DEPENDÊNCIA, a chave da felicidade

Lucas - Parte 1: Galileia  •  Sermon  •  Submitted
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Viver na dependência de Deus é a chave para uma vida feliz e satisfeita

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Cultura da performance. Pressão pelos resultados. Valor e identidade provados pelo que se faz. Mesmo na esfera espiritual: esforço para alcançar o favor de Deus. Leva ao esgotamento, ao mascaramento, à insatisfação.
Cultura da performance. Pressão pelos resultados. Valor e identidade provados pelo que se faz. Mesmo na esfera espiritual: esforço para alcançar o favor de Deus. Leva ao esgotamento, ao mascaramento, à insatisfação.
Lucas, uma visão contracultural. Não é a performance, é a identidade que conta. Quem dita a identidade é Deus, que nos faz novos em Cristo. Escolhe o desprovido, o necessitado, o improvável, para que ao final a glória seja dele.
Um processo de quebra de paradigmas. Quebra do orgulho humano, autossuficiência, autoimagem distorcida. Espírito: revelação de que somos muito menores e Deus muito maior do que pensamos. Coração transformado, habilitado a depender. Crer que o todo da vida é dependente do que Deus fez em Cristo. Por isso, a dependência é a chave de uma vida feliz.

DEPENDÊNCIA, a chave da felicidade

Depender de JESUS é a chave para uma vida feliz

Dependência que se reflete no chamado ao discipulado, na nossa missão como Igreja e na satisfação dos anseios do coração

A dependência no chamado (12-16)

A igreja de Cristo: erguida não na habilidade humana, mas na autoridade do Senhor. O seu chamado é soberano e reverte as expectativas humanas: quem escolheria um grupo mais improvável para a missão mais excelente da Terra? Pescadores ignorantes, homens com grandes crises de fé e até um traidor! No mesmo grupo, um cobrador de impostos e um revolucionário contra Roma. Outrora inimigos, agora irmãos. Perfis e personalidades diferentes, unidos num mesmo propósito. Tudo para dar errado, não fosse Jesus aquele que chama ().
João 15.16 RA
Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
Ao chamar: 1.Dá autoridade espiritual; 2.Capacita com dons; 3. Remove todas as barreiras. De tal modo que este novo Israel é bem sucedido onde o antigo falhou, em glorificar a Deus.
Autoridade que reverte as expectativas humanas: quem escolheria um grupo mais improvável para a missão mais excelente da Terra? Pescadores ignorantes, homens com grandes crises de fé e até um traidor! No mesmo grupo, um cobrador de impostos e um revolucionário contra Roma. Outrora inimigos, agora irmãos. Perfis e personalidades diferentes, unidos num mesmo propósito. Tudo para dar errado, não fosse Jesus aquele que chama (). Ao chamar:
Igreja, um empreendimento impossível à capacidade humana. Não como organização social, mas como Corpo de Cristo. Somente possível se aquele que chama nos fizer nascer de novo e santificar dia-a-dia. Incapazes de cumprir a tarefa se ele não nos dotar de poder (mais a seguir). Ação inócua se ele não abrir corações e portas ().
Autoridade que promove unidade na diversidade: no mesmo grupo, um cobrador de impostos e um revolucionário contra Roma. Outrora inimigos, agora irmãos. Perfis e personalidades diferentes, unidos num mesmo propósito.
Dá autoridade espiritual
Capacita com dons
Colossenses 4.3–4 RA
Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; para que eu o manifeste, como devo fazer.
Remove todas as barreiras
De tal modo que este novo Israel é bem sucedido onde o antigo falhou, em glorificar a Deus.
Arrogância dos métodos gerenciais aplicados à Igreja. ‘Sete passos para...’. Comunhão desenvolvida com base na esperteza humana. Sobrecarga de programações. Metodologias evangelísticas que se afastam da simplicidade do testemunho. Algo muito comum, já que nossa matriz é americana. Não faltam métodos!
Neste sentido, dependência que se revela na oração: como nos momentos críticos, Jesus ora. Estabelece um padrão de relacionamento com o Pai. Nossa falta de oração é preocupante, ela revela um coração orgulhoso que se julga autossuficiente (). Escolha de liderança baseada na oração, não nos talentos humanos. Testemunho fundado na oração. Discipulado humilde, em rogos para que Cristo forme seu caráter (filhos em casa tb).
Tiago 4.13–16 RA
Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna.
A dependência também se revela na maneira como o chamado é levado adiante.
Princípio repetido por Jesus: oração persistente nos momentos críticos. Escolha dos que levariam adiante a missão de buscar e salvar o perdido. Mesmo o Filho de Deus colocava-se em oração, buscando a direção do Pai. E nós, o que nossas orações revelam acerca de nossa autossuficiência? Dependemos o suficiente de Deus para orar? Ao desprezarmos a oração, revelação de nosso coração arrogante. Somos como . Não submeter nossos planos a Deus, mas fazer do plano de Deus os nossos. Direcionamento pelo Espírito.

