Quando a luz confronta as trevas. Mc 6.14-29
Série de Exposições no Evangelho de Marcos • Sermon • Submitted
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Introdução
Introdução
Marcos tem um jeito peculiar de narrar suas histórias, chamamos em parte a escrita de Marcos de “sanduíche marcano”, ele inclui histórias dentro de outras histórias como se estivesse fazendo um sanduíche.
Vemos isso na história de Jairo, onde ele narra sobre Jairo, mas logo, fala de uma mulher em desespero, e depois volta-se a Jairo e sua história.
Vemos também aqui nesse enredo.
Na semana última falamos sobre Homens comuns com uma grande obra, o envio dos apóstolos, porém não temos até aqui o relato do resultado de sua missão.
Porque Marcos acaba de incluir no recheio do sanduíche, uma história diferente, para nos relatar mais a frente o resultado da sua missão.
Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado. E ele lhes disse: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham. Então, foram sós no barco para um lugar solitário.
Com este sanduíche, Marcos nos quer ensinar um princípio teológico profundo.
Que todos aqueles que foram chamados a pregar o evangelho, confrontar as trevas, e viver de acordo com o chamado de Jesus sofrerão grande oposição.
Que independente da era em que vivermos, pregar o evangelho sempre será uma tarefa que nos causará danos.
Jesus disse:
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
Pregar o evangelho trará duras consequências em um mundo que não deseja Jesus de jeito nenhum, mesmo que o admirem por seu ensino, por sua pedagogia, por sua psicologia, mas nunca o desejam como Senhor e Salvador.
Diante disso nos deparamos com 3 cenas que estão postas diante de nós.
1- Uma infeliz, mas reveladora comparação - v.14-16
1- Uma infeliz, mas reveladora comparação - v.14-16
Nós que vivemos neste tempo riríamos de Herodes, porque podemos em um clique, saber de tudo que acontece no mundo, basta dizermos um “OK Google”, e pedir tudo que queremos saber.
Mas vemos aqui que a fama de Jesus aumentava, mas demorou um bom tempo até que estas notícias chegassem até o palácio de Herodes.
O que aconteceu foi que os representantes de Jesus saíram em missão, operaram muitos milagres e expulsaram demônios, mas foi a fama de Jesus que foi noticiada pelos quatro cantos.
Podemos aprender com isso, que tudo que fazemos deve redundar em glória a Jesus, sempre haverá algo errado, se uma igreja for mais conhecida pelo pastor que a lidera do que pelo Senhor da igreja que é Jesus.
Herodes não tinha o Google, então a notícia chega a ele de três formas, e de forma que mais o confunde do que traz clareza.
a. Algumas pessoas estavam convencidas de que Jesus era João Batista restaurado à vida. - Isso pode parecer um pouco estranho, pois a Escritura, em nenhum ponto, atribui milagres a João Batista.
Mas é provavelmente porque, por esse grupo, João era tão estimado que a habilidade de fazer milagres pode ter sido atribuída a ele.
b. Outro grupo dizia: “Ele é Elias”. Não teria Elias retornado, como precursor do Messias, como predito em Malaquias 4.5?
c. O terceiro grupo, não querendo ser muito específico, estava convencido de que Jesus era um dos grandes profetas do Antigo Testamento.
O verso 16 nos mostra que Herodes decide acolher uma das informações para responder o que estava acontecendo, além disso ele faz uma revelação criminosa.
Herodes, porém, ouvindo isto, disse: É João, a quem eu mandei decapitar, que ressurgiu.
Ele havia matado João, até aqui Marcos apenas nos falou da prisão de João (Mc 1.14), mas com este texto sabemos que o ministério de Jesus começou efetivamente logo após a morte de João quando Jesus é avisado pelos discípulos de João. (Mt 14.12).
A reação de Herodes nos mostra que mesmo que nenhuma das três interpretações acerca de Jesus estejam corretas, o que fica evidente é que o reino de Jesus estava avançando.
E que os reinos deste mundo são forçados a notar que Jesus não é um homem comum.
Isso nos provoca uma ação.
Se desejamos ou planejamos ser agentes do reino de Deus no mundo e no tempo em que vivemos, devemos estar empenhados em pregar o evangelho e fazer todos saberem a respeito de Jesus, até mesmo os governantes desse mundo.
A pergunta é: Estamos preparados para o resultado dessa ação?
