Igreja de Sardes, a Igreja Instagramável

Para Além do Instagramável  •  Sermon  •  Submitted
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Assim como Sardes é relatada como uma igreja que tem fama, aparência de estar viva, mas na realidade estava morta, a sociedade imergida nas redes sociais é levada impulsivamente também a viver uma religião de aparências.

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Introdução: Para Além do Instagramável

Ontem nós vimos sobre a genealogia de Jesus, que em suas veias corriam sangue de seus antepassados que haviam tido vidas e histórias pecadoras e complexas. Mas apesar disso e por meio de tudo isso, o plano de Deus se cumpriu: enviar a Jesus para nos trazer a possibilidade de salvação.
Durante esses três dias começando por hoje (quinta, sexta e sábado), nós iremos estudar sobre três formas de vida que podemos ter diante da realidade da vinda de Jesus.
O título da nossa série é “Para Além do Instagramável”. A palavra INSTAGRAMÁVEL significa aquilo que é propício ser publicado e visto no instagram. Porém, se tornou uma expressão genérica para falar de uma realidade diagnosticada da nossa sociedade: somos uma “sociedade do espetáculo”, onde tudo deve ser publicado, mostrado, exposto.
CITAÇÃO DE SOCIEDADE DA TRANSPARÊNCIA, P. 28-29 E P. 31.
De acordo com CHUL HAN na Sociedade da Transparência p. 28-29 “ Na sociedade positiva, na qual as coisas, agora transformadas em mercadorias, têm de ser expostas para ser, seu valor de [observação e reflexão] desaparece em favor de seu valor expositivo. [E a algo só possui] algum valor se for visto”.
“A fotografia de hoje, totalmente tomada pelo valor expositivo, mostra uma outra temporalidade [um tempo diferente, com significado diferente de quando ela surgiu]. Está determinada sem destino, que não admite nenhuma tensão narrativa, nenhuma dramaticidade de “romance”. Sua expressão não é romântica. [ela é apenas um recorte, como se não fizesse parte de uma realidade com início-meio-fim]. Na sociedade expositiva cada sujeito é seu próprio objeto-propaganda; tudo se mensura em seu valor expositivo”. P. 31

Igreja de Sardes, a Igreja Instagramável

Quando nós vamos para a bíblia, lemos que João escreveu Apocalipse e dedicou para sete igrejas que estavam na Ásia
Apocalipse 1.4 (RA)
“João, às sete igrejas que se encontram na Ásia"
Essas igrejas possuem três significados:
Igrejas reais, e suas descrições espirituais de sua localidade na época.
Essas igrejas também representam períodos proféticos da história da igreja cristã desde seu surgimento, até o segundo advento de Jesus Cristo.
Entretanto, o diagnóstico espiritual dessas igrejas não está preso à igreja local do 1º século, nem ao período profético, mas é também uma condição espiritual que cada pessoa pode se encontrar.
Exemplo: Eu vivo hoje na realidade profética da igreja de Laodicéia, porém, minha realidade espiritual é da igreja de Sardes. Entenderam?
E uma dessas igrejas se chamava Sardes por ficar na cidade de Sardes. E a descrição feita por Jesus dessa igreja é a seguinte:
Apocalipse 3.1–3 (RA)
Ao anjo da igreja em Sardes escreve:
Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te.

