Sem espaço para justificação - pt. 2 - Gl 3.15-29

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Introdução - O argumento da lógica da Lei

Os judaizantes haviam colocado Paulo em um beco sem saída. Usando o Antigo Testamento, o apóstolo acabara de provar que o plano da salvação que Deus oferece não deixa espaço para as obras da Lei. Mas o fato de Paulo citar seis passagens do Antigo Testamento cria um problema sério: se a salvação não inclui a Lei, por que Deus deu a Lei? Paulo cita a Lei para provar a insignificância dela. Se a Lei foi revogada, os argumentos do apóstolo não têm valor algum, pois são derivados da Lei.
Nossa fé é de caráter lógico e pode ser defendida com argumentos racionais. Apesar de possuir mistérios divinos que nenhum ser humano é capaz de explicar completamente, a fé também possui fundamentos divinos que qualquer pessoa sincera pode entender. Paulo foi instruído e preparado para ser rabino, portanto possuía toda a competência necessária para apresentar uma argumentação coerente. Nesta seção, o apóstolo faz quatro declarações que nos ajudam a entender a relação entre promessa e Lei.

1. A Lei não pode mudar a promessa (Gl 3:15-18)

O termo "promessa" é usado oito vezes nestes versículos com referência à promessa de Deus a Abraão, segundo a qual todas as nações da Terra seriam abençoadas por meio do patriarca (Gn 12:1-3). Essa promessa envolvia a justificação pela fé e a concessão de todas as bênçãos da salvação (Gl 3:6-9). É evidente que a promessa a Abraão (e, por meio de Cristo, também a nós), feita cerca de dois mil anos antes de Cristo, antecedeu em séculos a Lei de Moisés (dada a Israel
por volta de 1450 a.C.). O discurso dos judaizantes deixava implícito que a Lei havia alterado essa promessa da aliança. Paulo argumenta o contrário.
Em primeiro lugar, uma vez que duas partes concluem um acordo, este não pode ser mudado por terceiro, mesmo vários anos depois. As únicas pessoas que podem alterar o acordo original são as pessoas que o firmaram. Acrescentar ou remover qualquer coisa do "contrato" seria ilegal.
Se essa regra vale para acordos feitos entre pecadores, então se aplica ainda mais ao Deus santo. Convém observar que não foi Abraão quem fez uma aliança com Deus; antes, foi Deus quem fez uma aliança com Abraão! Deus não impôs quaisquer condições a serem cumpridas por Abraão. Aliás, quando a aliança foi ratificada, Abraão dormia! (ver Gn 15). Foi uma aliança da graça: Deus fez promessas a Abraão; o patriarca, por sua vez, não prometeu coisa alguma a Deus.
Mas Paulo revela outra verdade maravilhosa: Deus fez essa promessa não apenas a Abraão, mas também a Cristo. "E ao teu descendente, que é Cristo" (Gl 3:16).
O conceito bíblico de "descendência" remonta a Gênesis 3:15, depois da queda do homem. Deus afirma que haverá um conflito no mundo entre a descendência de Satanás (os filhos do diabo; ver Jo 8:33-44) e a descendência da mulher (os filhos de Deus e, por fim, o Filho de Deus). As Escrituras mostram esse conflito claramente: Caim contra Abel (ver 1 Jo 3:10-12); Israel contra as nações; João Batista e Jesus contra os fariseus (Mt 3:7-9; 23:29-33); o verdadeiro cristão contra os falsos cristãos (ver a parábola do joio em Mt 13:24-30, 36-43). O objetivo de Satanás no Antigo Testamento era impedir que Cristo viesse ao mundo, pois Satanás sabia que, um dia, o Filho de Deus lhe esmagaria a cabeça.
Em última análise, Deus fez sua promessa pactuai com Abraão por meio de Cristo, de modo que as únicas partes que podem alterar qualquer coisa nesse acordo são Deus o Pai e Deus o Filho. Nem Moisés pode mudar essa aliança! Não pode acrescentar coisa alguma a ela; não pode retirar coisa alguma dela. Os judaizantes desejavam acrescentar outros elementos à graça de Deus (como se fosse possível acrescentar alguma coisa à graça!) e subtrair das promessas de Deus. Não tinham direito algum de fazê-lo, pois não haviam firmado a aliança inicial.
Os 430 anos mencionados em Gálatas 3:17 têm sido motivo de perplexidade para inúmeros estudiosos da Bíblia ao fongo dos anos. Desde o chamado de Abraão (Gn 12) até a chegada de Jacó no Egito (Gn 46), passaram-se 215 anos (que podem ser calculados da seguinte maneira: Abraão estava com 75 anos quando foi chamado por Deus e com 100 anos quando Isaque nasceu; Gn 12:4; 21:5: Temos, portanto, um período de 25 anos. Isaque estava com 60 anos quando Jacó nasceu; Gn 25:26: Jacó estava com 130 anos quando chegou ao Egito; Gn 47:9: Assim, 25 + 60 + 130 = 21 5 anos). Mas Moisés diz que Israel passou 430 anos no Egito (Êx 12:40); de modo que o total de anos desde o chamado de Abraão até a entrega da Lei é de 645 anos, e não 430. O tempo da estadia no Egito também é registrado em Gênesis 15:13 e Atos 7:6, em que é arredondado para 400 anos.
Várias soluções foram apresentadas para esse enigma, mas talvez a mais apropriada seja a seguinte: Paulo está contando desde o tempo que Jacó foi para o Egito, quando Deus lhe apareceu e reafirmou a aliança (Gn 46:1-4). Os 430 anos são o período desde a ocasião em que Deus confirmou sua promessa a Jacó até a entrega da Lei no Sinai.
Qualquer que seja a solução escolhida para o problema da datação, a argumentação básica é clara: uma Lei dada séculos depois não pode mudar uma aliança feita entre outras duas partes. Suponhamos, porém, que a revelação posterior, no caso a Lei de Moisés, tenha sido muito maior e mais gloriosa. Como fica a situação? Paulo faz outra declaração.

