O SENHOR, NOSSO REFÚGIO

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Deus é o nosso refúgio seguro contra a angústia

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Como é que teu coração lida com a falta de alternativas? Você deve conhecer a situação, aqueles tempos em que não parece haver uma luz no fim do túnel, não parece haver qualquer esperança. Quando os laços de morte dominam a alma e mesmo o dia mais brilhante e cheio de vida parece impregnado de morte.
São as contas que não param de chegar. É o diagnóstico fatal de alguém querido sobre uma cama de hospital. É a maldade e a traição de alguém que considerávamos amigo. É a rebeldia de um filho que se distancia cada vez mais do Senhor e de nós.
Diante da dificuldade, há sempre dois caminhos possíveis. Um é o da fuga, da negação dos problemas ou do alívio rápido. Nós nos entupimos de remédios que nos escravizam, usamos da desonestidade e de pagar na mesma moeda de impiedade ou até tirarmos a própria vida. A vantagem deste caminho é que não precisamos lidar com o problema e seus efeitos, que vão embora em um segundo - ou assim pensamos. A realidade é que os problemas continuarão ali e o alívio rápido se vai tão depressa quanto chegou.
O outro caminho é o de enfrentar o problema. É buscar soluções. É um caminho difícil, doloroso. Implica em paciência, resiliência, em esperar contra toda possibilidade; e ele ainda é mais difícil, se nós não sabemos onde ou em quem nos apoiar. Nós olhamos e volta e não há ninguém que nos apóie. Às vezes, nós estamos cercados de pessoas, mas mesmo assim nos percebemos sós. Um dos homens mais conhecidos da história, Albert Einstein, o criador da Teoria da Relatividade, anotou que
É estranho ser conhecido tão universalmente, e ainda assim estar sozinho (A. Einstein).
Eu quero nesta ocasião falar a você de aflição de alma e de solidão - e de como lidarmos com ela de modo santo e eficaz, pela lembrança de que

Deus é o nosso refúgio no tempo da aflição solitária

Nós veremos a aflição de Davi e como ele se abrigou no Senhor. Nós passaremos pela aflição de nosso Salvador para aprendermos como nós podemos olhar para o futuro com esperança, ainda que a aflição do coração seja grande e que não haja ninguém em quem nos refugiarmos. Comecemos pela tribulação de Davi.

