DOMINE SUA AMBIÇÃO! Êxodo 20.17
Dez Mandamentos • Sermon • Submitted • Presented
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· 1 viewO nosso contentamento em Deus nos faz dominar a nossa ambição por termos aquilo que Deus ainda não nos deu.
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Grande ideia: O nosso contentamento em Deus nos faz dominar a nossa ambição por termos aquilo que Deus ainda não nos deu.
Os mandamentos anteriores referem-se principalmente ao ato exterior, embora, no sentido amplo dado por nosso Senhor, os impulsos e sentimentos que levam à prática do ato também pareçam pecaminosos. Mas neste caso, é o desejo cobiçoso, a indulgência no pensamento interior de apropriação desejada, que é proibida; e a razão é atribuída pelo apóstolo Tiago, Tiago 1:15.
Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.
"Defesa e Exposição dos Dez Mandamentos na Nova Aliança" de Fernando Angelim:
"DeYoung conclui: Não é necessariamente errado notar o que as outras pessoas têm. Contudo, a maioria de nós não observa e nota essas coisas para dar graças a Deus por suas bênçãos concedidas às pessoas. Nós as observamos e deixamos de ser gratos por tudo o que Deus tem dado a nós.[349]"
Não semeie seus desejos no jardim de outra pessoa, mas cultive bem o seu próprio. Não deseje ser o que você não é, mas deseje ser muito bem o que você é; ocupe seus pensamentos em torná-lo perfeito e em carregar as cruzes, pequenas ou grandes, que você encontrará.
Francisco de Sales
Use as coisas temporais, mas deseje as coisas eternas. Você não pode ficar satisfeito com quaisquer bens temporais porque não foi criado para desfrutá-los. Mesmo se você possuísse todas as coisas criadas, você não poderia ser feliz e abençoado; pois em Deus, que criou todas essas coisas, consiste toda a sua bem-aventurança e felicidade.
Thomas à Kempis
William Barcley:
1. A primeira razão para buscarmos contentamento é que Deus ordenou que o fizéssemos.
Que a vida de vocês seja isenta de avareza. Contentem-se com as coisas que vocês têm, porque Deus disse: “De maneira alguma deixarei você, nunca jamais o abandonarei.”
Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!
Alegria, a inseparável companheira do contentamento, é fruto da confiança de que Deus está sempre no controle. O coração alegre reconhece e se deleita na soberania de Deus.
2. O contentamento é um tesouro e valor inestimável.
De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada trouxemos para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele.
É a eternidade que importa. O principal, então, não é a riqueza da nossa condição exterior, mas nossa condição interior. Burroughs escreve, “O contentamento é o dever, a glória e a excelência do cristão”.
3. Ter um espírito murmurador é um grande pecado.
Façam tudo sem murmurações nem discussões,
A murmuração implica esquecer-se da presença de Deus e de Suas bençãos. Normalmente nos leva a lembrarmos de fatos do passado de forma exageradamente positiva. Está ligada à nossa incredulidade, pois questiona não apenas a providência, mas também a provisão de Deus. (Enfim) Quando murmuramos, não cremos que Deus está no controle e questionamos Sua capacidade de cumprir Suas promessas. No fundo, isso é falta de fé.
4. O descontentamento é a origem de muitos dos nossos pecados.
Breve Catecismo de Westminster, Perguntas 80 e 81:
O que exige o décimo mandamento?
O décimo mandamento exige o pleno contentamento com a nossa condição, bem como disposição caridosa para com o nosso próximo e tudo o que lhe pertence.
O que proíbe o décimo mandamento?
O décimo mandamento proíbe todo o descontentamento com a nossa condição, todo o movimento de inveja ou pesar à vista da prosperidade do nosso próximo e todas as tendências ou afeições desordenadas a alguma coisa que lhe pertence.
Um espírito cobiçoso é um espírito descontente, pois deseja o que Deus não deu. Um espírito contente, por outro lado, encontra prazer naquilo que Deus lhe proveu e não anseia pelo que não tem.
Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.
É vital, então, que treinemos o nosso coração e aprendamos a estar contentes com o que Deus nos dá. Quando Deus nos faz novas criaturas em Cristo, Ele nos dá um desejo por Ele mesmo. Ansiamos por Ele como a corça anseia pelas águas.
Assim como a corça suspira pelas correntes das águas,
assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma.
5. Um espírito contente demonstra nossa humilde submissão à vontade de Deus.
Quero ainda, irmãos, que saibam que as coisas que me aconteceram têm até contribuído para o progresso do evangelho,
6. Sem contentamento, não podemos experimentar a paz de Deus.
E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.
