SS22 - SERMÃO 5 - O AMOR QUE EU QUERO ESPALHAR

SEMANA SANTA 2022  •  Sermon  •  Submitted
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SS22 - SERMÃO 5 - O AMOR QUE EU QUERO ESPALHAR

Vocês estão de parabéns por terem filhos tão bonitos e inteligentes. Até cantores são.
Precisam ver os olhos de vaidade e orgulho que cada um tem ao ver os filhos cantando aqui na frente. Alguns momentos pensei que alguns de vocês iriam explodir de tão inflados que estavam.
Outra coisa que quero parabenizar voces: o fato de terem escolhido a educação adventista. Há quem critique o ensino do Colégio Adventista e até dizem que é muito fraco.
Discordo totalmente. Eu estudei em colégios adventistas 18 anos e ainda continuo estudando. Fiz duas graduações, um mestrado, um doutorado e agora estou fazendo mais uma graduação à distância.
Tenho dois filhos: os dois são médicos hoje. Desde o prézinho até concluir a faculdade de medicina, os dois estudaram em colégios adventistas.
Se a educação adventista é tão fraca assim, eu não sei onde me equivoquei.
O que faz diferença na educação adventista é que não prepara os filhos apenas para sucesso nesta vida, prepara também para a vida eterna.
A educação adventista segue os princípios da Bíblia.
Quando abrimos a Bíblia encontramos alguns princípios que são alicerces para uma vida feliz.
Hoje quero falar de 5 princípios que demonstram o amor de Deus e que devem ser refletidos no amor humano de uns para com os outros:
A lIberdade de escolha
Nunca é tarde para recomeçar
Sempre é tempo para perdoar
Vamos analisar cada aspecto individualmente.

I - A LIBERDADE DE ESCOLHA

Deus criou o ser humano como um ser moral livre com capacidade de interagir, pensar, analisar, selecionar e escolher.
Gênesis 2:16
16E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente,
A liberdade do homem está limitada ao cumprimento de uma ordem, um mandamento: A ordem era: '"de toda árvore do jardim comerás livremente.
O mandamento relacionado nesses versos pressupõe que o homem entendeu a língua que Deus falou e a distinção entre "comerás" e "não comerás".
O comando começa positivamente, concedendo permissão para comer livremente de todas as árvores do jardim — com exceção de uma.
A liberdade de escolha do ser humano aparece diretamente conectada com um dos maiores prazeres que o ser humano tem: o prazer de comer.
Eu gosto muito de comer, especialmente na casa de meus amigos.
A primeira prova de lealdade do homem é a prova do apetite e o homem falhou.
A primeira prova de lealdade de Cristo na terra é a prova do apetite e Jesus não falhou.
A pergunta que sempre surge é: Por que Deus colocou essa árvore do bem e do mal dentro do jardim?
Isso mostra uma coisa: O direito do exercício da liberdade traz consigo os seus riscos.
Isso mostra também que se queremos criar filhos saudáveis que amem a Deus de verdade, não podemos agir diferente dEle. Nada deve ser imposto guela abaixo, nem tampouco devemos tirar os filhos do meio da possibilidade de errar. Eles são seres morais livres.
Se isolamos nossos filhos do contato social, e os impedimos de conviver com as árvores do bem e do mal presentes nos dias de hoje, eles formarão um caráter de obediência forçada, doentia, e quando tiverem a oportunidade a sós, poderão com curiosidade querer experimentar o proibido.
A presença desta árvore no jardim revelou que o homem era um agente moral livre. O casal não foi forçado; ele podia obedecer ou desobedecer. A decisão foi dele.[1]
Deus não estava nesse teste retendo ao homem o direito de comer o fruto desta árvore , mas estava oferecendo-lhe a oportunidade de dar uma prova clara de lealdade a Deus