A aflição de Davi e seu refúgio

Davi escreve este salmo, conforme descrito no seu título, nos dias em que ele esteve nas cavernas da Judeia ocultando-se de Saul e de seu exército. Resumo a você o descrito em 1Sm 21.10-22.5 (SEM SLIDE). Fugindo da inveja e do ciúme de Saul, Davi busca refúgio em Gate, a terra dos filisteus, justamente seus inimigos mais acirrados. Para ser recebido, ele se finge de louco diante do rei Aquis, mas mesmo assim é rejeitado. Então, ele vai à caverna de Adulão e além de sua família, junta-se a Davi um bando de marginalizados de Israel.
Daí porque podemos entender a sua angústia. Ele tem de lidar com a malícia dos homens, com o cerco dos homens de Saul, com os aliados do rei, como Doegue, que, de aldeia em aldeia vigiam seus passos. Ele enfrenta homens experimentados como Abner, o general de Saul. E ele? Veja o verso 4. Não há quem o defenda! A direita era, para o guerreiro, o ponto fraco, já que era a mão com que empunhava a espada costumeiramente. Na sua fraqueza, não há quem o defenda. Os homens que o cercam não são homens de guerra. Mas o seu verdadeiro cerco não é o de Saul, mas do seu próprio interior atribulado.
A prisão de Davi não é a caverna, nem Saul o seu carcereiro. A prisão de Davi é uma prisão de alma. Ele se sente enfraquecido, como se a vida se apagasse dele, como se a malícia dos homens e a solidão tivessem o poder de furtar do seu coração toda a esperança.
Quando nós observamos a vida de Davi, não se pode negar que, apesar de seus muitos deslizes, nós estamos diante de um homem de fé. Mesmo o crente mais fiel pode, vez por outra, premido pelas circunstâncias, provar do desânimo e da depressão. É a experiência de Tomás à Kempis, que anotou que
Eu nunca conheci um homem tão religioso e devoto que nunca tenha experimentado em algum momento um afastamento da graça e sentido uma diminuição do fervor (T. à Kempis).
A Bíblia nos dá provas claras disto. Davi não está sozinho. Gente que frequenta a lista dos heróis da fé de Hebreus passaram pela angústia da dificuldade. Gente do calibre de Abraão, José, Moisés. Como nos esquecermos de Elias, fugindo de Acabe e Jezabel? Cada um deles poderia repetir este salmo, na aflição de olhar ao redor e não encontrar quem quer que fosse que pudesse lhes servir de auxílio.
Mas não é apenas o sofrimento solitário que une estes homens de Deus. Porque, se não há ninguém que socorra José na prisão no Egito ou Moisés quando confrontado pela rebeldia do povo, ou Davi na caverna de Adulão, há ainda assim um lugar de segurança em que eles podem se refugiar. Há uma esperança constante, na certeza da fé. É Calvino que nos lembra que
