MAKARIOS – O CAMINHO PARA A VERDADEIRA FELICIDADE

SERMÃO DO MONTE  •  Sermon  •  Submitted
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MAKARIOS - o caminho para a verdadeira felicidade

Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;
Mt 5. 1-3
INTRODUÇÃO
O texto em que lemos faz parte do início do sermão do monte pregado por Jesus, no início do seu ministério. Este sermão foi pregado a cerca de 2000 anos atrás, seus primeiros ouvintes o ouviram da boca do próprio Jesus. Todavia este não é um sermão apenas aqueles judeus daquele tempo e sim também para nós hoje. Este sermão é para você, para mim, para a igreja de hoje e será para igreja de amanhã.
Neste sermão o tema que Jesus trata de forma geral é o reino de Deus. O grande proposito deste sermão é oferecer uma exposição do reino como uma realidade essencialmente espiritual. O reino é antes de tudo algo que está dentro de vós.
Nele Jesus diz quem são os que fazem parte deste reino, como viver neste reino de Deus e como entrar no reino. A primeira parte do sermão de Jesus, nas bem-aventuranças, ele fala das características daqueles que fazem parte do reino. É importante dizer aqui que, Jesus não está dizendo que alguém precisa procurar ter estas características para entrar no reino de Deus. Ele está dizendo que aqueles que já fazem parte do reino, eles inevitavelmente têm estas características. Este sermão fala da vida no reino de Deus.
Agora falando mais propriamente das bem-aventuranças, elas são as virtudes que todo verdadeiro salvo tem. Jesus não estava falando esse sermão e descrevendo certos cristãos especiais, ele estava descrevendo aqueles que fazem parte do reino de Deus. E também ele não estava dizendo que o crente desenvolve uma bem-aventurança e a outra não, mas sim todas. Não se trata do fato de alguém se humilde de espírito e não ser manso ou puro de coração. As bem-aventuranças descrevem o caráter do salvo todo e de todos os salvos. Todos aqueles que fazem parte do reino são levados a terem todas as bem-aventuranças. Essas bem-aventuranças, mostram claramente a diferença entre o crente e o incrédulo. Os que fazem parte do reino, e os que não fazem. O crente e o incrédulo fazem parte de reinos diferentes, e, portanto, jamais terão as mesmas características.
E um último fato importante é que essas bem-aventuranças não podem ser produzidas por nós mesmos. Nenhum homem morto em delitos e pecados a podem produzir. A autodisciplina não pode produzir. Não se trata de boa educação, ou de boa disposição moral, nem se trata de ter bom caráter. A natureza humana não pode produzir este tipo de cidadão, pois aquilo que é nascido da carne é carnal, mas esses cidadãos do reino foram regenerados em uma nova vida na natureza de Cristo. Antes eles estavam unidos na natureza de Adão, agora foram unidos na natureza de Cristo.
Alguma coisa, ou alguém levou essas pessoas a serem humildes, alguém as quebrantou a ponto de chorarem, alguém as fez mansas, alguém provocou a fome e a sede por serem justas, alguém as tornou em misericordiosas, elas não limparam o de coração, elas foram limpas de coração, alguém as fez pacificas, elas são perseguidas por causa de uma justiça especificas que antes elas não tinham, pois antes não eram perseguidas; elas são injuriadas, perseguidas e caluniadas por causa de alguém. Essas pessoas são bem-aventuradas por causa de alguma coisa que aconteceu a elas, e foi feita por alguém a elas.
CORPO
A primeira bem-aventurança diz: bem-aventurados os humildes de espirito, porque deles é o reino dos céus! No reino de Deus não existe sequer um participante que não seja humilde de espirito. Esta característica é fundamental de todos os cidadãos do reino dos céus. Todas as demais são resultado desta primeira bem-aventurança. Ela indica um esvaziamento, enquanto as outras apontam para uma plenitude.
Mas afinal o que significa ser humilde de espirito? Primeiro quero falar o que não é ser humilde de espirito. Não é ser materialmente pobre, alguém que passa necessidades físicas. Existem pobre que são cheios de arrogância e orgulho. Também não é ser emocionalmente tímido, retraído, fraco ou acovardado. Também não se trata de alguém que é espiritualmente abatido, caído. Alguém que suprime sua personalidade. Também não é alguém que vive se auto punindo, ou que assume outro caráter ou personalidade ou modo de vida. Não é disso que Jesus está tratando. Os fariseus faziam tudo isso e, portanto, Jesus os censurou por sua falsa humildade.
