INVENCÍVEL

Lucas: Parte II - Judeia  •  Sermon  •  Submitted
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Jesus governa soberanamente a obra da redenção

Notes
Transcript
Introdução
Eu preciso confessar, eu sou a pessoa mais metódica que você pode conhecer, garanto. Todo início de semana eu estabeleço para mim o que preciso fazer, uma agenda de atividades com tudo o que pretendo alcançar durante a semana. Na teoria, tudo funciona muito bem, com tempo bem planejado. Mas aí vêm os imprevistos: a agenda da Marcela, as demandas dos filhos, uma crise com algum de vocês, algum mal-estar físico. No fim, é verdade, eu nunca consigo cumprir tudo o que planejei - e isto, pra alguém metódico é torturante! Nem sempre eu consigo lidar bem com a minha frustração.
Eu acho que com você não é diferente, ainda que você não seja tão sistemático quanto eu. A gente se chateia quando algum plano escapa de nosso controle; mas há alguém que não tem este problema. O nosso Deus não se frustra, não só porque o seu plano é perfeito, mas porque ele tem poder para cumpri-lo livremente, sem qualquer interrupção.
Não com Deus, propósitos que não podem ser frustrados.
Qualquer pessoa sabe disto. Mesmo um agnóstico pressupõe que, se existe um Deus, então ele deve ser onipotente, onisciente e soberano, ou então ele não é Deus. Um Deus que está sujeito às circunstâncias não merece ser chamado como tal.
Você sabe disto, intelectualmente; mas quando se trata de aplicar estas verdades na prática, o conceito vacila. Quantas vezes você já não duvidou de sua salvação porque coisas ruins aconteceram com você ou porque caiu, mais uma vez, naquele pecado contra o qual você luta tanto? Se a salvação é pela graça, mediante a fé e que Deus, como mencionamos na liturgia, há de completar a obra que começou em você, por que não se sente completamente seguro?
Bem, você crê, ainda que de maneira vacilante, que Deus há de salvar você. Você crê que Jesus se entregou em seu lugar. Você crê que está rumando para o céu; mas, como John MacArthur afirma, você não consegue crer que Deus pode suprir as suas necessidades mais básicas! Ora, aquele que é fiel e poderoso para fazer o maior, não pode fazer o menor.
Fato é que precisamos ter a nossa certeza de que Deus pode e vai cumprir seu propósito em nós, que o seu propósito é invencível; e Lucas, cujo objetivo é, lembre-se, reenfatizar a nossa certeza no que fomos ensinados, toca mais uma vez neste assunto, nesta seção sobre a qual meditamos hoje.
Nossas dúvidas quanto à salvação. Ansiedade (MacArthur)
Explicação
É preciso que dois elementos fiquem bem claros a partir dos versos 37 e 38 do capítulo 21. Primeiro, que Jesus sempre desempenhou seu ministério às claras. Apesar de saber da forte oposição dos líderes de Israel contra si, Jesus jamais se escondeu ou deixou de cumprir sua missão. Quando de sua prisão, ele confronta os seus adversários justamente afirmando que ()
Marcos 14.19 NVI
Eles ficaram tristes e, um por um, lhe disseram: “Com certeza não sou eu!”
Marcos 14.49 NVI
Todos os dias eu estive com vocês, ensinando no templo, e vocês não me prenderam. Mas as Escrituras precisam ser cumpridas”.
Jesus jamais permitiu que o medo de homens o dominasse, nunca deixou de ser quem era ou fazer o que fazia por conta da opinião alheia. Que exemplo para nós de ousadia e firmeza!
O segundo fato a ser destacado à guisa de introdução é que o texto nos diz que tanto a sua popularidade quanto a oposição a ele cresciam cada dia mais, a ponto do sumo-sacerdote Caifás fazer um diagnóstico preciso da situação. Vejamos ():
João 11.48 NVI
Se o deixarmos, todos crerão nele, e então os romanos virão e tirarão tanto o nosso lugar como a nossa nação.”
Repare que Caifás revela também, aqui, qual a razão do seu temor. Em última instância, não era apenas inveja que os movia, mas o cuidado de que os romanos pudessem destruir a Israel ou, o que é pior para estes homens ganancioso, tirar deles a sua posição.
