A Grande comissao

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Missão na narrativa bíblica ( faithlife study bible)
A missão de Deus é um dos temas centrais que impulsionam a narrativa das Escrituras.
A missão de Deus, é claro, começa com Deus, que cria (Gn 1).
Ele então se move para a formação do povo escolhido de Yahweh, Israel. Como destinatários da aliança e dos mandamentos de Deus (Dt 5:1–6:9; Mc 12:28–34),
Israel é encarregado por Javé com a missão de viver como uma bênção para as nações (Gn 12:1–3; Atos 1:7-8).
O evento definitivo na atividade missionária de Deus é a encarnação de Deus em Jesus Cristo, cuja vida, ensinamentos e atos proclamam o reino de Deus.
A morte e ressurreição de Jesus expiam tudo o que separa as pessoas de Deus (Gl 3:15–4:7).
Após a ascensão de Cristo, o Espírito Santo capacita os seguidores de Jesus a viver seu chamado como participantes missionários com Deus (Atos 1:1-11).
Como tal, a Igreja passa a existir (Atos 15) – servindo a um papel reconciliador (2 Co 5:11-21).
Os cristãos são encarregados da tarefa de buscar a vontade de Deus na terra (Mt 6:9-15).
Como a narrativa da redenção de Deus por meio de Cristo, a Bíblia termina com a restauração de Deus de toda a criação (Ap 21-22).
Missão da Humanidade
Desde o início, vemos a humanidade incluída na missão de Deus (Gn 1:27–31; 12:1–3; Mt 28:16–20).
Deus delega à humanidade a autoridade de trabalhar e cuidar da criação; o cuidado e a administração da criação são necessários para todos os que participam da missão de Deus.
Missão da Igreja
Enviada ao mundo para pregar a Cristo (Atos 1:7–8)—por e com a autoridade do Deus Triúno (Mt 28:16–20)—
a missão da Igreja é dar testemunho do reino de Deus através da proclamação do evangelho de várias formas:
pela comunhão amorosa na Igreja (1 Cor 12-14),
serviço humilde dentro e fora da comunidade de fé, oração e adoração a Deus, sinais e maravilhas que apontam para a restauração de todas as coisas, e através da formação de discípulos de Jesus (2 Co 5:11-21; Ef 4:1-5:21).
A grande comissão de Jesus (28.16–20)
"comissão", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
Incumbência, encargo.
Mandato.
Jurisdição delegada (por um magistrado noutro).
Carlos Osvaldo Pinto ressalta que esse último parágrafo do evangelho (28.16–20) deve ser comparado em primeiro lugar ao capítulo 10, para que a mudança seja vista em toda a sua magnitude. Ali (cap. 10), Cristo, o filho de Davi, delegou seu poder para a evangelização de Israel. Aqui, Cristo, o filho de Abraão, delega sua autoridade para a evangelização do mundo.
Os onze discípulos atenderam à ordem de Jesus e deixaram Jerusalém, rumando para a Galileia, e ali, no monte designado pelo Senhor, ele se deu a conhecer a eles. Logo que o viram, eles o adoraram. Alguns, porém, duvidaram. É nesse cenário, num dos montes da Galileia, que Jesus entrega a seus discípulos a grande comissão.
Todos os quatro evangelistas deram ênfase à grande comissão.
Lucas ainda a repete no livro de Atos.
Fica evidente, na grande comissão, que o propósito de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, em todo o mundo, a toda criatura.
R. C. Sproul destaca o fato de que Jesus não está dando uma grande sugestão, mas uma grande comissão, ou seja, trata-se de uma ordem expressa do Rei dos reis, o qual possui toda a autoridade no céu e na terra.
Tasker, citando H. B. Swete, é oportuno, quando escreve:
Este evangelho começou com uma afirmação de que Jesus era da linhagem real de Davi, e registrou que, enquanto criança, foi reconhecido como “Rei dos judeus” pelos astrólogos vindos do oriente. Agora, depois de ser crucificado como “Rei dos judeus”, ressuscitou dos mortos; e em seu estado glorificado como o Cristo ressurreto, sem reservas arroga-se a posse de completa autoridade no céu e na terra. Com esta conotação termina o evangelho.
Cinco verdades devem ser aqui ressaltadas, como vemos a seguir.
1. A competência do comissionador (28.18).
The commissioner's competence (28.18).
Que constrate havia nessa cena na Galileia com os gemidos no Getsêmani e com a escuridão do Gólgota!
Jesus afirmou a sua onipotência e soberania universal.
Na cruz, ele foi proclamado “rei dos judeus”, mas, quando João o vê glorificado em sua visão apocalíptica, na sua cabeça havia muitos diademas, e em seu manto e em sua coxa havia um nome escrito: “Rei dos reis e Senhor dos senhores”.
Jesus tem toda a autoridade (ARA) e todo o poder (ARC). Exousia, “autoridade”, nesse contexto, refere-se ao poder e à jurisdição absolutos.
