Conhecer a Deus exige amar sua Palavra

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Conhecer a Deus, exige amar sua palavra e nela ter prazer.

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Introducão

Este salmo (119) se sobressai em toda a coleção dos salmos por várias razões notáveis.
i. É um poema acróstico, baseado em todas as letras do alfabeto hebraico em ordem consecutiva, e assim é dividido em vinte e duas estrofes.
Todos os versículos de cada estrofe começam com a mesma letra do alfabeto hebraico.
O fato de ter oito versículos em cada estrofe o torna o mais longo de todos os salmos. O efeito do acróstico é notável tanto aos olhos quando lemos quanto aos ouvidos quando ouvimos.
ii. É um poema que se alegra no fato de Deus haver se revelado a seu povo.
Ele falou, e o salmista revela intensa devoção pela palavra de Deus. O foco da atenção em todo ele está em Deus, quer pelo discurso direto, quer pelo uso do pronome “teu”: “tuas justas leis”, “tua palavra”, “teus mandamentos”.
iii. Uma gama de termos hebraicos é usada para descrever a revelação de Deus: lei, estatutos, preceitos, mandamentos, leis, decretos, palavra, promessa.
iv. Revela o amor do salmista pela palavra. A constância com que ele revela estas com a palavra, demonstra o quanto ele a ama.
97-104 Mem.

1. O amor a palavra instrui a mente (97-100):

Na medida em que o amor à palavra faz com que meditemos prolongadamente nela, recebemos uma sabedoria superior a todas as ameaças (98), maior que a sabedoria humana (99), melhor que a tradição (100).
João Calvino:
Se alguém se vangloria de amar a lei de Deus, mas negligencia o seu estudo e aplica sua mente a outras coisas, tal pessoa revela a mais grosseira hipocrisia; pois o amor à lei, especialmente um amor ardente por ela, como o profeta expressa aqui, produz sempre meditação contínua sobre ela.
Quem ama o Senhor certamente sentirá o mesmo por sua Palavra. Esse amor se manifestará no uso de todas as oportunidades para refletir sobre a Bíblia.
Para tomar decisões não pautada em emocoes, mas na clareza da palavra.
Psalm 119:105 NAA
Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, é luz para os meus caminhos.
É nos momentos de meditação que descobrimos novas belezas e maravilhas na Escritura.

2. O amor a palavra orienta a vida (101-103):

Ela ensina o que devemos evitar e o que de vemos fazer.
Ela é a voz educadora do próprio Senhor, e é intrinsecamente prazerosa.
Titus 2:11–13 NAA
Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos. Ela nos educa para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos neste mundo de forma sensata, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo.
A fonte da sabedoria do salmista está em Deus: “pois tu me ensinas.” v.102.
2 Timothy 3:16 NAA
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
O salmista desvia os pés de caminhos pecaminosos a fim de ser o mais obediente possível. v.102.
A Bíblia exerce grande influência santificadora. Quando o Senhor nos instrui, desenvolvemos aversão ao pecado e amor à santidade. v103
Evidentemente, a Escritura também é fonte do mais puro prazer.
Nenhum outro livro no mundo é tão aprazível. O mel é doce, mas a Palavra de Deus é ainda mais doce.
Psalm 16:11 NAA
Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, à tua direita, há delícias perpetuamente.

3. O amor a palavra é o caminho para uma mente sadia (104):

Nela temos, entendimento, compreensão e discernimento da verdade, para emoções confiáveis (detesto) odiar o que é errado e amar o que é correto e e justo (caminho).
Hoje vivemos num tempo conhecido como pós modernidade, é um tempo marcado pela ausência de verdades absolutas, onde cada um constróe sua verdade.
Logo, isso implica em haver muitos caminhos baseados em falsas verdades, a exemplo, muitos dizem que posso ter prazer sexual sem comprimisso matrimonial, posso ter dinheiro sem ética, posso ser feliz por possuir coisas, que não existe pecado, logo não haverá condenacão, afinal, Deus não existe.
Mas se crescermos em conhecer a Deus em sua palavra, nos desviaremos de todo caminho de falsidade, nos desviaremos de todo o relativismo à verdade de Deus.
Calvino diz:
Uma vida feliz e sadia se inicia, inquestionavelmente, quando um homem se esforça por livrar-se dos pecados. E, quanto mais progresso ele fizer numa vida boa, tanto mais ele arderá em zelo contra os pecados e tanto mais se afastará deles. […]. Se seguirmos o conselho do salmista, ou seja, em vez de dependermos de nossa própria sabedoria, devemos buscar compreensão na palavra de Deus, por meio da qual Ele não só mostra o que é certo, mas também fortifica nossa mente e nos põe em guarda contra todos os enganos de Satanás e todas as paixões do mundo.
Logo, o amor a palavra do Senhor, nos faz odiar o pecado, e nos faz crescer em santidade no Senhor.
Nos leva a ter uma mente sadia, como a mente de Cristo.
1 Corinthians 2:16 NAA
Pois quem conheceu a mente do Senhor, para que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.
Observe a sequência: a meditação constante (97-99) transforma-se em obediência (100), e o poder da palavra muda nossa vida.
Obediência (101) que é nascida do reconhecimento da autoridade da palavra (102) transforma-se em prazer (103).
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