Caifás se mostra politicamente muito astuto aqui. Ele conhecia bem a ferocidade dos romanos diante da revolta. Como vimos na semana passada, Josefo estima que cerca de 1.100.000 pessoas tenham morrido na queda de Jerusalém, cerca de 40 anos depois destes fatos. Ninguém foi poupado: homens e mulheres, jovens e idosos, crianças de colo… Então, ele habilmente maquina a eliminação da principal ameaça, a seus olhos, o jovem profeta de Nazaré, Jesus.
Popularidade e oposição crescentes. A razão do temor.
Nós conhecemos bem este tipo de maquinações, não é mesmo? Nós sabemos como políticos mudam de lado ao sabor dos ventos, como antigos aliados traem desavergonhadamente, como se vendem valores em troca de vantagens, o toma lá-dá cá das negociatas por debaixo das mesas de Brasília. NIsto, renuncia-se à ética, à verdade, ao bem do povo. Não é muito diferente o que acontece aqui.
Os planos dos sacerdotes e líderes era, segundo Mateus, que Jesus fosse preso após a Páscoa, para evitar tumulto, já que a cidade ficava apinhada de peregrinos vindo de toda Palestina e de mais além. Era uma festa ordenada desde o Êxodo por Deus, para comemorar a libertação do povo de Israel do cativeiro, mas também da ira de Deus. Lembre-se, Israel teve os seus primogênitos preservados, enquanto os do Egito foram destruídos. O meio para esta preservação era o sangue de um animal inocente, espalhado nos batentes da porta.
Era uma ocasião santa, em que um cordeiro era sacrificado, para ser comido em família, acompanhado de ervas amargas (que lembravam o cativeiro), pão sem fermento (que era um símbolo de santidade) e de vinho ( representação da provisão e da alegria pela libertação). Era uma ocasião santíssima para Israel, em memória da obra de Deus em favor do seu povo.
Popularidade e oposição crescentes. A razão do temor.
É evidente, então, o significado que a Páscoa tem agora para nós, cristãos. Como Paulo nos lembra (), Cristo é o cordeiro santo, imolado para nos salvar da ira de Deus. Nós nos apropriamos dele pela fé, de modo que, pela sua ressurreição, somo slibertos do cativeiro do pecado e da morte, para uma vida de santidade em honra a ele. Jesus, crucificado em plena Páscoa, é a nossa Páscoa, hoje e para sempre.
Popularidade e oposição crescentes. A razão do temor.
Ferocidade dos romanos. Maquinações políticas hábeis.
1Coríntios 5.7 NVI
Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado.
A Páscoa. Significado e forma.
Nós estamos, nesta série, nos aproximando do momento da cruz; mas antes, quero mostrar a vocês a artimanha para prendê-lo e como os homens inutilmente pensam poder frustrar os propósitos de Deus. Vejamos, primeiro, como este propósito é indesejável aos homens.

Indesejável

Indesejável

Lucas de maneira deliberada enfatiza o contraste entre a santidade da Páscoa e a malignidade dos adversários de Jesus. É na Páscoa que eles tramam, prendem, humilham, julgam de maneira injusta e condenam o Salvador à morte. Eles rejeitam aquele que veio para salvá-los.
Como já dito, a intenção era prender e executar Jesus após a Páscoa, porque não sabiam como lidar com a popularidade do Senhor; mas a ocasião se mostra por meio de um dos doze, Judas Iscariotes, um homem ganancioso, conhecido pelo seu amor ao dinheiro. Veja o que diz a respeito dele:
João 12.6 NVI
Ele não falou isso por se interessar pelos pobres, mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de dinheiro, costumava tirar o que nela era colocado.
Satanás, aproveitando a brecha que a cobiça abre no coração de Judas, o toma para cumprir seu propósito de destruir a Jesus. Não sabemos se se trata de insinuação ou possessão simples, mas o texto deixa claro que o diabo é a mente por detrás do plano. Esta é a ocasião oportuno que ele esperava, desde a tentação no deserto ().
Lucas 4.13 NVI
Tendo terminado todas essas tentações, o Diabo o deixou até ocasião oportuna.
Tal é a alegria que toma os líderes que eles prometem a Judas trinta moedas de prata em troca de sua traição. Assim, o traidor cumpre a profecia de :
Zacarias 11.12 NVI
Eu lhes disse: Se acharem melhor assim, paguem-me; se não, não me paguem. Então eles me pagaram trinta moedas de prata.