O PROBLEMA DA APARÊNCIA

Eva e o Fruto Proibido (Gênesis 3.6)
Profeta Samuel na Escolha do Rei de Israel 1Samuel 9.2
1Samuel 9.2 RA
Tinha ele um filho cujo nome era Saul, moço e tão belo, que entre os filhos de Israel não havia outro mais belo do que ele; desde os ombros para cima, sobressaía a todo o povo.
E conhecendo a história de Saul, sabemos que ele não obedeceu às ordens de Deus. Interessantemente para ser sucessor de Saul, quando Samuel foi procurar um novo rei, encontramos a seguinte declaração 1Samuel16.7
1Samuel 16.7 RA
Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração.
A bíblia vai trazer em diversos momentos um alerta: não podemos basear a nossa vida em aparências. Não podemos ter uma religião de aparências. A igreja de Sardes era uma igreja que tinha fama, aparência de estar viva, de SER aquilo que acabava EXPONDO aos olhavam para ela. E tratando das aparências na religião que consequentemente deságua na vida..
Jesus reprova a aparência - Marcos 11.12-14
Marcos 11.12–14 RA
No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto.
COMENTÁRIO DE CHARLES SPURGEON
Marcos: O Evangelho dos Milagres (O Juízo do Messias (11.12–14,20–26))
A figueira sem frutos parecia desafiar as estações do ano.
A figueira produz folhas em março ou abril e, então, começa a produzir frutos em junho, com outra safra em agosto e, possivelmente, a terceira colheita no mês de dezembro. A presença de folhas implicava na presença de frutos. A figueira produz os frutos antes das folhas. Folhas pressupõem frutos. Ela fazia propaganda do que não tinha. Assim também algumas pessoas parecem muito adiantadas em comparação com as pessoas ao seu redor, mas é só fachada, só aparência.
A figueira sem frutos atraiu a atenção de Jesus.
Ele viu de longe essa árvore. As demais ainda não tinham folhas. Essa árvore era a única que estava em posição de destaque. Essa figueira representa aqueles que sem nenhuma modéstia tocam trombetas e anunciam frutos que não possuem.
Em segundo lugar, uma investigação meticulosa.
O Rei Jesus vai investigar a figueira, assim como investigou a nação de Israel, o templo, os rituais, os corações. Ele ainda sonda os corações.
Algumas lições devem ser destacadas:Jesus tem o direito de procurar frutos em nossa vida. Ele perscruta profundamente a nossa vida para ver se tem fruto, alguma fé genuína, algum amor verdadeiro, algum fervor na oração. Se ele não encontrar frutos não ficará satisfeito. Ele tinha o direito de encontrar fruto porque o fruto aparece primeiro, depois as folhas. Aquela árvore estava fazendo propaganda de algo que não possuía. Jesus tem encontrado fruto na sua vida? O Pai é glorificado quando produzimos muito fruto (Jo 15.8).
Existe uma frase atribuída a Lincoln que diz: “Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo”.
O BOM TESTEMUNHO
Por muitas vezes e em diversos lugares ouvi pessoas recomendando: “Olha, cuidado, pois precisamos dar um bom testemunho para os outros” e com isso eu sempre andava cuidando na forma que eu estava agindo e falando. Só que depois de um tempo eu percebi o problema contido nessa frase do “BOM TESTEMUNHO”. Essa frase evidencia uma preocupação na aparência e não no ser.
Se pensarmos na laranjeira, ela dá frutos, ela dá laranja pelo fato de ser laranjeira. Ela não dá laranjas para provar que é laranjeira. É exatamente nesse sentido que Jesus REPROVA a figueira em Marcos 11, pois Ele veio, ensinou, morreu e ressuscitou, não para vivermos aparentemente como cristãos e seus seguidores, mas para sermos transformados e verdadeiramente seus discípulos. Discípulos que dão frutos pela maneira em que vivem.
Apocalipse 3.1–3 (RA)
Ao anjo da igreja em Sardes escreve:
Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te.
A advertência da fiel Testemunha, dirigida à igreja de Sardes, afirma como segue: “Tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te pois do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te.” Apocalipse 3:1-3. O pecado especialmente atribuído a essa igreja era que deixara de confirmar os que estavam prestes a morrer. Porventura essa advertência não se aplicaria também a nós? Examinemos individualmente nosso coração à luz da Palavra Divina e seja todo o nosso empenho pôr em ordem nossa vida diante de Deus com o auxílio de Cristo. TESTEMUNHO PARA A IGREJA 5, P. 610
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