Marcos parece querer nos deixar claro, o que acontecerá às pessoas que anunciam a mensagem de Cristo e trabalham para o avanço do reino.
Herodes e os demais tinham um pensamento equivocado sobre Jesus, e o comparavam a João, como alguém que voltou dos mortos.
Herodes não está de todo errado, pois em Jesus, o poder da ressurreição de Deus está verdadeiramente em ação, não pelo fato de Jesus ser confundido com João que voltou dos mortos, mas porque Jesus é aquele que nos mostraria com sua morte na cruz que a morte seria de uma vez por todas vencida por meio de sua ressurreição.
Por hora, ele está pregando, curando, e expelindo demônios, e assim como João, passará por grandes sofrimentos até que realize sua grande e maravilhosa obra na cruz.
Os que assistem os acontecimento acerca de Jesus podem tirar conclusões equivocadas e fazer comparações descabidas, mas Deus sabe que aquele de quem todos falam é seu amado filho.
E Deus também sabe quem são seu servos que fielmente se portam firmes e obedientes, pregando e vivendo, mesmo diante de grande intimidação e forte oposição.
Isso nos leva a segunda cena.
2- A pregação que confronta as trevas e gera temor e fascinação - v.17-20;
2- A pregação que confronta as trevas e gera temor e fascinação - v.17-20;
O que em geral vende jornais? Como seria a manchete dessa história diante de nós?
Três são os ingredientes, Política, sexo e religião.
Vamos aos personagens envolvidos.
Sabemos que o NT cita várias vezes Herodes, mas precisamos distinguir quantos Herodes temos e qual é este que está diante de nós.
Temos Herodes o Grande, o rei que mandou matar os meninos para tentar matar Jesus (Mt 2.1-19), Este se casou mais de 10 vezes, tendo diversos filhos e netos.
Herodes Arquelau, Herodes Agripa I (Neto do Grande e o vemos em Atos), Herodes Agripa II, Herodes Antipas, o filho mais jovem do Grande Herodes, e Herodes Filipe (Lc 3.1). E também Herodes Filipe (de quem Herodes roubo a mulher, não era um homem público).
Quando Herodes o Grande morreu, ele dividiu seu reino entre seus filhos, Herodes Antipas, era tetrarca, governador da quarta parte do reino de seu pai, Galileia e Pereia, entre 4 a.C. até 39 d.C.
Marcos escreve “Então o rei Herodes ouviu…”. O título “rei” é aqui usado em um sentido genérico, ou popular, pois, tecnicamente, esse homem não era um rei e nunca conseguiu se tornar um.
Temos diante de nós uma trama familiar das mais terríveis e sujas.
Quem era essa Herodias? Ela era a filha de Aristóbulo, que era o filho de Herodes, o Grande, e de Mariane I. Ela se casou com seu meio-tio (o meio-irmão de seu pai), Herodes Felipe, filho de Herodes, o Grande, e Mariane II.
Com Herodes Felipe, Herodias teve uma filha, que, em Mc 6.22, é simplesmente mencionada como “a filha de Herodias”, mas que Josefo chamou de Salomé (Antiguidades XVIII. 136).
Herodes Antipas, em uma visita a Herodes Felipe, fica apaixonado por Herodias. Os dois amantes ilícitos concordaram em se separar de seus respectivos cônjuges – Herodias, de Herodes Felipe; Herodes Antipas, da filha de Aretas, rei dos árabes nabateus – e se casarem.
Quando Herodes volta para sua região se depara com um pregador e profeta de Deus com uma missão clara, chamar os homens ao arrependimento e anunciar o reino de Deus. João Batista, que repreendeu Herodes em seu pecado.
Pois João lhe dizia: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão.
Havia uma boa razão para a repreensão, a saber, tal casamento era incestuoso e adúltero.
A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a nudez de teu irmão.
Se um homem tomar a mulher de seu irmão, imundícia é; descobriu a nudez de seu irmão; ficarão sem filhos.
Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias.
Nos dias de hoje, essa trama estaria nos trending topic do twitter, nos vídeos mais acessados do YT, e o assunto mais buscado no Google.
É uma história sórdida, decadente e vergonhosa, mas exatamente o tipo de história que todo mundo gosta de ouvir, embora, muito finjam o contrário.