Nada existe fora do controle soberano do Cristo ressurreto. É nesse fundamento que os discípulos deverão ir, fazendo discípulos de todos os povos.
Essa declaração mostra que quem dá a ordem tem autoridade e competência para fazê-lo.
Havia autoridade em seus ensinamentos (Mt 7.29);
ele exerceu autoridade para curar (Mt 8.1–13)
e até mesmo para perdoar pecados (Mt 9.6).
Jesus tinha autoridade sobre Satanás e delegou autoridade a seus apóstolos (Mt 10.1).
Ao final de seu evangelho, Mateus deixa claro que Jesus tem toda a autoridade (28.18).
A. T. Robertson diz que o Cristo ressurreto, sem dinheiro, ou exército, ou estado governamental, comissiona esse grupo num dos montes da Galileia para conquistar o mundo.29
Autoridade de jesus o sinal de Jonas Mt 12.38-40
Autoridade divina Eph 1.20-23
Esse é o maior empreendimento que os seres humanos foram chamados a executar.
É condição básica de êxito, no cumprimento da grande comissão, sabermos que Jesus nos dará as condições de enfrentar o inimigo e as circunstâncias adversas sem temer e vacilar.
Qualquer ordem dada pela autoridade máxima do universo exige atenção e respeito total. Portanto, ao proferir a ordem, Jesus quer ser obedecido de forma clara, completa e urgente.
2. Qual e o cerne (a parte mas importante) da grande comissão (28.19).
What is the core - heart (the most important part) of the great commission
A. T. Robertson diz corretamente que aqui está o programa mundial do Cristo ressurreto.
Todos os verbos desse versículo estão no gerúndio(acao con tinua), mas fazer discípulos é uma ordem. Indo + batizando + ensinando = fazei discípulos.
Robert Mounce apresenta assim essa ideia: “Tanto baptizontes quanto didaskontes são particípios governados pelo imperativo matheteusate. A ideia principal da sentença é ‘fazer discípulos mediante o batismo e o ensino’ ”.
Fica claro que Jesus não mandou fazer fãs. Quem precisa de fãs são os artistas.
Jesus não mandou fazer admiradores. Os atores e jogadores de futebol é que buscam admiradores.
Jesus não mandou apenas evangelizar e ganhar almas, abandonando os bebês espirituais.
Ele quer discípulos.
Jesus não mandou apenas recrutar crentes e encher as igrejas de pessoas.
Ele quer convertidos maduros.
Um discípulo é um
1. Pessoa que recebe instrução (em relação a quem lha dá).
2. Aquele que aprende.
3. Aluno.
4. Aquele que segue as doutrinas de outrem.
Um discípulo é um seguidor. Isso implica:
1) fazer do reino de Deus seu tesouro;
2) renunciar a tudo por amor a Jesus;
3) guardar as palavras de Jesus.
Hoje, temos muita adesão(aderência- ajuntamento - grip) e pouca conversão.
Temos grandes ajuntamentos e pouco quebrantamento.
Temos igrejas cheias de pessoas vazias de Deus
e vazias de pessoas cheias de Deus.
Temos grandes multidões que buscam as bênçãos, mas não a Deus. (mala Marcos Antonio)
São religiosos, mas não discípulos de Cristo.
3. Qual o alcance da grande comissão? (28.19).
3. What is the reach of the great commission? (28.19).
A ordem de Jesus é: Fazei discípulos de todas as nações.
A palavra “nações” significa “etnias”.
Onde houver um povo, com sua língua, cultura e raça, ali o evangelho deve chegar. Deus comprou com o sangue de Cristo aqueles que procedem de toda tribo, língua, povo e nação (Ap 5.9). Esses devem ser chamados e discipulados.
a consistencia de um ensino por varios dias se torna uma verdade e doutrina
seriados - novelas- jornalismo
4. Quais as implicações da grande comissão? (28.19).
4. What are the implications of the great commission? (28.19).
Há duas implicações no cumprimento da grande comissão.
A primeira delas é a integração dos novos convertidos.
Fazer discípulo implica integrar o indivíduo à igreja, por meio do sacramento do batismo em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo.
David Stern é oportuno quando escreve:
“O Novo Testamento não ensina o triteísmo, que é a crença em três deuses.
Ele não ensina o unitarismo, que nega a divindade de Jesus, o filho, e do Espírito Santo.
Não ensina o modalismo, que diz que Deus aparece às vezes como o Pai, às vezes como o filho, e às vezes como o Espírito Santo, como um ator trocando as máscaras”.
Embora a palavra “Trindade” não apareça nas Escrituras, o conceito dela está por toda a Bíblia.
a. Todo convertido deve ser batizado e integrado à igreja. A igreja é importante.
Não existe crente isolado, “desigrejado”, fora do corpo.
O que é uma pessoa Desigrejado?
O fenômeno dos desigrejados surge com a interpretação de que toda estrutura religiosa apresenta-se como “instituição desnecessária”, defendendo que a fé cristã pode serexercida desvinculada da comunhão da igreja.