O chamado a seguir é soberano e incondicional

O chamado dos doze, revelação da autoridade de Jesus.
Autoridade para gerar um novo Israel: 12, como os patriarcas. Do mesmo modo que Deus no AT gera as 12 tribos, Jesus mostra a continuidade e a ruptura, a sequência da obra de salvação e o novo tempo do Evangelho da graça.
Autoridade para comissionar: apóstolos, ‘enviados’. Aqueles dotados de autoridade para falar em nome de Jesus (). Por isso, o cânon - reconhecimento de que é parte do que os apóstolos ensinaram sobre Jesus. Contrário aos apóstolos modernos: autoridade que nasce não de capacitações individuais, mas de quem envia.
Autoridade incondicional: uma lista improvável. Todos falharam em um ou outro momento. Vaidade, covardia, violência. Até mesmo um traidor! Cristo sabe os propósitos e capacita os que chama. Ele os treina e dá a eles poder de agir. Como nós escolhemos nossa liderança? Dons humanos, recursos, influência. Performance! Falhamos na perseverança em caminhar junto, em ensinar, em saber que Deus age até mesmo por homens imperfeitos como nós.
A dependência da autoridade de Jesus na unidade da Igreja
FT: Dependemos de Jesus não apenas para tomarmos parte no corpo de discípulos, mas no poder e objetivos da missão

A dependência na missão (17-19)

Jesus desce do monte com os seus: missão não é feita na torre de cristal. É teologia em ação, no meio do povo. Nas ruas de Santana, no seu bairro, em meio à sua família.
Deparam com uma grande multidão: crentes e descrentes, amigos e adversários, judeus e gentios. Gente religiosa e impura. Amigos e adversários (Tiro e Sidom, tradicionais inimigos). A grandeza do desafio. Tantas necessidades! Uma multidão de ovelhas sem pastor (). Como a dependência se revela aqui? No despertar da compaixão que nos move (coração tradicionalmente egoísta, autocentrado). No despertar de trabalhadores para a seara. Na percepção que o campo branqueja (oportunidades). É grande a tarefa e precisamos de um grande Senhor com seu grande poder para nos guiar.
Mateus 9.36 RA
Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor.
Dependemos porque é grande a tarefa
Dependemos também na direção da missão. Propósito da multidão: ouvir, ser curada, liberta. Pessoas aproximam-se da Igreja por necessidades diferentes. Preciso entender o tempo de cada um. O foco é a proclamação, mas o poder do Evangelho é revelado em nossas ações práticas. Não se ouve o Evangelho se o estômago ronca mais alto. Igreja não é ONG, mas ela é protótipo do Reino. Devemos ser a encarnação dos valores que pregamos. Pessoas cansadas de uma fé de discurso vazio, que não se envolve, não pratica, não exibe poder.
Dependemos na visão que a missão deve tomar
Tudo porém, inócuo, se não formos revestidos de poder. Tal poder em Jesus, de modo que bastava um toque em suas vestes (). Poder que nele nasce de sua natureza como Filho de Deus, de sua íntima comunhão com o Pai e sua vida de santidade. Impossível de replicar, mas perfeitamente possível de copiar, quando tocamos em Cristo por meio da fé. Somos feitos filhos de Deus pela adoção do Espírito, podemos nos dedicar à oração e buscar uma vida mais santa. Que diferença faz uma vida santa aos pés do Salvador! Qual a influência de uma Igreja que tem em Jesus o seu poder, não na riqueza ou na excelência das capacidades de seus membros?
Mateus 9.20–22 RA
E eis que uma mulher, que durante doze anos vinha padecendo de uma hemorragia, veio por trás dele e lhe tocou na orla da veste; porque dizia consigo mesma: Se eu apenas lhe tocar a veste, ficarei curada. E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou. E, desde aquele instante, a mulher ficou sã.
Mas o texto nos chama a considerar nossa dependência de Cristo não apenas em nosso ministério, mas na satisfação das necessidades mais profundas do coração.