Marcos 6.14–29 A Festa de Aniversário Ímpia de Herodes e a Morte Trágica de João, O Batista (Cf. Mateus 14.1–12; Lucas 9.7–9)
É claro que Herodias sabia que, cada vez que João repreendia Herodes, por implicação, ela também era denunciada. Então, para satisfazê-la, Herodes mandou prendê-lo.
Porém, Herodias não estava satisfeita com a prisão de João. Ela desejava nada menos do que a morte dele.
Mesmo diante da prisão e da ameaça de morte por Herodias, João não deixava de confrontar Herodes, que como o texto nos informa, parece o governante se encontra constantemente com João no cárcere.
E Herodias o odiava, querendo matá-lo, e não podia. Porque Herodes temia a João, sabendo que era homem justo e santo, e o tinha em segurança. E, quando o ouvia, ficava perplexo, escutando-o de boa mente.
Se somos chamados por Jesus para pregar o evangelho, não podemos mudar a mensagem de acordo com o público, seja alguém importante e de destaque, ou alguém simples.
O arrependimento é uma necessidade de todo homem, por isso fomos chamados a pregar a todos os homens e chamá-los ao arrependimento e fé em Jesus.
Podemos nos perguntar, porque está história está aqui?
Para nos ensinar que pregar a mensagem que Jesus nos chamou a pregar, viver do modo como nos chamou a viver e sermos fiéis ao seu reino, nos terá um alto custo.
Aliás, foi Jesus quem disse:
31 Então, começou ele a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do Homem sofresse muitas coisas, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas, fosse morto e que, depois de três dias, ressuscitasse. 32 E isto ele expunha claramente. Mas Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo. 33 Jesus, porém, voltou-se e, fitando os seus discípulos, repreendeu a Pedro e disse: Arreda, Satanás! Porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. 34 Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. 35 Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á.
A salvação é de graça e por graça, mas o discipulado de Jesus nos custa caro, nos custa a vida.
E quanto mais se aproxima a vinda do Senhor, mais difícil será nos mantermos fiéis, pois tanto mais o mundo nos odiará.
Diante desse mundo caído, mergulhado em pecado e maldade, cheio de perversidade e que nos odeia por causa de Jesus.
Estamos dispostos a manter nossa profissão de fé?
Até que ponto você está disposto a abandonar seu emprego, caso seu chefe exija que você minta para atingir as metas, que você engane para beneficiá-lo?
Estamos dispostos a pagar o preço?
João Batista não se preocupou em fazer inimigos poderosos, ele foi fiel ao preceder o ministério de Jesus, nós seremos fieis ao continuar seu ministério de pregação e avanço do reino de Deus?
O que João viveu não era cristianismo radical, era o mero cristianismo que todos nós devemos viver.
João confrontou as trevas com sua pregação e por isso provocou a ira de Herodes que o prendeu.
Porém, Herodes não era o maior problema de João Mas Herodias.
Herodes o temia, pois o via como um Santo e Justo, o ouvia e ficava com temor e ao mesmo tempo fascinado.
Isso nos faz chegar na última cena.
3- Uma conspiração diabólica e uma tola promessa - v.21-29;
3- Uma conspiração diabólica e uma tola promessa - v.21-29;
Herodias desejava muito calar o homem que denunciava sua vergonha e pecado.
E parece que para o mal tudo coopera e dá certo, pois uma ótima oportunidade surge.
E, chegando um dia favorável, em que Herodes no seu aniversário natalício dera um banquete aos seus dignitários, aos oficiais militares e aos principais da Galileia,
Aqui entra em cena uma outra personagem, a filha de Herodias, a jovem Salomé.
22 entrou a filha de Herodias e, dançando, agradou a Herodes e aos seus convivas. Então, disse o rei à jovem: Pede-me o que quiseres, e eu to darei. 23 E jurou-lhe: Se pedires mesmo que seja a metade do meu reino, eu ta darei.
Na cultura greco-romana, dançar em banquetes era uma atividade reservada às artistas contratadas, cujo papel era proporcionar diversão artística e erótica aos convidados do sexo masculino.
Não era vista como uma atividade apropriada para mulheres honradas, especialmente a própria enteada do anfitrião.
Parece que todos estavam embriagados,os homens de vinho, Herodias embriagada de raiva, e todos mergulhados em pecado, se espera tudo neste ambiente, menos pudor.
