A Felicidade de Cristo - Hb 12.1-3
Jesus, quem ele é? • Sermon • Submitted
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Social
Introdução
Introdução
Uma das atividades que eu mais gostava no tempo de escola, era a de completar as frases.
Olhando pra Jesus, como podemos completar a frase:
A alegria, conforto, felicidade e glória [de Cristo] aumentam e se expandem em razão de....
Como você terminaria essa frase?
Há diversas formas bíblicas de respondê-la e devemos tomar cuidado com uma descrição monocromática de Cristo que eleve uma resposta e negligencie outras.
i. Seria verdadeiro" dizer que Jesus se alegra quando seus discípulos abandonam tudo para segui-lo (Mc 10.21-23).
ii. Seria válido ver Cristo se regozijando quando a fidelidade dos crentes no pouco prepara-os para serem fiéis no muito (Mt 25.21,23).
iii. Podemos afirmar que ele se regozija com as verdades reveladas pelo Pai às crianças, e não aos intelectualmente impressionantes (Lc 10.21).
Contudo, há uma verdade bíblica igualmente importante que é mais fácil de ser ignorada ao pensarmos sobre Cristo.
Os cristãos intuitivamente sabem que Cristo se agrada de lhe ouvirmos e obedecermos.
Mas e se o coração e a alegria dele se comoverem de uma nova forma em nossos fracassos e falhas?
Thomas Goodwin completa sua frase assim:
"A alegria, conforto, felicidade e glória [de Cristo] aumentam e se expandem em razão de sua demonstração de graça e misericórdia ao perdoar aliviar e consolar os seus membros aqui na terra"."
Ilustração:
Um médico compassivo viajou para a mata fechada para cuidar de uma tribo indígena afligida por uma doença infecciosa.
Ele usa todo seu equipamento médico. Ele diagnostica o problema corretamente, e os antibióticos estão preparados e disponíveis.
Ele já tem independência financeira e não precisa de remuneração alguma.
Mas, conforme ele busca atendê-los, os afligidos recusam atendimento.
Eles querem se cuidar por conta própria. Eles querem a cura nos próprios termos.
Finalmente, alguns poucos jovens corajosos aceitam o cuidado médico gratuito.
O que esse médico irá sentir? (Alegria, regozijo).
A sua alegria aumenta à medida que os doentes vêm livremente a ele para serem auxiliados e curados. Foi justamente por isso que ele foi até eles.
Quão maior não seria a alegria dele se os doentes não fossem estrangeiros, mas parte de sua família?
É da mesma forma conosco em relação a Cristo.
Ele não se sente incomodado e frustrado quando vamos até ele pedindo perdão mais uma vez, esperando nova remissão, cheios de aflição, necessidade e vazio.
Foi por isso que eles veio. É isso que ele quer, curar, perdoar, salvar.
Ele passou pelo terror da morte e saiu do outro lado a fim de providenciar um estoque ilimitado de misericórdia e graça para o seu povo.
Mas há um ponto mais profundo aqui.
Jesus não quer que recebamos de sua graça e misericórdia só porque valida a sua obra expiatória.
Ele quer que recebamos sua graça e misericórdia em razão de quem ele é.
Ele se aproximou de nós na encarnação para que a sua alegria e a nossa pudessem subir e descer juntas-a dele ao dar-nos misericórdia e a nossa ao recebê-la.
Cristo se alegra e se conforta mais do que nós quando vamos a ele em busca de socorro e misericórdia.
Da mesma forma que uma mãe amorosa obtém mais alívio e conforto na cura de um filho que na sua própria cura.
Cristo "obtém mais conforto [...] do que adquirimos nele", quando ele vê nossos pecados lavados pelo seu sangue.
Pois essa era a alegria que lhe estava proposta e que o fez suportar a Cruz.
Quando você vem a Cristo à procura de misericórdia, amor e auxílio em sua angústia, desespero e pecaminosidade, você segue o fluxo dos mais profundos desejos dele, pois sua alegria é perdoar pecadores quebrados e feridos.
Tendemos a pensar que, quando nos aproximamos de Jesus à procura de ajuda na nossa necessidade de misericórdia por causa de nossos pecados, nós de alguma forma o prejudicamos, o diminuímos, o empobrecemos.
Mas é justamente o contrário.
Jesus nos surpreende "ao exercer seus atos de graça e, quanto mais ele faz bem aos que o buscam por meio da fé [...] por enchê-los com toda misericórdia, graça, conforto e felicidade, ele mesmo se torna mais cheio, ao enchê-los".