A dependência na satisfação do coração (20-26)

Sermão do monte, aqui da planície. Não contraditório: um lugar mais alto, em que pudesse ser visto e ouvido pela multidão. Pequenas diferenças de ênfase entre Mateus e Lucas. Algo em comum e essencial: anunciado a discípulos.
Discípulo, mais que um aluno. Identidade com o Mestre. Não são mandamentos formais, mas consequências de quem somos. Uma constatação a partir da nova natureza (citação do Garland). Não o que se deve fazer, mas o que se é como um seguidor de Jesus.
Jesus não está interessado em dar aos seus discípulos um novo sistema de moral, mas em transformar vidas de modo a viverem um padrão mais elevado de moral que imite as relações de Deus com o mundo (D. E. Garland).
Os anseios do coração humano, necessidade de satisfação. Pirâmide de Maslow (slide). Na criação: toda a árvore do jardim - satisfação vem de Deus. Diabo instiga Adão e Eva a buscarem satisfação em algo além. Nascimento da idolatria, da ideia de que podemos satisfazer a nós mesmos com coisas como bens, prazer ou reconhecimento. Arrogância, orgulho da autossatisfação (25 quilos de terra - 12 reais. Eu, mais ou menos 40 reais. Dirigindo um March ou uma Mercedes, com dívida no banco ou com uma fortuna). Vida vivida como se apenas o agora contasse, como se não houvesse nada além. A questão é que há, e sem isso o homem jamais se satisfaz (C. S. Lewis - sem slide) .
As criaturas não nascem com desejos a menos que exista satisfação para eles. Um bebê sente fome: bem, existe algo chamado comida. Um patinho quer nadar: bem, existe água. Os homens sentem desejo sexual: bem, existe algo como sexo. Se eu encontrar um desejo que nenhuma experiência neste mundo pode satisfazer, a explicação mais provável é que eu fui feito para outro mundo. Se nenhum dos meus prazeres terrenos o satisfaz, isso não prova que o universo é uma fraude. Provavelmente prazeres terrenos nunca foram feitos para satisfazê-lo, mas apenas para despertá-lo, sugerir a coisa real. Se for assim, devo tomar cuidado, por um lado, em nunca desprezar ou ser inoportuno por essas bênçãos terrenas e, por outro lado, nunca confundi-las com a outra coisa da qual elas são apenas um tipo de cópia. ou eco ou miragem.
Jesus chama à renúncia da autossatisfação. Feliz é o homem que se reconhece dependente. Feliz aquele que reconhece que a verdadeira felicidade está mais além da realidade material e imediata.
O que é pobre é feito herdeiro: seu conforto está em saber-se herdeiro de todas as coisas, não de pequenas fortunas. Não é errado ser próspero, o problema é quando a prosperidade se torna a única fonte de segurança e conforto (o louco de ).
O que tem fome será saciado: que sabe ser dependente da promessa de Deus, não de sua própria capacidade. Não apenas materialmente, mas que tem fome por justiça, que traz reconciliação com Deus, a qual apenas Deus pode prover (). Que se satisfaz no pão da vida que é Jesus (). Que anseia pela vinda do Reino, num apetite que jamais se satisfaz (frase do M’Cheyne).
Lucas 18.13 RA
O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!
Lucas 18.13 RA
O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!
Lucas 18.13 RA
O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!
João 6.35 RA
Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.
É marca clara da presença da graça desejar mais (Robert Murray M’Cheyne).
O que chora será consolado: que não se distrai nos prazeres terrenos e passageiros, mas sabe que é um peregrino em terra estranha. Que chora pelos seus pecados () e pelos do mundo (). Que encontram em Deus a consolação de suas dores. A estes, Deus enxugará dos olhos toda lágrima, enquanto conosco chora ao longo desta vida (frase do Moltmann).
Tiago 4.9 RA
Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza.
Salmo 119.136 RA
Torrentes de água nascem dos meus olhos, porque os homens não guardam a tua lei.