Salomé, deveria ter por volta de 16 a 17 anos, é enviada por sua mãe a dançar sensualmente que faz com que Herodes faça uma das mais tolas promessas.
Talvez hoje em dia, dependendo do governante uma festa dessas regada a bebida e menor de idade dançando sensualmente, ou serviria de um grande furo de reportagem, ou de um grande segredo de estado. Em ambos os casos um crime sexual.
Saindo ela, perguntou à sua mãe: Que pedirei? Esta respondeu: A cabeça de João Batista. No mesmo instante, voltando apressadamente para junto do rei, disse: Quero que, sem demora, me dês num prato a cabeça de João Batista.
A menina, dançou, provocou os homens, todos se agradaram com sua dança, sua mãe mais ainda, ao saber que o rei ofereceu o que não poderia, afinal, promessa tem mais um peso de hipérbole, ou seja, uma maneira exagerada de dizer, que poderia dar a ela algo grande, independente do custo, aliás, Herodes nem rei era, pra prometer o reino.
Depois, ela corre a sua mãe e pergunta o que ela poderia pedir, mas na verdade, a trama indica que quem desejava pedir algo era Herodias, e ela pede a cabeça do profeta.
A filha, rapidamente obedece a mãe, faz do pedido da mãe o seu, e em nenhuma momento, o peso criminal dessa ação é questionado.
Veja, como pais temos grande influência sobre nossos filhos.
Se queres que te filho ame a Jesus, ame a igreja, e viva de forma que agrade a Deus, Como pai e mãe, ame a Jesus, a igreja e viva de forma que agrade a Deus, e ensine isso por palavras e exemplo.
Salomé era uma cópia da maldade e pecaminosidade de sua mãe.
Herodes se entristeceu, mas não se opôs, afinal, alguém que faz promessas grandiosas, diante de toda a plateia, não cumprir seria uma fraqueza para aquele que arrogava pra si o título de rei.
Entristeceu-se profundamente o rei; mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não lha quis negar. E, enviando logo o executor, mandou que lhe trouxessem a cabeça de João. Ele foi, e o decapitou no cárcere, e, trazendo a cabeça num prato, a entregou à jovem, e esta, por sua vez, a sua mãe.
Assim chega ao fim o ministério e a vida do profeta sobre quem Jesus disse que nascido de mulher não haveria outro maior.
Os discípulos de João, logo que souberam disto, vieram, levaram-lhe o corpo e o depositaram no túmulo.
Neste versículo vemos que os discípulos de João aprenderam com ele os riscos de servir a Deus, pois diante do corpo de um profeta morto, se identificar com ele seria muito perigoso.
Com isto, aprendemos que se o Senhor nos chama, e se esse chamado tem riscos, devemos fazer o que ele nos chama a fazer, mesmo diante da animosidade.
O que podemos aprender com está história?
O que podemos aprender com está história?
i. O poder sedutor e destruidor do pecado;
i. O poder sedutor e destruidor do pecado;
A família aparentemente calou o profeta, mas não sua mensagem, pois João anunciava que o não arrependimento precede a condenação e destruição, pois o machado está posto a raiz.
Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.
O pecado nunca leva a um bom caminho, nunca produz nada de bom, sempre leva a destruição.
Comentário Bíblico de Marcos: Através da Bíblia Jesus foi Confundido com João Batista, Morto por Herodes (6.14–29)
Herodes foi pego numa armadilha. Teve que agir contra a sua vontade para atender ao pedido da sua amante. O pecado tinha feito uma teia ao seu redor e ele foi derrotado por uma mulher madura, com um desígnio mau, e por uma mulher jovem, com uma dança sensual.
Pecado não é um jogo, não é uma oportunidade boa para viver um romance, uma aventura amorosa, o pecado é destrutivo e perigoso.
O pecado nos cega para a lei de Deus, nos faz relativizar partes da lei de Deus com ações aparentemente inofensivas.
Uma cena pornográfica, uma valor pequeno furtado, uma piada obscena, corresponder a um flerte sendo casado parece ser tão pequeno, tão normal.
A meta final do pecado é a destruição total de nossas vidas.
Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.
ii. O evangelho sempre será ofensivo ao mundo;
ii. O evangelho sempre será ofensivo ao mundo;
Paul Tripp diz:
O evangelho te leva a pensar coisas sobre ti que tu não pensaria sozinho, que és pecador, que estais em dívida com Deus, que estais condenado por causa de teus pecados, e que não podes fazer nada sozinho para se livrar disso.