Embora possamos ser severamente golpeados aqui e ali por muitas tempestades, ainda assim, vendo um piloto que dirige o navio em que navegamos, que nunca nos permitirá perecer mesmo no meio de naufrágios, não há razão para que nossas mentes devam estar oprimidas pelo medo e vencidas pelo cansaço.
O Senhor é para Davi o seu abrigo, tal como um ninho é para um pássaro. Um lugar de fuga onde ele encontra assistência e segurança. É o seu refúgio, a sua fortaleza. Mais que isto, o Senhor é para Davi o seu tesouro. É a sua herança, o seu privilégio, a sua recompensa. Homens tiram a sua força de armas e exércitos, ou de seus muitos recursos, ou de uma mente astuciosa, mas a força de Davi está no Senhor. Ele o afirma em outros salmos a sua confiança. Veja, por exemplo, o Sl 16.5. Ou também o Sl 119.57. Ou ainda no Sl 16.8. É baseado nesta confiança que ele pode clamar: liberta-me, livra-me. Porque ele sabe que Deus é misericordioso. É do seu caráter ouvir o que clama a ele em necessidade.
Salmo 16.5 NVI
Senhor, tu és a minha porção e o meu cálice; és tu que garantes o meu futuro.
Salmo 119.57 NVI
Tu és a minha herança, Senhor; prometi obedecer às tuas palavras.
Salmo 16.8 NVI
Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com ele à minha direita, não serei abalado.
Mas há ainda uma razão para que ele clame ao Senhor. É o amor que Deus tem pela sua própria glória. O verbo ‘derramo’ no verso 2 é o mesmo usado para as ofertas de libação, em que o azeite ou o sangue eram derramados no altar no culto a Deus. Davi derrama a sua queixa como um ato de adoração a Deus. Quando ora, Davi reconhece que o Senhor tem o poder e a misericórdia para livrá-lo; e, quando o livramento vier, não de homens ou da força do rei, Deus é quem receberá a adoração. Por isso, o verso 7. O louvor não virá apenas do rei, mas de todos aqueles que, contemplando a bondade do Senhor para com Davi, também compreenderão que o Senhor o ama e que o escolheu como rei de Israel.
E é justamente neste ponto que nós nos deparamos com algo magnífico neste salmo.
Eu explico. Você vê, no final do verso 7, Davi dizendo que os justos se reunirão à sua volta por causa da tua bondade comigo, ou na versão RA, quando me fizeres bem. Bom, estas são traduções possíveis e boas; mas literalmente, traduziríamos “os justos se reunirão à minha volta porque me deste a minha recompensa”.
Mas que recompensa era devida a Davi? Deus iria salvá-lo porque ele fez algo meritório? Não é por misericórdia?
É aqui que aprendemos algo maravilhoso neste salmo. Porque, se ele se aplica completamente a Davi e sua situação histórica, ele nos faz olhar para mil anos adiante, para o Filho de Davi e Grande Rei de Israel, o Senhor Jesus Cristo.

