Expectativa Vs Inesperado

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ICT: Naamã foi surpreendido e curado da enfermidade e reconheceu que há um só Deus. Tese: Pecadores são surpreendidos e curados/perdoados por Deus e reconhecem que só há um Deus. PB: Evangelístico PE: Levar os ouvintes a se identificarem com Naamã que se converteu ao Senhor. Título: Expectativa Vs Inesperado Divisão 1. A necessidade (v. 1-5); 1.1 Naamã grande entre os homens, mas sofredor (v. 1); 1.2 A improvável esperança se apresenta (v. 2-3); 1.3 Expectativas são criadas (v. 4-5); 2. A providência (v. 6-10) 2.1 A cegueira espiritual do medo (v. 6-7); 2.2 A providência de Deus é soberana (v. 8-9); 2.3 A inesperada solução de Deus (v. 10); 3. O milagre que salva e transforma (v. 11-15) 3.1 Orgulho que leva à frustração (v. 11-12); 3.2 O apelo dissipa o orgulho (v. 13); 3.3 O milagre na obediência (v. 14); 3.4 Convertido a Deus: Orgulho convertido em gratidão (v. 15);

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Introdução

Estamos vivendo ainda o período, segundo a OMS, de pandemia por conta do novo coronavírus. É verdade que paira sobre nossa população um sentimento de medo quase que extinto das consequências que a doença Covid-19 pode causar.
Mas o início da pandemia foi muito assustador para a grande maioria das pessoas em todo o mundo. Havia muito medo da contaminação, principalmente por causa da pior consequência da doença: a morte que normalmente se dava por asfixia.
Com o sentimento de uma ameaça real de morte se apresentando, o ser humano de forma coletiva, bem como de forma individual, buscou com muito afinco uma solução, porque instintivamente lutamos pela manutenção da vida, e neste caso, a doença é o caminho para a morte, portanto quem foi infectado e apresentou sintomas da Covid-19, certamente procurou reverter esse caminho para a vida, ou seja, em busca da cura.
E como já bem sabemos, doença não faz distinção entre as pessoas. Basta estar saudável para adoecer, seja rico ou pobre, um notável na sociedade ou um cidadão anônimo. Não importa quem.

A necessidade (v.1-5)

Naamã grande entre os homens, mas sofredor (v. 1)

E Naamã foi uma dessas pessoas notáveis de seu tempo. Ele foi comandante do exército do rei da Síria, bastante estimado por esse rei, afinal de contas, o nosso Deus havia concedido vitória à Síria por meio de Naamã.
Ele era bem sucedido, mas tinha algo pelo qual sofria: uma enfermidade em sua pele que normalmente é traduzida em nossas Bíblias por lepra.

A improvável esperança se apresenta (v. 2-3)

Há razões expressas na passagem em que podemos imaginar que ele ansiava pela cura e libertação do mal pelo qual sofria. E assim, penso eu, que Naamã já havia realizado algumas tentativas de se curar da chamada lepra.
Até que a improvável esperança se apresentou diante dele. Improvável porque o texto apresenta uma jovem menina que foi arrancada de seu lar e de sua terra, tomada como escrava para servir à esposa daquele a quem foi atribuído como herói de guerra responsável pelo comando das ações militares que resultaram na escravidão dessa menina.
Jovem, menina e serva. Não havia razões, levando em consideração essas características, para que a jovem israelita tivesse “voz” e pudesse ser ouvida por pessoas importantes e poderosas, contrastantes à sua condição. Mas ela foi ouvida.
Certamente seu comportamento e testemunho de vida devem ser uma das possíveis razões para que pudesse expressar seu anseio e ainda ter a atenção dispensada. Porque, como falei, ela foi tomada como escrava num ataque militar e levada para longe de sua casa a fim de servir a seus inimigos.
É como se imaginássemos que na atual invasão da Rússia ao território ucraniano, de lá capturassem uma jovem, sendo esta obrigada a servir aos russos na Rússia, afastando-a de seu convívio familiar, de seus amigos, de sua casa e ainda assim esta jovem desejar algum bem aqueles que seriam seus malfeitores, pois foi isso que a menina israelita expressou: um desejo de que Naamã estivesse na presença do profeta Eliseu para então ser curado da lepra.
Situações improváveis não podem nos paralisar, precisamos agir com fidelidade no testemunho do evangelho de nosso Senhor Jesus, porque Deus pode nos usar como elo na história de alguém a quem Deus quer libertar de seus pecados.
Por outro lado, se estamos na condição de perdidos em busca de uma saída para nossa lepra, isto é, para nossos pecados, saibamos que Deus pode nos suscitar improváveis contextos que nos apontam para que direção devemos conduzir as nossas vidas. Estes sinais não devem ser ignorados. Ao contrário, estes sinais nos encherão de esperança e boas expectativas.