O evangelho é uma ofensa porque revela que não estamos bem na fita, que estamos em falta diante de Deus, revela que não somos senhores de nossa vida, que temos de prestar contas a Deus.
Precisamos do Evangelho que é uma boa notícia, que começa com uma má notícia, que é ofensiva, dura, dolorosa, mas verdadeira sobre nossa realidade espiritual, todos estamos mortos em pecado e precisamos de Cristo para nos trazer vida, perdão e salvação.
O evangelho aponta para Cristo, pois somente ele pode nos livrar do pecado, ele deu sua vida, sofreu em nosso lugar, bebeu o cálice da ira de Deus, pagou a dívida pelo pecado, e pela graça por meio da fé podemos receber salvação, perdão e libertação.
Mesmo que sejamos crentes, precisamos do evangelho pois ele nos fere pra nos sarar, nos ensinar para nos santificar, nos orienta para perseverar e nos faz confiantes para aguardar a volta de nosso amado Senhor.
iii. Deus é o dono de nossas vidas, e seus caminhos são misteriosos;
iii. Deus é o dono de nossas vidas, e seus caminhos são misteriosos;
Foi Deus que ordenou que João pregasse exatamente aquele mensagem, assim Deus sabia que ele morreria por causa dela.
Mesmo que o destino de João tenha sido cruel, devemos olhar sob a perspectiva correta da soberania de Deus.
Alguém disse:
Herodes e Herodias receberam a cabeça de João em um prato, mas o Senhor recebeu rua alma nos céus.
João perdeu sua cabeça, Herodes e sua família perderam suas almas.
Aparentemente Herodes venceu, mas sabemos que João foi o verdadeiro vencedor. Jesus diz a igreja de Esmirna que sofria perseguição por sua fidelidade.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.
Por isso podemos e devemos obedecer a Jesus em seu chamado de pregarmos nesse mundo o evangelho até que o Senhor venha, ainda que isso nos custe a vida. Nossas vidas pertencem ao Senhor por mais difíceis que sejam os seus caminhos.
O evangelho é a única causa pela qual vale a pena viver e morrer, pois na vida e na morte, estamos seguros em Cristo.
iv. Nada pode parar o avanço do reino;
iv. Nada pode parar o avanço do reino;
João parece inaugurar no NT o caminho daqueles que morreram pelo evangelho, assim como os apóstolos e muitos irmãos em todos os tempos.
O mandato não mudou, ide, pregue, continue pregando, continue anunciando, as portas do inferno não pararão a igreja de Jesus e seu reino.
Aqui estamos, Herodes e Herodias passam, em todos os tempos os enfrentamos, mas o Senhor por meio do Evangelho continua transformando pecadores e fazendo deles discípulos com uma missão de pregar, viver e se entregar pelo reino e Deus.
Que o Senhor encontre aqui na IBCM homens e mulheres como João Batista, que preguem e vivem para o Senhor, mesmo que isto lhes custe a vida.
Pois temos um Senhor que veio para servir e dar sua vida em resgate por muitos (Mt 20.28).
vi. Por fim, aprendemos que a morte de João é um presságio da morte de Jesus.
vi. Por fim, aprendemos que a morte de João é um presságio da morte de Jesus.
De forma maior e muito mais significativa Jesus passou por uma conspiração, sofreu, foi julgado, condenado e morto, para que por sua vida, morte e ressurreição toda a justiça de Deus fosse cumprida, toda a dívida pelo pecado fosse paga, e a justiça de Cristo fosse imputada por meio da fé aos que creem em Cristo.
Como nossa consciência tem reagido diante dessa verdade?
Tu sabes que és pecador, só tu sabes o que pensas, o que tu fazes quando ninguém te vê? Tu sabes que se tiveres de prestar contas diante de Deus serás achado em falta?
A boa notícia é que Jesus:
o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.
Qual é a tua reação hoje diante de Jesus?
Herodes reagiu endurecendo mais seu coração a verdade de Deus, Herodias quis calar a verdade do Senhor assassinando seu mensageiro.
Minha oração é que reajas a Jesus se achegando a ele em arrependimento e fé para que recebas por meio de Cristo todas as bençãos que residem na obra completa de nosso Senhor.