NOSSA VERDADEIRA ORIGEM, FILHOS DE DEUS!

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Adoção (Ef 1.5 “Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade,”
As Escrituras declaram que somos filhos de Deus. Ele nos predestinou na eternidade, PODEMOS DIZER QUE A META DO SENHOR É: tornar-nos seus filhos.
(Ef 1.2 “A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.” destaca uma relação especial conosco.
COMO SE DAR ESSE RELACIONAMENTO DE FILHOS E PAI?
ADOÇÃO!
Paulo diz que o propósito eterno de Deus é nos tornar seus filhos. Deus não apenas nos redime e restaura à sua comunhão -–- o que por si só é extraordinário – mas ele nos quer como filhos.
– “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos” (Ef 1.5). “Aos olhos de Deus, só somos verdadeiramente gerados quando somos enxertados em Cristo, FORA DELE O QUE SE ENCONTRA É MORTE!
HERMISTEN MAIA COMENTA: “Enquanto pela justificação somos declarados justos perante Deus, visto que Cristo, o Justo, levou sobre si os nossos pecados, a adoção consiste na declaração legal de que agora um inimigo de Deus foi reconciliado com ele, nascendo de novo e, portanto, foi adotado como seu filho, ingressando na família de Deus, bem como passando a ter todos os privilégios e responsabilidades como tal.”
A regeneração e a justificação se constituem no fundamento de nossa adoção.
Tornamo-nos filhos porque Deus, pelo Espírito, nos gerou para ele e, por meio de Cristo, fomos declarados justos: UMA VEZ FILHOS ------ não há mais condenação para nós (Rm 8.1 “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus,”
Aqui encontramos uma das maiores expressões de nossa eleição. Deus nos torna seus filhos por meio de seu Filho, Jesus Cristo.
a) A natureza de nossa adoção.
O Resultado da Graça de Deus, RESULTA EM nossa adoção, como todas as demais bênçãos que temos, é por meio de Jesus Cristo, segundo a vontade SOBERANA do Pai (Ef 1.5).
Deus, por inteira graça, nos escolheu para nos tornar seus filhos em Cristo.
Percebam, então, que a obra sacrificial de Cristo sempre esteve dentro do propósito eterno de Deus.
Após a ressurreição, Jesus diz a Maria Madalena: “Vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus” (Jo 20.17). Devemos ressaltar que se a nossa filiação é por adoção, a de Jesus Cristo é de natureza eterna: ele é, eterna e necessariamente, Filho de Deus. Nós, diferentemente, o somos pela graça.
Daí, Jesus não falar de “nosso Pai”, mas, sim de “meu Pai e vosso Pai”. Todos os salvos são filhos de Deus; contudo, a nossa relação é diferente em comparação à filiação do Verbo eterno.
Com exceção da ideia de criação de todas as coisas (At 17.24–29), a Bíblia em nenhum momento ensina a paternidade universal de Deus. Deus é Pai apenas do seu povo; esta é a doutrina bíblica.
NÓS NÃO são filhos de Deus, simplesmente por nascimento natural, mas sim por um novo nascimento concedido por Deus, tornando-se, assim, seus filhos adotivos.
A nossa filiação, olhando por qualquer ângulo, é um ato da livre graça de Deus (Jo 3.3,5; Rm 8.15; Gl 4.3–6; Ef 1.5–6). “Entre todos os dons da graça, a adoção é o maior”, resume Packer. Todas as demais bênçãos que recebemos decorrem da “graciosa adoção divina como sua causa primeira”.
A adoção é o clímax da predestinação. Aqueles aos quais Deus predestinou na eternidade, ele os redime e os adota, tornando-os seus filhos por intermédio de Jesus Cristo, o nosso primogênito.
Nele, temos acesso às bênçãos decorrentes do Pacto da Graça: “Por meio da fé, Cristo nos é comunicado, por intermédio de quem chegamos a Deus e usufruímos os benefícios da adoção”,
Escreve Calvino. A Confissão de Westminster declara de forma correta: “A todos os que são justificados, Deus O FAZ participantes da graça da adoção” “Adoção é um ato da livre graça de Deus, pelo qual somos RECEBIDOS COMO filhos de Deus e temos direito a todos os seus privilégios (1Jo 3.1; Jo 1.12; Rm 8.14–17)”.
A redenção é que torna possível a adoção. Deus nos liberta da escravidão, tornando-nos seus filhos.
Deus nos liberta para fazer-nos seus filhos. A libertação do pecado e da consequente escravidão não implicaria na adoção; contudo, a adoção pressupõe a regeneração e a justificação;
Deus não tem filhos escravizados, dominados pelo pecado.
Deus nos liberta para si mesmo. NÃO É COMO SOLTAR UM CACHORRO PRESO...
“EXEMPLO HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO”
“A justificação é a bênção básica, sobre a qual a adoção se fundamenta; a adoção é a bênção do coroamento, para a qual a justificação abre o caminho.”
Deus, na eternidade, já nos olhava como filhos aos quais, no tempo determinado por ele, por intermédio de seu Filho, Jesus Cristo, nos adotaria, integrando-nos à família de Deus –- à família da fé.
