Servindo à igreja e à sociedade

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Possibilidades de serviço à igreja e à sociedade

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Palavras Iniciais

Hoje é a última pregação da série Vim para servir. Durante o primeiro semestre deste ano estivemos refletindo sobre o chamado que temos de Deus, a partir de Jesus Cristo, para que o serviço a Deus e às pessoas se torne um modo de vida. Assim com Jesus, nós também fomos colocados por Deus onde estamos para servir.
Ontem tivemos um excelente fim de tarde e início de noite, conversando sobre nossos perfis de servo. Aprofundamos nossa compreensão sobre a Vocação de Deus para nós (Paixão), sobre os Dons Espirituais que recebemos de Deus e sobre nosso Estilo Pessoal de servir.
Essas três peças formam um quebra-cabeças que elucida nosso lugar de serviço e nos ajudar a caminhar em direção ao nosso papel no corpo de Cristo. No próximo sábado, a partir das 16h, vamos concluir, juntando as peças que descobrimos. Quem não participou no sábado passado poderá responder os questionários em casa e participara da segunda parte no próximo sábado.
Hoje gostaria de compartilhar alguns princípios para o surgimento de ministérios na igreja e também de apresentar algumas oportunidades de serviço.

Princípios para novos ministérios

Vamos ler juntos o texto que se encontra em Atos 6.1-7 e em seguida vou comentar alguns princípios que considero importantes para o surgimento de ministérios de serviço aqui na Videira.
Acts 6:1–7 NVI
1 Naqueles dias, crescendo o número de discípulos, os judeus de fala grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica, porque suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimento. 2 Por isso os Doze reuniram todos os discípulos e disseram: “Não é certo negligenciarmos o ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas. 3 Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa 4 e nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra”. 5 Tal proposta agradou a todos. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, além de Filipe, Prócoro, Nicanor, Timom, Pármenas e Nicolau, um convertido ao judaísmo, proveniente de Antioquia. 6 Apresentaram esses homens aos apóstolos, os quais oraram e lhes impuseram as mãos. 7 Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de discípulos em Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé.
Esse texto abre pra nós uma janela para enxergarmos a vida da igreja em seus primeiros momentos. Os discípulos de Jesus havia esperado o revestimento de poder pelo Espírito Santo, conforme a orientação de Jesus e agora eram movidos por esse mesmo Espírito para testemunhar sobre o Cristo de Deus.
Os apóstolos ocuparam o centro da cena humana, porque eles havia convivido com Jesus por cerca de três anos. Essa condição de liderança foi confirmada com autoridade, sinais e prodígios.
Com a pregação dos apóstolos, muitos judeus, de Jerusalém e de outros lugares, compreenderam que Jesus era o Messias prometido por Deus e se renderam aos ensinos e à mentalidade de Cristo sobre a vida.
Eles eram ensinado pelos apóstolos, que transmitiam os ensinamentos de Cristo e encorajavam a pessoas a confiarem em Deus. O texto nos diz que a igreja estava crescendo, com muitas pessoas interessadas em saber mais sobre Jesus e sobre como se tornar discípulo dele.
Uma das atitudes que marcou o modo de ser da igreja naqueles dias está narrada no capítulo dois de Atos. Os discípulos de Jesus mudaram sua percepção sobre como suas propriedades e bem deveriam ser usados. Ele entenderam que não fazia sentido usarem tudo que tinha apenas para si mesmos, quando ao lado havia um irmão passando necessidade. Por isso, eles venderam algumas de suas posses e formam um fundo de ajuda para socorrer aqueles que eram mais necessitados.
Um dos propósitos para os quais esse fundo de socorro foi utilizado era a compra diária de alimento para quem não tinha como prover para si mesmo, principalmente para as viúvas. É nesse contexto que surge o primeiro ministério organizado da igreja.

Princípio 1: Necessidades

Tomando por base este caso prático, podemos dizer que o primeiro princípio para o surgimento de um ministério é a existência de uma necessidade. O ministério cristão nada mais é que serviço e o serviço visa suprir as necessidades.
A igreja de Jerusalém surgir entre os judeus, mas não surgiu homogênea. Em Jerusalém havia os judeus de fala hebraica e aqueles de fala grega, quando converteram-se a Cristo, constitui-se uma igreja com a mesma condição.
A reclamação dos irmão de fala grega era que suas viuvas estavam sendo preteridas na distribuição diárias dos alimentos. Veja que em seus primeiros passos, a igreja, formada de gente como é, já preciso lidar com queixas e desconfianças.
Quando a necessidade de lidar melhor (até então, estavam centralizadas nos apóstolos) com a distribuição dos alimentos se tornou visível, abriu-se um espaço para o surgimento de um ministério. Continua sendo do mesmo jeito, são as necessidades das pessoas que pedem o nosso serviço.
Que necessidades temos na videira? Você certamente já identificou alguma. Que necessidades temos em Paratibe? Domingo passado vimos algumas delas. Se estamos percebendo alguma necessidade talvez Deus esteja nos chamando para atendê-la, e talvez ele até levante mais alguns junto com você, e constitua um ministério para a glória dele e o atendimento das necessidades da pessoas.