7. Um espírito contente é um espírito que adora.
Barroughs afirma que adoração não é apenas “fazer o que agrada a Deus”, mas, também, “agradar-se do que Deus faz”. Adoração envolve encontrar nosso deleite em Deus e isso só acontece quando nos agradamos do Seu controle soberano sobre nossa vida. Quando estamos inquietos, agitados, ansiosos, não podemos nos deleitar verdadeiramente na preseça de Deus.
1. O perigo das ambições erradas. (v. 17)
(a) “Não cobiçarás”:
Compreende “possuir no coração uma intenção oculta que mais tarde se manifesta em ações concretas de furto e roubo”. Agostinho: “desejar mais do que é suficiente”.
(b) Um alerta:
Na revista americana “Cristianismo Hoje”, de 06/09/1999, Mark Buchanan publicou um artigo intitulado “Laçado [ou pego em armadilha] pelo Culto da Próxima Coisa”, onde ele disse:
Eu pertenço ao Culto da Próxima Coisa. É perigosamente fácil de ser apanhado. Isso acontece de forma padrão – não por se escolher o Culto, mas por não se resistir a ele. O Culto da Próxima Coisa é o consumismo em termos religiosos. Tem o seu próprio vocabulário de palavras sagradas: “Mais, você merece, novo, mais rápido, clean, mais brilhante, mais potente”. Tem a sua própria liturgia profundamente enraizada: “Prestações a perder de vista, crédito imediato (consignado ou não consignado), comece a pagar somente no ano que vem, sem juros por três meses”. Ele tem seus próprios pregadores, evangelistas, profetas e apóstolos: “Garotos e garotas propagandas, celebridades, atletas, desportistas, marqueteiros e pessoas de propaganda”. Tem, naturalmente, os seus próprios santuários, capelas, templos ou mecas: “Shoppings, hipermercados, armazéns clube, feiras, estádios e arenas, lojas de grife, etc.” Ele tem seus próprios sacramentos: “Cartões de crédito e de débito”. Tem também a sua própria experiência de êxtase: “O prazer de gastar”. A mensagem central do Culto da Próxima Coisa é: “Cobice e compre, pois é chegado o reino das coisas materiais!”.
(c) Ampliando o foco:
O problema da cobiça não está apenas em se desejar ter mais, mas, muitas vezes, em se desejar ter mais daquilo que é do outro. A cobiça, portanto, muitas vezes se mistura com ganância, inveja, ciúme e ressentimento. Daí é que nascem todos os outros pecados, como, por exemplo: ansiedade, autoimagem distorcida (bulimia, anorexia), medo, adultério, ira, assassinato, mentira, furto (cleptomania), desonra, desonestidade, imoralidade sexual, etc.
(d) São as riquezas, sempre elas:
As riquezas podem possuir o homem, tornando-se um ídolo, por causa da ansiedade do coração humano, do desejo e enriquecer ou ainda devido ao sentimento de falsa segurança proporcionado pelos bens.
— Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou irá odiar um e amar o outro, ou irá se dedicar a um e desprezar o outro. Vocês não podem servir a Deus e às riquezas.
— Por isso, digo a vocês: não se preocupem com a sua vida, quanto ao que irão comer ou beber; nem com o corpo, quanto ao que irão vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e não é o corpo mais do que as roupas?
Mas os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos insensatos e nocivos, que levam as pessoas a se afundar na ruína e na perdição.
Então lhes recomendou:
— Tenham cuidado e não se deixem dominar por qualquer tipo de avareza, porque a vida de uma pessoa não consiste na abundância dos bens que ela tem.
(e) A cobiça é a base de todo o “decálogo”, porque é a raiz de todos os outros pecados.
Mas os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos insensatos e nocivos, que levam as pessoas a se afundar na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e atormentaram a si mesmos com muitas dores.
Romilton Lourenço:
1. Os olhos cobiçosos desejam além daquilo que Deus pode nos dar e buscam outros deuses com a finalidade que lhes deem muito mais;
2. Os olhos cobiçosos desejam manipular ídolos, pois assim demonstram poder sobre entidades e ser humanos;
3. Os olhos cobiçosos mentem até utilizando o nome de Deus para conquistar coisas ou pessoas;
4. Os olhos cobiçosos trabalham sem parar, sem descanso, sem lazer;
5. Os olhos cobiçosos desonram pessoas, até aos pais se estes foram empecilhos para suas conquistas;
6. Os olhos cobiçosos matam.
7. Os olhos cobiçosos adulteram tudo, inclusive a fidelidade conjugal;
8. Os olhos cobiçosos roubam, pois, seu desejo não tem limite;
9. Os olhos cobiçosos mentem ainda que cause dano moral ao próximo, só para conseguir realizar seus prazeres de consumo.
2. Outras aplicações:
(a) Humildade não é pensar menos em si, mas pensar menos de si.
