Atende ao meu clamor - Salmo 17

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Salmo 17.1–15 (RA)
1 Ouve, Senhor, a causa justa, atende ao meu clamor, dá ouvidos à minha oração, que procede de lábios não fraudulentos.
2 Baixe de tua presença o julgamento a meu respeito; os teus olhos veem com equidade.
3 Sondas-me o coração, de noite me visitas, provas-me no fogo e iniquidade nenhuma encontras em mim; a minha boca não transgride.
4 Quanto às ações dos homens, pela palavra dos teus lábios, eu me tenho guardado dos caminhos do violento.
5 Os meus passos se afizeram às tuas veredas, os meus pés não resvalaram.
6 Eu te invoco, ó Deus, pois tu me respondes; inclina-me os ouvidos e acode às minhas palavras.
7 Mostra as maravilhas da tua bondade, ó Salvador dos que à tua destra buscam refúgio dos que se levantam contra eles.
8 Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à sombra das tuas asas,
9 dos perversos que me oprimem, inimigos que me assediam de morte.
10 Insensíveis, cerram o coração, falam com lábios insolentes;
11 andam agora cercando os nossos passos e fixam em nós os olhos para nos deitar por terra.
12 Parecem-se com o leão, ávido por sua presa, ou o leãozinho, que espreita de emboscada.
13 Levanta-te, Senhor, defronta-os, arrasa-os; livra do ímpio a minha alma com a tua espada,
14 com a tua mão, Senhor, dos homens mundanos, cujo quinhão é desta vida e cujo ventre tu enches dos teus tesouros; os quais se fartam de filhos e o que lhes sobra deixam aos seus pequeninos.
15 Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança.
Introdução

Salmos 17:1-15

SALMO 17: UMA ORAÇÃO URGENTE POR PROTEÇÃO, 17.1-15
O Salmo 17 leva um título encontrado em apenas dois outros salmos, 86 e 142: "Oração de Davi". Novamente parece que um inimigo é a fonte primordial de perigo, e, em dado momento, o salmista fala dos seus companheiros de perigo no versículo 11. É possível que pano de fundo seja a fuga de Davi diante de Saul no deserto de Maom: "Saul, porém, e os seus homens cercaram Davi e os seus homens, para lançar mão deles", 1Samuel 23.25-­26. Somente a notícia da invasão dos filisteus interrompeu a perseguição realizada por Saul, 1Samuel 23.27-29.
Um salmo como este revela quão solidamente a esperança pactual fortalecia os crentes atribulados e perseguidos no período veterotestamentário. O salmista invoca a Deus e suplica que ele exiba de forma mais clara a misericórdia proveniente da aliança, tal como Deus demonstrara em atos de livramento nos tempos do êxodo. Há dependência nas palavras do Cântico do Mar Êxodo 15.1–18 e também do Cântico de Moisés Deuteronomio 32.
Embora intimamente ligado com muitos pontos de relação entre o Salmo 16 e 17 a saber:
Salmo 16.1 e Salmo 17.8: A oração - “Guarda-me”
Salmo 16.7 e Salmo 17.3: A Comunhão Vespertina com Deus
Salmo 16.1 e Salmo 17.6: O Uso do termo hebrais ´El para Deus em oração
Salmo 16.8 e Salmo 17,7,14: A Referência a destra de Deus
Salmo 16.11 e Salmo 17.15: Os prazeres na presença de Deus
Este Salmo contém um triste lamento contra o cruel orgulho dos inimigos de Davi. Ele protesta que não merecia ser perseguido com tal desumanidade, porquanto não lhes dera nenhum motivo de exercerem contra ele sua crueldade. Ao mesmo tempo, ele roga a Deus, como seu protetor, a manifestar seu poder para seu livramento. O sentido de perigo iminente torna esse salmo mais parecido com um cântico de lamentação.
O salmista Davi roga ao Senhor para Ele atender seu clamor, e neste sento ele pede ao Senhor, Ouve-me.