Trinta moedas de prata equivalem, em valores atuais, a cerca de 4600 reais. Era o preço pago por um escravo. É firmado, então, um pacto sinistro entre Satanás, Judas e os líderes do templo para dar cabo de Jesus, tão logo a ocasião de poder prendê-lo sozinho, longe dos olhos do povo. O ponto aqui, é mostrar que
Os homens tentam impedir o propósito de Deus
Motivações do coração
Prática subreptícia do mal
Os homens tentam impedir o propósito de Deus
Mas o que leva o ser humano a rejeitar a quem lhe estende a mão, a quem tem poder pra salvá-lo. O texto é bastante claro: são as motivações do coração que ditam a rebeldia, dureza e malícia do coração humano.
Todos temos os nossos ídolos do coração. No caso dos líderes era o seu poder, a sua posição. No caso de Judas, o dinheiro e a proximidade do poder. Para outros, talvez seja a sua autoimagem ou a satisfação de seus prazeres. Aquilo que mais prezamos, pelo que buscamos nos domina, sem que nós nem mesmo percebamos. É uma escravidão silenciosa, uma prisão com amarras de cetim. É a realidade por detrás de , em que Jesus afirma que
Mateus 6.21 NVI
Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.
Nós buscamos servir aos nossos ídolos ocultos, todo o tempo! Quando algo os ameaça, nós reagimos, tal qual os adversários de Jesus agiram. Ao fazê-lo, nós abrimos uma brecha para a ação de Satanás e seus demônios, que usam justamente nossas afeições mais profundas para nos tentar e nos afastar de Jesus. É como o pregador americano Tony Evans colocou com bastante precisão:
Idolatria é o trilho que conduz o trem dos demônios (T. Evans)
Quantas vezes já não vimos ou ouvimos de pessoas que se afastaram de Jesus por esta ou aquela vantagem material? Pode ser aquele que o trai, vendendo os seus valores para o seu progresso na carreira. Pode ser aquele que o trai, em busca do prazer sexual proibido. Pode ser aquele que o trai, movido por senso de preservação diante da ameaça de perseguição. São, como Judas, iludidos por Satanás de que pode haver algo maior ou melhor do que o Senhor nos oferece. Tal qual aconteceu no Éden, o diabo continua a usar de nossa cobiça para plantar a semente da dúvida e da indisposição para com Deus.
Por isso, eu desafio você a sondar seu coração, por meio da Palavra iluminada pelo Espírito e responder: quais são as suas trinta moedas de prata? O que atrai especialmente, abrindo uma brecha na qual o diabo pode plantar as suas sementes?
E como se dá esta resistência?
Como?
Primeiro, no nosso texto, nós temos uma associação maligna para tentar impedir ao propósito de Cristo. Pedro descreve bem o que acontece aqui em .
Atos dos Apóstolos 4.27 NVI
De fato, Herodes e Pôncio Pilatos reuniram-se com os gentios e com o povo de Israel nesta cidade, para conspirar contra o teu santo servo Jesus, a quem ungiste.
Prática subreptícia do mal
É, como vemos, um complô de homens para assassinar aquele a quem Deus enviou para nos salvar. Junte-se a este grupo a influência maligna de Satanás e temos uma perfeita representação de um sistema que se coloca contra a vontade de Deus e tenta resistir a ela usando de todos os meios que tem à mão.
Podem ser as leis, a mentira, a violência, mas certamente a fórmula mais casual desta resistência é a rebeldia e a criação de um sistema de valores que fala mais sobre o pecado que há no coração do homem do que da bondade e graça de Deus.
Pior é pensar que, mesmo nós, crentes, de maneira consciente ou não, nos alinhamos com as fileiras dos inimigos de Cristo vez por outra. Mesmo um rei fiel como Josafá pode ombrear com Acabe, talvez o que de pior se possa encontrar à frente do povo de Deus no Antigo Testamento (). Ao auxiliar aquele rei mau em combate, Josafá recebe uma dura repreensão da parte do Senhor. Vejamos:
2Crônicas 19.1–3 NVI
Quando Josafá, rei de Judá, voltou em segurança ao seu palácio em Jerusalém, o vidente Jeú, filho de Hanani, saiu ao seu encontro e lhe disse: “Será que você devia ajudar os ímpios e amar aqueles que odeiam o Senhor? Por causa disso, a ira do Senhor está sobre você. Contudo, existe em você algo de bom, pois você livrou a terra dos postes sagrados e buscou a Deus de todo o seu coração”.
