IMPIEDADE – Pág. 57 à 60 – Parte II

Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 1 view
Notes
Transcript
7.3. Um indicador ainda mais exato de nossa inclinação à impiedade é o nosso desejo minguado de ter um relacionamento íntimo com Deus. Isso é uma das marcas da impiedade.
7.3.1. Os homens do passado, seguindo o exemplo do salmista desejavam esse relacionamento íntimo com Deus. O salmista dizia:
Que a alma dele ansiava pelo Deus vivo. Salmo 42:1,2
Que tinha sede de Deus e o buscava ansiosamente. Salmo 63:1
Que tinha desejo de habitar na presença do Senhor para contemplar a sua beleza. Salmo 27:4
7.3.2. Mas hoje em dia poucos de nós se interessam por essas coisas. Alguém pode ser moral e correto, ou até bastante ocupado no serviço cristão, e mesmo assim ter pouco ou nenhum interesse em desenvolver um relacionamento íntimo com Deus.
7.3.3. Deus é o foco da vida do cristão piedoso. Cada situação, cada atividade, seja no reino espiritual, seja terreno, é vista através das lentes focadas em Deus. No entanto, esse foco só é alcançado por meio do relacionamento cada vez mais íntimo com Deus. Sem esse relacionamento, ninguém pode agradar ou glorificar a Deus de verdade.
7.3.4. Se você acompanhou meu raciocínio até aqui, percebeu que nenhum cristão é totalmente puro. Como isso é, de fato, verdade, existe certo grau de impiedade em nós. A pergunta que deveríamos fazer com honestidade e humildade é:
Até que ponto sou ímpio?
Em que aspectos da vida Deus fica fora dos meus pensamentos?
Quantas de minhas atividades são realizadas sem que eu reconheça a presença de Deus?
7.3.5. A santidade total e a impiedade absoluta ficam em lados opostos de uma linha. Todos nós estamos em algum lugar no meio desses extremos. Jesus foi a única pessoa que teve uma vida absolutamente pura. E é provável que nenhum cristão verdadeiro tenha uma vida totalmente ímpia.
7.3.6. Mas onde estamos no espectro? Ao analisar a sua vida, lembre-se que não estamos falando de comportamento correto versus comportamento perverso. Estamos falando de realizar tudo na vida como se Deus fosse relevante ou irrelevante. As pesquisas continuam a mostrar que existe pouca diferença entre os padrões de valores e comportamentos dos cristãos e dos não cristãos.
7.3.7. Por que é que isso acontece? Certamente isso evidencia que vivemos praticamente sem levar Deus em consideração ou sem pensar em como agradá-lo ou glorificá-lo. Não se trata de afastarmos Deus de nossos pensamentos, de modo consciente e deliberado. Simplesmente o ignoramos. Ele povoa muito pouco a nossa mente.
7.4. No início deste capítulo, afirmei acreditar que a impiedade é o nosso pecado fundamental, até mais do que o orgulho. Imagine como o nosso orgulho desinflaria se, por exemplo, vivêssemos cada dia cônscios de que tudo o que somos, tudo o que temos e tudo o que realizamos é pela graça de Deus.
7.4.1. Eu e minha esposa lamentávamos o fato de duas pessoas, que sempre foram simpáticas e honestas, estarem se deleitando numa vida imoral. Então lembrei à minha esposa e a mim mesmo que, “se não fosse pela graça de Deus, estaríamos no mesmo barco”. O orgulho de nos acharmos mais santos do que os outros – um dos pecados aceitáveis mais comuns – é um produto direto de nossa maneira ímpia de pensar.
7.4.2. Os pecados da língua, tais como fofoca, sarcasmo, palavras grosseiras ditas a outros ou sobre os outros, não dão as caras quando temos certeza de que Deus ouve tudo o que falamos. O motivo de pecarmos com nossa língua se deve ao fato de vivermos, até certo ponto, na impiedade. Não nos ocorre que vivemos cada momento do dia na presença de um Deus que tudo vê e tudo ouve.
7.4.3. Creio que, em última instância, todos os outros pecados aceitáveis têm sua raiz no pecado da impiedade. Usando uma árvore como ilustração, imaginemos:
Nossos pecados, grandes e pequenos, crescendo no tronco do orgulho.
É, porém, a raiz que dá vida à árvore; e, nesse caso, a raiz é a impiedade.
No fim das contas, a impiedade sustenta a vida de pecados mais visíveis.
7.4.4. Se temos o hábito de encher a mente de maus pensamentos, como podemos então lidar com esse pecado? Como ser mais puros em nosso viver diário? I Timóteo 4:7
O verbo “exercitar” vem da cultura esportiva daquela época, refere-se aos exercícios que os atletas faziam diariamente em preparo para os torneios. Entre outras coisas, implica compromisso, consistência e disciplina.
Paulo queria que Timóteo, assim como todos os cristãos de todas as épocas, fosse comprometido em crescer na santidade, e tão intencional em sua busca, como agiam os atletas que competiam por um prêmio terreno.
No entanto, acho que a maioria dos cristãos dificilmente, ou nunca, pensa em se desenvolver na santidade.
7.5. Nosso objetivo na busca da santidade deve ser o crescimento cada vez mais consciente de que vivemos todos os minutos na presença de Deus; que somos responsáveis perante ele e dependentes dele. Esse objetivo deve incluir o desejo cada vez mais intenso de agradar a Deus e glorificá-lo nas atividades mais simples da vida.
7.5.1. Naturalmente o crescimento em santidade tem sua base no reconhecimento de que precisamos nos desenvolver nessa área importantíssima da vida. Espero ter deixado claro que todos nós somos, até certo ponto, ímpios quando vivemos sem nos preocupar muito, ou nem um pouco, com Deus.
Meu único pedido é que você, em oração, analise a mensagem deste capítulo e responda honestamente quanto tempo você gasta pensando em Deus no viver diário. O que você faria diferente no dia a dia se buscasse realizar tudo para a glória de Deus?
Acima de tudo, ore para que Deus torne você cada vez mais consciente de que vive cada momento de cada dia debaixo dos olhos daquele que tudo vê. Mesmo que você não pense muito em Deus, ele está sempre atento à sua pessoa e enxerga tudo o que você faz, ouve, cada palavra que você diz e sabe tudo que você pensa. Salmo 139:1-4
Related Media
See more
Related Sermons
See more