.
Os antinomistas enfraquecem a percepção de que é a lei de Deus que separa o certo do errado, o puro do impuro, o santo do imundo.
E dessa maneira, jovens e adultos assim vivem em vidas dissolutas, semeando ventos por causa de vidas e certamente colherão tempestades pois estão barateando a graça de Deus. Se o legalismo despreza a graça, o antinomismo vandaliza a graça de Deus. A desfigura a ponto de perder a sua preciosidade, o seu valor.
Foi Dietrich Bonhoeffer que cunhou o termo GRAÇA BARATA, e se você quiser sair daqui com uma boa definição do que é o antinomismo, é de fato o conceito de graça barata.
“A graça barata é a inimiga mortal de nossa Igreja. Hoje, nossa luta é pela graça preciosa.
A graça barata é graça como resto de estoque, perdão barateado, consolo barateado, sacramento barateado; é graça como riqueza inesgotável da Igreja, graça que mãos levianas gastam sem vacilo nem limite; é graça sem preço, sem custo. A essência da graça seria justamente esta: a fatura paga antecipadamente e para sempre. Se a fatura já está paga, pode-se obter tudo gratuitamente. Porque o custo é muito alto, também são incontáveis as possibilidades de uso e desperdício. O que seria a graça se não barata?
A graça barata é graça como doutrina, como princípio, como sistema; é perdão dos pecados como algo já dado por certo; é o amor de Deus como conceito cristão de Deus. Quem aceita o amor de Deus já está perdoado de seus pecados. A Igreja que segue esse tipo de doutrina da graça se vê automaticamente beneficiada por ela. Nessa Igreja, o mundo encontra cobertura barata para seus pecados, dos quais não se arrepende e, na verdade, não quer se libertar. Assim, a graça barata é a negação da Palavra viva de Deus, negação da encarnação da Palavra de Deus.
A graça barata, em vez de justificar o pecador, justifica o pecado. Desse modo, resolve tudo sozinha, nada precisa mudar e tudo pode permanecer como antes. “Nossos esforços são vãos.” O mundo continua mundo, e nós continuamos pecadores, “mesmo na vida mais piedosa”. O cristão pode, então, viver como toda gente, em pé de igualdade com todos, e não se atreve a, sob essa graça, ter uma vida diferente da que tinha sob o pecado, a fim de não ser acusado de herege fanático. (…)
Não é necessário, portanto, que o cristão seja um discípulo, mas que se conforte com a graça. Isso é a graça barata que justifica o pecado em vez de justificar o pecador que deixa o pecado e se arrepende; não é o perdão que separa do pecado. A graça barata é a graça que outorgamos a nós mesmos.
A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento do pecador, é o batismo sem disciplina eclesiástica, é a comunhão sem confissão de pecados, é a absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, é a graça sem cruz, é a graça sem Jesus Cristo vivo e encarnado.”
Dietrich Bonhoeffer, Discipulado, trans. Murilo Jardelino e Clélia Barqueta, 1a edição. (São Paulo: Mundocristão, 2016), 19.
Nessa tensão que envolve nosso cenário evangélico e a vida do cristão, o legalismo e o antinomismo nos oferecem os dois polos desse pêndulo desastrado da vida de quem não entende o papel da lei do Senhor.
Pelo lado do legalismo, a ganância por mérito te leva a esforços intensos e a dor de tentarmos alcançar o inalcançável - o favor de Deus por nossa conta. Eis um sistema de dor, o legalismo.
Pelo lado do antinomismo, há o tédio de vidas que não florescem, não frutificam e vivem uma graça barata, um cristianismo relaxado e absolutamente vazio de verdade.
Nesse cenário, é NECESSÁRIO entender portanto qual é o o PAPEL DA LEI DE DEUS na vida do discípulo de Cristo e como Jesus espera que vivamos perante a lei de Deus. Porque somente uma visão bíblica do papel da Lei nas nossas vidas nos fará frutificar como discípulos de Cristo.
Então hoje vamos falar de 2 aspectos cruciais da Lei de Deus na vida do cristão que vão nos ajudar a encontrar o caminho da árvore frutífera que nos é apresentada pelo salmo primeiro.
A VALIDADE da Lei de Deus
O CUMPRIMENTO da Lei

