Uma aliança, um só objetivo, uma família.

Casamento  •  Sermon  •  Submitted
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1 Coríntio 13.1-8 - 1 Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. 2 Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. 3 E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. 4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6 não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 O amor jamais acaba...

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Laços de Amor, dois-em-um com o Senhor.

Laços de Amor, dois-em-um com o Senhor. Gn 2:18-24. Ef 5:22-33
“... E viu Deus que era bom.”
Os laços de amor que estabelecem a família:
1 – Em cada ato de criação, Deus concluía com uma palavra que expressava a perfeição de sua Obra, então a Escritura assim falava: “E viu Deus que isso era bom.”
2 – A primeira vez que surge um “não é bom” foi como expressão de obra incompleta, inacabada. Isto se deu no instante em que Deus falou de forma enfática: “não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”.
3 – A Criação de Deus só se completou com a mulher. O homem veio primeiro, mas o que era idealizado por Deus como humanidade feita à imagem, conforme a semelhança do Criador só estaria concretizado depois que o Criador sublinhou a importância do homem e da mulher, do macho e da fêmea. Razão pela qual a igreja afirmará sempre que a união entre duas pessoas deve apontar para a glória de Deus, e deve expressar em todos os aspectos a perfeição da obra de Deus.
4 – Duas pessoas e uma só carne. Foi assim que Deus estabeleceu o ser humano. Um casal e um só objetivo. Com efeito, é uma aliança entre pessoas, mas envolve o entrelaçamento de carnes.
5 - Portanto, na perspectiva bíblica, os laços que unem duas pessoas só fazem sentido se sugerirem a continuidade da espécie humana.

Uma harmonia que implica em responsabilidades.

Uma Aliança com o Senhor:
1.1 – Ao homem a responsabilidade de sustentar (servir de apoio), de dirigir, e não apenas o direito de dar nomes, mas sobretudo, de cuidar da família, zelando por esta com responsabilidade.
1.2 – Ao homem como marido o dever de honrar a sua esposa, respeitando e tratando-lhe como parte mais frágil, mas acima de tudo, amando-lhe intensivamente, de maneira semelhante a Cristo, que amou a sua Igreja a ponto de dar a sua vida por esta.
1.3 - À mulher o dever de honrar o marido, auxiliando-lhe em sua missão, amando e considerando que a sua carne é uma com a dele.

Uma aliança, uma só missão, uma família.

É preciso clareza no exercício dos papéis no seio da família. Nessa aliança de amor, espera-se a observância dos seguintes aspectos:
2.1 O Papel do marido e da esposa – a inversão dos papéis pode causar transtornos para a família e para a sociedade. Assim, quando as atribuições são bem definidas na família o resultado é uma família bem estruturada e equilibrada.
- A lógica de participação dos cônjuges no seio da família pode ser vista sob diversas óticas:
2.2 A perspectiva da ética Aristotélica (no séc. IV a.C) estabeleceu princípios para a família, onde o homem exercia o papel de dominador, sendo ele o elemento ativo, cabendo a mulher e filhos uma posição passiva na relação.
2.3 Na visão Cristã, conquanto o homem seja o indivíduo que lidera e, de certa forma, mais ativo nas decisões, ele tem uma participação de proximidade e de solidariedade na família a ponto de dar a sua própria vida por ela, uma analogia a Cristo como o cabeça da Igreja. Contudo, no modelo cristão, a mulher interage significativamente ao lado do marido. Do ponto de vista da finalidade da missão, não é só o marido quem executa, mas as duas pessoas interagem se empenham em concordar sempre com a missão. Todavia Deus estabeleceu critérios e ordem na criação - ao homem a responsabilidade de dirigir e tomar a iniciativa - portanto, cabe ao marido tomar as decisões inerentes ao ofício que lhe foi confiado por Deus. A mulher acredita na missão do marido, como sendo procedente da visão dada pelo próprio Deus. Entretanto, a mulher deve entender que sua condição não é passiva, especialmente nos dias atuais; a esposa participa de tudo com o marido, ela o orienta, fortalece, apoia e, sobretudo, amando confia.

Uma aliança entre duas pessoas expressa em valores comuns.

A vida a dois é a demarcação de espaço comum, é o lugar onde as qualidades se somam, entre elas:
3.1 Confiança – é a base para um relacionamento bem sucedido, que será tanto mais sólido quanto maior for a disposição de se entregar confiantemente ao outro.
3.2 Cumplicidade – essa é a palavra que melhor define a amizade que existe entre duas pessoas que se amam e decidem viver sempre em concordância mútua.
3.3 Diálogo – é o modo mais eficiente por meio do qual o casal se conhece, tornando a relação mais amadurecida. É o lugar onde os objetivos comuns são viabilizados e solidificados; é o maior investimento feito na unidade que se fortalece e consolida os projetos de vida; é o lugar de consolo por excelência em meio as situações adversas.
3.4 Responsabilidade – o homem e a mulher agora vivem um para o outro, um pelo outro, por isso cabe a ambos agir diligentemente, não economizando dar satisfação de onde está e do que está fazendo. Agora se estabelece uma família, razão pela qual cada um não vive apenas para si, mas em função do outro e para o outro.
3.5 Respeito mútuo – trocas de gentilezas é a melhor maneira de superar as diferenças nas adversidades. São nesses momentos difíceis que o casal deve estar atento às palavras que saem da boca quase sem pensar. Por isso, vale à pena pensar antes de falar, em alguns casos, calar. Vale à pena aprender com o outro. Ser tolerante e compassivo pode ajudar a superar muitos desafios.
3.6 Compreensão – Cada um considere a forma como o outro vê a vida, de maneira que a compreensão leve ao crescimento mútuo. As individualidades ainda existem, mas serão minimizadas constantemente pela via da unidade da família. Portanto, compreender significa esperar e desejar uma vida harmoniosa.
3.7 Aliança deve durar a vida toda – o que Deus uniu não separe o homem, cf. . Deve-se lembrar sempre que tudo que Deus criou é bom. O casamento é um projeto de Deus para a humanidade, por meio do qual a espécie humana vai continuar existindo até que Deus complete a obra em toda a Criação. É bom incluir Deus nesse projeto familiar, pois é melhor andar dois do que um, ademais, um cordão de três dobras não rebenta com facilidade, cf. .
3.8 Uma aliança em Deus - duas pessoas que são agora uma família que honra e glorifica a Deus com as suas vidas, as quais são apresentadas diante do altar do Senhor. Sendo assim, esse ato divino deve permanecer em vossas mentes sempre, fortalecendo a vossa união, no Senhor. Pois foi Deus quem fez essas coisas, elas são boas e agradáveis aos nossos olhos.
3.9 O amor acima de tudo - O apóstolo Paulo nos lembra que o amor é o vínculo da perfeição, cf. . Sendo assim, essa união só faz sentido se o fundamento for o amor, só se solidificara se o amor for a base dessa família que agora se estabelece. Além disso, o que se pode afirmar é que nada pode afogar esse amor, cf..
- Portanto, a expectativa de todos é que a aliança que se estabelece neste momento, já confirmada pelas bençãos derramadas sobre o casal, perdure e multiplique o amor; enquanto Deus consentir o fruir do sopro de vida, assim se ame com toda intensidade. Em nome e pelo amor de Jesus Cristo, amém!
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