C. S. Lewis: “O orgulho não sente prazer em possuir algo, mas apenas em possuir mais do que o próximo. (…) A cobiça poderá levar à competição se não houver o bastante para todos; mas o orgulhoso, mesmo depois de ter mais do que desejava, tentará conseguir ainda mais simplesmente para afirmar o seu poder. Quase todos os males do mundo atribuídos à cobiça ou ao egoísmo são, na verdade, muito mais o resultado do orgulho. Exemplifiquemos com o caso do dinheiro. A ganância certamente fará com que se deseje dinheiro para ter uma casa melhor, melhores férias, melhores alimentos e melhores bebidas. Mas isso só vai até certo ponto. O que é que faz um executivo, que já ganha um salário elevado, ficar ansioso por ganhar ainda o dobro? Certamente não é a cobiça de maiores prazeres. O que ele ganha dá para comprar todos os bens ou prazeres de que alguém possa usufruir. É o orgulho, o desejo de ser mais rico do que alguém que também é rico, e (mais ainda) o desejo de ter poder. Porque é no poder que o orgulho mais se deleita. Não há nada mais que faça alguém se sentir superior em relação aos demais do que o ser capaz de movê-los como soldadinhos de chumbo.”.
Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, os exalte. Lancem sobre ele todas as suas ansiedades, porque ele cuida de vocês. Sejam sóbrios e vigilantes. O inimigo de vocês, o diabo, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar. Resistam-lhe, firmes na fé, certos de que os irmãos de vocês, espalhados pelo mundo, estão passando por sofrimentos iguais aos de vocês.
(b) Mude o seu foco: de uma perspectiva terrena para uma perspectiva espiritual.
"Dez mandamentos para a vida" de Jen Wilkin, Renata do Espírito Santo, Ingrid Andrade:
"Talvez o aspecto mais sombrio da cobiça seja a maneira como ela mantém nossos olhos fixos no plano horizontal. Quando rejeitamos a décima palavra, dizemos, com efeito: “Baixo os olhos para a terra: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do mundo”.52 Em vez de desejar o bem-estar do meu próximo, desejo suas coisas, seus relacionamentos e as circunstâncias que o cercam. É impossível você querer o melhor para o outro enquanto deseja essas coisas. A grande perda de uma vida cobiçosa é que ela mantém o amor a si mesmo como a preocupação primária. Se amamos o Grande Mandamento, devemos amar a décima palavra."
O problema da cobiça poderia ser resolvido se nós aprendêssemos a nos alegrar sempre no Senhor e esperar por Seu reino. A perspectiva humana nos leva a cobiçar as coisas mundanas, a perspectiva teocêntrica nos faz cobiçar as coisas divinas.
Portanto, se vocês foram ressuscitados juntamente com Cristo, busquem as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensem nas coisas lá do alto, e não nas que são aqui da terra. Porque vocês morreram, e a vida de vocês está oculta juntamente com Cristo, em Deus.
C. S. Lewis:
Na verdade, se analisarmos as audaciosas promessas de galardão e a natureza surpreendente das recompensas prometidas nos Evangelhos, parecia que Nosso Senhor considera nossos desejos não muito fortes, mas muito fracos, isto sim. Somos criaturas sem entusiasmo, brincando feito bobos e inconseqüentes com bebida, sexo e ambições, quando o que se nos oferece é ALEGRIA INFINITA. Agimos como uma criança sem noção, que prefere continuar fazendo bolinhos de lama num cortiço porque não consegue imaginar o que significa a dádiva de um fim de semana na praia. Muito facilmente, nós nos contentamos com pouco.
Foi algo que me constrangeu: o grande problema conosco é que nos contentamos com muito pouco. Não buscamos o prazer no Senhor com sequer o vigor e a paixão que deveríamos. E então, nos contentamos com bolinhos de areia ao invés de delícias infinitas que o Senhor nos oferece gratuitamente.
Ilust. Kent & Barbara Hughes, “Libertando o ministério da síndrome do sucesso”. No capítulo: “Sucesso é santidade”.
O adultério de Davi e suas consequências:
Foi o descumprimento do décimo mandamento – cobiçar a mulher do próximo – que levou Davi a cometer adultério, descumprindo assim o sétimo mandamento.
Depois, para roubar a esposa do próximo (descumprindo assim o oitavo mandamento), ele cometeu assassinato e descumpriu o sexto mandamento.
Ele descumpriu o nono mandamento dando falso testemunho contra seu irmão.
Tudo isso trouxe desonra aos seus pais e, assim, descumpriu o quinto mandamento.
Dessa maneira, Davi descumpriu todos os mandamentos referentes a amar o próximo como a si mesmo. E, em tudo isso, ele desonrou também a Deus. Não existe pecado simples! Ah, se todos os servos de Deus pudessem enxergar isso e crer nisso.