O que quero sublinhar aqui é que não é a vontade do Senhor que nos associemos com aqueles que odeiam a Cristo. Não nos coloquemos em jugo desigual. Esta é a sua instrução para nós em :
1Coríntios 5.11 NVI
Mas agora estou lhes escrevendo que não devem associar-se com qualquer que, dizendo-se irmão, seja imoral, avarento, idólatra, caluniador, alcoólatra ou ladrão. Com tais pessoas vocês nem devem comer.
O crente não pode entrar na corrente dos que vivem alinhados aos padrões desta era em que estamos, irmãos. Não há salvação sem perseverança. Se, como Judas, movidos por motivações esquivocadas do coração, nos deixamos envolver pelos inimigos de Cristo, nós nos tornamos, também como Judas, instrumentos nas mãos dos que nos odeiam. Por isso, permaneça com Cristo, não importando o custo, porque, no final, sabemos qual o propósito que prevalece.
Um outro aspecto a ser destacado sobre como os homens tentam impedir o propósito de Cristo é a prática oculta do mal. Perceba que há um contraste entre a maneira como Jesus age e a maneura como seus adversários agem. Se Jesus faz tudo às claras, sem se ocultar, os inimigos querem o segredo, a distância do povo. Se Jesus ensina todos os dias no Templo, Judas busca a ocasião oportuna, em secreto, para entregá-lo.
O Evangelho de João fala deste modus operandi maligno, ao dizer que ():
Associação espiritual maligna.
João 3.20–21 NVI
Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus”.
Mesmo crentes podem ser instru
Pv 29:24 ; 2Cr 19.1-3
Quem deseja ver seus pecados descobertos? Nós somos como Adão e Eva, tentando cobrir a nossa vergonha com folhas de figueira, algo que é absolutamente ineficaz. Nós resistimos em trazer luz sobre nossos erros porque, ao fazê-lo, nós nos tornamos menores do que gostaríamos. É uma ofensa ao ego aos nossos olhos e das demais pessoas.
; Sl 1.1
Prática subreptícia do mal

Irwin C. Hansen, CEO of Porter Memorial Hospital, Denver: “All you need is a big pot of glue. You smear some on your chair, and some on the seat of your pants, you sit down, and you stick with every project until you’ve done the best you can do.” Alan Loy McGinnis (family therapist, corporate consultant, author), who quotes this, adds: “Average achievers stay glued to their chairs and postpone pleasure so they can reap future dividends.”

Irwin C. Hansen, CEO of Porter Memorial Hospital, Denver: “All you need is a big pot of glue. You smear some on your chair, and some on the seat of your pants, you sit down, and you stick with every project until you’ve done the best you can do.” Alan Loy McGinnis (family therapist, corporate consultant, author), who quotes this, adds: “Average achievers stay glued to their chairs and postpone pleasure so they can reap future dividends.”
Aplicações
Prática subreptícia do mal.
Este é um aspecto nefasto de nossa pecaminosidade. Nós tememos mais as pessoas, a opinião pública, do que a Deus. É Davi com Bateseba, o ocultar do erro, mas jamais o abandonar o mal. O nosso freio moral não é o fato de que o pecado ofende a Deus, de que o nosso pecado levou Jesus à cruz, mas o que o meu vizinho irá pensar se souber que fiz isto ou aquilo, que sou menos santo do que gostaria de parecer. Daí que o pecado não é confessado, nós roubamos a Deus da glória de sua graça, as pessoas tentam abraçar o perfeccionismo, porque vêem em nós superhomens que são incapazes de falhar.
Você se lembra de Moisés, saindo da presença de Deus com o rosto resplandecente da glória, mas depois cobrindo o rosto para que as pessoas não percebessem que o brilho estava desaparecendo? É a ferramenta mais comum de quem quer ocultar o seu pecado, a hipocrisia. É dar às pessoas a impressão de uma glória que não existe aparte de Deus. OU também, nós nos escondemos por detrás da justificativa do erro. “Fiz isto porque o outro fez aquilo” ou “não fiz isto porque não tinha como”. Ou ainda, abraçamos a cultura da psicologização, que nega o pecado, enquanto tenta afogar os seus efeitos numa pilha de remédios e terapias.