A VALIDADE da Lei

De volta ao nosso texto, Jesus declarou:
Mateus 5.17–18 (NVI)
17 “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. 18 Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra.
Aqui no sermão da montanha, Jesus já havia falado sobre a vida no reino de Deus; sobre as bem aventuranças, sobre como seus dsicípulos são sal e luz, são como uma cidade feita sobre um monte, e até agora não havia dito nada sobe a Lei de Deus de modo direto.
Isso causa estranheza aos ouvidos de quem está ali ouvindo a mensgaem, e levanta a acusação sobre Jesus: Ele está propondo a vida em parâmetros distintos da lei de Deus. É exatamente por isso que nesse ponto ele diz com todas as letras: EU NÃO VIM ABOLIR A LEI, eu vim cumpri-la. O cumprimento da Lei é o nosso prórximo ponto, mas aqui, deve-se ressaltar que Cristo declara a permanência eterna da lei de Deus. A validade contínua da lei de Deus; o discípulo de Jesus não está de modo algum desvinculado da lei de Deus
A Lei de Deus é válida enquanto a Criação for válida. Jesus disse que enquanto existirem céus e terra, nenhum menor pedaço da lei vai perder sua validade ou sua influência; nada será esquecido em nenhum lugar do cosmos. A própria criação pode envelhecer e passar, a Lei de Deus permanece para sempre e tudo há que ser cumprido.
A Lei de Deus revelada na Sua Palavra tem pelo menos 3 aspectos importantíssimos e que em si justificam sua imutabilidade:

a) A Lei do Senhor é a expressão do seu caráter

Êxodo 20.1–3 NVI
1 E Deus falou todas estas palavras: 2 “Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão. 3 “Não terás outros deuses além de mim.
Deus deu a sua Lei ao seu povo após libertá-lo do Egito. Mas o preâmbulo da Lei é importante. Antes de exigir o que ele deseja de nós, Ele se apresenta. EU SOU O SENHOR, TEU DEUS, QUE TE TIROU DA TERRA DO EGITO, DA TERRA DA ESCRAVIDÃO.
Vocês eram escravos, vocês eram oprimidos, agora vocês são libertos, e eu vou mostrar pra vocês quem Eu Sou, como é o meu carárter:
Deus se apresenta como LIBERTADOR(v.2); Como Deus ZEOLOSO (v.4) ; Como Deus MISERICORDIOSO (6); Como Deus JUSTO (não toma por inocente o culpado) (7) Como Deus CRIADOR, SUSTENTADOR e DEUS SANTO (sábado) (v.10); DEUS GENEROSO (prolonga os dias) (v.12)

b) A Lei do Senhor é a expressão e Sua vontade para a a vida humana:

2Timóteo 3.16–17 NVI
16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, 17 para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.
O que Paulo chama de Escritura aqui? A Lei e os Profetas, o NT estava ainda em plena atividade redatória. Quando Paulo está instruindo seu jovem discípulo ele diz que é a Lei de Deus, a Escritura que é inspirada e útil: Por ela nós conhecemos mais a Deus e seu propósito para nossas vidas.
Salmo 19.7–8 NVI
7 A lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma. Os testemunhos do Senhor são dignos de confiança, e tornam sábios os inexperientes. 8 Os preceitos do Senhor são justos, e dão alegria ao coração. Os mandamentos do Senhor são límpidos, e trazem luz aos olhos.
Salmo 119.164–166 (ARA)
164 Sete vezes no dia, eu te louvo pela justiça dos teus juízos. 165 Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço. 166 Espero, Senhor, na tua salvação e cumpro os teus mandamentos.
A Lei do Senhor é válida, é permanente e Sua palavra não falha:
Você tem considerado isso? Você tem parado pra ouvir a voz do Senhor e entender seus testemunhos, seus preceitos, seus madnamentos?
Importante lembrar que Jesus disse que não veio abolir a LEI nem os PROFETAS; o que significa que Jesus está afirmando a autoridade escriturística de TODO o AT.