Expectativas são criadas (v. 4-5)

Naamã deve não ter perdido muito tempo, e assim que ouviu a jovem, motivado pela esperança que se apresentou, foi até o seu rei e solicitou que pudesse retornar a Israel a fim de que fosse curado de sua lepra.
E prontamente ele foi autorizado pelo rei Sírio que ainda o entregou uma carta de apresentação para entregar ao rei de Israel, a qual explicava a finalidade da presença de Naamã em Israel, ou seja, para que fosse curado.

A providência (v. 6-10)

A cegueira espiritual do medo (v. 6-7)

Mas o ser recebido pelo rei de Israel e este ter lido a carta, acabou entendeu tudo errado e imaginou que a nação de Israel estaria sendo alvo de um pretexto para uma nova invasão militar da Síria. O rei de Israel estava tomado de medo por uma possibilidade nova invasão e conflito com a poderosa Síria e assim agiu estupidamente ao rasgar as suas vestes.
O pavor muito provavelmente cegou espiritualmente o monarca israelita, porque o que havia na carta era simplesmente o pedido para que Naamã fosse curado, e a resposta do rei de Israel foi insensata acusando a nação da Síria de estar procurando pretexto contra ele.
O medo é um sentimento natural, mas devemos ficar atentos para que não sejamos dominados por ele.
A cegueira do rei de Israel foi tamanha que além de não recorrer a Deus, naquela altura, o profeta Eliseu já era bem conhecido, principalmente pelos milagres que Deus realizou através dele. Eliseu foi o sucessor do profeta Elias, e recebeu por herança porção dobrada do espírito de seu mestre (2Rs 2.9), e certamente por isso já tinha operado muitos milagres como:
tornar saudável a água que trazia esterilidade à terra de Jericó;
aumentada a quantidade de azeita da viúva a qual pode vender e pagar sua dívida;
ressuscitado o filho da sunamita;
purificada a comida mortalmente envenenada; e
multiplicado vinte pães para alimentar cem homens.
Bastava apenas que o rei de Israel conduzisse Naamã a Eliseu. Como este monarca não pôde pensar no poder de Deus, tendo o Senhor já realizada tantas maravilhas por meio de Eliseu?
Jesus Cristo é a maior evidência pela qual testemunhamos como solução a humanidade adoecida pelo pecado. Não podemos deixar que o medo turve a nossa visão, mas que possamos sempre encontrar em Cristo o que nossa alma necessita e dessa forma possamos conduzir ao encontro de Jesus todos aqueles que buscam mudar sua condição espiritualmente de adoecida para sã.

A providência de Deus é soberana (v. 8-9)

Mas ai da humanidade se esta dependesse dela própria, ou melhor, se Deus dependesse de nós, porque somos falhos, e a obra salvadora certamente estaria comprometida.
Mas Deus é soberano e agindo Ele, quem impedirá (Jó 42.2)? E providencialmente o profeta Eliseu ficou sabendo do ocorrido e de certa forma até repreendeu o rei de Israel questionando porque ele havia agido daquela forma rasgando suas vestes se há profeta em Israel?
E assim Naamã compareceu à casa de Eliseu.