Tolo! Acha que Deus é como qualquer homem? Que seus pecados estão distantes dos olhos do Senhor, de quem te conhece melhor do que você mesmo? Judas, teu rosto bonito e limpo de discípulo de Cristo pode enganar os fiéis, como os Doze, pode enganar a multidão que te vê andando com Cristo, mas não pode enganar aquele que sonda o coração. Acha que a tua religiosidade, fariseu hipócrita, pode ser escondida porque conduz ou se coloca ao lao dos que adoram no Templo? Você e a cara feia do seu pecado, debaixo da máscara de santidade, vão ser lançados juntos no inferno, se você não aplicar na sua vida o remédio do :
Querido irmão ou irmã, só há um remédio para a cura do pecado, aquela que Davi descreve no :
Salmo 32.5 NVI
Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao Senhor , e tu perdoaste a culpa do meu pecado.
Você precisa trazer o seu pecado à luz. Uma frase famosa de um advogado da Suprema Corte americana, chamado Louis Brandeis, diz que
O que nos restringe é a opinião pública
Davi e Bateseba
“A luz do sol é o melhor desinfetante” (L. Brandeis)
Ele tem toda razão. Não tema a homens, tema ao Senhor. Se for necessário humilhar-se diante das pessoas, confessando seus erros, faça-o. Encontre alguém que te ame e te aconselhe segundo a Palavra. Não tema a verdade sobre si mesmo. Há perdão para o homem quebrantado, mas o coração endurecido não terá lugar no Reino.
Aplicações
O propósito de Jesus pode ser indesejável aos homens, que movidos pelas motivações pecaminosas do coração, se unem para o mal e ocultam seus propósitos sob a capa da hipocrisia. Mas há algo maravilhoso no propósito de Jesus: ele não se submete à malícia dos homens.
Cristo domina o cumprimento do seu propósito

Insubmisso

Jesus não está submetido ao plano dos homens, ele é o senhor da situação. É algo que fica claro nos versos 7 a 13. Como dissemos, Lucas deseja deixar claro que o plano divino de salvação não se submete, nem é dependente do que os homens façam ou deixem de fazer.
O que temos neste trecho é que Jesus domina a situação como um todo, como um hábil diretor de cena, que coloca os seus atores como bem quer, a fim de que o seu propósito seja cumprido.
Por exemplo, Jesus conhece bem o coração dos homens. Ele, nas palavras de , pesa o coração dos homens. Você acha que aquilo que Judas queria fazer em oculto não era conhecido de Jesus? Veja a interação do Senhor com o traidor, durante a ceia ():
Provérbios 21.2 NVI
Todos os caminhos do homem lhe parecem justos, mas o Senhor pesa o coração.
João 13.26–29 NVI
Respondeu Jesus: “Aquele a quem eu der este pedaço de pão molhado no prato”. Então, molhando o pedaço de pão, deu-o a Judas Iscariotes, filho de Simão. Tão logo Judas comeu o pão, Satanás entrou nele. “O que você está para fazer, faça depressa”, disse-lhe Jesus. Mas ninguém à mesa entendeu por que Jesus lhe disse isso. Visto que Judas era o encarregado do dinheiro, alguns pensaram que Jesus estava lhe dizendo que comprasse o necessário para a festa, ou que desse algo aos pobres.
Conhecendo o que Judas haveria de fazer, Jesus arma um estratagema: ele ordena a Pedro e João que partam, ams não lhes dá um endereço. Ele apenas descreve um sinal inusitado. “Quando vocês entrarem na cidade, vocês vão ver um homem carregando um vaso d’água. Sigam a ele”.
O sinal é inusitado, porque homens não carregavam vasos na cabeça, isto era serviço de mulher. Com isto, Jesus revela que não conhecia apenas o coração de Judas, mas também as circunstâncias que Pedro e João encontrariam.
Quer mais? Jesus também diz a eles o que dizer ao dono da casa onde eles ceariam, qual seria a reação dele e como seria o aposento em que comeriam a Páscoa. Aliás, apenas como uma curiosidade aqui, este ambiente foi o quartel-general da Igreja de Cristo deste dia até o Pentecoste, o primeiro lugar que viu a Jesus ressuscitado com os seus e a vinda do Espírito para revestir a Igreja; e Jesus sabia de tudo isto!
O resultado, os discípulos encontraram tudo como Jesus havia anunciado (v. 13). Lucas, aqui, enfatiza o atributo divino da onisciência que Jesus, sendo Deus, também possuía. Em outras ocasiões neste mesmo Evangelho, nós vemos ele usando deste atributo. Por exemplo, lendo o coração de seus adversários em ; ou então, revelando as circunstâncias, em .