A aflição do Salvador e seu refúgio

Tire os olhos dos montes e cavernas de Judá e olhe para dois montes, cerca de 26km da caverna de Adulão. O primeiro monte é o das Oliveiras, em uma noite de quinta-feira. Jesus está orando. Homens maus tramam prendê-lo. Ele também está só. Seus amigos, fracos e incapazes de defendê-lo, dormem a sono solto. No momento mais difícil, eles o abandonarão. Ele pede que o Pai o livre, se assim fosse possível; mas, diferentemente de Davi, a resposta é negativa. O Pai não o livrará. Pelo contrário, permitirá que ele, o justo Jesus experimente o maior de todos os sofrimentos já experimentados por qualquer ser humano. Deus disse sim à oração de Davi, mas não à oração de Jesus.
Olhe agora para o outro lado do vale do Cedrom. Olhe para o Calvário. O Salvador está em angústia. Seus adversários zombam dele, desafiando-o a descer da cruz. Ele está só. Poucos de seus seguidores acompanham seu sofrimento. Davi podia confiar que, se ninguém estivesse à sua direita, Deus o defenderia. Mas o grito de Jesus, citando o Salmo 22.1 espelha sua realidade terrível, de que mesmo o Pai o abandonara, virando-lhe o rosto enquanto ele se fazia pecado em nosso lugar. Deus livrou a Davi, mas não ao seu Filho.
Salmo 22.1 NVI
Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? Por que estás tão longe de salvar-me, tão longe dos meus gritos de angústia?
Magnífico mistério de amor esse, que faz com que o Senhor ouça a oração de um pecador como Davi, mas rejeite a oração de seu filho Jesus. O Pai permitiu que homens prevalecessem sobre ele, o prendessem, o humilhassem, o matassem. Tudo o que não foi dado a Saul foi entregue nas mãos dos adversários de Jesus. Ele foi abandonado, só. Ninguém pôde na história recitar o salmo 142 com tanta propriedade quanto Jesus. Ninguém enfrentou a maldade dos homens de modo tão injusto e a solidão de maneira tão penetrante como o Senhor; mas não foi em vão. O próprio Jesus é quem explica a razão de tamanho sofrimento, veja em Jo 15.13:
João 15.13 NVI
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos.
É o amor de Deus que motiva Jesus a dar a sua vida em lugar de homens indignos, de pecadores como eu e você. Se homens agem com malícia contra nós, mesmo que de maneira indireta, nós merecemos a sua injustiça, porque pecamos e em momento ou outro, nós também prejudicamos ao nosso semelhante; mas o mesmo poderia ser dito de Jesus? 2Co 5.21:
2Coríntios 5.21 NVI
Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus.
Jesus sofreu a injustiça no lugar de injustos para que os injustos fossem feitos justos aos olhos de Deus. Mais ainda. A Bíblia nos diz que o pecado fez separação entre nós e Deus e nosso semelhante. Nós merecemos a nossa solidão; mas a solidão de Cristo, chorando só no Getsêmane e na cruz nos reconcilia, com Deus, com o nosso semelhante e até mesmo com a criação. Veja Rm 5.11:
Romanos 5.11 NVI
Não apenas isso, mas também nos gloriamos em Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, mediante quem recebemos agora a reconciliação.
Agora, olhe para a tumba escavada na rocha, na manhã de domingo. Ainda há malícia, uma guarda colocada em posição para evitar uma fraude da parte dos amigos de Jesus. Ainda há solidão, no corpo que descansa no túmulo, a solidão de nossa morte lançada sobre ele; mas então a terra treme, e a malícia dos homens é humilhada, quando os soldados fogem apavorados. O corpo antes morto agora vive. Jesus não está mais só: anjos o servem como primeiras testemunhas da ressurreição. O que aconteceu?
Simplesmente o cumprimento do verso 7 de nosso salmo. A glória de Deus revelada no livramento de Jesus. Nem o poder da morte, a malícia dos homens e o cativeiro da alma podem detê-lo. O nome de Jesus exaltado sobre todo o nome. Homens e mulheres o vêem ressurreto e se dobram em adoração. “Senhor meu e Deus meu”, diz um Tomé assombrado com a glória de Cristo.
Homens e mulheres que continuam a se render a ele hoje. “Senhor meu e Deus meu”, eles dizem a um Cristo vivo, ao Jesus que lhes deu a certeza e a esperança da vida eterna, ao Cristo que restaurou a sua alegria e propósito.
Mais ainda. É o cumprimento da parte final do mesmo verso 7. Ele mesmo profetizou, em Jo 12.32:
João 12.32 NVI
Mas eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim”.
Antes não éramos povo. Cada um seguia em seus próprios caminhos, andávamos distantes dele, mas ele, por meio de sua cruz e ressurreição nos atraiu a si, de modo a que agora fomos feitos família de Deus. Não somos mais inimigos, mas amigos. Mais ainda, somos irmãos.
O que quero dizer é que o sofrimento e a solidão de Jesus conquistaram para nós a certeza da vitória contra o pecado e seus efeitos, bem como sobre a solidão. O Pai concedeu ao Filho a recompensa de que o nosso salmo fala. Não, o bem feito a Davi não foi uma recompensa, mas aquele feito a Jesus sim. E a sua recompensa somos nós, os que cremos.
Aquele que crê e hoje sofre, sofre conhecendo que nada pode nos separar do amor de Deus. Nem os problemas, ou a malícia dos homens, nem mesmo o nosso próprio pecado. Por causa do sofrimento e da solidão de Cristo, nós podemos ter a certeza de que jamais estaremos sós. Nós temos um refúgio seguro em Deus, por causa de Jesus.
E isto é fundamental para compreendermos de que maneira eu e você devemos lidar com a nossa própria aflição.