c) A Lei expressa o caráter miserável do homem

Romanos 7.7–10 (NVI)
7 De fato, eu não saberia o que é pecado, a não ser por meio da Lei. Pois, na realidade, eu não saberia o que é cobiça, se a Lei não dissesse: “Não cobiçarás”. 8 Mas o pecado, aproveitando a oportunidade dada pelo mandamento, produziu em mim todo tipo de desejo cobiçoso. Pois, sem a Lei, o pecado está morto. 9 Antes eu vivia sem a Lei, mas quando o mandamento veio, o pecado reviveu, e eu morri. 10 Descobri que o próprio mandamento, destinado a produzir vida, na verdade produziu morte.
O que Paulo estrá dizendo aqui é que é por causa da lei que entendemos o poder e a força do pecado. Quando a Lei nos aponta o caminho e o caráter de Deus é que percebemos em nós que o pecado está vivo e nós mortos. O texto diz que o mandamento, destinado para produzir vida, nos produziu morte. No sentido de que ao entender o caminho e a perfeição do Senhor, eu encontro em mim toda a podridão possível e vejo que estou morto e carente de salvação.
Deixa eu ilustrar com uma cena doméstica e cotidiana.
LAVANDO FRIGIDEIRA:
Às vezes usamos a frigideira, ela esquenta demais e forma aquele fundo que fica grudado lá e difícil de sair. O que minha pouca experiência já me mostrou é que para lavar e tirar toda a impureza um caminho seguro é colocar uma água e aquecer, e depois passar ali a buxa. Pois o aquecer a frigideira acaba descolando a impureza e facilitando a remoção.
A lei de Deus aquece nosso coração e trazes a sujeira à superfície, mas somente Cristo consegue pelo seu sangue nos limpar;
Por isso que o evangelho é maravilhoso, pois a Lei aquece nosso coração, a Lei nos mostra a impureza, o evangelho nos joga aos pés de Cristo que nos limpa, que retira a impureza, nos faz novos pelo seu Sangue e seu Sacrifício.
Aplicação:
Você ama a lei do Senhor? Você tem desfrutado e meditado nos preceitos do Senhor? Você tem deixado essa lei aquecer seu coração, te mostrar suas impurezas e te levar aos pés de Cristo?

O CUMPRIMENTO DA LEI

Se Jesus então declara a validade perpétua da lei de Deus e se declara como perfeito cumpridor dela, em quais termos podemos entender que sentido Jesus CUMPRE a lei e como isso se estende a nós?
Mateus 5.17–20 (NVI)
17 “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. 18 Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra. 19 Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor no Reino dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino dos céus. 20 Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus.
João 5.39 (NVI)
39 E são as Escrituras que testemunham a meu respeito;
É muito importante entender que toda a Lei aponta para Cristo em todos os seus aspectos e que a obra de Jesus é uma obra que a cumpre perfeitamente nos aspectos PREDITIVOS e aspectos PRESCRITVOS

ASPECTOS PREDITIVOS

Na vida do discípulo de Jesus é necessário compreender que nós devemos entender a Lei de Deus sob a ótica da OBRA de Jesus. O sentido da palavra “cumprir” aqui é CONCRETIZAÇÃO DE SEU SIGNIFICADO COMPLETO
Paulo, aos colossenses, tratando sobre os significados dos rituais do AT, festas, dias sagrados, e podemos incluir aqui, com o apoio de Hebreus todo o sistema sacrificial, toda a teologia do templo, diz:
Colossenses 2.17 NVI
17 Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo.
tudo aquilo era uma SOMBRA da realidade que foi CUMPRIDA em Cristo, portanto não precisamos viver nessa sombra, mas viver na REALIDADE, no nosso relacionamentro direto com Ele.
Não há necessidade de sacrifício, não há necessidade de rituais de purificação, não há mais necessidade de sacerdócio, de arca da aliança ou qualquer coisa; Cristo através de sua morte e ressurreição, ascensão e futuro retorno é a concretização de tudo isso; Ele é o autor da nova aliança! A coisa linda dos evangelhos é ver Jesus em ação e cumprindo tudo o que foi dito a respeito dEle no AT com precisão impressionante
Mateus: Jesus, o Rei dos Reis A Consistência entre o Antigo e o Novo Testamentos (5.17)

Jesus cumpriu os tipos e as cerimônias do Antigo Testamento para que esses não fossem mais necessários ao povo de Deus (Hb 9–10). Colocou de lado a antiga aliança e firmou uma nova.

