Juízes 21: Jeitinho Israelita

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Sintomas de uma nação pagã

1. Juramentos precipitados (v. 1-3)

Os filhos de Israel fizeram um juramento precipitado, movidos pelo sentimento de justiça extrema.
O povo chorou, tal qual fez em Judges 2:4 “Sucedeu que, falando o Anjo do Senhor estas palavras a todos os filhos de Israel, levantou o povo a sua voz e chorou.” Da mesma forma, isso não indica um claro sinal de arrependimento que gera a vida; pode ser apenas um remorso pelo ocorrido a Benjamin.
O questionamento feito no v. 3 lembra a pergunta feita por Gideão em Judges 6:13 “Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu! Se o Senhor é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o Senhor nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas.”
Não parece algo como colocar a culpa em Deus, mas um lamento em que o povo se pergunta porque Deus permitiu que isso acontecesse.
Fato é que esta passagem nos alerta para o perigo de juramentos precipitados. Em outros passagens da Bíblia observamos isso.
Leviticus 5:4 “ou quando alguém jurar temerariamente com seus lábios fazer mal ou fazer bem, seja o que for que o homem pronuncie temerariamente com juramento, e lhe for oculto, e o souber depois, culpado será numa destas coisas.”
Leviticus 19:12 “nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus. Eu sou o Senhor.”
Psalm 15:4 “o que, a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo, mas honra aos que temem ao Senhor; o que jura com dano próprio e não se retrata;”
Matthew 5:34 “Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus;”
James 5:12 “Acima de tudo, porém, meus irmãos, não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outro voto; antes, seja o vosso sim sim, e o vosso não não, para não cairdes em juízo.”
Aplicação:
Portanto, observamos que uma nação pagã jura sem pensar nas consequências. Já a Escritura nos alerta sobre pensar muit o antes de fazer um juramento. O juramento é um ato de culto ao SENHOR, portanto, não podemos ser como os pagãos que juram deliberadamente. Damos nosso testemunho por meio das nossas promessas e nossos cumprimentos.

2. Falta de consulta a Deus (v. 4-14)

Embora tenha chorado diante do SENHOR e oferecido sacrifícios a Ele, não é mencionado no texto que o povo procura o SENHOR para saber o que fazer diante da possível extinção da tribo de Benjamin.
Na verdade olhamos para duas ações feitas pelo povo de Israel que parecem ser produto da cabeça deles, mas não vindos de Deus.
v. 8-15: o assassinato de Jabes-Gileade: para conseguir mulheres a tribo de Benjamin, o povo de Israel promove o assassinato de uma cidade de Israel.
Mais tarde, Saul, que era da tribo de Benjamin, reparte um boi em 12 pedaços para convocar o povo de Israel a defender a cidade de… Jabes-Gileade. Provavelmente Saul era descendente dessa cidade que teve descendentes a partir das virgens sobreviventes.
v. 16-25: a destruição da festa de Siló: para manter a continuidade da tribo de Benjamin, uma festa ao SENHOR é deturpada. A ação dos benjamintas era a raptura/sequestro de mulheres virgens, teoricamente novas.
Aplicação: Uma nação pagã só procura a Deus em momentos de necessidade, quando requer algo dEle. Estamos no comportando do mesmo jeito?

3. Pecados para não cometer pecados (v. 15-25)

As duas ações já destacadas no ponto anterior, revelam dois pecados cometidos para… não se cometer pecados.
Visando não descumprir um voto (pecado), os israelitas matam uma cidade. Eles se uniram como um só homem para destruir Jabes-Gileade.
Ironia: no começo do livro, o povo de Israel se reune como um só homem para destruir os cananeus. Agora, o grau de decadência espiritual é tão grande, que o povo de reune como um só homem para lutar contra ele mesmo.
Visando não descumprir um voto (pecado), os israelistas deturpam uma festa dedicada ao SENHOR em Siló; além disso, eles “passam pano” para uma atitude repugnante de raptura de mulheres virgens. Isso só revela que foram tomadas ações meramente humanas para que se não quebrasse preceitos religiosos. Nada tão distante do que o SENHOR requeria de nós.
Ilustração: Davi e Bate-Seba: para encobrir o seu pecado de adultério, Davi cometeu um assassinato.
Aplicação: de nada adianta tentarmos corrigir pecados com nossas próprias ações.
Matthew 23:16 “Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas, se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou!”
A advertência de Jesus serve não só para os fariseus, mas para nós também: ao invés de criarmos apretechos para tentar subverter a ordem de Deus, o que Ele requer de nós é sinceridade em nossas ações.
Usar pecados para cobrir pecados é uma medida humana, e não aquilo que queremos.
Conclusão
Sintomas de uma nação pagã: 1) Juramentos precipitados; 2) Falta de consulta a Deus; 3) Pecados para cobrir pecados.
Aplicações:
O livro de Juízes aponta para o livro de Deuteronômio: quando o povo obedece ele é abençoado; quando ele desobedece ele é amaldiçoado.
O livro de Juízes mostra a necessidade de um rei segundo o coração de Deus. Embora este apontamento inicial seja Davi, vemos a luz da grande História, que Deus aponta para o Rei Jesus.
O livro de Juízes mostra que o povo de Deus precisa de líderes piedosos. Jesus implanta a liderança da sua igreja para o cuidado dela. Precisamos orar para que Deus vocacione líderes piedosos.
O livre de Juízes aponta para o grande juízo de Deus. Ninguém pode julgar a não ser o próprio senhor Jesus. Ele é o cumprimento do Psalm 96:11–13 “Alegrem-se os céus, e a terra exulte; ruja o mar e a sua plenitude. Folgue o campo e tudo o que nele há; regozijem-se todas as árvores do bosque, na presença do Senhor, porque vem, vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, consoante a sua fidelidade.”
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