Fazei isto em memória de mim

A Nova Aliança  •  Sermon  •  Submitted
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A importância da nova aliança com o significado do pacto.

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Introdução

Texto Bíblico: Lucas 22.19-20
19 E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. 20 Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.
A páscoa é a comemoração mais importante para o cristãos, ela tem mais importância que o natal, que a virada de ano ou outra festa que comemoramos em nossos dias.
A palavra "páscoa" usada na bíblia Hebraica é pesah, qual tem dois significados:
Ritual ou celebração da primeira festa do antigo calendário bíblico como encontramos em, Êxodo 12.11,27,43,48;
A vítima do sacrifício, ou seja, o cordeiro pascal como encontramos em Êxodo 12.21; Deuteronômio 16.2,5-6.
Na Escritra Sagrada, o nome é sempre um dado importante para conhecer o que eles são e o que representam, representando a realidade do ser que o carrega e representa. Neste sentido temos o nome "páscoa".
A páscoa na lingua portuguesa ou no hebraico Pesah é um substantivo e vem da raiz verbal psh que aparece três vezes nos relatos pascais a saber, Êxodo 12.13,23,27, Isaías 31.5.
Neste sentido o verbo pasah passar por cima, saltar por cima é o significado que prevalece nos usos deste termo pelos escritores da Bíblia. O verbo que dá base ao substantivo pesah tem o sentido de salto, movimento, caminhada, travessia. Os hebreus juntaram à idéia do pesah vários  acontecimentos ligados à idéia de travessia.
No período da Páscoa, os israelitas relembram o modo milagroso pelo qual Deus operou a salvação de seu povo, livrando-o da opressão, do sofrimento, da angústia e da escravidão promovida pelos egípcios.
Essa era a lembrança da fidelidade de Deus à sua promessa, do seu amor libertador e do cuidado, sem igual, em favor do seu povo.
Para o povo de Israel, a Páscoa representa o dia da independência, essa celebração significa a verdadeira libertação experimentada por uma nação, expressada pela liberdade espiritual do povo para servir ao Deus Criador, assim como está escrito em Êxodo 12.1.
Ao olharmos na forma historica, esse foi o último juízo sobre o Egito e a provisão do sacrifício pascal que possibilitaram o livramento da escravidão e a peregrinação do povo judeu rumo à Terra Prometida.
Os israelitas habitaram por aproximadamente 430 anos no Egito, na maior parte desse tempo, eles experimentaram a dominação, a escravidão e a humilhação. O escravo no Antigo Oriente significava estar sob a dependência política, econômica e social de outra nação.
A religião a ser professada pelo povo escravo era a da nação dominadora, logo, não havia dignidade nacional para o povo escravisado. Entretanto, no caso dos israelitas, o Deus Todo-Poderoso ouviu “o gemido dos filhos de Israel, aos quais os egípcios escravizam”, e lembrou-se de sua aliança, Êxodo 6.5. No sofrimento da escravidão, em meio ao clamor do povo, esse clamor chegou a Deus que lhe proveu o livramento.
A Páscoa passou a ser a nova festa religiosa dos israelitas, pois essa celebração foi ensinada por Deus, Moisés recebe as orientações do Senhor e transmite ao povo. Neste sentido um novo ano religioso começou.
Os israelitas passavam oito dias comendo pães sem fermento, o matzá, que eram, fatias de pães asmos, assim eles mantinham vivas em suas memórias a grande fuga do Egito, qual o Senhor proporciocou a seu povo, ao ouvir o clamor deles.
Com a vinda do Messias a Páscoa chega ao fim, não há mais necessidade de sacrificar cordeiros, pois o Cordeiro sem defeito e sem mácula, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, foi imolado, para realizar um sacrifício único, perfeito, eficaz e irrepetível.
Jesus institui o sacramento da Ceia como um memorial de sua morte, até a sua gloriosa volta. A nova aliança é inaugurada. Um novo pacto passa a vigorar. Neste sentido vamos tratar em torno do pacto e seus simbolos com tema; “Fazei isto em memória de mim”.