Humilde de espirito, não é alguém que nega suas qualidades e virtudes externamente, mas se gaba por dentro. Humilde de espirito é alguém que conhece suas capacidades, mas sabe que elas não são nada para poder lhes dar o direito ao reino dos céus. O melhor exemplo de humildade que a bíblia nos apresenta é do próprio Senhor Jesus. Que embora continuasse sendo Deus e igual ao pai, não se agarrou a sua divindade enquanto viveu aqui como mero homem. Jesus sempre soube quem era e de todo o poder que tinha, mas sua humildade se revela pelo fato de que mesmo sendo Deus, era totalmente dependente do pai.
Humilde de espirito são aqueles que tem consciência de sua pobreza espiritual diante do Deus santo. São aqueles que sabem que são absolutamente carentes da graça de Deus, totalmente dependentes. Pobres! São aqueles que sabem que diante de Deus eles nada representam. São aqueles que se apresentam diante de Deus com suas mãos estendidas e vazias, nada têm a oferecer de si mesmos. Em tudo eles dependem de Deus.
Ser humilde de espirito é sentir que nada somos, que nada temos, e também que olhamos para Deus em total submissão a ele, dependendo inteiramente de sua misericórdia, e graça. Ser humilde de espirito é saber e reconhecer que não fizemos nada para que Deus nos amassemos, mas que, apesar de nossa repugnância em pecado ele nos amou primeiro. É reconhecer que não somos dignos de nada que pode vir da parte de Deus, ele não nos deve nada, tudo que vem dele é por graça.
Não reconhecer nosso estado de total miséria diante de Deus, e se nos acharmos dignos de alguma coisa diante dele, ou que fizemos algo para merecer alguma coisa, isso é arrogância e prepotência. Tiago em sua carta no capitulo 4, trata exatamente disso. Ele diz que as guerras e contendas entre os irmãos era a arrogância e falta de humildade deles. Porque eles se achavam superiores e cheios de direitos, suas orações não eram respondidas, “Pedis e não recebeis! ” Tiago os chama de infiéis e os faz lembrar as escrituras: Deus resiste aos soberbos, mas da graças ao humilde.
Eis o apelo de Tiago: chegai-vos a Deus... purificai as mãos, pecadores, limpai o coração Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor.
Os cidadãos do reino começam com humildade de espirito, e segue para sempre assim. No processo do novo nascimento, todos passamos por essa exigência de humildade. O pecador, depois que reconheceu seu pecado, é tomado então de um profundo quebrantamento e certeza de sua miséria diante da graça de Deus. Este é o primeiro momento, na conversão. Pois todo homem natural pensa ter alguma coisa de alguma forma em si mesmo que possa ser retribuído por Deus. Não, não tem! Essa humildade depois de convertido, o segue para a eternidade. O salvo sabe que tudo que há nele que agrada ao pai, não vem dele mesmo, mas da pessoa do Justo Jesus nele. Ele sabe que é a justiça de Jesus nele que o faz merecedor daquilo que recebe da parte de Deus.
Quando o salvo peca, ele sabe que não há nada nele que possa apresentar a Deus como credito, então, com o coração quebrado pelo pecado, se apresenta ao pai como pobre e necessitado de perdão. Ele é como o filho de Jonatas, Mefibosete, aleijado, pobre, dependente e necessitado vivendo no palácio do rei e comendo na mesa do rei.
Humilde de espirito é reconhecer nossa real condição e nosso devido lugar diante de Deus.
CONCLUSÃO
Tudo é pela graça, maravilhosa e extraordinária graça de Deus. Sem mérito, sem obras.
Eu te pergunto: você é humilde de espirito? Será que você foi descrito agora? Qual tem sido sua reação quando você pensa em Deus e sua presença? Diante do espelho, quem você é? Você tem noção da sua miséria e pobreza espiritual? Diante disso fica ainda uma pergunta: como alguém pode tornar-se humilde de espirito?
Essa é uma ação do Espírito Santo no homem. Ele faz os seus olhos voltarem exatamente para Deus. Ser humilde de espirito, é contemplar o Senhor Jesus Cristo, vendo-o como ele é. Sim olhe para Jesus; e quanto mais você fixar os olhos nele, mais você se sentirá nulo em si mesmo, e mais humilde de espirito você se tornará. Olhe novamente para Cristo; e então verá que nada terá de fazer por si mesmo. Pois tudo já foi feito. É impossível olhar para Cristo e não sentir sua absoluta e total pobreza de espirito.
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