Como verdadeiro Deus, Cristo não pode ser mais cheio; ele compartilha da plenitude imortal, eterna e imutável de seu Pai.
Contudo, como verdadeiro homem, o coração de Cristo não é drenado por nos achegarmos a ele; o seu coração se enche quanto mais nos achegamos a ele.
Em outras palavras, quando nos retraímos e nos escondemos nas sombras, temerosos e fracassados, perdemos não só um consolo maior, mas Cristo perde um consolo maior.
Ele vive por isso. Isso é o que ele ama fazer. A sua alegria e a nossa sobem e descem juntas.
Considere.
2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, sem se importar com a vergonha, e agora está sentado à direita do trono de Deus.
Por causa da alegria? Que alegria? O que estava esperando Jesus do outro lado da cruz?
A alegria de ver o seu povo perdoado, livres do pecado, sarados das chagas de pecado e morte.
Lembre qual é o ponto central de Hebreus - Jesus é sumo sacerdote para dar fim a todos os sumos sacerdotes.
Ele fez o sacrifício propiciatório definitivo para cobrir completa mente os pecados de seu povo de modo que eles são salvos "perfeitamente".
25 Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se aproximam de Deus, vivendo sempre para interceder por eles.
Lembre o que o autor quer dizer quando fala que Jesus está assentado à direita de Deus, no fim de Hebreus 12.2.
Em outros lugares, o autor de Hebreus diz explicitamente o que isso significa:
3 O Filho, que é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela sua palavra poderosa, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,
1 Ora, o essencial das coisas que estamos dizendo é que temos tal sumo sacerdote, que se assentou à direita do trono da Majestade nos céus,
12 Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus,
Em todos esses textos, o assento de Jesus à direita de Deus está associado com sua obra sacerdotal expiatória.
O sacerdote era a ponte entre Deus e a humanidade. Ele reconectava o céu e a terra.
Jesus fez isso supremamente por meio do sacrifício definitivo e final de si mesmo, purificando o seu povo de uma vez por toda limpando-os de seus pecados.
Foi a alegre expectativa de ver o seu povo totalmente limpo que o fez passar pela prisão, morte, sepultamento e ressurreição.
Quando participamos hoje daquela obra expiatória, vindo a Cristo em busca de perdão, tendo comunhão com ele a despeito de nossa pecaminosidade, estamos acessando o desejo e a alegria mais profundos de Cristo.
Isso se relaciona a outros textos no Novo Testamento,
7 Digo a vocês que, assim, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
11 Tenho lhes dito estas coisas para que a minha alegria esteja em vocês, e a minha alegria seja completa.
Ele quer que tiremos força de seu amor, mas os únicos qualificados para o fazer são pecadores necessitados de amor imerecido.
E ele não deseja que simplesmente sejamos perdoados. Ele nos deseja em seus braços de amor.
Como Jesus fala de seus desejos mais profundos?
24 — Pai, a minha vontade é que, onde eu estou, também estejam comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.
Os nossos corações incrédulos precisam ver bem onde pisam aqui.
Não seria uma audácia presunçosa buscar a mi sericórdia de Cristo sem filtro algum?
Não deveríamos ser mais comedidos e racionais, com cuidado para não pedirmos demais dele?
Será que um pai com um filho asfixiando iria querer que seu filho buscasse ar de um tanque de oxigênio de uma forma comedida e racional?
O nosso problema é que não levamos a Escritura a sério quando ela nos chama de corpo de Cristo. Cristo é a cabeça; nós somos as partes de seu corpo.
Como uma cabeça trata o seu próprio corpo?
29 Porque ninguém jamais odiou o seu próprio corpo. Ao contrário, o alimenta e cuida dele, como também Cristo faz com a igreja; 30 porque somos membros do seu corpo.
Como cuidamos de um ferimento em alguma parte de nosso corpo: Tratamos colocamos um curativo, protegemos e damos tempo para ele sarar. Pois aquela parte de nosso corpo não é só um amigo íntimo; é parte de nós.
É desse jeito entre Cristo e os crentes. Somos parte dele.
A alegria de Cristo é que você se achegue a ele em arrependimento e fé, e desfrute hoje da sua bondade e graça, pois ele suportou a rude cruz, para poder ver o fruto do seu penoso trabalho.
Para que todos aqueles que se achegarem a Cristo, sejam por Ele transformados e tenham a sua completa alegria.
SDG