Uma ovelha fora do rebanho é presa fácil do devorador.
Uma brasa fora do braseiro logo se cobre de cinzas. A igreja foi instituída por Cristo, e os novos crentes devem ser integrados a ela pelo batismo.
"De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas" (At 2.41). Aquelas pessoas receberam a palavra; foram batizados e se congregaram.
A segunda implicação é que a grande comissão envolve ensino aos novos convertidos.
Três coisas merecem destaque nesse ensino.
Primeiro, ensinar o que Jesus mandou (28.19). Não se trata de ensinar doutrinas de homens, modismos, tradições humanas e legalismo, mas ensinar o que Jesus ordenou.
Segundo, ensinar todas as coisas (28.19). Ensinar não apenas as coisas mais agradáveis. Devemos ensinar toda a verdade, toda a Palavra, e dar não apenas o leite, mas também o alimento sólido.
Terceiro, ensinar a guardar (28.19). Russell Norman Champlin tem razão ao dizer que devemos observar que o ensino precisa incluir os ensinamentos morais e éticos do Senhor Jesus, além de quaisquer outros ensinamentos que formam o corpo de doutrinas que ele nos deixou.
Robert Mounce explica que o ensino aqui está estabelecido como algo ético, mais do que doutrinário. Ensinar não é apenas guardar na cabeça doutrinas certas, mas é obedecer a essas doutrinas. O discípulo é aquele que obedece. Hoje, as pessoas querem conhecer, mas não querem obedecer. Jesus disse: Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando (Jo 15.14).
5. Qual os motivos para cumprir a grande comissão (28.18–20).
5. What are the reasons for fulfilling the great commission (28:18–20).
Jesus oferece três motivos eloquentes para cumprirmos a grande comissão, como vemos a seguir.
Primeiro, o poder de Jesus à nossa disposição (28.18). Jesus expressou sua exousia, sua autoridade e liberdade absoluta de ação para enviar os apóstolos. Se Jesus tem todo o poder e toda a autoridade, não sobrou nada para o diabo.
O diabo é astuto, ardiloso e sagaz, mas Jesus tem todo o poder no céu e na terra.
O poder do diabo foi tirado na cruz (CL 2.15).
Ele foi despojado. Está oco, vazio. O diabo não tem poder nem no inferno.
As chaves da morte e do inferno estão nas mãos de Jesus (Rv 1.18).
As portas do inferno não prevalecem contra a igreja (Mt 16.18). Toda a suprema grandeza do seu poder está à nossa disposição (Ef 1.19).
Segundo, a ordem de Jesus (28.19).
Se o Jesus ressurreto, o Rei soberano do universo, deu uma ordem, cabe-nos obedecer a ela de modo intransferível e impostergável. A grande comissão não pode transformar-se na grande omissão.
Terceiro, a presença de Jesus (28.20).
O discipulado não constitui uma estrada solitária, porque o Senhor ressurreto promete que estará com os discípulos sempre, todos os dias, até a consumação dos séculos.
Champlin esclarece que Jesus está conosco não meramente como um rádio orientador, mas como amigo e salvador.
A presença de Jesus é contínua, em todo lugar.
Ele nunca nos desampara, nunca nos deixa.
Ele é como sombra à nossa direita.
Ele é o vigia que não dormita nem dorme.
Não há situação em que sua presença não esteja conosco.
Ele está conosco na vida e na morte, no tempo e na eternidade.
John Charles Ryle escreve da seguinte forma sobre a presença de Jesus conosco:
Cristo está conosco todos os dias.
Cristo está conosco em todo lugar que vamos.
Ele está conosco diariamente para perdoar e absolver;
conosco diariamente para santificar e fortalecer;
conosco diariamente para defender e guardar;
conosco diariamente para conduzir e guiar;
conosco em tristezas e alegrias;
conosco em saúde ou enfermidade;
conosco na vida e na morte;
conosco no tempo e na eternidade.
A. T. Robertson diz que Jesus emprega aqui o presente profético.
Ele está conosco todos os dias até que volte em glória.
Ele há de estar com os discípulos quando for embora;
estará com todos os discípulos,
com todo o conhecimento,
com todo o poder,
com eles todos os dias (todos os tipos de dias: dias de fraqueza, tristeza, alegria e poder).
O mesmo autor é oportuno quando alerta sobre o fato de que essa bem-aventurada esperança não é um sedativo para uma mente ociosa e uma consciência complacente.
Trata-se de um incentivo ao mais pleno esforço de prosseguirmos energicamente, apesar das dificuldades, até os rincões mais distantes do mundo, para que todas as nações conheçam Jesus e o poder da sua vida ressurreta. Assim, o evangelho de Mateus se encerra em uma chama de glória.
O Cristo ressurreto garante, assim, a seus discípulos e a todos os seus seguidores ao longo da história a maior conclusão que qualquer livro poderia ter. A Jesus, o Rei dos reis, glória pelos séculos sem fim. Amém!
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