Onisciência
Lucas 11.17 NVI
Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e uma casa dividida contra si mesma cairá.
Lucas 19.32 NVI
Os que tinham sido enviados foram e encontraram o animal exatamente como ele lhes tinha dito.
Mas falar de onisciência aqui é muito pouco. É mais do que simplesmente conhecer todas as coisas.
Onisciência
Do coração de Judas (estratagema)
Você já reparou como a internet parece ler a sua mente? Como Facebook, Google e outros sistemas semelhantes parecem saber exatamente o que lhe interessa, o que você quer? Isto acontece porque os algoritmos, os programas presentes na rede monitoram a nossa atividade online. Na verdade, por conta de celulares, dispositivos portáteis como relógios inteligentes ou os assistentes digitais que agora estão na moda, até mesmo as batidas do nosso coração podem ser conhecidas por quem quiser fazer uso delas.
Jo 13.26-29
Jo 13.26-29
1Coríntios 4.5 NVI
Portanto, não julguem nada antes da hora devida; esperem até que o Senhor venha. Ele trará à luz o que está oculto nas trevas e manifestará as intenções dos corações. Nessa ocasião, cada um receberá de Deus a sua aprovação.
1Coríntios 4.5 NVI
Portanto, não julguem nada antes da hora devida; esperem até que o Senhor venha. Ele trará à luz o que está oculto nas trevas e manifestará as intenções dos corações. Nessa ocasião, cada um receberá de Deus a sua aprovação.
Nos protestos que estão acontecendo contra a China em Hong Kong há mais um exemplo de como o homem conseguiu ter conhecimento de tudo ou quase tudo. Sistemas avançados de reconhecimento facial permitem às autoridades saber quem está em determinado lugar em qualquer tempo. É por isso que (FOTO), muitos participantes dos protestos usam dispositivos como este que você vê para burlar o sistema.
Pv 21.2
Rigoletto
O Senhor conhece o propósito do nosso coração, não pode impedi-lo, tanto a falsidade quanto o desejo sincero
Das circunstâncias ao redor
Um sinal distinto: homem com um vaso
A disposição do dono da casa em ceder aquele espaço (mencionar a mesma sala da ressurreição e Pentecoste)
Isto é uma quase onisciência; mas quando falamos de Deus, há algo irreproduzível. Deus não somente conhece o coração ou o que vai acontecer. Ele conhece estas coisas porque ele as determina. O texto nos dá uma pequena pista a este respeito, na pergunta de Pedro e João no verso 9: “onde QUERES que a preparemos?” É a vontade de Jesus que determina a cena.
As condições do cenáculo
Resultado: tudo conforme havia predito
Outras ocasiões em que revelou onisciência
Do coração: Lc 11.17 (arrazoavam se expulsava pelo poder de Satanás)
Outro detalhe. Quando comparamos estes versículos com a instituição da Páscoa em , nós notamos uma semelhança admirável. Como Iavé, em Êxodo, Jesus determina QUANDO a Páscoa deveria ser celebrada. No caso de Jesus, um dia antes da Páscoa dos judeus, que iriam comer desta refeição apenas no dia seguinte, na sexta-feira. Jesus também determina o COMO da situação. Ele é o Cordeiro, mas também o Senhor da Páscoa.
Das circunstâncias: Lc 19.32 (o jumentinho)
O que nós chamamos de onisciência, Deus chama de soberania de vontade. Ele faz tudo o que quer, como quer. Como o Rev. Heber Campos diz em livro sobre os atributos de Deus, na mente do Senhor não há sucessão de fatos. Ele vê tudo como presente - e vê porque o determinou.
Não é simplesmente saber, é determinar
Atualidade: sistemas que conhecem até mesmo as batidas do nosso coração. Hong Kong - burlar o sistema de reconhecimento facial. Há uma diferença, porém, entre isto e o que acontece aqui.
A semelhança com na ordenança. Conforme a sua vontade (v. 9).
Onisciência, a maneira como nós vemos o fato. Na visão de Deus, soberania de vontade.
Héber: na mente de Deus não há sucessão de fatos. Ele vê tudo como presente - e vê porque o determinou.
A causa de todas as coisas é a vontade de Deus. Veja, primeiro, o que diz
Daniel 4.35 NVI
Todos os povos da terra são como nada diante dele. Ele age como lhe agrada com os exércitos dos céus e com os habitantes da terra. Ninguém é capaz de resistir à sua mão ou dizer-lhe: “O que fizeste?”