[1] Francis D. Nichol, ed., The Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. 1 (Review and Herald Publishing Association, 1978), 225.
Os riscos da liberdade
A liberdade tem os seus riscos e a liberdade tem os seus limites. E Deus foi muito transparente e delimitar os limites.
Deus como Criador sempre vai lidar conosco dessa maneira, com limites definidos para nos poupar de sofrimentos.
Vejamos os limites:
Os limites das escolhas
Genesis 2:17 (BEARA)
mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Imagine a conversa de Deus com Adão. Ali os dois estabelecem um contrato, boca a boca, não havia nada escrito. Não era necessário.
Imagine a reação de Adão. Posso vê-lo dizendo: "Ta bom demais meu Deus, tem muitas árvores no jardim, não preciso de mais nada, além do mais, o Senhor é o meu Pai, o Senhor é o Criador. Eu sou teu filho.
É necessário compreender esse direito do paraíso, a fim de obter um conhecimento claro das doutrinas mais essenciais e fundamentais do evangelho; e não menos necessários para detectar e refutar muitos grandes e perigosos erros que prevaleceram, e que ainda prevalecem, no mundo cristão. Deus tem o direito de dar lei a todas as suas criaturas inteligentes.
É a parte de um superior dar direito a um inferior. Todo legislador deve ser supremo, em relação àqueles a quem ele dá lei.
Deus é por natureza supremo em todos os seus atributos naturais e morais. Seu poder é superior ao poder unido de todos os seres criados. Sua sabedoria é superior à sua sabedoria unida. Sua bondade é superior à sua bondade unida. Ele é supremo entre toda a criação inteligente, no ponto de poder, sabedoria e bondade, que são as qualificações mais amáveis e essenciais de um legislador.
2. As escolhas podem ser erradas e mesmo sendo erradas, devem ser respeitadas
Seguramente depois de ver o homem escolher errado, Deus sofreu intensa dor. afinal, seu filho Adão e sua filha Eva demonstraram não confiar nele o bastante.
Mesmo assim, Deus respeita a escolha do casal.
Deus exigiu do homem que ele fizesse uma escolha de princípios.
Ele deveria aceitar a vontade de Deus e submeter-se a ela, confiante de que se sairia bem como resultado, ou ele, por sua própria escolha, quebraria a conexão com Deus e se tornaria, presumivelmente, independente dele.
Mas a separação da Fonte da Vida poderia inevitavelmente trazer apenas a morte.
Os mesmos princípios ainda são válidos. Punição e morte são os resultados certos da livre escolha do homem para se entregar à rebelião contra Deus.[1]
[1] Francis D. Nichol, ed., The Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. 1 (Review and Herald Publishing Association, 1978), 225.
Sempre que passamos dos limites estabelecidos por Deus, Seu coração chora por dentro, Ele sofre por ser traído, mas ele respeita nossas escolhas.
Com essa visão em mente, penso que estamos prontos para compreender o que acontece com o filho que resolveu sair de casa e o pai não o impediu de fazê-lo.
A história está no evangelho de Lucas.
LUCAS 15:11-13
11Continuou: Certo homem tinha dois filhos;12o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. 13Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo l o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
l l 15.13 Ajuntando tudo: A expressão grega pode traduzir-se lit. assim, mas, em contextos comerciais, significa o converteu em dinheiro.
EGW: Na parábola do filho pródigo é-nos apresentado o procedimento do Senhor com aqueles que uma vez conheceram o amor paterno, mas consentiram ao tentador levá-los cativos a sua vontade. – {PJ 101.3}