A nossa aflição e o nosso refúgio

O Senhor pode permitir que a malícia dos homens nos afete? Sem dúvida. Acontece o tempo todo. As pessoas nos enganam, nos lesam, armam ciladas para nos ver cair. O nosso direito é negado e nós sofremos pela maldade alheia. Além disto, nós temos de lidar com as adversidades da vida, como a perda, a catástrofe, a doença.
Considere a atual situação. Nós vivemos dias incertos, não é mesmo? Há um inimigo oculto no ar, uma simples e mortal molécula de DNA, envolvida numa capa fina de gordura. Nós tememos ser contaminados ou contaminar alguém que amamos, nós tememos a perda do emprego ou a quebra da empresa, nós não sabemos quando o isolamento irá terminar.
As pessoas agem de maneiras diferentes diante de tudo o que está acontecendo. Há os que sobrevivem um dia após o outro. Há quem entre em depressão ou se deixe tomar pelo tédio. Há até (ou haverá) quem se deixe levar pelo desespero. Milhares de famílias enfrentam a apreensão da doença e centenas o luto da perda.
E nós não vemos saída. A ciência ainda luta para encontrar uma cura ou uma prevenção ao coronavírus. A perspectiva de uma vacina leva ainda meses - e é bem provável que nossos idosos tenham de manter-se isolados até lá. Não há um projeto bem estabelecido de como sair da quarentena, de como retomaremos a vida, se é que isto será possível.
As perspectivas mais otimistas falam de 40 mil mortos no Brasil (eu disse otimistas). Átila Iamarino, biólogo que se tornou famoso nos últimos dias, diz que nós não poderemos mais retornar ao nosso modo de vida antigo, que tudo mudou a partir destes eventos. Nossos governantes preferem digladiar-se em busca de posições políticas ao invés de encaminharem soluções efetivas.
Não há onde nos refugiar, quando todas as soluções humanas, a inventividade, a capacidade do ser humano falham… a não ser no Senhor. Porque, se Deus opera através do engenho humano, muito mais no campo da impossibilidade, onde a sua glória refulge com muito mais brilho. Deus é o teu abrigo, teu refúgio seguro, quando você se sente só, desamparado e sem alternativas. Se ele é o teu tesouro, o teu quinhão, então deixe tua alma repousar tranquila, enquanto eleva a ele a tua oração.
Sim, porque se o Pai virou às costas para a súplica de Jesus, foi para que as nossas fossem ouvidas por ele diante de seu trono de graça. É impossível dizer isto sem passarmos e darmos ouvidos ao autor de Hb 10.19-20:
Hebreus 10.19–20 NVI
Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo.
Aproxime-se do trono da graça com a tua aflição,a tua incerteza e você encontrará alívio em tempo oportuno. O puritano Thomas Manton nos aconselha neste sentido:
Uma boa maneira de obter conforto é pleitear a promessa a Deus em oração... Mostre a ele a sua letra; Deus é terno para com sua Palavra. Esses argumentos em oração não visam funcionar sobre Deus, mas sobre nós mesmos.
Certamente! Deus é fiel à sua Palavra. E como Manton diz, não é para que ele seja lembrado de suas promessas, mas para que nós nos lembremos. Com elas, em oração diante de nós e aos olhos de Deus, o interior é fortalecido pela fé. Por isso, faça uso constante da oração e descanse, sabendo que Deus é fiel.
Também, descanse seguro em relação às armações dos homens contra você. Digo isto num nível individual, mas também no coletivo. Porque, neste exato momento, corporações estão estudando como manter os lucros dos seus acionistas, mesmo que isto implique em lançar à fome populações inteiras. A ONU já estimou que cerca de 100 bilhões de dólares serão retirados dos países em desenvolvimento para investimento em locais mais seguros e estáveis. ISto certamente irá gerar desemprego em massa; mas o coração do que crê deve permanecer tranquilo. Porque por mais que o poder e a malícia dos homens possa nos atingir, jamais poderão nos afastar de nosso refúgio e de nosso tesouro. Aqui, a lição de outro puritano, Samuel Rutherford:
Mantenha a aliança de Deus em suas provações. Agarre-se à sua bendita palavra e não peque. Fuja da raiva, ira, rancor, inveja, preocupação. Perdoe cem centavos a seu companheiro, porque seu Senhor perdoou dez mil talentos. Pois eu lhe asseguro pelo Senhor que seus adversários não terão vantagem contra você, a menos que você peque e ofenda a seu Senhor no meio de seus sofrimentos (S. Rutherford).
Compreenda que ainda que homens nos abandonem, Deus estará sempre conosco.
Uma última palavra. No eventual abatimento da alma pela crise atual e pelo isolamento, volte-se para Deus e busque a libertação e a alegria por um amanhã de esperança. Nós estamos com saudades: de nossos familiares queridos a quem vemos apenas por videoconferência, de nossos amigos, dos irmãos da igreja. É duro para mim estar pregando aqui, nesta igreja vazia, sem vê-los. Dá saudades do nosso café, do nosso abraço, que está proibido até segunda ordem. Mas eu sugiro a você aproveitar a sua solidão, como nos diz o pastor americano Bill Gothard:
A solidão torna-se nossa “amiga” quando nos força a desfrutar da amizade de Deus tanto quanto desfrutaríamos da amizade de outros (B. Gothard).
Em outras palavras, se não podemos estar fisicamente juntos, estejamos juntos naquele que nos une. Cresça em oração, meditação na sua Palavra. Aproveite para aprender mais e mais a valorizar a comunhão, porque ela vai retornar. Nós nos reuniremos novamente!
Queridos irmãos, que na sua angústia e aparente solidão, você possa buscar a companhia daquele que é nosso refúgio e socorro.
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