Portanto, quando falamos de nossa filiação, devemos ter em mente que ela é um dom de Deus; “é o próprio Deus agindo graciosamente para conosco”. O Catecismo de Heidelberg, à pergunta 33 -–- “Por que Cristo é chamado de ‘o único Filho de Deus’ se nós também somos filhos de Deus?” – responde: “Porque só Cristo é, por natureza, o Filho eterno de Deus. Nós, porém, somos filhos adotivos de Deus, pela graça, por causa de Cristo”. ii. Resultado do seu amor eterno A paternidade divina é entendida como um ato de intenso amor para com os homens que se encontravam em um estado de rebelião, total depravação e miséria (Jo 3.16; 1Jo 3.1).
A nossa filiação revela parte do amor inefável e eterno de Deus; temos aqui “a mais elevada expressão do próprio amor de Deus”.
Participaremos da eternidade como filhos, e isto é pelo santo amor de Deus: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus” (1Jo 3.1). “O amor transcende todos os outros dons em duração, pois todos os dons um dia cessarão, mas o amor é eterno.”
b) Critérios para a nossa adoção.
Nascer de novo!
A Palavra nos diz que os filhos de Deus são gerados outra vez, são nascidos do Espírito Santo. O Espírito é o doador da vida (Rm 8.2). Por meio dele, fomos recriados para que possamos responder com fé à Palavra reivindicatória de Deus (Jo 3.5,6,8; Tt 3.5).
A regeneração antecede a fé: antes, estávamos mortos, portanto, incapazes de atender as reivindicações de Cristo e de ver o glorioso reino de Deus. É o Espírito quem nos capacita a receber a graça, iniciando uma nova vida em nosso coração, na qual temos os nossos olhos abertos e o coração voltado para a Palavra de Deus.
Antes amávamos o pecado; agora, agrada-nos fazer a vontade de Deus (Sl 119.16,77,97–105; 1Jo 5.1–5). O Espírito infunde em nós uma nova disposição que nos conduz em direção à vontade de Deus, em uma santa e prazerosa obediência.
Jesus Cristo ensina: “… se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus (…). Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (Jo 3.3–5).
Do mesmo modo, Paulo escreve: “Segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tt 3.5–7).
Resumindo: os filhos de Deus procedem de Deus; são gerados por ele mesmo e, por isso, tornam a Deus com fé (Jo 1.12–13).
Receber a Cristo A nossa filiação está condicionada à recepção de Cristo como nosso Salvador, tornando-nos assim seus irmãos. Ninguém pode ter Deus como Pai sem a Cristo como Salvador pessoal.
João relata: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (Jo 1.11–12).
Fé em Jesus Cristo Receber Cristo significa confiar unicamente nele para a nossa aceitação diante de Deus; confiar somente nos seus merecimentos para a salvação;
É neste sentido que Paulo escreve: “Todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus” (Gl 3.26).
c) Evidências da nossa filiação:
Guiados pelo Espírito Os filhos de Deus são aqueles que procuram sempre a orientação dele para a sua vida, seus planos e decisões. Em nossa submissão a Deus, pelo Espírito, revelamos a nossa filiação divina. Paulo retrata: “Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm 8.14).
Pela direção do Espírito, somos educados a viver como filhos. “Aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8.29).
. Cristo nos libertou da condenação eterna, do pecado e do domínio de Satanás, NÃO SÓ POR LIBERTAR!
Ele nos libertou daquilo que nos era acidental para que sejamos aquilo que de fato somos – a imagem de Deus, SEUS FILHOS, INTEGRANTES DE SUA FAMILIA. Em Cristo, temos o verdadeiro sentido da nossa existência; vivemos agora pela vida de Cristo, sob a direção do Espírito Santo!
υἱοθεσία -ας, ἡ; (huiothesia), subs. adoção.
1. adoção — um procedimento judicial que cria uma relação pai-filho entre pessoas não vinculadas por sangue; com a criança adotada tendo o direito a todos os privilégios pertencentes a um filho natural (incluindo o direito de herdar).
RELATO DE UMA MÃE: Certo dia, no ano de 1991, ela ia passando por uma rua de São Paulo quando ouviu gemidos vindos da direção do lixo acumulado na calçada. Olhando para aquele monte de imundície, percebeu movimentos. Aproximou-se e descobriu que ali estava um bebê, uma menina. Tomou a criança nos braços e correu com ela para o hospital. Os médicos ouviram a história, cuidaram da criança e ela sobreviveu. Pelo que os médicos disseram, o bebê era fruto de um aborto no sexto mês de gestação. A mulher tomou as providências legais necessárias, adotou a menina, deu-lhe nome e sobrenome, deu-lhe um lar e começou a cuidar dela.
PARABOLA DA OVELHA PERDIDA!
Não importa onde a ovelha foi achada. O que importa é quem a achou. Não importa em que escuro abismo, em que sufocante brenha da terra, não importa se entre flores ou espinhos, não importa onde ela foi encontrada. O que importa é que ela foi encontrada pelo bom pastor.
Não importa em que fendas de desencantos e frustrações, em que precipício de ira, mágoas e ressentimentos, em que poço de carências emocionais você foi encontrado. O que importa é ter sido encontrado por Jesus porque "Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo". O que importa é ter sido achado por Jesus, pois ele assegura: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza"'. Não importa de onde você veio.
Hermisten Maia Pereira da Costa, Efésios—O Deus Bendito: Um Comentário Biblico, Teológico e Devocional, 1a edição. (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2011), 57–62.
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