II - NUNCA É TARDE PARA RECOMEÇAR

Enquanto as parábolas das Ovelhas Perdidas e da Moeda Perdida enfatizam a parte de Deus na obra da redenção, a parábola do Filho Perdido enfatiza a parte do homem em responder ao amor de Deus e agir em harmonia com ele.[1]
[1] Francis D. Nichol, ed., The Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. 5 (Review and Herald Publishing Association, 1980), 817.
A ovelha perdida é procurada pelo pastor até ser encontrada. A moeda perdida é procurada pela proprietária até ser encontrada. Deus procura o pecador até encontrá-lo.
O filho que deixou a casa do Pai não é procurado pelo pai, pelo contrário, ele decide retornar para a casa do pai. O homem se volta para Deus em busca de saída para sua vida.
Nessa parábola o filho mais novo representa os publicanos e os pecadores com quem Jesus comia no início do capítulo, enquanto o filho mais velho representa os escribas e os fariseus que criticavam Jesus por estar comendo com os pecadores.
A narrativa do Filho que sai de casa se divide em duas partes: a partida para longe de sua casa e o retorno antes que fosse tarde demais.
A separação da casa do pai e a partida
EGW: O filho mais novo cansara-se das restrições da casa paterna. Pensou que sua liberdade era reprimida. O amor e cuidado do pai foram mal-interpretados, e determinou seguir os ditames de sua própria inclinação. O jovem não reconhece qualquer obrigação para com o pai, e não exprime gratidão, contudo reclama o privilégio de filho para participar dos bens de seu pai. Deseja receber logo a herança que lhe caberia pela morte do pai. Pensa só na alegria presente, e não se preocupa com o futuro. – {PJ 101.5}
Esse menino não estava contente em viver na casa do seu pai. Muitas vezes fazemos o mesmo quando não queremos estar na presença de Deus. Buscamos o caminho do afastamento, do distanciamento.
Esse filho tinha tudo, não lhe faltava nada, tudo do pai era dele como filho, contudo, seu coração clama por liberdade.
Ao sair de casa buscando a liberdade, cruza a avenida na libertinagem.
O pedido para receber a herança do pai é demasiadamente desrespeitoso porque o pai ainda vive. Ao assim fazer, está quebrado o quinto mandamento da lei de Deus: "Honra ao teu pai e a tua mãe."
Um tremendo poder que está nas mãos do homem. Ele pode escolher seu próprio caminho, e andar do jeito que ele preferir. Como o pai do pródigo, Deus não o impedirá de fazer o que quiser.
Ele não fez no paraíso; Ele deixou Adao livre e irrestrito em ação.
Da mesma forma, quando os israelitas clamavam por carne, e choravam pelos potes de carne do Egito, Deus ouviu seu grito, e trouxe-lhes codornas em abundância; mas o objeto de seu desejo tornou-se a vara de sua punição. E Deus através de todas as eras tem agido de forma semelhante.
EGW: "Ninguém há, agora, que lhe diga: não faças isto porque há de prejudicar-te, ou: faze aquilo porque é bom. Maus companheiros ajudam-no a abismar-se mais e mais no pecado; e “desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente”. – {PJ 102.1}
A hora da desgraça chegou! Ela sempre chega!
EGW: Houve uma grande fome na Terra; ele começou a padecer necessidade, e foi-se a um cidadão do país, que o mandou ao campo para apascentar porcos. Para um judeu esta ocupação era a mais vil e degradante. O jovem que se gloriava de sua liberdade, vê-se agora escravo. Está na pior das escravaturas — “com as cordas do seu pecado, será detido”. Provérbios 5:22. O brilho falso que o atraía desapareceu, e sente o peso dos seus grilhões" PJ, 102.
O retorno para casa antes que fosse tarde demais
Ilustração:
Um homem que, vagando por uma costa rochosa na vazante da maré, viu uma lagosta debaixo de uma rocha e pensando que poderia ganhar um prêmio por sua ceia. , colocou em sua mão para agarrar sua garra. Em vez de agarrar a lagosta, a lagosta o agarrou, e ele logo ficou horrorizado ao descobrir que o que ele pretendia capturar a lagosta foi a lagosta quem o capturou. Por mais que se esforçasse para retirar sua mão, não conseguia. Ficou horrorizado ao perceber que acima de sua cabeça havia conchas e algas marinhas, indicando que mais tarde a maré começaria a subir e se ele ainda estivesse ali, seria completamente inundado.As águas começaram a subir lentamente e na sua agonia e desespero fez tudo o que pode para escapar, mas não conseguiu. Morreu afogado com a mão presa por uma alga marinha.
Lucas 15:17-20:
17Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!18Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;19já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.20E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
A decisão de abandonar a Deus é sempre mais fácil do que a decisão de retornar para Ele.
Por isso a Bíblia diz em Hebreus 3:7-9
Hebreus 3:7-9
7Assim, pois, como diz o Espírito Santo:Hoje, se ouvirdes a sua voz,8não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no deserto, d 9onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos. e
e e 3.9 Quarenta anos: Nm 14:20–35. Na forma hebraica do Sl 95:9–10, citada aqui, a frase “por quarenta anos” se une ao que segue.
EGW: "Qualquer que seja a aparência, toda vida centralizada no eu, está arruinada. Todo aquele que procura viver separado de Deus, dissipa seus bens. Desperdiça os preciosos anos, esbanja as forças do intelecto, do coração e da alma, e trabalha para a sua eterna perdição." PJ, 102.

III - SEMPRE É TEMPO PARA PERDOAR

EGW: "O amor tem bons olhos." PJ, 104.
Qual foi a última vez que você se jogou no pescoço de alguém e disse "Eu te perdoo".
Qual foi a última vez que você se lançou nos braços de Jesus e disse: "Perdoa-me Senhor".
Lucas 15:20-24
Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.21E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.22O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; n
23trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos,
24porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.
A importância da Confissão - v.21
"Pai pequei contra o céu e contra ti"
Quando erramos com os nossos pais, erramos também com Deus.
Isso devemos ter sempre em mente e ensinar aos nossos filhos.
Ontem falei da importância de nascer de novo, nascer do alto. Mostrei que para nascer de novo é necessário o arrependimento. Mas além do arrependimento, vem a confissão.
Devemos confessar a Deus pedindo=lhe o perdão e devemos confessar nossos erros para as pessoas que magoamos, demonstrando nosso respeito para com elas.
n n 15.22 O pai lhe restitui os símbolos da sua condição de filho: o anel, sinal de autoridade, e as sandálias, sinal de homem livre (os escravos andavam descalços).
Sociedade Bíblica do Brasil, Bíblia de Estudo Almeida Revista E Atualizada (Sociedade Bíblica do Brasil, 1999), Lk 15:22–24.
Manto. Gr. stolē, uma roupa exterior solta para os homens, que se estendia aos pés; geralmente usado por pessoas de posto. Desde o início, o pai o recebeu como filho e não como servo. Para começar, o pai tinha lançado seu próprio manto sobre a juventude,[1] [1] Francis D. Nichol, ed., The Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. 5 (Review and Herald Publishing Association, 1980), 821.
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