2. Os símbolos do pacto. vs. 19,20

O Pão e vinho são os símbolos de seu corpo e de seu sangue, estes dois elementos, Jesus instituiu a Ceia do Senhor. O sacramento é um símbolo visível de uma graça invisível.
Cristo pagou um alto preço por mim e por você, não nos foi cobrado nada, foi concedido de graça, por meio da graça. Através do pão e do vinho, contemplamos o corpo e o sangue de Cristo, e nos apropriamos pela fé de seus benefícios. A linguagem da nova aliança aqui é a única referência à nova aliança nos sinóticos.
O apóstolo Paulo faz referência ao evangelho como está em 1Coríntios 11.25; 2Coríntios 3.6. Ela relata em suas cartas quando Cristo Jesus derrama seu sangue por nós, na morte de cruz, uma nova aliança é inaugurada. Sua morte iminente substituirá os sacrifícios da lei antiga.
A morte de cruz do Senhor e Salvador traz a nova aliança do Corpo e do Sangue, quais passo a destacar os significados em quatro partes.
A Ceia do Senhor é um agradecimento (22.19). “E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu…”. Jesus não parte o pão, símbolo de sua dolorosa morte, com lamentos e gemidos, mas com ações de graças.
A Ceia do Senhor é uma comunhão (22.19). … isto é o meu corpo oferecido por vós… Jesus se refere a uma coletividade. A igreja deve se reunir para celebrar a Ceia. É um ato comunitário.
A Ceia do Senhor é uma ordenança e uma comemoração(22.19). Fazei isto em memória de mim. O sacramento da Ceia é para recordarmos quem Jesus foi, o que Jesus fez por nós e quem Jesus representa para nós.
A Ceia do Senhor é uma garantia (22.20). Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós. Jesus inaugura a nova aliança em seu sangue. Somos aceitos não por aquilo que fazemos para Deus, mas por aquilo que ele fez por nós. Pelo sangue, temos livre acesso à presença de Deus.
A Ceia para nós é o meio de graça, a palavra nos ensina que a Ceia é mais do que um memorial, é um meio de graça, de tal forma que somos edificados pela participação na Ceia, pois Jesus está presente espiritualmente e nos alimentamos pela fé.

3. O significado do pacto. vs. 20

O pacto dependia inteiramente de Israel guardar a Lei, ou seja, a quebra da Lei implicava na quebra do pacto entre Deus e Israel. Era uma relação totalmente dependente da Lei e da obediência à Lei.
A escritura nos ensina que somos incapazes de guardar a lei, neste sentido que ninguém podia guardar a Lei, o povo sempre estava em débito, não era, e não é possível guardar a lei do Senhor na sua integralidade. Ninguém jamais foi ou será capaz de guardar a a lei na sua integralidade, somomente O Cristo, filho de Deus foi capaz de cumprir cabalmente.
Jesus introduz um novo pacto, uma nova classe de relacionamento entre Deus e o homem. Uma que não depende da Lei, mas do sangue que Jesus derramou. O antigo pacto era ratificado com o sangue de animais, mas o novo pacto é ratificado com o sangue de Cristo.
A nova aliança está firmada no sangue de Jesus, derramado em favor de muitos, enquanto na velha aliança, o ser humano buscava fazer o melhor para Deus e falhava. Aqui na nova aliança, Deus fez tudo pelo homem, não precisa fazer nada, tudo já está consumado.
Jesus se fez pecado e maldição por nós, o seu corpo foi entregue, o seu sangue foi vertido. Ele levou sobre o seu corpo, no madeiro, nossos pecados. A redenção não é universal, ela é para os escolhidos do Senhor desde a eternidade, antes que tudo acontecesse, quando ainda nada existia. Jesus derramou seu sangue para remir a muitos, e não para remir a todos.
Se o Senhor Jesus derramou o seu sangue por todos, ninguém seria condenado, ninguém se perderia. A morte de Cristo foi vicária, substitutiva, o cordeiro perfeito, sem defeito completou a sua obra. Ele não morreu para dar possibilidades, quanto salvação do seu povo, a Sua morte efetivou, selou. Somente Cristo é digno de abrir os selos, pois com o seu sangue Ele nos comprou para a glória do Pai. Apocalipse 5.9.

Conclusão

A Ceia do Senhor aponta para o passado, aponta para que o Senhor já fez. Quando olhamos para o passado vemos a cruz de Cristo e seu sacrifício vicário em nosso favor. Meu amado irmão, quando se olha o grande amor Ele teve por nós, Cristo morreu porque nos amou, somos tomados de uma alegria indescritível, pois Ele nos amou, para que nós o amassemos hoje. Participar da Ceia do Senhor é algo imensuravelmente maravilho, pois nosso Senhor que nos comprou logo voltará para nos buscar.
Quando olhamos para o passado vemos também nosso o futuro, pois o que Cristo fez na cruz, também aponta para o futuro, e ali vemos o céu, a festa, a grande celebração. Jesus Cristo como Anfitrião nos receberá para o grande banquete celestial.
A ênfase está na reunião festiva com Ele, no momento em que estaremos na Sua presença e celebraremos com Ele. Um dia estaremos com Nosso Senhor e Salvador, desfrutando de sua presença, por toda eternidade
O Cristo crucificado, agora ressurreto, glorificado e entronizado, será o centro do banquete que Deus vai oferecer. Isaías 25.6; 65.13; Apocalipse 2.7.
Amados irmãos, vimos que a Ceia do Senhor não é um sacrifício, momento de tristeza, ela é uma cerimônia que está a ponto de acontecer, está próximo é imediato o grande dia da grande celebração.
Nosso Senhor não está no sepulcro, não é um funeral, mas sim, uma grande festa. Nesta festa há muita alegria. Não é apenas uma lembrança. Não!
Ela é um meio de graça. Não pode ser interrompida ao longo dos anos e deve ser realizada até que Jesus volte!
Que o Nosso Senhor nos fortaleça e que a graça do Nosso Deus esteja com todos nós hoje e para todo o sempre. Amém!
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