1. Ouve-me - vs. 1-2

O coração do pedido de Davi é o desejo expresso nesses versículos a favor da vindicação e da justiça diante das ameaças feitas contra sua vida. Ele apela para que lhe dêem ouvidos:
Ouve, SENHOR, a justiça (1; tsaddiq), "retidão": Davi pede que o Senhor ouça a sua oração, ele sabia que o Senhor o ouviria porém, mesmo assim ele pede para o Senhor compará-lo com Saul, o significado de retidão é virtude de seguir, sem desvios, a direção indicada pelo senso de justiça, pela equidade; virtude de estar em conformidade com a razão, com o dever; integridade, lisura, probidade. Davi sabia que o Senhor é justo em seu julgar e tinha a certeza que Ele não compara o nosso pecado com o próximo, mas Davi invoca o Senho para que olhe para ele e para Saul, pois a justiça que Saul estava lhe impondo não era justa. Ele sabe que é melhor cair nas mãos do Senhor e ser julgado por Ele do que cair nas mãos do inimigo e ser jusgado segundo o coração do homem, que não julga com retidão.
Meu clamor: é literalmente um clamor agudo e penetrante, que não vinha de lábios enganosos, mas arrancados de um coração sincero e honesto. Saia a minha sentença — literalmente, meu julgamento de diante do teu rosto (2; "de tua presença", ARA). Davi não encontrou justiça nas mãos de Saul. Mas ele está confiante em que os olhos do Senhor atendam à razão, ou, como a Edição Revista e Atualizada traduz: "Os teus olhos vêem com eqüidade". "Que seus olhos atentem para a minha integridade".

2. Sonda-me - vs. 3-7

Provaste, "Sondaste", ARA, o meu coração vs. 3: Davi decla­ra a sua inocência. Nem em pensamento nem em palavra ele havia transgredido.
Quan­to às ações dos homens vs. 4: refere-se à sua conduta como um homem entre outros homens. Guiado pela Palavra de Deus, o salmista tinha se guardado às tuas veredas, os homens de violência.
Os meus pés não os revalaram vs. 5: Davi clama ao Senho para que o sonde e dirige os meus passos nos eus caminhos, ele está dizendo ao Senhor, "Meus passos têm seguido os teus caminhos; meus pés não vacilaram", neste sentido ele pede para o Senhor sondar e ver se há algum caminho mal, se existir que o Senhor o guie pelo caminho da justiça.
O salmista expressa sua confiança no Senhor, quando pede para Ele o sondar e expressa em detalhes os perigos que cercam a ele e a seus companheiros. Ele ora com a certeza de que será ouvido.
O Deus vs. 6; El: É uma forma rara de se dirigir a Deus nos salmos de Davi.
Bondade ou Beneficências vs. 7; chesed: É um termo característico com referência ao amor da aliança de Deus com o povo. Ele também é traduzido por "misericórdia", "amor duradouro", "amor verda­deiro" ou "bondade". Seu significado é bastante parecido com o termo "graça" do Novo Testamento.
Davi estava vivendo dias difíceis e sabia que sei refugio estava no Senhor, ele ora ao Pai calmando por socorro, que estava difícil passar por aquele momento, mesmo ele sendo rei, suas ações próprias não o ajudariam a escapar se o Senhor não o guardasse. Davi entende que é vão o sentinela guardar a casa se o Senhor não o guardar. O clamor por socorro é necessário e sábio, nossa fraqueza e pequenes não ajuda-nos a enxergar os benefícios que o Senhor tem para nossa vida.
Submeter-se ao Pai é o caminho que nos leva a humildade de entender a vontade do Senhor e viver debaixo de seus designios.