2. A Lei não é maior do que a promessa (Gl 3:19, 20)

O relato da entrega da Lei é impressionante (Êx 19). Houve trovões e raios, e o povo
estremeceu de medo. Até mesmo Moisés se assustou (Hb 12:18-21). Comparada com a aliança feita com Abraão (Gn 1 5), a entrega da Lei foi um acontecimento dramático, e é claro que os judaizantes se impressionavam com esses elementos emocionais exteriores. No entanto, Paulo ressalta que a Lei é inferior à promessa da aliança em dois sentidos.
A Lei foi temporária (v. 19a). "Foi adicionada [...] até que viesse o descendente". É evidente que uma Lei temporária não pode ser maior do que uma aliança permanente. Quando lemos o relato da aliança de Deus com Abraão, não encontramos quaisquer termos condicionais. Foi um pacto realizado inteiramente pela graça de Deus. As bênçãos da Lei, entretanto, dependiam do cumprimento de certas condições. Além disso, a Lei tinha um término definido: "até que viesse o descendente [Cristo]". Com a morte e ressurreição de Cristo, a Lei foi revogada e seus requisitos justos são cumpridos em nós por meio do Espírito (Rm 7:4; 8:1-4).
A Lei exigiu um mediador (w. 19b, 20). Quando Deus deu a Lei a Israel, ele o fez por meio de um anjo e pela mediação de Moisés. Israel "[recebeu] a lei por ministério de anjos" (At 7:53). Isso significa que a nação recebeu a Lei de terceira mão: foi passada de Deus para os anjos, destes para Moisés e, por fim, de Moisés para o povo. Mas quando Deus firmou sua aliança com Abraão, ele o fez pessoalmente, sem qualquer mediador. Deus estava revelando a Abraão tudo que faria por ele e seus descendentes. Um mediador é alguém que se coloca entre as duas partes e as ajuda a entrar em um acordo. No caso de Abraão, porém, não houve necessidade de um mediador, pois era Deus quem estava entrando em aliança com o patriarca, e não vice-versa. "Deus é um" (Gl 3:20), portanto, não havia necessidade de um intermediário.
Os judaizantes deixavam-se impressionar por coisas secundárias da Lei - a glória, os trovões e raios, os anjos e outras manifestações exteriores. Mas Paulo olha além dessas coisas e vê os elementos essenciais. A Lei foi temporária e exigiu um mediador. A aliança era permanente e não exigiu nenhum mediador. A conclusão só poderia ser uma: a aliança era maior que a Lei.