Princípio 2: Cooperação

A ajuda aos necessitados foi uma ação da igreja desde os seus primeiros passos. O texto de Lucas diz que as pessoas vendiam seus bens e propriedade e colocavam os recursos “aos pés dos apóstolos”, para que fosse usado a fim de atender os que tinham necessidades.
No começo isso foi administrado pelos próprios apóstolos, mas aquilo que talvez fosse pontual e fácil de organizar, com o crescimento da igreja, tornou-se uma ação mais complexa. Então eles convocam a igreja para tomar uma decisão.
Esse é o segundo princípio. Não há ministérios individuais. O serviço cristão é feito em cooperação. No começo você pode até suprir a necessidade de algumas pessoas através do seu esforço e dedicação pessoal, mas chega o momento em que o caráter coletivo do ministério precisa ser reconhecido.
O individualismo em que estamos mergulhados pode nos enganar, fazendo-nos crer que podemos realizar um serviço ministério solo, no entanto, cedo o tarde, precisaremos, “reunir todo os discípulos” como fizeram os apóstolos a cooperarmos para que o serviço ministerial seja, de fato, do Corpo de Cristo.
O que você acha de compartilhar com a igreja as oportunidades de serviço que você está enxergando? Talvez você você seja surpreendido com o mover do Espírito de Deus, que há tempos vem falando ao coração de outras pessoas para levantar um ministério.

Princípio 3: Vocação

A reclamação sobre as falhas na distribuição diária dos alimentos começou com as viúvas e terminou nos ouvidos dos apóstolos.
Mas o texto não deixa transparecer nenhum clima de melindre com a reclamação ou de autopiedade diante da fala detectada. Também não houve qualquer esboço de pedido de desculpa: “olha, meus irmãos, nós gostaríamos muito de ajudar a todas as viúvas, mas infelizmente não estamos conseguindo, porque estamos sobrecarregados com as muitas atividades que temos”.
Em vez disso, eles identificaram algo muito importante e difícil de ser dito naquele momento: a reclamação havia chegado até eles, porque eles eram os líderes, mas o atendimento daquela necessidade não deveria ser feito por eles.
Imagine, por um momento, que o grupo que levou a queixa aos apóstolos ficou ali olhando para eles e esperando uma resposta, uma solução, uma ação por parte deles. A resposta deles foi: “não fomos chamados por Deus para fazer isso. Nosso ministério é o da Palavra de Deus. Não é certo deixarmos nosso ministério para fazer aquilo que é o ministério de outros”
Esse é o terceiro princípio, os ministérios devem ser exercidos conforme a vocação de Deus. Por isso, ontem, gastamos algumas horas, fazendo perguntas a nós mesmos e a Deus, sobre qual é o chamado dele para nós. Diante da urgência, algumas vezes acabamos nos envolvendo naquilo para o qual não fomos chamados, mas essa deveria ser uma situação excepcional.
O melhor é aprender com os apóstolos que, além de dizer não para o apelo da urgência, assumiram o compromisso de se dedicarem à vocação de Deus para eles (6.4) (nós) “…nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra”.

Princípio 4: Reconhecimento

Depois de resistirem à pressão da urgência, os apóstolo deixaram claro que aquela não era uma questão sem importância, muito pelo contrário. Era tão importante que se fazia necessário encontrar as pessoas que Deus havia chamado para administrar a distribuição diária da doação de alimentos.
Eles descrevem o perfil das pessoas que eles poderiam ficar à frente daquela tarefa. Deveriam ter bom testemunho, serem cheios do Espírito e de sabedoria. E aí pedem que eles avaliem os irmãos e escolham entre si aqueles que pareçam mais apto para o serviço.
Aqui chegamos ao quarto princípio. É preciso reconhecimento da congregação para o exercício de um ministério. Claro que você pode e dever experimentar servir em áreas e atividades diferentes, mas aqueles que assumem responsabilidade por um ministério precisam antes ser aprovados pela igreja. É a igreja reunida que reconhece a vocação de Deus em sua vida para servir em determinado ministério. A congregação é responsável por prover orientação quanto ao serviço e a reconhecer o chamado de Deus na vida de seus membros.
Durante esse semestre tenho pregado de forma exaustiva sobre a natureza do serviço, sobre nossa identificação com Jesus nisso, sobre o serviço como parte de nossa identidade cristã. Tenho falado que essa realidade marcou profundamente o destino da igreja e que ainda hoje é um sinal daqueles que seguem ao Servo Sofredor. Essa é a minha vocação.
Imagino que Estêvam, Filipe, Prócoro, Nicanor, Pármenas e Nicolau não viam a si mesmos como as pessoas certas lidar com aquela situação, mas a congregação reconhecia neles essas características. A verdade é que há muitas necessidades que precisam do compromisso de pessoas com bom testemunho, cheias do Espírito e de sabedoria assim como eles… A quem passaremos essas tarefas?