Quem pode resistir à mão do Senhor? É a pergunta de Daniel. Quem pode determinar como ele vai agir ou deixar de agir? . Homens podem fazer planos, diz Provérbios, mas qual o propósito que prevalece? Nós vemos nesta passagem que os homens podem ver o propósito de Deus como indesejável, mas eles são incapazes de impedi-lo. O que Lucas deseja mostrar é que não foi a malícia dos homens que levou Jesus à cruz, mas a sua vontade livre e invencível.
; ).
O que Lucas deseja mostrar: não é a malícia dos homens que levou Jesus à cruz, mas a sua vontade livre e invencível.
Provérbios 19.21 NVI
Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor.
Irmãos, nada nem ninguém é capaz de frustrar o propósito de Deus. Nós falamos sobre os sinais do fim na última semana. Nós vimos como eles se cumpriram e continuam a se cumprir todos os dias. Nenhuma profecia da Escritura falhou, porque Deus tem poder para cumprir o que diz.
Nada nem ninguém é capaz de frustrar o propósito de Deus - nem você mesmo. É tremendamente arrogante pensar que a oração muda a mão de Deus - antes ela nos muda, para que reconheçamos que ele é Senhor. É tremendamente arrogante pensar que tomar este ou aquele curso de ação pode frustrar o que Deus tem para nós - quem determina os fins não é o mesmo que determina os meios? É tremendamente arrogante pensar que a nossa salvação está em nossas mãos para que a percamos - será que Deus entregaria o seu Filho inutilmente, deixando uma joia tão preciosa quanto o destino de nossas vidas em dedinhos tão frágeis como os meus? Entenda, amado

O propósito de Jesus é soberano

É um propósito, como vimos, que não pode ser abalado, nem por homens, a quem ele conhece muito bem em suas limitações e fraquezas, nem pelas circunstâncias da história, que ele tem em suas mãos. O que ele determinou, o que ele escolheu fazer, creia, irá se cumprir, apesar das tempestades da vida, apesar de nós mesmos.
Isto é assim, porque, apesar do caminho de sofrimento que se daria ao final daquele mesmo dia em que estas coisas aconteceram, Jesus se dispôs a segui-lo. Ele não fugiu do plano estabelecido na eternidade, do pacto firmado com o Pai e o Espírito para a nossa salvação. Ele voluntariamente se dispôs a ser humilhado, espancado e morto em nosso lugar. Homens como Pedro, que reprovou a sua disposição de ir a Jerusalém para morrer não puderam detê-lo. A perspectiva da glória, oferecida por Satanás não o seduziu. O clamor da multidão, desejosa de coroá-lo não o fez desviar-se de seu firme propósito, soberano, invencível.
Não há prova maior de amor do que esta. Diferentemente de Judas, ele se manteve fielmente perseverante. Nisto ele mostrou que amava mais o Pai do que ao mundo, de que mirava mais o tesouro do céu do que as riquezas e glórias desta era. Nós precisamos imitá-lo em seu exemplo, mantendo-nos firmes para evitar que, de maneira tola e míope, sejamos atraídos e traídos pela cobiça do nosso próprio coração, perdendo a coroa que está reservada a nós.
Mas, pelo seu propósito invencível, Jesus também provou o seu amor a nós. Nós éramos os seus inimigos, pecadores consumados, destinados à ira justa. Quantos de nós não teríamos desistido das pessoas, diante de tanta humilhação, tanta resistência quanto Jesus suportou? Só que ele perseverou, por amor a nós, um amor gracioso, não merecido, que lava os pés de Judas, que dá ao covarde Pedro o privilégio de pastorear seu rebanho, que chama os discípulos fugitivos de amigos e lhes dá o seu Espírito. Tudo para revelar o quanto o Pai nos ama e o quanto ele deseja ter-nos consigo; e saiba, este amor não há de falhar.
Que podemos nós fazer, senão nos rendermos a tão grande amor e tomarmos nós mesmos a nossa cruz para cumprirmos o propósito que ele tem para nós? Queridos irmãos, que o propósito de Cristo seja cumprido em nós e através de nós, para este mundo que não merece, mas que é alvo deste maravilhoso propósito soberano de amor e graça.
Disposição de Cristo: prova do amor a Deus (perseverante, diferente de Judas) e a nós
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