3. A Lei não é contrária à promessa (Gl 3:21-26)

Podemos quase ouvir os judaizantes vociferando a pergunta em Gálatas 3:21: "É, porventura, a Lei contrária às promessas de Deus?" Deus está se contradizendo? Sua mão direita não sabe o que sua mão esquerda está fazendo? Ao responder a essas perguntas, Paulo revela seu conhecimento íntimo dos caminhos e propósitos de Deus. Ele não diz que a Lei contradiz a promessa; antes, ela coopera com a promessa, a fim de cumprir os propósitos de Deus. Apesar de a Lei e a graça serem opostas, se as analisarmos com a devida profundidade, veremos que, na verdade, elas se complementam. Então, por que a Lei foi dada?
A Lei não foi dada para oferecer vida (v. 21). Sem dúvida, a Lei de Moisés governava a vida do povo de Israel, mas não tinha o poder de prover vida espiritual para as pessoas (Gl 3:21 deve ser associado a 2:21). Se fosse possível obter vida e justiça pela Lei, não teria sido necessário Jesus Cristo morrer na cruz. Mas Jesus morreu, comprovando que a Lei jamais seria capaz de dar vida e justificar o pecador. Foi a "adoração à lei" que levou Israel a uma religião farisaica baseada nas obras e, em decorrência disso, à rejeição de Cristo (Rm 9:30
- 10:13).
A Lei foi dada para revelar o pecado (vv. 19a, 22). Vemos aqui a maneira como a Lei e a graça cooperam para levar o pecador a Jesus Cristo. A Lei mostra ao pecador seu pecado, a graça lhe mostra o perdão que ele pode ter em Cristo. "A Lei é santa; o mandamento santo, e justo, e bom" (Rm 7:12), mas nós somos ímpios, iníquos e perversos. A Lei não nos toma pecadores; ela nos revela que somos pecadores (ver Rm 3:20). A Lei é um espelho que nos ajuda a ver o nosso "rosto sujo" (Tg 1:22-25) - mas não lavamos nosso rosto com o espelho! É a graça que provê a purificação pelo sangue de Jesus Cristo (ver 1 Jo 1:7b).
Há um uso devido da Lei e há um uso indevido da Lei (1 Tm 1:8-11). Sua aplicação devida é revelar o pecado e levar os homens a perceberem sua necessidade de um Salvador. A aplicação indevida é tentar obter a salvação pela observância da Lei. Quando as pessoas afirmam que são salvas porque "guardam os dez mandamentos", revelam sua ignorância acerca do verdadeiro significado da Lei. A Lei conclui: "tudo [todos os homens estão] sob o pecado" (Gl 3:22), tanto judeus quanto gentios. Mas, uma vez que todos estão sob o pecado, todos podem ser salvos pela graça! Deus não tem duas formas de salvar os homens; ele oferece somente uma salvação - pela fé em Jesus Cristo.
A Lei foi dada a fim de preparar o caminho para Cristo (vv. 23-26). Aqui, Paulo usa uma ilustração que, provavelmente, era conhecida para todos os seus leitores - o aio. Em várias famílias romanas e gregas, os escravos mais bem-educados levavam e buscavam as crianças na escola e cuidavam delas durante o dia. Alguns também participavam da educação das crianças, protegendo, proibindo e, por vezes, disciplinando. Esse é o a/o ao qual Paulo se refere (Gl 3:24); mas não devemos ver esse tutor da Antiguidade como um professor dos dias de hoje. A transliteração do grego dá origem ao termo pedagogo, que significa, literalmente, um "guia de crianças".