Princípio 5: Dedicação

Quando orientaram a igreja a procurar pessoas vocacionadas por Deus para atender aquela demanda, os apóstolos afirmaram que isso era necessário para que eles se dedicassem à oração e ao ministério da palavra (pregação e ensino). Nas Escrituras, quando se dedica algo ou alguém ao serviço a Deus, a expressão usada é consagrar, e era assim como eles se viam.
Chegamos ao quinto princípio, pelo qual entendemos que o serviço ministerial dever ser realizado com toda dedicação, como alguém consagrado por Deus para tal finalidade.
A atitude da igreja, confirmando os sete irmãos escolhidos para administrar a distribuição diária dos alimentos, tornou possível que tanto os 12 com os 7 se dedicassem ao serviço para o qual foram chamados. Da mesma maneira, a atitude dos 12, de abraçar com dedicação apenas sua vocação, e a atitude dos 7, de não rejeitar a convocação da igreja, tornaram possível que todos eles se dedicassem ao ministério a que foram chamados.
O reconhecimento da dedicação daqueles irmãos ao serviço foi realizada de forma pública. Depois de escolhidos pela congregação eles foram apresentados aos apóstolos, que oraram por eles com imposição de mãos, numa clara atitude de confirmação e consagração para servir.
Cinco princípios para novos ministérios na igreja: (1) A partir das NECESSIDADES, (2) Realizado em COOPERAÇÃO, (3) Realizado conforme a VOCAÇÃO, (4) RECONHECIMENTO pela congregação, (5) executado com DEDICAÇÃO

Áreas de serviço

Cada igreja tem suas necessidades específicas, isso é um verdade. Cada bairro e cada cidade também tem suas próprias necessidades.
Ao mesmo tempo, de forma geral, porque a natureza humana não é muito diferente no transcorrer das eras e também nos diferentes lugares, é possível encontrarmos similaridades nos ministério desenvolvidos nas mais diversas igrejas.
Essa similaridade nos ministérios também acontece por causa da missão que a igreja tem neste mesmo mundo caído, que é a mesma para todos nós.
A título de despertar a curiosidade para essas necessidades e os diversos serviços ministeriais que a igreja pode realizar, vou concluir com alguns exemplos de ministérios realizados em várias igrejas, Brasil a foram.
MISSÕES: Plantar igrejas, ou colaborar com as já estabelecidas, fazendo discípulos maduros de Jesus através daquela comunidade.
RECEPÇÃO : Receber e acolher as pessoas que chegam ao culto público, acomodando-os de forma especializada e individualizada.
AÇÃO SOCIAL: Auxiliar pessoas que estão passando por dificuldades e carências nas áreas sociais, espirituais e emocionais, doando alimentos e providenciando ajuda adequada a cada necessidade.
KIDS: Alcançar, integrar e discipular crianças de 1 a 12 anos, dando suporte à família na tarefa descrita em Provérbios 22:6.
EFICIENTE: Alcançar com o evangelho de Jesus pessoas com deficiências auditiva, de visão, de mobilidade e cognitivas.
MELHOR IDADE: Amar, acolher e cuidar de pessoas foram deixadas de lado pelos próprios parentes.
EDUCAÇÃO CRISTÃ: Capacitar a igreja para a prática da vida cristã na sociedade em que vive.
SECOM: Coordenar as redes sociais, a transmissão dos cultos, a programação radiofônica, a sonorização do santuário, o serviço de multimídia, o boletim dominical e a comunicação visual no templo.
ACONSELHAMENTO: Fornecer suporte, encorajamento e orientação para necessidades emocionais, espirituais e relacionais, a partir dos princípios bíblicos como fonte suficiente para responder às questões da vida.
COMUNHÃO : Servir a Deus promovendo oportunidades de confraternização da igreja.
PLANEJAMENTO: Atuar na administração dos ministério e no desenvolvimento dos líderes a fim de elaborar e acompanhar o planejamento estratégico e operacional da Igreja.
ALAMEDA: Oferecer oficinas e cursos para a comunidade, com custo baixo, para que todos possam ter acesso a um crescimento intelectual, bem como espiritual.
MÃO AMIGA: Capacitar profissionais a aumentar a sua empregabilidade através de Palestras e Oficinas sobre assuntos de ordem corporativa, pessoal, financeira e comportamental.
HOMENS: capacitar os homens a exercerem seu papel de liderança no lar e na Igreja, a assumirem suas responsabilidades na sociedade, a se aplicarem na imitação de Cristo.
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