Deus chora conosco para que um dia possamos rir com ele (Jurgen Moltmann)
Tendo nele a satisfação da
O perseguido e desprezado será honrado como profeta: que espera em Deus a recompensa que não alcança de homens. Que encara o sofrimento por Cristo como algo digno (). Que são desprezados pelos homens, expulsos do convívio social, perdem a popularidade e a boa fana, mas que sabem que seu nome está inscrito no livro da Vida e sua coroa está nos céus (Sundar Singh - sem slide).
1Pedro 4.15–16 RA
Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome.
Sundar Singh nasceu em uma família sikh e se converteu a Cristo por uma visão quando tinha quinze anos. Ele imediatamente contou o fato à sua família. “Alguns disseram que eu estava louco; alguns que eu sonhei; mas, quando viram que eu não mudaria de opinião, começaram a me perseguir. Mas a perseguição não foi nada comparada com aquela agitação miserável que eu tive quando estava sem Cristo; e não foi difícil para mim suportar os problemas e a perseguição que agora começaram”. Logo depois, ele saiu de casa e se tornou um monge andarilho. Quando, pouco depois, ele voltou para casa, "a princípio, meu pai se recusou a me ver ou a deixar-me entrar porque, ao me tornar cristão, desonrara a família. Mas depois de um tempo ele saiu e disse: “Muito bem, você pode ficar aqui esta noite; mas você deve sair cedo de manhã; não me mostre seu rosto novamente. Fiquei em silêncio, e naquela noite ele me fez sentar a uma certa distância para que eu não poluísse a eles ou às suas vasilhas, e então ele me trouxe comida e me deu água para beber derramando-a em minhas mãos de uma vasilha erguida no alto, como se faz para um proscrito. Quando vi este tratamento, não pude impedir que as lágrimas escorressem dos meus olhos por meu pai, que costumava me amar tanto, agora me odiava como se eu fosse intocável. Apesar de tudo isso, meu coração estava cheio de paz inexprimível. NB: Anos depois, seu pai também se voltou para Cristo.
Uma reversão da ótica mundana de satisfação, performance e autossuficiência. Encontra em Cristo, no ‘está consumado’, a certeza de que Deus está próximo do que sofre (frase do Bonhoeffer). Ilustração: a criança nos braços do pai.
Penso que Deus está mais próximo do sofrimento que da alegria, e encontrar a Deus desta maneira traz paz, descanso e um coração forte e corajoso.
A maioria de nós tem experimentado a dependência de nossos filhos para enfrentar seus medos quando eles têm pesadelos ou trovões e relâmpagos durante uma tempestade. Eles vão acordar, gritar e pular da cama. Eles caminharão pelo vale do quarto deles / delas, abaixo o vale do corredor, para o vale de seu quarto. Eles pulam na sua cama, porque o que eles precisam é de alguém para estar com eles. Seu abraço não impede a chuva, o trovão ou o raio, mas muda a forma como eles o enfrentam. Eles adormecerão em seus braços. O medo que eles têm sozinho, eles não têm mais, porque mamãe ou papai os mantém. Você os ajuda a enfrentar seus medos no meio de suas lutas. Isto é exatamente o que o Pai celestial faz por nós quando enfrentamos nossos próprios medos e inseguranças.
Aprenda a depender da graça e do cuidado do Pai. Não se entregue a uma busca desesperada e desesperante por satisfação neste mundo, o que sempre vai resultar em decepção. Aprenda a ter humildade, como Agostinho nos lembra:
Qual a coisa mais importante em religião? Eu respondo: a primeira, a segunda e a terceira coisa é a humildade.
Seja humilde o suficiente para reconhecer que tudo o que você tem, o que você é e o que vive vem das mãos de Deus. Permaneça forte em meio às tribulações, sabendo-se cuidado por Deus. Agir na dependência desta verdade nos liberta a sermos o que somos: genuínos discípulos de Cristo, filhos todos do mesmo Pai. Que ele nos abençoe com um coração dependente dele.
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