Nessa mesma linha de pensamento, A. T. Robertson explica que a palavra “cumprir” significa “encher por completo”. Foi o que Jesus fez com a lei cerimonial, que apontava para ele. Jesus também guardou a lei moral. “Ele veio completar a lei, revelar a total profundidade do significado que estava ligado a quem a guardava”. Resta claro que Jesus não contradiz o que foi dito, mas o coloca em foco ético mais nítido, numa espécie de intensificação radical das exigências da lei.

ASPECTOS PRESCRITVOS

Todavia, não podemos ignorar que Cristo nos chama a segui-lo e imitá-lo. No texto de Mateus Jesus diz que há recompensa em praticar e ensinar os mandamentos de Deus e é esperado que os discípulos extrapolem a justiça dos fariseus e dos mestres da lei. Ou seja, Jesus de modo algum diminui a lei aqui mas ele a expande e aprofunda na vida dos discípulos para nos oferecer o modelo perfeito que devemos buscar no discipulado.
Se por um lado a lei PREVIA o que Cristo ia fazer na sua obra, a Lei também oferece o padrão de vida Cristo viveu e que Ele pede que seus discípulos vivam e no decorrer do capítulo, Jesus vai demonstrar pros seus discípulos que eles precisavam viver a lei de todo o coração, e não pela aparência:
“ouvvistes o que foi dito; eu porém vos digo...”
Exemplos: homicídio, adultério, amor… o que Cristo está dizendo é que os seus discípulos precisam viver a lei com todo seu coração, e isso só é possível através da nova aliança.
Jeremias 31.33 NVI
33 “Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias”, declara o Senhor: “Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo.
É quando entendemos que a lei nos mostra nosso pecado e nossa maldade, mas que Cristo é o cordeiro perfeito que foi oferecido como sacrifício para nos fazer aceitáveis perante Deus; ele CUMPREI a lei com perfieção. Ele disse “a minha comida é fazer a vcntade do meu Pai” (jo 4.34) ; e agora , se cremos na sua morte e ressurreição, temos um novo coração que pode obedecê-lo não na força da aparência, não no exterior, mas com todo o nosso ser, libertos do pecado. Na continuidade do texto, Jesus diz que ao invés de não matar, devemos não odiar. Ao invés de não adulterar, devemos não desejar com lascívia. Ao invés de divorciar, amar; Ao invés de jurar, falar a verdade de coração. Troque tudo isso por amor. ao invés de não matar; amar. que pode ao invés de não adulterar; amar. que pode ao invés de não divorciar; amar.
O Sermão do Monte A Função Distintiva da Lei

Jesus disse: “Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus” (5.19).

Com estas palavras, Jesus está invertendo Seu ensino anterior, de que entramos no reino de Deus pela graça? Claro que não. Ele, com isso, está dizendo que nosso proceder perante a lei de Deus é um indicador de nossa atitude para com o próprio Deus. Se tratamos a lei despretensiosamente e encorajamos outros a fazerem o mesmo (se temos uma atitude decidida e intransigente de antagonismo em relação à lei divina), demonstramos ser estrangeiros à promessa da nova aliança em Cristo. Mas se amamos e guardamos até mesmo o menor dos mandamentos do Senhor e encorajamos outros a procederem de igual forma (se deliberadamente nos propusermos à obediência), temos uma marca clara de que amamos a Cristo e pertencemos ao Seu reino.

Através desse olhar do novo coração podemos entender o que Deus quer de nós e na dependência dEle, no perdão e na graça dEle, obedecemos seus mandamentos e nos santificarmos sem baratear a graça de Deus e sem também arrogar para nós a glória e o mérito que pertnecem somente ao Cordeiro.
Conheça a Lei, pratique a Lei, glorie-se em Cristo!
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