Ao usar essa ilustração, Paulo está dizendo várias coisas sobre os judeus e sua Lei. Em primeiro lugar, afirma que os judeus não nasceram da Lei. O escravo não era o pai da criança; era seu guardião disciplinador. Assim, a Lei não dava vida a Israel; governava a vida do povo. Os judaizantes ensinavam que a Lei era necessária para obter vida e justificação, mas a argumentação de Paulo mostra o erro desses falsos mestres.
Mas a segunda coisa que Paulo diz é ainda mais importante: o trabalho do aio era uma preparação para a maturidade da criança. Quando a criança atingisse a maioridade, a função do aio deixaria de ser necessária. Da mesma forma, a Lei foi uma preparação para Israel até a vinda do descendente prometido, Jesus Cristo. O objetivo final do plano de Deus era a vinda de Cristo (Gl 3:22), "mas, antes que viesse a fé [Cristo]" (Gl 3:23), a nação permaneceu "sob a tutela da lei" (literalmente, "presa, sob a guarda da lei").
A Lei separava os israelitas das nações gentias (Ef 2:12-18) e governava os aspectos diários da vida. Ao longo dos séculos da história de Israel, a Lei preparava o povo para a vinda de Cristo. Os preceitos da Lei serviam para lembrar o povo que precisavam de um Salvador. Os tipos e símbolos da lei eram retratos do Messias vindouro (ver Lc 24:27).
Um bom exemplo desse propósito da Lei é o relato sobre o jovem rico (Mt 19:16ss). Esse rapaz tinha tudo o que alguém poderia desejar, mas não estava satisfeito. Havia tentado guardar os mandamentos a vida toda, mas ainda faltava alguma coisa. No entanto> esses mandamentos o levaram até Cristo! Esse é um dos propósitos da Lei: criar nos pecadores uma consciência de culpa e de necessidade. Infelizmente, esse jovem não foi honesto ao se olhar no espelho da Lei, pois lhe faltou guardar o último mandamento ("não cobiçarás"), e ele se despediu de Jesus sem ter recebido a vida eterna.
A Lei havia cumprido seu propósito: o Salvador veio ao mundo, e o "aio" não era mais necessário. É triste que a nação de Israel não tenha reconhecido seu Messias quando ele chegou. Por fim, Deus teve de destruir o tempfo e de dispersar a nação, de modo que, hoje, é impossível um judeu devoto praticar a fé de seus pais. O povo judeu não tem mais altar, sacerdócio, sacrifícios, templo nem rei (Os 3:4). Todos esses elementos se cumpriram em Cristo, de modo que, qualquer um - judeu ou gentio - que crê em Cristo torna-se filho de Deus.
A Lei não pode mudar a promessa, e a Lei não é maior do que a promessa. Mas a Lei também não é contrária à promessa: as duas trabalham juntas para levar os pecadores ao Salvador.