A inesperada solução de Deus (v. 10)

Mas o profeta Eliseu não procedeu como deveria ser esperado em receber uma personalidade importante e poderosa, ainda mais quando Naamã vem com toda a pompa, com cavalos e carros e seus oficiais. Ao contrário, nem sequer o profeta foi ao encontro de Naamã, pois simplesmente enviou um mensageiro com a instrução de como o comandante deveria proceder para ficar limpo de sua lepra.
E não foi o que Naamã esperava: lavar-se sete vezes no rio Jordão.

O milagre que salva e transforma (v. 11-15)

Orgulho que leva à frustração (v. 11-12)

Era comum no mundo mesopotâmico do qual fazia parte Naamã, que os curandeiros participassem dos ritos de purificação. A ausência do profeta somada também a simples instrução que foi lavar-se no rio Jordão por sete vezes, fez com que Naamã muito se indignasse ao ponto de perder a esperança da cura naquela ocasião e dar meia volta.
Naamã esperava que Eliseu fosse a seu encontro, e, provavelmente conforme rito acadiano chamado shuilla, que ele elevasse a mão para invocação e louvor de uma divindade, orando para apaziguar sua ira, trazer proteção e remover o mal. Mas não foi o que aconteceu.
A instrução de se banhar sete vezes no Jordão tinha alguma familiaridade também com ritos de purificação mesopotâmicos. Mas eram simplórios demais e ainda num rio considerado por Naamã inferior aos da Síria e sem a presença do ritualista, frustraram ele por completo.
Quando criamos muitas expectativas e quando estas são somadas a nosso orgulho, se algo é diferente daquilo que estávamos esperando, então a frustração é inevitável.

O apelo dissipa o orgulho (v. 13)

Porém seus oficiais não compartilhavam deste mesmo orgulho e de certa forma também ansiavam pela cura do seu comandante, a final de contas o destino deles estavam entrelaçados.
Assim, esses oficiais levantaram gentilmente um inteligente argumento. Se Naamã, por ser um valente combatente, ou seja, que assume riscos para realizar feitos difíceis, portanto seria um tanto controverso ele não entregar uma tarefa fácil, e assim o bem que por ventura lhe sucedesse era também um bem para seus oficias.
A atitude apelativa dos oficiais de Naamã nos são exemplo para que possamos estar também suportando e animando nossa liderança, principalmente quando esta toma decisões movidas por orgulho. Que possamos ser sábios no falar.

O milagre na obediência (v. 14)

O orgulho de Naamã foi dissipado e ele mergulhou sete vezes no Jordão e ao fim do sétimo mergulho, ou seja, ao cumprir obedientemente à instrução, o milagre aconteceu, no rio lamacento, sem o ritualista, com atitudes simples que exigiu dele humilhação e obediência.

Convertido a Deus: Orgulho convertido em gratidão (v. 15)

O poder de Deus realizou o milagre. Naamã ficou limpo e curado da lepra. E com o coração cheio de gratidão, retornou à casa do profeta, confessou que em toda a terra não há Deus, exceto em Israel e ofertou um presente a Eliseu.

Conclusão

Naamã sou eu e você que um dia fomos incomodados pelo pecado e desejamos ser libertos ao ouvir da boca de um servo do Senhor o evangelho da boa nova em Jesus Cristo.
Corremos em busca da nossa salvação. Certamente tínhamos expectativas, imaginávamos e conceituávamos a respeito de como Deus agiria ou age, mas, em sua soberania, Ele nos surpreende de tal forma que somos constrangidos por um amor inimaginável.
Assim como Naamã era estrangeiro, nós, gentios também o somos; assim como Naamã era inimigo, nós também fomos; assim como Naamã foi purificado da lepra, nós também somos purificados de nossos pecados; assim como Naamã foi transformado pelo milagre da cura, nós também somos transformados pelo milagre da salvação em Jesus; assim como Naamã, apesar de tudo que representava, foi alvo do amor de Deus, nós também, apesar de quem somos e de nosso passado, somos alvo do amor de Deus.
Que Deus nos abençoe.
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