3. Guarda-me vs. 8-14

Guarda-me; preserva-me — a mesma palavra usada em 16.1 — como à menina (pupila) do olho ("dos teus olhos", NVI). Esta é uma expressão freqüente do AT para aquilo que é mais caro ou precioso e, portanto, guardado com muito cuidado, Deuteronômio 32.10; Provérbio 7.2; Zacarias 2.8. À sombra das tuas asas é usado em outros textos com o sentido de segurança dos filhotes de aves debaixo das asas da mãe Rute 2.12; Salmo 36.7; 57.1; 64.4.; Mateus 23.37.
O salmista descreve os inimigos que o cercam. Eles o oprimem (9), "tem me mal­tratado". Eles são mortais — concentrados na sua destruição. Eles me an­dam cercando (cirCundando). Na sua gordura se encerram (10) — que pode ser entendido como: "Eles prosperam e engordam em sua iniqüidade"; ou como está na ARA: "Cerram o coração" contra todas as influências para o bem ou qualquer compaixão por aqueles que perseguem. Eles falam de maneira arrogante, vangloriando-se do seu suces­so na sua iniqüidade. Eles foram bem-sucedidos em cercar Davi e seus companheiros (11). Eles fixam os seus olhos em nós para nos derribarem por terra é literalmente: "Seus olhos estão atentos para nos curvar até o chão". O inimigo é como um leão cruel adulto matando pelo desejo de ver sangue e como o leãozinho à espreita num esconde­rijo (emboscada) para apanhar o descuidado (12).
Embora ainda mantenha a forma de oração nesses versículos, esta é uma oração inspirada numa esperança confiante. Continuando a comparação dos seus inimigos com um leão, o salmista pede para o Senhor detê-lo e derribá-lo v. 13, isto é, confrontar a fera e fazê-la rastejar em submissão. Livra a minha alma do ímpio, pela tua espa­da; dos homens, com a tua mão (13b-14a) significa que os ímpios inconscientemente servem aos propósitos de Deus, como a Assíria foi a vara da sua ira para castigar Israel (Is 10.5) ou, como está na ARA e Berkeley: "Com a tua espada [...] com a tua mão".
Aqueles que buscam causar dano aos fiéis são homens do mundo, cuja porção está nesta vida v. 14: Toda a satisfação deles ocorre nessa era presente (cf. Lc 16.25). Por outro lado, aqueles para quem o Senhor é "a porção" (16.5) não recebem somente a sua bênção e ajuda aqui, mas uma perspectiva de coisas maiores no futuro (15). Cujo ventre enches significa permiti-los satisfazer seus desejos básicos e necessidades físicas (Fp 3.19). Seus filhos são fartos significa que eles têm uma família numerosa conforme o seu desejo, a quem eles podem deixar as fortunas acumuladas pela injustiça e desonestidade. Esse é um quadro impressionante de vidas centralizadas nesta terra, de pessoas que vivem sem Deus.

Conclusão vs. 15

Este versículo é suficientemente importante para tratá-lo à parte como a conclusão triunfante desse salmo. Vimos no versículo 14 que os ímpios estão preocupados com "esta vida". Embora muitos comentaristas interpretem o versículo 15 como a continuação do contraste entre os alvos menores e maiores da vida, Oesterley está correto quando observa que temos aqui a descrição do "início da preocupação com uma vida mais completa no futuro"." Em outro contexto, o mesmo autor declara:
É difícil entender essas palavras no sentido de acordar de um sono natural. O salmista mostra que ele está em constante comu­nhão com Deus e experimenta a proximidade incessante de Deus. Ele nunca espera uma separação de Deus; por que, então, deveria ele estar satisfeito com a aparição divina so­mente ao acordar do sono natural? [...] Quase certamente, o salmista está aqui imaginan­do o acordar do sono da morte e, dessa maneira, expressa sua fé na vida futura".
"Eu, porém, na justiça contem­plarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança". O salmista está olhando para o dia o grande dia, o mais esperado de todos os cristãos, o dia do encontro com o Pai. Neste dia estaremos na presença do Senhor, cheios de sua plenitude, esse Senhor que é infidavelmente grande no saber, nem a eternidade nos fará conhcer por completo ao Pai.
Não existe maior prazer, satisfação, gozo do que estar na presença de Cristo.

Aplicação

Cristo ouve nossas orações, está passando por momentos de grande dificuldade, busque ao Senhor e fale com Ele. Feche a porta de seu quarto, seu escritório e converse com Jesus Cristo ele ovirá nossas orações.
Cristo é o único que pode sondar o mais profundo do nosso coração, Ele nos provará para que nas provações, nos momentos de grande tribulação, compreendermos que tudo está em suas mãos. Neste sentido o Senhor dirige nosso passos quando, guia-nos pelo caminho da justiça.
Somente Cristo pode perservar-nos para o grande dia, confie no Senhor, somente Ele poderá direcionar nossas vidas. Cristo tem guardado a cada um dos seus. Confie no Senhor que o mais Ele fará. Olhe para o grande dia o dia vindouro.
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