4. A Lei não pode fazer o que a promessa faz (Gl 3:27-29)

Com a vinda de Jesus Cristo, a nação de Israel saiu da infância e passou à vida adulta. O longo período de preparação havia
chegado ao fim. Apesar de haver certa glória na Lei, havia glória ainda maior na salvação que Deus oferece pela graça por meio de Cristo. A Lei poderia revelar o pecado e, até certo ponto, controlar o comportamento, mas ela não poderia fazer pelo pecador o que Jesus Cristo pode fazer.
Em primeiro lugar, a Lei nunca teve poder de justificar o pecador. "Não justificarei o ímpio" (Êx 23:7); no entanto, Paulo declara que Deus "justifica o ímpio" (Rm 4:5). Na consagração do templo, o rei Salomão lembrou Deus de condenar os perversos e de justificar os justos (1 Rs 8:32), um pedido apropriado, tendo em vista a santidade de Deus. O problema é que ninguém é justo! Somente pela fé em Jesus Cristo é que o pecador é justificado - declarado justo - diante de Deus.
Além disso, a Lei nunca teve poder de promover a comunhão com Deus; separava o homem de Deus. Havia uma cerca ao redor do tabernáculo e um véu entre o Lugar Santo e o Santo dos Santos.
A fé em Jesus nos batiza "em Cristo" (Gl 3:27). Esse batismo do Espírito identifica o cristão com Cristo e o torna parte do corpo de Cristo (1 Co 12:12-14). O batismo com água é um retrato exterior dessa obra interior do Espírito Santo (ver At 10:44-48).
A oração "de Cristo vos revestistes" (Gl 3:27) refere-se a trocar de roupa. O cristão removeu as vestes imundas do pecado (ls 64:6) e, pela fé, recebeu vestes de justiça em Cristo (ver Cl 3:8-15). Mas, para os gálatas, essa idéia de "trocar de roupas" tinha ainda outro sentido. Quando um jovem romano alcançava a maioridade, deixava de usar roupas de criança e passava a se vestir com uma toga de cidadão adulto. O que crê em Cristo não é apenas "filho de Deus"; é um "filho adulto de Deus" (ver Gl 3:26, em que filhos deve ser traduzido por "filhos adultos"). O cristão é um adulto diante de Deus, então por que voltar à infância da Lei?
"Porque todos vós sois um em Cristo Jesus" - que declaração maravilhosa! A Lei criava diferenças e distinções, não apenas entre indivíduos e nações, mas também entre os diversos tipos de alimentos e animais. Jesus Cristo não veio para dividir, mas para unir.
Para os cristãos da Galácia, essa deve ter sido uma notícia gloriosa, pois, em sua sociedade, os escravos eram considerados apenas uma propriedade; as mulheres viviam confinadas e não eram respeitadas; e os gentios eram desprezados pelos judeus.
O fariseu orava todas as manhãs: "Agradeço-te, ó Deus, pois sou um judeu, e não um gentio; sou um homem, e não uma mulher; sou um homem livre, e não um escravo". No entanto, todas essas distinções foram removidas "em Cristo".
Isso não significa que nossa raça, situação política ou sexo seja transformado na conversão; mas quer dizer que tais coisas não têm valor algum - não são vantagens nem obstáculos, em se tratando do relacionamento espiritual com Deus em Cristo. A Lei conservava essas distinções, mas em sua graça, Deus declarou que todos se encontram no mesmo nível, para que, assim, concedesse sua misericórdia a todos (Rm 11:25-32).

5. A Lei jamais poderia nos transformar em herdeiros de Deus (Gl 3:29).

Deus fez sua promessa à "descendência de Abraão" (singular no texto original, Gl 3:16), e esse descendente é Cristo. Se estamos "em Cristo" pela fé, então, em termos espirituais, também somos "descendência de Abraão". Isso significa que somos herdeiros das bênçãos espirituais que Deus prometeu a Abraão. Isso não quer dizer que as bênçãos materiais e nacionais prometidas a Israel foram canceladas, mas sim que os cristãos de hoje são enriquecidos espiritualmente por causa das promessas de Deus a Abraão (ver Rm 11:13ss).
Esta seção de Gálatas é bastante proveitosa quando lemos as Escrituras do Antigo Testamento. Ela nos mostra que as lições do Antigo Testamento não são apenas para os judeus, mas também se aplicam aos cristãos dos dias de hoje (ver Rm 15:4; 1 Co 10:11, 12). No Antigo Testamento, encontramos a preparação para Cristo; nos Evangelhos, a apresentação de Cristo e, de Atos a Apocalipse, a apropriação de Cristo.
Nossa vida cristã deve adquirir novo significado ao descobrirmos tudo o que temos em Cristo; tudo pela graça, não pela Lei! Somos filhos adultos da família de Deus e também herdeiros de Deus. Estamos fazendo uso de nossa herança espiritual? Esse é o tema de Paulo na seção seguinte.
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